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A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) encaminhou manifestação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite dessa terça-feira, 30, na qual pede que a Corte negue um novo recurso do deputado federal Paulo Maluf (PP) e mantenha barrada a candidatura do político nas eleições deste ano. Para o vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, o deferimento do registro de Maluf "representaria um golpe à credibilidade não só do sistema eleitoral pátrio, mas do próprio Poder Judiciário brasileiro".

Na semana passada, em julgamento acirrado, o TSE por maioria negou pedido de Maluf para reverter decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo e liberar seu registro de candidatura. Diante da derrota, a defesa do político protocolou novo recurso no tribunal. Na manifestação enviada ao TSE, Aragão apontou que o recurso utilizado pela defesa de Maluf, chamado embargos de declaração, não permite o rejulgamento da causa.

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Maluf foi enquadrado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) nas hipóteses de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa, em razão de condenação por improbidade administrativa. No final do ano passado, o Tribunal de Justiça (TJ) paulista condenou o político sob acusação de superfaturamento na construção do Túnel Ayrton Senna, obra realizada durante sua gestão como prefeito da capital paulista. À frente da Prefeitura de São Paulo, Maluf nomeou Reynaldo Emygdio de Barros, homem de sua confiança, para a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e para a Secretaria Municipal de Obras e Vias Públicas, o que teria "afrouxado controles de pagamento", no entendimento do tribunal.

A defesa de Maluf alegou no TSE que o político foi condenado pelo TJ por improbidade na modalidade culposa e não dolosa, requisito para enquadrar candidato nas hipóteses de inelegibilidade. A ministra relatora, Luciana Lóssio, entendeu contudo que o TJ não afastou a modalidade dolosa, apenas apontou que a culpa, por si só, já seria suficiente para a condenação. Ela foi seguida pelos ministros Admar Gonzaga, Maria Thereza de Assis Moura e Luiz Fux.

Ao recorrer novamente ao TSE, a defesa de Maluf aponta que a Justiça Eleitoral rejulgou a decisão do TJ para atribuir a existência de dolo, além de alegar que a Corte foi omissa quanto à impossibilidade de mudar a jurisprudência no curso do período eleitoral. Para a defesa do deputado, o TSE produziu "reformatio in pejus", quando há uma mudança na jurisprudência que prejudica a parte no processo.

O vice-procurador-geral Eleitoral, contudo, pediu para que o TSE negue recurso. Aragão defende que a decisão do TJ aponta que Maluf contribuiu "de forma direta" para a execução da fraude. Na análise do procurador, a sentença da justiça paulista demonstra que Maluf fez com que uma mesma pessoa fosse responsável pela emissão de cartas de cobrança emitidas pela Emurb e pela emissão de notas de empenho pela Secretaria Municipal "eliminando qualquer possibilidade de controle de gastos públicos".

"Esse Tribunal Superior Eleitoral constatou o preenchimento de todos os requisitos da citada hipótese de inelegibilidade, por meio de elementos extraídos das decisões proferidas pela Justiça Comum", escreveu Aragão. "Lá constou o dolo no proceder do candidato, bem como o enriquecimento ilícito e a lesão ao erário, não havendo que se falar em afronta a direitos fundamentais", completou.

Perfil da Corte

A decisão sobre Maluf rendeu críticas do ministro do STF e vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes, à composição da Corte. Um dia após a decisão de barrar Maluf, Mendes sugeriu que os colegas integrantes da Corte não têm preparo para enfrentar pressão. Ele disse ainda que é "notório" que o tribunal não está vivendo um bom momento. Ele foi um dos que votou pela liberação da candidatura do político, assim como os ministros Dias Toffoli e João Otávio de Noronha, que entenderam pela ausência dos requisitos para enquadrar Maluf na Ficha Limpa.

Na peça encaminhada ontem à noite por Aragão ao TSE, o vice-procurador-geral aproveita para elogiar o entendimento firmado pela Corte que teria representado "uma salutar evolução do pensar" do TSE, "no sentido de se proceder à uma análise material, e não meramente formal, das decisões proferidas pela Justiça Comum, que condenaram candidatos pela prática de ato de improbidade administrativa".

Principal nome a aparecer nas propagandas eleitorais do PP paulista, o deputado e ex-prefeito paulistano Paulo Maluf está prestes a se tornar garoto-propaganda em nível internacional. O político, que na segunda-feira foi considerado ficha suja pelo Tribunal Regional Eleitoral, foi escolhido pela Transparência Internacional como uma das "estrelas" de uma campanha mundial contra a corrupção, lançada nesta terça-feira, em Berna, na Suíça. O caso do deputado é usado como exemplo de como as leis de combate a desvios de recursos públicos precisam ser modificadas para enfrentar o problema.

A campanha "Desmascarar a Corrupção" foi lançada como uma forma de pressionar o governo da Suíça a modificar suas leis em relação à proteção do sigilo bancário. Instituições financeiras em Genebra ou Zurique são usadas por políticos de todo o mundo para esconder dinheiro de origem ilícita. Maluf é chamado na campanha de "Mr. Kickback", ou "Sr. Propinas". "Longe dos contribuintes que o elegeram, Maluf comprou relógios de luxo e joias em casas de apostas em Nova York", diz a campanha. "Não existem muitas pessoas que podem dizer que existe um verbo criado a partir de seu nome. Mas Paulo Maluf pode", indica. Segundo a Transparência, "Malufar" significa "roubar dinheiro público".

