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As obras de engorda da faixa de areia nas praias de Piedade, Barra de Jangada e Candeias estarão prontas até agosto. É o que garantiu o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, em coletiva realizada nesta segunda-feira (4). Após quatro anos de estudo, o projeto em parceria com o Ministério da Integração Nacional vai sair do papel, com um investimento de R$ 40 milhões.

A primeira etapa da recuperação das praias será a topografia, procedimento que vai identificar a quantidade de areia necessária para a obra, que irá da praia de Candeias até a Igrejinha de Piedade. Nos próximos 45 dias, um equipamento (Draga), que será trazido do Marrocos, começará a retirar a areia de uma jazida no Cabo de Santo Agostinho, litoral sul do Estado. Esta areia será amarzenada e depois transportada para as praias em Jaboatão.

Apesar da grandeza da obra, o Prefeito Elias Gomes garantiu que ela não vai resultar em danos para o meio ambiente. “O impacto da obra foi estudado exaustivamente, pelo próprio Itep, pela sociedade civil. Esta obra não será de grandes impactos, pelo contrário, é uma obra que alivia a gravidade do avanço do mar”, afirmou.

Além disso, o prefeito ressaltou a importância de continuar com a engorda nas praias de Jaboatão, mesmo com o término das obras. “Encontramos a solução técnica, necessária para que tudo fique pronto até agosto. Para isto, contratamos uma empresa de manutenção permanente, que fará este trabalho anualmente. A perda da praia chega a ser de 2% ano, então essa areia perdida será recomposta a cada ano”, relatou.

Engorda - O mar, que em alguns pontos está inacessível aos banhistas quando a maré fica cheia, vai ganhar uma extensão de 5,8 quilômetros e média de 30 a 45 metros. Na primeira e segunda etapas, mais de 100 trabalhadores estarão envolvidos, entre técnicos e operários, engenheiros, soldadores, mergulhadores, etc.

O canteiro de obras, construído em Candeias, constituirá a terceira etapa da engorda."A tubulação que vai fazer o transporte da areia para as praias deve estar pronta até a chegada do equipamento que vem do Marrocos”, afirmou Roberto Rocha, engenheiro civil responsável pelo projeto. Um trator com esteira vai espalhar toda a areia trazida do Cabo nas praias. A Secretaria de Obras e Meio Ambiente do município vai fiscalizar a recuperação da orla para monitorar as condições ambientais. 

As obras para conter o avanço do mar, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, estão a um passo de começar. O prefeito da cidade, Elias Gomes, assina na tarde desta quarta-feira (16), a ordem de serviço para a intervenção.

A assinatura ocorre no gabinete do prefeito, mas não haverá solenidade oficial devido a incompatibilidade de agenda com os parceiros do projeto, entre eles o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o deputado federal, Sérgio Guerra, autor da emenda orçamentária, e o governador, Eduardo Campos. 

O intuito da assinatura imediata, sem cerimônia, é não atrasar o processo burocrático para que, nos primeiros dias de fevereiro, as obras comecem oficialmente. 

Quem pretende trabalhar em cruzeiros marítimos no próximo ano tem uma boa oportunidade. A Seaman Náutica está com vagas disponíveis para o Curso Básico de Segurança de Navio STCW/CBSN. A ideia da qualificação é ensinar aos participantes tarefas a bordo de navios de passageiros.

Os interessados em participar do curso podem se inscrever até o dia 8 de janeiro do próximo ano, e as aulas serão iniciadas do dia 9 a 12 do mesmo mês. A carga horária da capacitação é de 34 horas. Primeiros socorros elementares, prevenção e combate ao incêndio, segurança pessoal e responsabilidade social, e técnicas de sobrevivência pessoal são algumas das disciplinas oferecidas no curso.

As inscrições devem ser feitas através do endereço eletrônico da Seaman. A empresa fica no endereço da Rua Cardeal Arcoverde, 274, no bairro das Graças, no Recife. Mais informações podem ser conseguidas pelos telefones (81) 3074-9324 ou 3221-3719.   

Banhos de piscinas, ir praia, a shows, entre outros programas de lazer típicos do verão são os lugares mais frequentados durante o período de férias, mas é preciso ficar atento, esses locais na maioria das vezes são os mais agressivos aos olhos. A dica dos especialistas para evitar problemas é ter um cuidado redobrado, pois os lugares aglomerados também podem ser mais propensos ao contágio da conjuntivite.

