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Após perder o apoio do PP, de Paulo Maluf, na eleição pela Prefeitura, os tucanos querem compensar o prejuízo no horário eleitoral com uma coligação com o PTB, dono de 49 segundos de propaganda na TV. Sem o PP, a chapa tucana fica com um minuto a menos que a do pré-candidato do PT, Fernando Haddad - ontem o petista fechou a coligação com Maluf.

O pré-candidato do PSDB, José Serra, e o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira conversaram com Campos Machado, presidente do PTB paulista, para tentar trazê-lo para a aliança. Serra encontrou-se com Machado no sábado, no casamento do filho do secretário Julio Semeghini (Planejamento). Ontem Aloysio esteve com o líder do PTB, que voltou a conversar com Serra.

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Os tucanos trabalham com dois cenários para atrai-lo. O primeiro é dar a Secretaria de Justiça estadual para Luiz Flávio D'Urso, ex-presidente da OAB-SP e pré-candidato do PTB a prefeito, em costura a ser feita pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O outro cenário, menos provável, mas não descartado, é ceder ao PTB a indicação do vice-prefeito - Marlene, mulher de Campos, seria a vice da chapa de D'Urso. Campos Machado nega interesse na coligação, mesmo com a indicação do vice. "Não há hipótese de eu voltar atrás", disse sobre a candidatura do PTB.

Serra ainda não bateu o martelo sobre o seu vice, que deve ser definido após a convenção do PSDB no domingo. Os tucanos querem guardar o cargo justamente para ter um curinga nas negociações com os aliados.

O mais cotado hoje é o ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider (PSD). A indicação, no entanto, depende da articulação com os demais partidos. Também será influenciada por decisão da Justiça sobre pleito do PSD, do prefeito Gilberto Kassab, que quer ampliar tempo de TV na propaganda eleitoral.

Os tucanos negociavam o apoio com Maluf desde 2011, mas foram surpreendidos pelo PT, que, na semana passada, deu participação a um aliado dele no Ministério das Cidades. No ano passado, Alckmin colocou o PP na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em troca de apoio para se reeleger em 2014. Agora, para apoiar Serra, o ex-prefeito havia pedido o controle da Secretaria de Habitação, a qual a CDHU é ligada. Alckmin deixou a negociação para depois da eleição. "Fui humilhado", teria dito Maluf a integrante do governo paulista que conversou sábado com ele. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, negou na tarde desta segunda que o apoio do PP, do deputado federal Paulo Maluf, à sua candidatura tenha sido ocasionado pela oferta de cargos na administração federal de Dilma Rousseff. "Não houve essa questão. Estamos fazendo um pacto pela cidade", disse.

Maluf atribuiu a aliança com o PT ao seu "amor por São Paulo". "(Haddad) é o nosso candidato porque eu amo São Paulo e, por amor a São Paulo, eu tenho plena convicção que a cidade precisa do governo federal para resolver seus problemas", afirmou durante o evento que anunciou o apoio, em sua residência.

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Com discurso afinado ao de Haddad, Maluf negou que o indicado para a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Osvaldo Garcia, seja seu aliado. "Não é ligado a mim não. Essa pergunta cabe ao ministro (das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do PP), não a mim ou ao Haddad", disse. E brincou com os presentes: "Acho que ele é paranaense, não é?".

Segundo Haddad, a negociação que levou os dois partidos a selarem o acordo não envolveu mudanças em seu plano de governo. "Não me foi pedida nenhuma alteração dos meus planos para a cidade. Estou com o plano de governo bem adiantado. Submeti a várias pessoas, inclusive do PP, a visão de conjunto, minhas áreas prioritárias, estamos de acordo sobre uma infinidade de coisas. O que nos pauta é São Paulo", emendou.

Quando instado a responder se a aliança entre PP e PT deveria ser interpretada como ideológica ou parte do vale tudo eleitoral, Maluf cravou: "Nós queremos um governo eficiente. Não tem mais direita ou esquerda no mundo. A esquerda está aonde, na Rússia ou na China, que não tem direitos humanos? Em Cuba, que deporta seus boxeadores?"

Feijoada

O anúncio da adesão do PP à pré-candidatura de Fernando Haddad foi envolto pela troca de amenidades entre Maluf e os representantes do PT. Com discurso afinado, todos ressaltaram que, apesar das divergências históricas, a aliança buscava repetir em São Paulo a parceria do plano federal.

Marcado para às 13 horas na casa de Maluf, o evento começou com uma visita relâmpago do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou às 12h45 e foi embora cerca de 15 minutos depois, sem falar com a imprensa. Além de Maluf e Haddad, apenas o presidente nacional do PT, Rui Falcão, falou à imprensa. Segundo interlocutores do ex-presidente, sua presença foi uma condição imposta por Maluf para fechar a aliança e, por isso, não teria ficado mais tempo no evento.

Após o anúncio da aliança, o cardápio do almoço na casa de Maluf foi feijoada. Em seguida, representantes do PT e do PP foram à sede do diretório municipal do PP para homologar a aliança.

Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e do pré-candidato da sigla à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, o deputado federal Paulo Maluf anunciou a adesão do seu partido, o PP, à candidatura petista. Maluf afirmou que, caso seja convidado, irá subir no palanque do petista.

Questionado se levará Paulo Maluf à sua campanha, Haddad desconversou. "Vamos observar com o tempo." Em seguida, Rui Falcão comentou a um petista presente: "(Vamos observar) com o João Santana", afirmou o dirigente em referência ao marqueteiro de Haddad.

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Ao falar sobre as divergências políticas entre o PP e o PT, Maluf afirmou que a aliança visa "um pacto político não ideológico" para a melhora da cidade. "Política é como futebol, quem é palmeirense não gosta do Corinthians e quem é corintiano não gosta do Palmeiras. Pode alguém não gostar de mim, mas Paulo Maluf, como ex-governador e ex-prefeito, conhece como ninguém os problemas de São Paulo", disse.

Apesar de reconhecer as diferenças históricas e ideológicas entre os dois partidos, Maluf afirmou categoricamente que seu eleitor também votará em Haddad. "Meu eleitor é inteligente e sabe quem melhorou os problemas da cidade e quem tem condições, através de parceria com o governo federal, de resolver os problemas atuais."

Em tom conciliador, Maluf elogiou a administração das ex-prefeitas petistas Luiza Erundina e Marta Suplicy. "Não temos de olhar pelo retrovisor e sim pelo para-brisa, olhando para frente", disse. Ele desconversou quando perguntado sobre as recentes declarações da ex-prefeita e atual candidata a vice na chapa de Haddad, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), de que a presença dele na campanha seria desconfortável.

Haddad afirmou que, apesar das divergências históricas com Maluf, a atual aliança "é natural" na política. "Estivemos em campos opostos no passado, mas é possível buscar a convergência. É o que estamos fazendo aqui", justificou. - guilherme.waltenberg@grupoestado.com.br)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará na tarde desta segunda-feira do ato político na residência do presidente estadual do PP, o deputado federal Paulo Maluf, quando será oficializado o apoio do partido à candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.

Lula resistia em ir ao evento, na zona sul da capital paulista, mas decidiu nesta manhã participar porque o deputado insistiu em ter sua presença, chancelando assim o acordo entre as duas siglas.

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Na última sexta-feira, Haddad recebeu o apoio formal do PSB, que indicou a deputada federal Luiza Erundina como vice na chapa. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo neste final de semana, Erundina admitiu que a presença de Maluf na aliança é desconfortável. Haddad, que também participa do anúncio oficial do apoio do PP nessas eleições, não incluiu o evento em sua agenda de campanha.

Às vésperas de o PP anunciar apoio ao ex-ministro Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a deputada e ex-prefeita Luiza Erundina (PSB), parceira de chapa do petista, não esconde o constrangimento de dividir palanque com o colega de Câmara Paulo Maluf. "Para mim não será confortável estar no mesmo palanque com o Maluf", disse a ex-prefeita ao Estado. "A campanha não sou eu nem Maluf individualmente. É um processo muito mais amplo e complexo, e isso se dilui, ao meu ver. (Mas) Claro que é desconfortável".

Erundina disse ter sido surpreendida pelo apoio de Maluf, a ser anunciado amanhã, e que, se tivesse sido consultada, "faria ponderações" e "provavelmente teria dificuldade de aceitar essa decisão". Com o PP, Haddad terá o maior tempo de propaganda na eleição paulistana. "Foi uma decisão dos partidos, que não passou nem passaria por mim. As responsabilidades de alianças são da direção nacional", explicou. Para Erundina, é provável que Maluf não suba no palanque ao lado dela e de Haddad. "Acho que ele nem vai enfrentar a reação da massa".

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Pragmatismo

Depois dos conflitos que viveu com o PT quando foi prefeita, ministra e candidata derrotada pelo malufismo em 1996 - brigas que a levaram a trocar a sigla, após 17 anos de militância, pelo PSB -, Erundina admite que o pragmatismo na hora de construir acordos para eleger candidatos e sustentar governos é necessário. Apesar de manter as críticas feitas aos governos Lula e Dilma e dizer que o PT "fez muitas concessões", a deputada entende que o partido "não perdeu a coerência de forma absoluta" e reconhece méritos nas gestões federais desde 2003.

"Prefiro não julgar um partido em que não estou mais. Agora, foram governos voltados para o interesse da maioria, mesmo que isso tenha exigido certas concessões ao outro polo da sociedade", avaliou. "A política é real, não é algo que se dá no plano do ideal, só da vontade política". Esse raciocínio está presente na autoavaliação de sua gestão, em que levantou bandeiras sociais na saúde, educação e habitação, mas enfrentou greves e oposição ferrenha - na Câmara Municipal e no próprio PT -, num processo que culminou na derrota de Eduardo Suplicy para Maluf.