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Propina

De acordo com a entidade, o deputado teria recebido US$ 344 milhões em propinas em quatro anos como prefeito de São Paulo. A ONG aponta que Maluf conseguiu desviar o dinheiro graças a paraísos fiscais que permitiram que ele mantivesse contas sem revelar seu nome. O ex-prefeito nega as acusações e, durante anos, disse que não tinha contas no exterior.

Jersey, ilha britânica onde empresas ligadas a Maluf mantinham recursos, acabou condenando o deputado brasileiro. A Interpol tem um mandado de prisão internacional contra Maluf. "Apesar de sua notoriedade, Maluf não está na prisão. Na realidade, ele é membro do Congresso. Se ele corre o risco de ser preso se sair de seu país, no Brasil ele está livre", aponta a campanha. "E apesar de se transformar em gíria em português, Maluf continua a negar qualquer crime".

A campanha coincide com o início dos debates sobre a modificação das leis no Parlamento suíço. "Hoje, a Suíça não exige a identidade da pessoa real que controla ou possui uma empresa", alertou a entidade. "A Suíça precisa ampliar o escopo de sua lei antilavagem de dinheiro para prevenir que os corruptos escondam seu dinheiro do crime e da corrupção em seu território", disse Eric Martin, chefe da Transparência Internacional na Suíça.

Esforços

A entidade pede que o governo local faça esforços para "desmascarar os corruptos" e permitir a adoção de leis para identificar os donos de empresas e de contas nos bancos do país. A ONG se prepara para desembarcar no Brasil e, nos últimos anos, tem se transformado em uma referência mundial no combate à corrupção. Além de Maluf, a campanha traz como exemplos o ex-ditador da Tunísia Zine al-Abidine Ben Ali e um homem de negócios da Nigéria.

Depois de selar a aliança com Alexandre Padilha, do PT, na disputa pelo governo de São Paulo sem fazer exigências, o PP de Paulo Maluf agora entra na briga para indicar o vice na chapa. Encorajados pelo fracasso na negociação do PT com o usineiro Maurílio Biagi Filho, que se filiou ao PR, mas desistiu de ser o vice de Padilha, malufistas trabalham intensamente para ocupar o espaço.

O deputado federal Paulo Maluf, presidente estadual do PP, disse nesta quarta-feira que o partido tem bons nomes para o posto. "A indicação não fez parte da aliança, portanto ele (Padilha) está livre para a escolha, mas nós temos nomes da melhor qualidade." Maluf não citou os pretendentes, mas disse que o partido tem filiados que preenchem os requisitos do vice idealizado pelo candidato petista, como o bom trânsito junto ao empresariado e ligações com o agronegócio. "Não impusemos essa condição, mas seria gratificante para o PP contribuir com o vice", afirmou.

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Sem confirmar ou negar o assédio malufista, o PT informou que seguem as negociações com o PR e com outros partidos. De acordo com a assessoria do presidente estadual, Emídio de Souza, dificilmente a escolha do vice de Padilha ocorrerá antes de ficar definido se o PT terá ou não o apoio do PR nas eleições majoritárias. Essa definição deve ocorrer apenas no dia 26. Caso prevaleça a aliança, outro nome citado no PR para vice é o do médico oftalmologista Cláudio Lottemberg.

Conforme a assessoria do PT, as conversas incluem o PSD de Gilberto Kassab. O ex-prefeito de São Paulo ainda não definiu se vai se candidatar ao governo estadual ou estará disponível para alianças. O vice de Geraldo Alckmin, do PSDB, candidato à reeleição, também não está definido. Outros partidos já completaram a chapa: Paulo Skaf, candidato a governador pelo PMDB, terá como vice o criminalista José Roberto Batocchio. Nesta quarta-feira, o PV fechou com a médica Maria Lúcia Aidar, vereadora de Itapetininga, como vice de Gilberto Natalini, candidato do partido ao governo.

O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, utilizou na manhã desta quarta-feira o mesmo mote do aliado neste pleito, o presidente do PP no Estado, deputado Paulo Maluf, ao criticar a falta de obras em São Paulo nesses 20 anos de gestão do PSDB.

Em evento promovido pela agência EFE, Padilha disse: "A última grande obra em São Paulo foi feita antes de 1994." A alusão é a mesma que Maluf está usando nas inserções partidárias de seu partido. O deputado diz que as últimas grandes obras no Estado foram feitas antes de 1993 e arremata: "E você sabe por quem", numa referência a ele próprio.

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Na crítica dirigida hoje aos adversários tucanos, Padilha não citou o nome do aliado do PP. O ex-ministro da Saúde falou da falta de investimentos da gestão do PSDB em setores essenciais, como o transporte. "O governo do PSDB é muito lento", afirmou, dizendo que o ritmo de construção do Metrô é de menos de dois quilômetros por ano.

O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse na tarde desta quarta-feira em João Pessoa que a presidente Dilma Rousseff entregou o centro do governo às forças políticas mais atrasadas que existem no País e que sempre foram combatidas pelo PT. Em entrevista à rádio Correio da Paraíba FM, Campos citou como forças políticas do atraso os senadores José Sarney, Fernando Collor de Mello e Renan Calheiros e o deputado federal Paulo Maluf.