“As pessoas devem evitar coçar os olhos e devem manter as mãos sempre limpas. Higiene é a principal forma de evitar problemas”, informa a oftalmologista Ceres Kreimer. Segundo a doutora, a exposição excessiva ao sol e o contato direto com a areia pode provocar irritações, como sensação de olho seco, crescimento da carnosidade e vermelhidão.

Ainda de acordo com Kreimer, os pacientes que ficam muito tempo expostos ao sol forte têm chances de ter uma catarata precocemente ao longo dos anos. Além de doenças específicas da retina, como a maculopatia solar, que é a exposição direta e por curto período de tempo, e a degeneração macular, após anos de exposição ao sol. 

A médica ainda aconselha a usar sempre óculos escuros para proteger dos raios UVA e UVB, colírios, bonés, chapéu ou até mesmo sobrinhas. Sempre é bom evitar a exposição solar nos horários entre 10h às 15h. 

Já para as pessoas que usam lentes de contato, é sempre bom ter atenção redobrada. Essas pessoas podem desenvolver quadros alérgicos, inflamatórios e infecciosos. “Há algumas complicações sérias, de infecções oculares gravíssimas, como úlceras causadas por um tipo de ameba, chamada acanthamoeba, que podem atingir pessoas que tomam banhos de piscina com lentes de contato”, explica a oftalmologista. 

A médica Ceres Kreimer, recomenda que as lentes devem ser retiradas antes dos banhos de piscina, mar, rio e entre outros para não ter o risco de perder ou contaminar. Além de sempre lavar as mães antes de tocar nos olhos, ela também orienta evitar dormir com as lentes e sempre colírios lubrificantes.

Há décadas o avanço do mar vem causando prejuízos e preocupação à população pernambucana, em especial aos moradores de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. Não há como negar que o nível do mar tem aumentado a cada ano. As causas desse avanço estão relacionadas às mudanças climáticas – resultado do aquecimento global - e à erosão natural provocada pela briga entre omar e as cidades do litoral. Porém, a ocupação urbana desordenada ao longo do litoral também está entre os fatores.

Antes, o inverno era o período mais preocupante, quando os ventos são mais fortes e as marés estão mais altas, resultando nas conhecidas ressacas litorâneas. Hoje, a variação climática, com temporais em pleno verão, estendeu essa preocupação para o ano inteiro. Como conseqüência desse desequilíbrio, vemos a água invadir e destruir casas, bares e restaurantes que compõem a orla marítima.

Um levantamento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostrou que um terço das praias pernambucanas sofre com a erosão costeira. Na praia de Boa Viagem, a mais famosa do Recife e com 8 km de extensão, a faixa de areia reduziu cerca de 20 metros na última década. Existe uma grande extensão daquela praia que inexiste faixa de areia quando a maré está alta.  Em Jaboatão, o mar engoliu alguns trechos da praia. Inúmeros projetos para contenção foram realizados sem sucesso ao longo de 15 anos: muralhas de pedras, paredões de concreto e, em 2011, iniciou-se a colocação de 60 mil caminhões de areia para ampliar a área seca.

Os dados são preocupantes e não param apenas na erosão costeira, principalmente para o Recife. No caso de um aumento do nível do mar em meio metro, cidades da região metropolitana teriam 40 quilômetros quadrados de área inundada pelo mar. Aumentando essa variação para um metro, a água chegaria a quase 54 quilômetros quadrados. É preciso ressaltar que, geograficamente, nossa cidade é bastante plana e cortada por dezenas de rios. Na hipótese de um quadro como os citados acima, inúmeros bairros simplesmente desapareceriam.

Ampliando o quadro de análise, é triste lembrar que no Brasil, aproximadamente 40% de nosso litoral está sendo tomado pelo mar.De acordo com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO/USP), em um futuro não muito distante, o país deverá sofrer uma das piores consequências do aquecimento global - a destruição de regiões inteiras localizadas próximo à costa. Ou deveríamos dizer a destruição de cidades com grande importância para o país?

Nós desafiamos a natureza quando construímos imóveis à beira-mar, sem pensar nas consequências. Estamos longe de ter uma solução definitiva, mas, a situação ainda é reversível, basta haver vontade política. Obras bem estruturadas, não apenas emergenciais e paliativas – e com alto custo para o governo – podem ser  capazes de solucionar os problemas do nosso litoral. Embora seja preciso utilizar ou solicitar novos estudos aos especialistas para que os danos causados e soluções possíveis sejam avaliados e executados. Governantes do  município e do estado de Pernambuco, não deixem nossa linda Recife virar mar.