“O meu maior desejo para o Dia das Mães é continuar sendo mãe” Esse foi o pedido da dona de casa Luciana Queiroz, genitora do pequeno Fernando, de 4 anos, há um ano diagnosticado com câncer. Moradora da cidade do Crato, no Ceará - distante aproximadamente 500 km da capital Pernambucana -, pela primeira vez, ela vai passar o Dia das Mães longe de casa e dos outros pequenos, de 7 anos e 10 meses.
Alojada em um abrigo, no Centro do Recife, Luciana conta como é estar longe de casa e dos filhos e comemorar o Dia das Mães neste domingo (10). "É difícil. Ver seu filho doente e não poder fazer nada e ainda estar longe dos meus outros pequenos dói o coração", disse. "O que mais me deixa sensível é saber que ele estar bem, vivendo, sobrevivendo. Qual a mãe que não fica aflita ao ver o filho doente? Se pudesse passaria por ele tudo isso", completou.
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"Descobrimos que ele tinha câncer há um ano. Desde então lutamos pelo tratamento dele. Segundo o médico, mesmo após a cirurgia para retirar o tumor são necessárias as sessões de quimioterapia, por isso precisamos passar dias aqui e não sabemos até quando", lamentou. Quanto à distância dos outros filhos ela respondeu. "A saudade é grande, mas meu filho precisa de mim, o meu maior presente é a saúde dele. Poder vê-lo brincar, ser criança e vencer essa luta", falou otimista.
Contando com o apoio do mesmo abrigo, Pollyanna de Carvalho, que mora em Monteiro, na Paraíba, há 13 anos acompanha o tratamento da filha Jessica, de 19 anos, que foi diagnosticada com a enfermidade Dermatomiosite Osteoporose - rejeição do cálcio nos ossos. Com o olhar triste e sereno, a matriarca de cinco filhos diz que a dedicação para Jéssica é maior e que só pede a Deus um milagre.
"O caso dela não tem cura, a doença é crônica, mas peço a Deus e tenho fé no Senhor conceder um milagre. É muito triste e doloroso ver o filho doente, todos bem de saúde e ela assim tão debilitada", lembrou a mãe. Ela relatou a dificuldade de continuar o tratamento. "Trabalho na roça e moramos em sítio distante uma hora de Monteiro. Para chegar aqui, precisamos de uma condução para o povoado e em seguida para a cidade do Recife. São mais de cinco horas de viagem", contou.
Em relação à representação da data de hoje, ela se emocionou, com lágrimas no rosto e afirmou. "Ah, minha filha (sic). Essa data para mim é tudo. Representa ainda mais o amor e dedicação que tenho aos meus filhos, principalmente com ela, que precisa mais de mim. Sinto-me feliz, mãe e mulher mais importante para todos eles", declarou. "Só queria que Deus continuasse olhando para ela e me desse o presente do milagre. Minha filha já passou por cinco cirurgias e vou ter forças para poder acompanhá-la sempre", confidenciou.
O abrigo Dispensário Santo Antônio Alexandrina fica localizado na Rua São Gonçalo, 109, A, e se mantém com colaboração de voluntários. Para contrinuir, basta entrar em contato com a organização das irmães, através do número (81) 3222.3711.