"Eu vi o que o PT dizia do Sarney. E hoje, o Sarney está lá. Do Collor, o Collor está lá. Do Renan, o Renan está lá. Do Maluf, o Maluf está lá. E cada vez mais poderosos, mandando e tirando as forças que poderiam efetivamente levar o governo à preocupação com rumo certo", disse Campos, acrescentando: "A gente tem o direito de errar. Só não tem o direito de permanecer no erro quando constata que está errado. Constatamos que o Brasil está no caminho errado. Nós saímos (do governo) para ficar com o povo e mostrar que o Brasil vai mudar para melhor".

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No final da manhã, Campos cumpriu agenda política em Campina Grande, o segundo maior colégio eleitoral da Paraíba e forte reduto do PSDB. E não amenizou as críticas ao governo federal, falando da falta de investimentos na segurança. Disse que, como governador de Pernambuco, ele tirou Recife do primeiro lugar no ranking da violência no País em menos de sete anos. Afirmou que o governador João Lyra Neto enfrentou a primeira greve na PM e resolveu o problema em 24 horas.

Em João Pessoa, ele disse que o Brasil precisa de mudanças e olhar para o futuro. "Vamos conciliar a boa governança da economia, contendo a inflação e botando o Brasil para crescer", afirmou. O presidenciável disse que, por outro lado, se eleito, vai preservar programas sociais como o Bolsa Família e ampliar a escola em tempo integral e a qualificação profissional. "Temos que cuidar das desigualdades. O Brasil tem desigualdades muito fortes e o Nordeste as conhece de perto", declarou.

Segundo Campos, falta ao Brasil um rumo estratégico e diálogo federativo. "Álertamos que falta ao Brasil um rumo estratégico e diálogo federativo. A presidenta retirou os recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do FPE (Fundo de Participação dos Estados), que atinge os municípios e Estados nordestinos e da região Norte. Os municípios tinham 14% de tudo o que se arrecada no País. Hoje, só têm 11%", disse.

Ele responsabilizou a presidente Dilma pela redução do efetivo da Polícia Federal em 3 mil homens, deixando as fronteiras do País livres para a entrada de drogas. "Por isso, o crack está aí, por toda parte onde a gente anda".

Os advogados do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) sugeriram um acordo à Promotoria de Nova York para que ele se livre de uma ordem de prisão preventiva decretada em 2007.

Segundo reportagem publicada ontem no jornal Folha de S.Paulo, o parlamentar e ex-governador paulista sugeriu pagar US$ 1 milhão (R$ 2,2 milhões) em troca do benefício. Com isso, Maluf poderia voltar a viajar para o exterior sem correr o risco de ser preso.

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No dia 18 de abril, o blog do jornalista Fausto Macedo no portal Estadão.com.br revelou que a Suprema Corte de Nova York rejeitou outro pedido do deputado federal de anulação do processo pelo qual foi decretada a prisão de Maluf e de um de seus filhos, o empresário Flávio Maluf.

Interpol. Eles são réus desde 2007 nos Estados Unidos sob a acusação de roubo, fraude e lavagem de dinheiro. Os recursos teriam sido desviados de obras da Prefeitura de São Paulo quando Maluf era prefeito da capital, entre 1993 e 1996.

O dinheiro depositado nos Estados Unidos, segundo a acusação, seria apenas uma parte de um montante relativo a fraudes em obras viárias de grande porte por ele contratadas durante o seu governo, como a construção da Avenida Água Espraiada, na zona sul da cidade, que atualmente é chamada de Avenida Jornalista Roberto Marinho. Maluf é acusado por promotores brasileiros de ter desviado US$ 340 milhões, o que seria equivalente a R$ 758 milhões.

Em função da ação, o nome de Maluf faz parte desde 2009 da lista de procurados da Interpol, rede policial que reúne agentes de 190 países.

Indenização. Em fevereiro, o Deutsche Bank fechou um acordo com o Ministério Público estadual e aceitou pagar uma indenização de US$ 20 milhões - cerca de R$ 50 milhões - para evitar ser alvo de uma ação judicial por ter abrigado em suas contas o dinheiro que, segundo a promotoria, foi desviado na prefeitura de São Paulo na gestão Paulo Maluf.

O Deutsche foi um dos bancos pelos quais circulou o dinheiro do esquema de desvio da construção da Avenida Espraiadas. No total, US$ 200 milhões transitaram pela instituição financeira. O banco poderia ser acusado judicialmente de negligência. O acordo teve aval da Prefeitura de São Paulo, hoje comandada por Fernando Haddad (PT). Apesar da decisão, o petista é aliado político do ex-prefeito paulistano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pressionado por integrantes da bancada do Partido Progressista (PP) na Câmara, o deputado federal Paulo Maluf (SP) entregou à Executiva Nacional da legenda o pedido de afastamento da presidência estadual. A saída de Maluf foi comunicada por meio de uma carta envida à cúpula nacional do partido na última quarta-feira (4).

Maluf estava no comando da legenda em São Paulo há cerca de sete anos. A decisão ocorre em meio a um racha entre os deputados federais do partido no Estado. De um lado, uma parte defende a formação de uma aliança com o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na disputa das próximas eleições de 2014. Do outro, Maluf teria sinalizado internamente defender uma candidatura do PT que indicou o nome do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para disputar o pleito.

