Tópicos | Marcus Vinicius Freire

O Fluminense conta com Gustavo Scarpa para a temporada 2018. Foi o que assegurou nesta sexta-feira o diretor executivo geral do clube carioca, Marcus Vinícius Freire, confirmando que o time recebeu diversas ofertas pelo jogador, mas que conta com a presença dele para a pré-temporada.

"Ele foi o jogador mais procurado pelas outras equipes, chegaram propostas de vários clubes. Entendo que faz parte do grupo, vai se apresentar no dia 3 e viaja com o time no dia 9", afirmou o dirigente em entrevista à ESPN Brasil.

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Nas últimas semanas, Scarpa despertou o interesse de vários clubes do futebol brasileiro, como Palmeiras, São Paulo e Corinthians, mas as negociações não avançaram, o que o mantém vinculado ao Fluminense, embora a diretoria não descarte negociá-lo, ainda mais por sofrer com graves problemas financeiros.

Inicialmente, porém, Scarpa vai realizar a pré-temporada ao lado dos companheiros, a partir de 3 de janeiro, e também está previsto para seguir aos Estados Unidos, onde o Fluminense disputará a Florida Cup.

Já o volante Wendel parece mais próximo de selar a sua saída do clube, embora Marcus Vinicius tenha revelado que as negociações com o Paris Saint-Germain tenham esfriado. O jogador desperta o interesse do Sporting Lisboa, mas o dirigente do Fluminense evitou comentar a possibilidade de a venda ser fechada nos próximos dias, como vem informando a imprensa portuguesa.

"Sobre negociações em andamento, a gente não fala. Houve um problema do PSG com o Fair-Play Financeiro e acabou não acontecendo, embora estivesse avançado", disse o diretor executivo geral do Fluminense.

Menos de duas semanas após encerrar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta sexta-feira (2) a saída de Marcus Vinícius Freire de sua diretoria executiva de Esportes. O dirigente foi o principal responsável por definir a meta de colocar o Brasil no Top 10 do quadro de medalhas do Rio-2016, mas a equipe brasileira encerrou a competição na 12º colocação, empatada com a Holanda.

Nos Jogos do Rio, o Brasil conquistou 19 medalhas, duas a mais do que em Londres-2012. O resultado ficou abaixo da meta estipulada pelo próprio Marcus Vinícius, que em 2014 considerou que o País precisaria conquistar pelo menos 27 medalhas para ficar entre os dez melhores no número de pódios. No ano passado, esta meta foi revista para 23 medalhas, mas mesmo assim o Brasil não conseguiu alcançar o objetivo.

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Segundo comunicado divulgado pelo COB nesta sexta, a saída de Marcus Vinícius, que estava há 18 anos no comitê, foi realizada "em comum acordo". Na nota, o presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman, afirma que "a missão desenvolvida por Marcus Vinícius e sua equipe, na preparação e na condução do Time Brasil, durante os Jogos Olímpicos Rio-2016, foi excelente e cumpriu os objetivos estabelecidos".

Freire também falou em "missão cumprida". O agora ex-dirigente disse que "os resultados foram superiores a todos os anteriormente conquistados em Jogos Olímpicos" e que iria seguir novos caminhos. Marcus Vinícius afirmou que irá tirar um período de descanso e, no início do próximo ano, deverá fazer um curso na Singularity University, no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

O diretor executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil, Marcus Vinícius Freire, defendeu o sucesso dos Jogos Olímpicos nesta quarta-feira (27) após a pesquisa Ibope, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, constatar que o brasileiro tem mais sentimentos negativos em relação à Olimpíada. Apesar de se dizer "suspeito para falar", mostrou confiança.

"Não vejo por que esse viés de pessimismo, sou completamente otimista com o que já vem acontecendo no Brasil e com o que vai ficar para a frente", exaltou Marcus Vinícius;

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O dirigente destacou a capacitação profissional como consequência do evento no Brasil. "Para a gente que é ligado ao esporte, a qualificação profissional de qualquer área - eventos, ciência do esporte, administração de centros de treinamento - é o maior legado."

Ele também apontou a visibilidade que os Jogos Olímpicos deram ao País desde a escolha do Rio como cidade-sede. "A partir do momento que ganhamos em 2009, já foi uma mudança radical para o esporte brasileiro", enfatizou.

Além disso, descartou que o Brasil tenha sido prejudicado de qualquer forma pela realização do evento. "No meu entender, quem foi procurado e diz que o País foi prejudicado é porque não acompanhou."