"A relação do governo com o partido no município foi uma das dificuldades", lembrou Erundina. O PT paulistano era comandado pelo hoje presidente nacional da sigla, deputado estadual Rui Falcão. "Nós tivemos muita dificuldade. Ele (Falcão) reconhece hoje, não publicamente, mas particularmente faz uma autocrítica de que o partido poderia ter ajudado o governo e não ter criado tanta tensão", contou. E avaliou que, se tivesse adotado o pragmatismo que hoje há no PT, isso mudaria sua gestão. "Para ter maioria (na Câmara), teria que ter feito concessões. Preferi não ter maioria, não ter conseguido aprovar certas iniciativas de lei do que ter feito concessões".

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf (PP), a Interpol (Polícia Internacional) decidiu lançar o nome de Vivaldo Alves, o Birigui,  apontado pela promotoria como doleiro de Maluf , na difusão vermelha, índex dos mais procurados em 190 países. A difusão vermelha é o alerta máximo da Interpol e limita os deslocamentos do alvo, que pode ser preso se ingressar em território que integra a comunidade policial.

A Promotoria de Nova York acusa Birigui de ter transferido, nos anos 1990, US$ 4,2 milhões para conta da família Maluf no Safra National Bank. Birigui desistiu de depor na Corte da Ilha de Jersey, em ação da Prefeitura de São Paulo que pede repatriação de US$ 22 milhões depositados em contas de offshores atribuídas a Maluf – o deputado nega ter dinheiro no exterior e há dois anos está na difusão vermelha.

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"O relato (de Birigui) seria importante porque ele movimentou mais de US$ 150 milhões desviados cofres públicos", avalia o promotor Silvio Marques, de São Paulo. O advogado Marcos Montemor, que defende Birigui, sugeriu que ele deponha no Brasil, por videoconferência. "Vamos aguardar o pronunciamento do promotor de NY." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Procuradoria-Geral de Nova York ganhou ação proposta pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP) e seu filho, Flávio Maluf, que pediam a retirada do nome de ambos do alerta vermelho da Interpol (Polícia Internacional) - índex dos mais procurados em todo o mundo.

Em decisão assinada na terça-feira, a juíza Marcy Friedman, da Suprema Corte de Justiça do Estado de NY, rechaçou a argumentação dos advogados de Maluf e indeferiu o pedido do ex-prefeito de São Paulo (1993-1996).

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A defesa pedia, além do arquivamento de ação contra os Maluf por suposto envio de US$ 11,6 milhões para conta bancária nos Estados Unidos, o afastamento do promotor americano que os incluiu na lista da Interpol.

A juíza recusou arquivamento do caso sob o argumento de que os acusados não provaram suas alegações. A procuradoria de NY sustenta que recursos controlados pelos Maluf migraram para conta na Ilha de Jersey. A investigação mostra que parcela do dinheiro foi usada para cobrir despesas pessoais do ex-prefeito e sua família. A procuradoria o acusa por lavagem de dinheiro. Se condenado, Maluf pode pegar 25 anos de prisão nos EUA. Ele sempre negou manter dinheiro no exterior. O promotor de Justiça de São Paulo, Silvio Marques, declarou: "Caso o ex-prefeito e seu filho saiam do Brasil poderão ser presos e extraditados para os Estados Unidos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo histórico do Supremo Tribunal Federal, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), de 80 anos, deve se livrar do processo criminal aberto anteontem pela Corte por suspeitas de que ele tenha cometido o crime de lavagem de dinheiro junto com a mulher, Sylvia, quatro filhos e outros dois parentes.

O tribunal costuma demorar anos para julgar uma ação desse tipo. Parte dos ministros entende que o crime prescreverá em 2014. Depois disso, se não forem julgados, Maluf e família saem impunes.

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Além da demora tradicional do STF para analisar ações penais, há ministros que já têm dúvidas sobre se ainda é possível processar e punir o casal Maluf pelo crime de lavagem de recursos supostamente desviados de obras públicas na época em que o deputado administrava a cidade de São Paulo. O prejuízo ao erário teria sido de cerca de US$ 1 bilhão, de acordo com o ministro Ricardo Lewandowski, relator do processo.

Único a votar contra a abertura da ação, Marco Aurélio Mello argumentou que já teria ocorrido a prescrição no caso de Maluf e Sylvia, que têm mais de 70 anos - eles são beneficiados por uma legislação que divide pela metade o tempo de prescrição nessas situações. Outros dois ministros, Dias Toffoli e Cezar Peluso, adiantaram que quando o tribunal julgar o processo para decidir se os réus serão punidos eles analisarão o assunto.

Mas Lewandowski sustenta que o crime se prolongou até 2006, quando autoridades tiveram conhecimento amplo sobre a existência dos recursos no exterior. Para ele, a prescrição em relação ao casal Maluf ocorreria em maio de 2014. Com a abertura da ação, a contagem do prazo voltaria à estaca zero e não haveria risco de prescrição a curto prazo. A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, a denúncia foi recebida e o inquérito foi transformado em processo criminal.

Se no julgamento do processo, cuja data não está marcada, a maioria dos ministros concluir que ocorreu a prescrição, Maluf e Sylvia estarão livres do risco de serem condenados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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