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No lugar de Maluf deve assumir o vice-presidente estadual do PP, deputado federal José Olímpio, que comandará a legenda junto com os deputados Guilherme Mussi e Aline Corrêa. "Maluf pediu o afastamento e eu como vice-presidente assumi com a responsabilidade de conduzir os encaminhamentos até as eleições", afirmou Olímpio.

Segundo Mussi, a decisão ocorreu após a maioria da bancada da Câmara se posicionar junto à Executiva Nacional contra a permanência de Maluf no comando em São Paulo.

"Existe uma corrente dentro do partido que defende o afastamento de Maluf para que se tenha um rodízio, a fim de que outros possam assumir a presidência por algum período. Foi uma decisão da maioria dos deputados de São Paulo", afirmou Mussi. Dentro do partido, ele defende o apoio à reeleição do atual governador de São Paulo.

"Trabalho abertamente por uma aliança com Geraldo Alckmin. Com Maluf na presidência ficaria difícil porque ele vem dizendo aos quatro cantos que a candidatura dele é a do Alexandre Padilha. Não se pode tomar uma decisão sozinho. É antidemocrático", considerou o deputado.

Segundo ele, nas negociações para a formação de uma chapa com o PSDB será discutida a possibilidade de o PP indicar o vice-governador ou um nome para disputar o Senado. A vaga de vice, no entanto, também é disputada pelo DEM e PSB.

Procurado pela reportagem, Maluf não quis falar sobre o afastamento da presidência estadual. "Não vou comentar", disse.

No dia seguinte à condenação pelo Tribunal de Justiça pelo superfaturamento do Túnel Ayrton Senna, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi recebido pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, seu correligionário, participou de sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e chegou a conversar ao pé de ouvido com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), durante audiência deste no Congresso. Destacando que a decisão do TJ-SP não impede sua candidatura, Maluf disse ao Grupo Estado que deve tentar se reeleger em 2014.

"Se meu partido assim desejar eu estarei na disputa em 2014", afirmou. "Vou para a Câmara novamente. Estarei com 83 anos no ano que vem, deixa o Executivo para os mais jovens", complementou.

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Condenado a pagar multa de R$ 42,2 milhões e a perda dos direitos políticos por cinco anos, ele observou que o recurso suspenderá a pena. Ressaltou ainda que como não há no acórdão a afirmação de que houve dolo ou enriquecimento ilícito ele não entrará na Lei da Ficha Limpa.

Irônico, afirmou que a decisão do TJ-SP tem como fator positivo lembrar seus feitos. "Fiquei até feliz porque os mais jovens não lembraram que o Túnel Ayrton Senna foi o Maluf que fez", disse. Afirmou ainda que as obras feitas por ele tinham mais qualidade do que as feitas por outros administradores. "Nenhum viaduto caiu, nenhum piscinão vazou, nenhum metrô ruiu. Foram todas obras da melhor qualidade".

Maluf não deixou, porém, de criticar os acusadores. "A condenação é um verdadeiro absurdo. Com todo o respeito ao Ministério Público, ele não tem condição de dizer se a obra tinha de ter uma coluna a mais ou a menos, tenho certeza que essa condenação cairá", disse.

Questionado sobre qual candidato apoiará para o governo em 2014, Maluf disse que construirá a aliança com o ministro das Cidades e o presidente do PP, Ciro Nogueira, e que o partido pode apoiar a reeleição de Alckmin, a candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), ou a do presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB).

Condenado nesta semana por envolvimento com o superfaturamento das obras do túnel Ayrton Senna, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) sofreu um novo revés na Justiça. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido da defesa do parlamentar para que fosse suspenso um inquérito que investiga suspeita de caixa dois na campanha de 2010.

Datada de 29 de outubro, mas divulgada nesta semana, a decisão recusou o pedido da defesa de Maluf e determinou que sejam ouvidos os administradores financeiros da campanha do deputado federal. Os advogados do congressista alegavam que a prestação de contas da campanha ainda será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que, portanto, o inquérito deveria ser suspenso no STF.

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No entanto, o ministro Luiz Fux concluiu que há independência das instâncias eleitoral e penal e, por esse motivo, manteve a tramitação do inquérito. No inquérito, é investigada suspeita de que a empresa Eucatex, de propriedade de parentes de Maluf, teria arcado com despesas da campanha. Mas isso não teria sido declarado na prestação de contas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou, nessa segunda-feira (4), Paulo Maluf (PP) à suspensão de seus direitos políticos por 5 anos e ao pagamento de multa pelo superfaturamento do Túnel Ayrton Senna, obra emblemática de sua gestão na Prefeitura, entre 1993 e 1996. A decisão, porém, não terá valor prático enquanto houver possibilidade de recursos. O deputado federal, de 82 anos, deve se livrar até mesmo da Lei da Ficha Limpa e poderá concorrer nas eleições do ano que vem.

Nesse processo, Maluf não é acusado de enriquecimento ilícito. Além disso, em seu voto, a desembargadora Teresa Ramos Marques, relatora, atribui "culpa" a Maluf, e não "dolo". Esses são dois dos cinco pré-requisitos cumulativos para que um político seja enquadrado na Lei da Ficha Limpa, de 2010. Maluf, inclusive, tem outras condenações judiciais, mas nenhuma que o transforme em "ficha-suja". O ex-prefeito se diz inocente e diz que vai recorrer da sentença.