A pesquisa Ibope também repercutiu entre as autoridades. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, rechaçou o resultado na manhã desta quarta-feira ao dizer que a população ainda vai compreender "a grandeza dos Jogos Olímpicos."

A reta final para a Olimpíada do Rio chegou, com um calendário cheio para os atletas brasileiros em 2015. Em entrevista exclusiva, o diretor executivo de esportes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marcus Vinicius Freire, detalha que a temporada que vem pela frente será feita de forma estratégica para encarar Pan e Mundiais, em busca da melhor forma para os Jogos.

A meta de ser Top 10, conquistando entre 27 e 30 medalhas, continua. Mas Freire admite: o Brasil não tem "gordura" em sua delegação para atingir esse objetivo, caso os principais atletas tenham problemas.

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Agência Estado - Quais são as metas do COB para 2015, reta final para a Olimpíada do Rio?

Marcus Vinicius Freire - Os dois primeiros anos do ciclo foram os melhores da história olímpica brasileira. 2015 é mesmo a reta final, com 500 e poucos dias para os Jogos (nesta segunda-feira faltam 543 dias), e um evento gigante pela frente, que é o Pan (em julho). Vamos levar 600 atletas para Toronto, em um Pan totalmente atípico, já que não vamos brigar por classificação para a Olimpíada em várias modalidades. E o calendário é complicado porque encavalou com o Mundial de Desportos Aquáticos, na Rússia. Mas a gente continua focado em ser Top 3, brigando pelo segundo lugar com o Canadá, que joga em casa e é favorito.

AE - Mas esse também é um ano de muitos Mundiais.

Marcus Vinicius Freire - Em relação aos Mundiais, vamos fazer a mesma comparação dos últimos dois anos. Vamos pegar os números de 2011 e comparar. A gente saiu, no primeiro ano de ciclo, de 11 para 27 medalhas (comparando 2009 e 2013) e, no segundo ano, de 15 para 24. Mostra que o trabalho está no caminho certo.

AE - Para quem vale o Pan e para quem valem os Mundiais?

Marcus Vinicius Freire - Cada atleta, treinador e diretor técnico negocia conosco, estamos dando muito mais voz a eles. O importante é o dia 5 de agosto de 2016 (data de abertura da Olimpíada). E o que é melhor para esse dia? Cada um monta a sua estratégia.

AE - Para os atletas mais novos seria interessante disputar o Pan por causa da vivência?

Marcus Vinicius Freire - Essa discussão é ótima. Nos nossos encontros de treinadores tivemos essa pergunta e cada tem a sua resposta. O Jesus Morlán, da canoagem, acha que ninguém tem que entrar na Vila, ninguém tem que dar entrevista. O Torben (Grael, treinador chefe da vela) diz o contrário. Que a vela sempre fica fora da Vila e que ele quer que a filha dele (Martine, campeã mundial da classe 49er) fique para ver como é.

AE - O Brasil ficará na Vila, com os outros atletas, em 2016?

Marcus Vinicius Freire - Majoritariamente na Vila, mas não totalmente. O judô vai fazer igual em Londres, quando ficou em Sheffield e saía de lá 48 horas antes da competição. No Forte de São João, que vai ser nossa base, ficam atletismo e natação, por causa da pista e da piscina. A gente também tem hotéis reservados pela cidade, para quem vai competir em Copacabana, no Aterro do Flamengo ou em Deodoro.

AE - Essas reservas têm a ver com conforto ou controle?

Marcus Vinicius Freire - Pensamos em facilidade, conforto e proximidade. É na Vila que você tem controle total, não no hotel. Mas vamos fechar a Vila para visitantes. A Grã-Bretanha fez isso. Criaram um outro espaço, perto da Vila, em que o atleta ia para encontrar o familiar, a namorada, o agente. Vamos fazer a mesma coisa. Isso não atrapalha só o cara, mas o time inteiro.

AE - Hoje, a única equipe sem chance de classificação é o hóquei sobre grama feminino. Por quê?

Marcus Vinicius Freire - Cinco anos atrás, fui a todas as federações internacionais para perguntar: como é que vocês me ajudam (a classificar para os Jogos)? A de hóquei disse que a distância era grande e era necessária uma evolução para vir o convite. O feminino não acompanhou e no ano passado já ficou fora. O masculino encostou na meta e vai ao Pan precisando ficar entre os seis para ter a vaga. O convite foi amarrado na evolução técnica. Tem quem discorde, acha que tem que ter time de qualquer jeito, mas não vejo assim. É melhor um plano a longo prazo do que virar chacota.