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A decisão desta segunda foi tomada por unanimidade pela 10.ª Câmara de Direito Público do TJ e confirma sentença de primeira instância, do Fórum da Fazenda Pública, em 2009. O colegiado do tribunal impôs ao deputado federal do PP e às empreiteiras Constran e CBPO, solidariamente, pagamento de R$ 42,28 milhões por improbidade administrativa.

Explicação

O promotor Roberto Livianu disse que vai entrar com recurso denominado embargos de declaração tão logo o acórdão do julgamento seja publicado. Em sua avaliação, a relatora foi taxativa ao examinar os "meandros da fraude, mas contraditória porque dá a entender que não houve dolo". Esse embargo serve para pedir esclarecimentos sobre a sentença proferida.

"A desembargadora diz que no entendimento do Superior Tribunal de Justiça basta a culpa para ficar comprovada violação à Lei da Improbidade. Quando ela examina de maneira mais abrangente e afirma que está provado que ele (Maluf) colaborou para a execução de fraude, é uma declaração inequívoca de que houve dolo. Pretendo questionar isso nos embargos de declaração. Pedirei à relatora para deixar claro que de fato foi ato doloso", afirmou o promotor.

Para Livianu, "não existe fraude com culpa, assim como não existe estupro com culpa". "A culpa é um descuido, situação diferente de uma fraude que pressupõe estratagema, ardil, malandragem. E houve malandragem neste caso", disse.

O voto da relatora foi seguido pelos desembargadores Paulo Galizia e Urbano Ruiz. "Diante da gravidade do ilícito, extensão do dano causado, assim como do proveito patrimonial obtido, não se mostra excessiva a condenação ao ressarcimento integral do dano", sentenciou Teresa Marques. "O então prefeito Paulo Maluf é parte legítima para figurar como réu, uma vez que agia em nome do município, responsabilizando-se pela obra pública que aprovou e recebeu", destacou a desembargadora.

Acréscimo

A ação contra Maluf foi movida por causa de um acréscimo irregular na Medição 72 da obra - estabilização do solo -, realizada em julho de 1996 por meio do contrato 5/87 entre a antiga Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), atual São Paulo Urbanismo, e o Consórcio CBPO/Constran. Na ocasião, a Emurb era presidida pelo engenheiro Reynaldo de Barros, que morreu em 2011, braço direito de Maluf. Ele acumulava o cargo de secretário municipal de Obras e Vias Públicas.

‘Grosseiro’

Perícias técnicas apontaram "fraude grosseira", que consistiu basicamente no aumento sistemático de 4 metros em cada uma das 1.259 colunas de sustentação do túnel inicialmente projetadas por meio do sistema denominado Jumbo Grouting. Perícia contábil apurou desvio de R$ 4,9 milhões porque, conforme a ação, os serviços não foram executados.

Os técnicos apuraram que a Emurb e o consórcio firmaram termo de encerramento contratual em agosto de 2001. No acerto de contas, as empreiteiras permitiram o abatimento de R$ 7,4 milhões do saldo devedor da empresa municipal a título de ressarcimento do valor questionado lançado na Medição 72. Na ação, o consórcio sustentou que, em razão dessa devolução, não houve prejuízo ao erário.

"A criação e execução de receita inexistente configuram, em tese, ato de improbidade administrativa (...), mas não implicam, necessariamente, a ciência ou colaboração do prefeito", concluiu a relatora do caso no TJ. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou na manhã desta segunda, 4, a condenação que havia sido imposta em 1ª instância ao ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996), por improbidade administrativa. A Corte manteve suspensão dos direitos políticos de Maluf por 5 anos, mas ele pode recorrer. A sanção só terá validade se a condenação for definitiva, ou seja, transitado em julgado.

O ex-prefeito foi condenado pela Justiça da Fazenda Pública, sobre a acusação de superfaturamento na construção do Túnel Ayrton Senna, polêmica obra de sua gestão na Prefeitura de São Paulo. Segundo o Ministério Público Estadual, os valores superfaturados abasteceram contas do ex-prefeito na Suíça.

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Nesta segunda-feira, a 10ª Câmara de Direito Publico do TJ-SP confirmou a sentença de primeiro grau. A defesa do ex-prefeito informou que vai recorrer da decisão.

Com a possibilidade de afastamento do PSB, partido de Eduardo Campos, da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo paulista em 2014, o palanque eletrônico da campanha tende a ficar mais equilibrado entre petistas e tucanos. Mesmo contando hoje com seis legendas praticamente alinhadas ao seu lado - DEM, PPS, Solidariedade, PTB, PRB e PSC -, o governador teria quase o mesmo tempo de TV na propaganda eleitoral que o PT.

Segundo levantamento do Estadão Dados, a aliança tucana sem o PSB teria, na atual configuração, 5min22s. Com apoio provável apenas do PR e do PC do B - que ventila a candidatura do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, mas está na área de influência do PT -, os petistas contariam com 5min07s diários para alavancar a candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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O apoio do PSB a um dos dois lados significaria o acréscimo de quase 1 minuto diário.

Após a aliança entre a ex-ministra Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o diretório paulista do PSB passou a ser pressionado a lançar candidatura própria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A 3.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo multou o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) em R$ 2,1 milhões pelo descumprimento de uma sentença judicial. A Justiça multou Maluf por ele não ter feito o depósito de uma condenação definitiva por improbidade administrativa. O valor é relativo a 10% dos R$ 21,3 milhões que o ex-prefeito de São Paulo foi obrigado a pagar por dano ao erário pelo episódio que ficou conhecido como "escândalo dos precatórios" - envolvendo títulos públicos municipais durante a sua gestão (1993-1996).

Na decisão publicada ontem, a juíza Liliane Keyko Hioki negou um recurso no qual Maluf sustenta que não deveria pagar a dívida da ação aberta após uma representação feita em 1996 por petistas, entre eles o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O PP, partido de Maluf, integra a base aliada ao governo federal.

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Segundo Liliane, a dívida já deveria ter sido paga em outubro do ano passado depois que os recursos contra a condenação por improbidade se esgotaram. Para questionar o valor cobrado, disse a juíza, Maluf deveria já ter depositado o dinheiro após a decisão transitar em julgado.

No recurso, a defesa do deputado alega que os juros referentes à condenação seriam menores, o que rebaixaria o total do débito a R$ 15 milhões. Além disso, Maluf argumenta que em outra ação - contra a corretora Negocial S/A Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários - já foram transferidos R$ 13,1 milhões, que seriam para quitar a mesma dívida.

Esse outro processo foi aberto a pedido do Ministério Público, em 2011, na 12.ª Vara da Fazenda. O promotor Saad Mazloum indicou que a empresa é uma das 15 corretoras e instituições financeiras que participaram de operações financeiras durante a gestão de Maluf na Prefeitura, julgadas ilegais no escândalo dos precatórios. Para a defesa de Maluf, a Justiça deve compensar a sua condenação com os valores que teriam sido pagos no outro processo.

A juíza da 3.ª Vara da Fazenda, no entanto, considerou que não ficou demonstrado que houve qualquer tipo de pagamento. Ela também afirma que não há prova de que o dinheiro exigido da corretora pelo Ministério Público tenha qualquer relação com o depósito que Maluf deveria ter feito à Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Chega ao final o processo envolvendo as contas de Paulo Maluf na ilha de Jersey, depois de treze anos de investigações, cartas rogatórias e disputas legais. Nesta quinta-feira (11), a corte de apelação do Tribunal de Jersey informou às partes uma decisão final sobre o destino do dinheiro do ex-prefeito e rejeitou o recurso apresentado pelas empresas de Maluf. O dinheiro desviado poderá seguir aos caixas da prefeitura de São Paulo e deve ser depositado até junho.

Os advogados de Maluf poderiam tentar uma última cartada, tentando levar o caso de Jersey para a Corte Suprema de Londres. Mas há décadas todos os processos nesse sentido são rejeitados, o que na prática transforma a decisão desta quinta-feira como sendo a de última instância.

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Numa primeira instância, Maluf já havia sido condenado. Em novembro, a Corte constatou que duas empresas ligadas à família Maluf - Durant e Kildare - haviam sido usadas pelo ex-prefeito para desviar dinheiro de obras públicas em São Paulo, entre elas a obra da Avenida Águas Espraiadas em 1998. A corte também chegou à conclusão que Maluf sabia que o dinheiro depositado em suas contas era de origem fraudulenta.

Para a Corte, não resta dúvidas do envolvimento do deputado federal. "Paulo Maluf era parte da fraude na medida em que, pelo menos no decorrer de janeiro e fevereiro de 1998, ele ou outras pessoas em seu nome receberam ou foram creditadas no Brasil com uma série de 15 pagamentos secretos", indicou a Corte.

Dois meses depois, Jersey determinou que empresas offshore ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf teriam de devolver aos cofres públicos do município de São Paulo um volume de recursos três vezes superior ao que teriam originalmente desviados há quase 15 anos: US$ 28,3 milhões, além de pagar oito anos de custos com advogados contratados pela prefeitura no processo que ainda tramita no paraíso fiscal. A avaliação da prefeitura é de que, só com advogados, o custo chegou a US$ 4,5 milhões nesse período.

O desvio de dinheiro em 1998 teria sido de US$ 10,5 milhões. Mas, com juros e correções, além das multas, Maluf terá de devolver três vezes mais.

Devolução

O valor que voltaria para a prefeitura está bloqueado em Jersey, sendo que parte importante é composta por ações da Eucatex - empresa da família Maluf.

Através de duas empresas fundadas e administradas pela família, Maluf e Flávio, seu filho, foram os beneficiados do desvio de cerca de 20% da verba destinada à construção da atual avenida jornalista Roberto Marinho. Com notas fiscais frias, a prefeitura pagou US$ 10,5 milhões a mais para a construtora Mendes Júnior. Esse dinheiro foi repassado a subcontratados e, depois, transferido a Nova York. De lá, o dinheiro cruzou o Atlântico para ser depositado em nome de duas empresas offshore dos Maluf em Jersey.

Agora, só em juros entre 1998 e 2012, o ágio cobrado sobre Maluf chega a US$ 17,8 milhões. Para chegar a esse valor, a corte estipulou uma taxa de juros de 1% ao mês. Para o juiz Howard Page, é "totalmente razoável" exigir o pagamento da diferença.