AE - Como o COB tem trabalhado a questão da pressão em casa?

Marcus Vinicius Freire - Temos um trabalho específico. Definimos que não existe atendimento de emergência. Temos 11 psicólogos tratando as equipes. A gente entende que jogar em casa tem o lado positivo e o negativo. O bom é a torcida a favor, conhecer o ambiente. O ruim é a distração, de querer saber se a mãe está na arquibancada, se os amigos ficaram do lado de fora. Não adianta achar que vamos eliminar isso. Temos de conseguir prepará-los para lidar com isso. Não vou ter como segurar mídia social, não vou jogar fora o celular.

AE - O Brasil tem como meta ser Top 10. Esse objetivo continua em ganhar entre 27 e 30 medalhas?

Marcus Vinicius Freire - Sim, mas a gente tem que combinar com os demais… Quando se fala em medalhas, não adianta achar que com 27 eu vou ficar no top 10 se os caras que estão embaixo da gente ganharem 28. Então, é uma estimativa, olhando para o perfil dos últimos quatro Jogos. É uma meta arrojada, mas factível.

AE - O Brasil tem "gordura" na delegação? O Everton Lopes, do boxe, era um possível medalhista e se profissionalizou. Assim como ele, o País pode perder outros...

Marcus Vinicius Freire - Sim, perdemos o Everton e ele estava na conta. Mas os outros países também podem perder. Eu gostaria que, para muitos atletas, a Olimpíada fosse amanhã e, para outros, daqui a dois anos. Porque uns estão maturando e outros estão prontos para ganhar tudo agora. E, depois, uma coisa é a meta. Se ganhar 27 medalhas e ficar em 11.º ou em 9.º, continuamos nela. Se ficar próximo, passar um pouquinho, faz parte do jogo. A tendência dos últimos Jogos é a de diluição das medalhas. Entrou mais gente embaixo: Azerbaijão, Usbequistão, Montenegro... E aí pode ser que, no Rio, a tendência seja até o contrário, de que para ficar em 10.º precise de 25 medalhas.

AE - A naturalização é, hoje, uma realidade. Qual a posição do COB?

Marcus Vinicius Freire - A gente não incentiva e nem desincentiva. Cada confederação tem a sua estratégia e apoiamos. Naturalizamos no tênis de mesa (Gui Lin), naturalizamos na luta (Eduard Soghomonyan). Mas acho que as federações internacionais devem impor restrições no número. O time do Catar (no Mundial de Handebol) tinha 12 jogadores e 10 eram estrangeiros. Aí a seleção não é do Catar.

AE - A pressão por resultado pode fazer aumentar o uso de doping?

Marcus Vinicius Freire - Acho que cada vez menos. Mas, por outro lado, existe hoje um negócio chamado suplemento, que o atleta de alto rendimento não vive sem. Só que, dependendo dos substâncias do suplemento, é uma linha muito tênue (da quantidade proibida e da liberada)... Os caras vivem no limite, e essa é a preocupação. É igual ao uso do Facebook ou do Twitter, não para controlar e dizer que, a partir de agora, ele só vai comer ovo e frango.

AE - Como o COB tem pensado as próximas Olimpíadas?

Marcus Vinicius Freire - Criamos um programa de identificação e desenvolvimento de talentos e trouxemos uma consultora que fez isso nos últimos 12 anos na Grã-Bretanha, a Sue Campbell. O primeiro diagnóstico dela é que temos identificação e um bom trabalho no alto rendimento, com um buraco no meio. Da nossa parte, montamos um protocolo de identificação nos Jogos Escolares, que é a nossa base. Na última edição, com 2 milhões de participantes, levamos o pessoal da Ciência do Esporte para detectar perfil e levar para algumas confederações.

AE - Nós chegaríamos a essa formatação se o Brasil não fosse sede olímpica?

Marcus Vinicius Freire - Chegaríamos se já tivéssemos uma equipe profissional como temos hoje. Mas talvez não teríamos os recursos. O Ministério do Esporte não estaria com essa vontade toda de fazer um plano como o Brasil Medalhas, o Ministério da Ciência e Tecnologia não iria me dar um laboratório de US$ 6 milhões, como o do Maria Lenk, as Forças Armadas possivelmente não teriam engajado 500 atletas. Esse é um sonho olímpico que o COB aceita comandar, mas é um trabalho conjunto. O grande legado dos Jogos em casa foi ter conquistado esse engajamento.

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