Segundo a decisão, os advogados das empresas chegaram a argumentar que a corte não tinha o poder de determinar o valor, alegando que Maluf não estava em uma "reação fiduciária com a prefeitura". "Mas o que esse raciocínio omite é que eles (Maluf e seu filho Flávio) foram receptores de fundos que sabiam perfeitamente que eram resultado de fraude", alertou Page.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira que os cerca de R$ 56 milhões a serem devolvidos pelas empresas ligadas ao deputado Paulo Maluf (PP) à Prefeitura de São Paulo são suficientes para a construção de 20 creches. Na noite dessa quinta-feira, 11, o Tribunal de Jersey rejeitou recursos da defesa e o repasse do valor definido pela sentença deverá ser feito até junho.

Em entrevista à Rádio Estadão, Haddad comentou a decisão. "Não tem a ver com valor, tem a ver com Justiça. Hoje você tem que tomar procedimentos todo dia para coibir qualquer tipo de abuso. Não estou aqui para julgar ninguém. Estou aqui para usar o recurso público em benefício do público", afirmou.

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O prefeito disse que o recurso é baixo se comparado ao orçamento municipal, mas ao usar o exemplo da construção de creches afirmou que o dinheiro pode beneficiar até 4 mil pessoas. "Não é pouca coisa, não."

O Tribunal de Jersey entendeu que duas empresas no exterior ligadas a Maluf fora usadas para desviar dinheiro de obras públicas da administração municipal. O deputado foi prefeito de São Paulo entre 1993 e 1996. Para a Corte, Maluf sabia que a origem do dinheiro depositado nas contas das empresas era irregular.

O desvio, ocorrido em 1998, teria sido de US$ 10,5 milhões. Em razão das correções e multas, o valor a ser ressarcido à Prefeitura foi estipulado em US$ 28,3 milhões (cerca de R$ 56 milhões). Por meio de sua assessoria, o deputado informou apenas que seu nome não consta no processo e que as empresas vão apelar à Corte Suprema de Londres.

O procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, afirmou que as investigações sobre contas naquele país ligadas a Paulo Maluf (PP) estão em sua fase final. Segundo Lauber, uma ação contra o ex-prefeito de São Paulo e hoje deputado federal deverá ser apresenta em breve. A medida poderá resultar numa ordem de devolução do dinheiro aos cofres brasileiros, assim como ocorreu com o caso Jersey.

"Entendo que já existem indícios suficientes", disse o procurador ao Estado. Segundo Lauber, Maluf e seus familiares mantêm contas na Suíça há quase 30 anos - o político nega. Documentos em posse da Justiça suíça mostram que, seis meses depois de perder a eleição presidencial indireta para Tancredo Neves, em 1985, no início da redemocratização no Brasil, uma primeira conta foi aberta tendo Maluf como beneficiário. No total, doze contas envolvendo o político e dois dos seus quatro filhos foram identificadas.

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Foram os suíços que, em 2000, alertaram a Justiça brasileira sobre movimentações financeiras envolvendo o nome de Maluf e o fato de o político ter transferido parte do dinheiro para as ilhas Jersey, um paraíso fiscal do no Canal da Mancha. As contas que permanecem abertas, segundo o procurador, estão congeladas - todas elas ligadas a Lígia Maluf, filha do ex-prefeito. Em uma delas, na cidade de Lausanne, o bloqueio chega a US$ 7 milhões. Ao todo, há US$ 13 milhões bloqueados.

A defesa de Paulo Maluf informou na quinta-feira que desconhece a existência de novo processo de investigação contra o ex-prefeito na Suíça. A defesa destacou que o empresário Maurílio Cury, marido de Lígia Maluf, filha do ex-prefeito, possui uma offshore que mantém conta em território suíço. As movimentações financeiras dessa conta estão comunicadas na declaração de Maurílio ao Fisco brasileiro.

Defensores acreditam que a menção de Lígia se deve ao fato de seu marido manter ativos em instituições financeiras na Suíça. Eles anotam que Maurílio é "um empresário de sucesso há muitos anos, nunca ocupou cargo político e nunca participou de qualquer gestão de Paulo Maluf". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) saiu nesta quinta-feira em defesa das candidaturas do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a presidência do Senado e da Câmara dos deputados, respectivamente. "Não vejo nada no Estado de Direito que possa impedir tanto a eleição de Renan Calheiros como a de Henrique Eduardo Alves", disse o deputado, durante o lançamento do livro de poesias do vice-presidente da República, Michel Temer, em uma livraria de São Paulo.

Para o deputado, não há nada na legislação que impeça Renan e Henrique Eduardo a pleitearem o postos de comando do Congresso. "Ou estamos dentro do Estado de Direito ou estamos num 'Estado de Mídia'", disse Maluf, se referindo às denúncias publicadas pela imprensa contra os parlamentares nas últimas semanas.

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Além de Maluf, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (presidente nacional do PSD) também esteve no evento, mas preferiu não comentar a eleição no Congresso. "Foi delegada autonomia às bancadas para articulação. Não estou acompanhando", desconversou o dirigente.

O lançamento do livro "Anônima Intimidade" reúne nesta noite juristas, políticos e intelectuais de todo o País. Já passaram pela livraria a escritora Lygia Fagundes Teles, o economista Delfim Netto, o ex-ministro das relações exteriores Celso Lafer, o secretário Estadual de Energia, José Aníbal, além do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), entre outros correligionários de Temer. Estava prevista a presença do prefeito Fernando Haddad, que teve problemas de agenda e não apareceu, mas ainda é aguardada a passagem do governador Geraldo Alckmin no lançamento.

O vice-presidente esteve acompanhado da família na livraria durante a abertura do evento. Além da filha Luciana Temer, secretária de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo, a esposa Marcela e o filho Michel, de 4 anos, também compareceram mas ficaram pouco tempo devido ao desconforto da criança com o excesso de pessoas no local.

A Corte de Jersey recebeu indicação dos advogados de offshores ligadas a Paulo Maluf de que o ex-prefeito irá recorrer da condenação que determina a devolução ao Brasil de US$ 22 milhões depositados em contas no paraíso fiscal britânico do Canal da Mancha.

A Justiça da ilha concluiu que Maluf e seu filho Flávio foram beneficiados por um esquema de desvio de dinheiro durante a construção da avenida Água Espraiada, na zona sul de São Paulo. O prazo para a defesa apresentar o recurso termina nesta segunda-feira.

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Em novembro passado, o Judiciário da ilha anunciou que o deputado de 81 anos é culpado e terá de devolver o dinheiro à cidade. Estimativa da Procuradoria do Município mostra que o valor pode chegar a US$ 32 milhões, por causa de recálculos.

Segundo fontes em Jersey, a apresentação do recurso deve aguardar até o último momento para ganhar tempo e arrastar ainda mais o processo. Em um comunicado de imprensa no momento da decisão da Corte, a assessoria de imprensa de Maluf indicou que a decisão não era final, dando indicações de que iria apelar. Maluf, porém, não admite ser dono das contas, mesmo tendo dado a indicação de recurso na nota oficial após a sentença.

Se o recurso for confirmado, o caso segue para a última instância em Jersey. Haveria ainda mais um chance de recorrer e transferir o processo inteiro para Londres. Mas mesmo a Corte de Jersey duvida que essa opção possa ser aceita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Empresas offshore ligadas a Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo e deputado federal pelo PP, depositaram quase R$ 500 mil em indenização, por ordem da Corte Real de Jersey. A punição ocorreu por causa da tentativa da defesa da família Maluf de atrasar o julgamento que ocorre naquele país e transferir para o Brasil o caso envolvendo o dinheiro da família, depositado em bancos do Canal da Mancha.

Nesta semana, os juízes da corte estão reunidos para deliberar sobre se darão ou não a autorização para que os recursos já bloqueados na ilha sejam transferidos aos cofres públicos em São Paulo. A decisão deve sair até novembro.

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O Estado revelou, em agosto, a decisão de Jersey de punir a iniciativa dos advogados de defesa do ex-prefeito de apresentar recursos ou medidas protelatórias. Os juízes entenderam que a ação visava apenas a atrasar o processo.

No total, os advogados das empresas ligadas a Maluf tiveram de depositar 137 mil libras, mais de R$ 450 mil. O valor seria o equivalente ao que os atrasos custaram para a prefeitura e o tempo que os juízes gastaram para escutar os argumentos da defesa de Maluf.

Em julho, a corte concluiu as audiências em torno do caso aberto pela Prefeitura de São Paulo para reaver R$ 22 milhões que Maluf teria desviado das obras da Avenida Águas Espraiadas. Mas, mesmo após terminada a audiência, a defesa do ex-prefeito tentou incluir mais elementos ao processo e assim forçar o adiamento do caso. A corte, porém, não aceitou a manobra.

Segundo o Estado apurou, o juiz que preside a Corte de Jersey, Howard Page, já tomou sua decisão sobre o destino do dinheiro da família Maluf. A definição será mantida em sigilo, porém, enquanto os demais dois membros da corte avaliam o caso, o que está ocorrendo nesta semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


O ex-prefeito Paulo Maluf (1993 a 1996) terá de recolher R$ 21,3 milhões aos cofres públicos, valor relativo ao prejuízo causado em operações de venda e compra de Letras Financeiras do Tesouro Municipal (LFTMs), realizadas em 1.º de dezembro de 1994 e nos dias 21 e 29 de novembro de 1995. Em despacho do dia 3 de setembro, a juíza Liliane Keyko Hioki, da 3.ª Vara da Fazenda Pública da capital, determinou a intimação de Maluf para o pagamento no prazo de 15 dias, sob pena de acrescer 10% à dívida a título de multa.

O despacho de execução obedece ao acórdão da 8.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça que, por votação unânime, em junho de 2001, negou recurso da defesa. O caso foi levado à Justiça em ação popular de 1996, subscrita por um grupo de vereadores do PT que, à época, fazia oposição a Maluf. O Ministério Público ingressou nos autos para promover a execução.

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Segundo o TJ, na gestão Maluf, o então secretário das Finanças (Celso Pitta, falecido), autorizou a venda de lotes das letras, supostamente para pagamento de precatórios. Os títulos foram vendidos por R$ 51,7 milhões e, no mesmo dia, recomprados pela Prefeitura por R$ 53,5 milhões, diferença de R$ 1,76 milhão. A Justiça concluiu que a venda somente ocorreu no papel.

A assessoria de imprensa de Maluf informou que ele não tem responsabilidade pelas operações realizadas com as letras financeiras. Maluf alega que nunca assinou documentos autorizando o negócio. O ex-prefeito sofre outras ações, por improbidade administrativa, também relativas às LFTMs. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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