Tópicos | Maria das Graças

Um dos sete policiais militares presos por suspeita de integrarem uma milícia que atua em Ceilândia, no Distrito Federal, é tio da primeira-dama Michelle Bolsonaro. A informação é do jornal Correio Braziliense. De acordo com a publicação, o primeiro sargento João Batista Firmo Freire é irmão de Maria das Graças, mãe de Michelle.

A prisão dele aconteceu nessa quarta-feira (29), na Operação Horus, que investiga policiais suspeitos de crimes de loteamento irregular do solo, extorsão e homicídio, todos relacionados com grilagem de terras. Segundo as investigações eles atuam na região onde a família de Michelle reside.

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Esta não é a primeira vez que a família do presidente Jair Bolsonaro é citada com proximidade a milicianos. O parentesco fez com que o nome da primeira-dama seja um dos assuntos mais comentados no Twitter no país.

Além do tio de Michelle, foram presos e denunciados pelo Ministério Público do DF os sargentos Jorge Alves dos Santos, Agnaldo Figueiredo de Assis, Francisco Carlos da Silva Cardoso, José Deli Pereira da Gama, Paulo Henrique da Silva e Jair Dias.

A denúncia contra o tio da primeira-dama aponta, com a quebra de sigilo autorizada pela Justiça, que foram identificadas duas transferências dele para outro membro da suposta quadrilha, Francisco Cardoso, em 27 de julho de 2015, que totalizaram R$ 8 mil.

Em nota, a Polícia Militar disse que estava colaborando com as investigações. Já o Palácio do Planalto informou que não se pronunciará sobre o assunto.

Tão logo o comando eletrônico destrava um portão verde revestido de ferro robusto, um homem, devidamente caracterizado como agente penitenciário, nos recebe. “Já vou avisar a Dona Graça que a equipe de reportagem chegou”, diz o rapaz. Aguardamos diante de um corredor repleto de grades e equipamentos de segurança, além de inúmeros cartazes com orientações para visitantes de detentos. Outros homens, parte deles reeducandos, circulam pelo corredor engradeado durante a realização de atividades administrativas, enquanto outros agentes cumprem procedimentos de segurança. 

Minutos depois, Dona Graça aparece entre as grades e nos recebe de maneira calorosa para revelar detalhes da sua rotina profissional. Também se mostra entusiasmada em ter a presença da equipe de reportagem do LeiaJá para apresentar as atividades de capacitação profissional, cujo principal objetivo é a ressocialização, realizadas no Presídio de Igarassu (PIG), na Região Metropolitana do Recife. Repentinamente, um agente interrompe o contato e avisa: “Dona Graça, está tudo pronto”. Ela agradece e nos leva para um dos espaços onde os presos participam de atividades educativas.

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Entre os corredores da unidade prisional, Graça caminha lentamente e recebe o cumprimento de agentes – todos homens – e detentos que, respeitosamente, reiteram o termo “Dona” ao se referirem à ela. O percurso, contudo, pausa em certos momentos, uma vez que alguns presos aproveitam a oportunidade para fazer perguntas a Graça, muitas delas sobre os cursos profissionalizantes realizados no presídio. “Eles sempre recorrem a mim para participar dos cursos, ganhei a confiança deles com respeito a eles e aos familiares”, comenta.

Maria das Graças da Silva, 33 anos, ou simplesmente Graça, é agente penitenciário em Pernambuco. Natural da Paraíba, foi aprovada há sete anos em concurso público e passou três deles no Complexo do Curado, no Recife, antes de ser transferida para o Presídio de Igarassu. Muito antes de se tornar agente, no entanto, ela investiu na formação em direito, porém, após aprovação no concurso pernambucano, direcionou sua carreira para o sistema carcerário. Ignorou os riscos de violência em pleno presídio masculino, oriundos do problemático sistema carcerário brasileiro. 

No PIG, Graça atuou em atividades de segurança, até tornar-se supervisora administrativa. Hoje, confessa que a formação em direito ficou em segundo plano. “No momento, quero seguir o meu projeto de ressocialização na unidade prisional. Esses cursos me fazem amar o trabalho”, explica. Atualmente, Maria das Graças é responsável por organizar os cursos profissionais, oficinas, eventos que contam com a participação dos familiares dos detentos, entre outras ações.

Graça afirma que nunca temeu trabalhar em um presídio. Ela afirma, no entanto, que seus familiares tinham receio do emprego, principalmente pelos casos de violência registrados nos presídios brasileiros. “Nunca senti nada. Sou muito fria”, brinca, ao reiterar que não tem medo de trabalhar em uma unidade prisional masculina. De acordo com Graça, os próprios detentos mantém o respeito no convívio com ela; respeito que a servidora atribui à “relação honesta” com os presos e seus familiares.    

“Eles respeitam demais. Quando passam por nós, abaixam a cabeça e colocam as mãos para trás. Os agentes também me respeitam e me ajudam no dia a dia”, afirma Maria das Graças, enquanto circula entre os reeducandos.

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O diretor do PIG, Charles Belarmino, destaca a importância do trabalho de Graça. “A mulher não para, sempre tem ideias de cursos, oficinas e um monte de atividades para os reenducandos. Nos ajuda bastante na unidade. Já saiu pelo comércio conversando com empresários, procurando patrocínio, para receber cestas básicas e repassar para os familiares carentes”, diz o diretor.

“Durante a semana ela faz a parte de cursos e durante o final de semana ainda participa das revistas no período das visitas. Dá o respeito e recebe o respeito dos detentos e dos colegas agentes. Entre os presos, existe uma lei interna que as mulheres e visitas devem ser respeitadas”, complementa Belarmino.

De acordo com o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária e Servidores do Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp), o Estado tem, ao todo, 1.489 agentes, dos quais, 130 são mulheres. Já a Polícia Militar possui 18.635 policiais, sendo 2.201 mulheres.  

Quem deixou para fazer as compras de réveillon no Centro do Recife, neste sábado (31), enfrentou dificuldades por falta de opções de mercadoria e peças com o valor mais alto. Apesar do movimento intenso de clientes, comerciantes e lojistas registraram baixas vendas no último dia do ano.

A estudante Ellen Tatiene aproveitou o sábado para comprar a roupa do ano novo e disse ter se arrependido de deixar para a última hora. "Eu não tive tempo antes e hoje foi o único dia que folguei, mas não estou encontrando muitas opções, as lojas estão fechando muito cedo e os produtos estão caros", lamentou. 

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De acordo com a vendedora Valda Lourenço, que atua no comércio há cinco anos, a situação das vendas nunca esteve pior, mas apesar disso, ela não teve prejuízo. "Eu não estou lucrando como em outros anos, nesse mesmo período de fim de ano, mas a gente consegue fechar o ano com algum dinheiro extra", afirmou. 

Roupas brancas, sandálias e acessórios eram os artigos de mercado mais procurados pelas ruas do Centro do Recife. "A gente quer que 2017 traga paz e muito amor, eu acredito que o branco e cores mais claras representam isso", disse Carla Albuquerque, que estava procurando uma blusa para vestir na noite deste sábado.  

A atendente Maria das Graças, que saiu de casa pela manhã para trocar um presente, afirmou não achar a movimentação tumultuada, mesmo sendo o último dia do ano. "Ganhei uma roupa e pretendo trocar por outra peça ainda hoje. Estou achando o Centro tranquilo". 

“Esse é um mês muito importante para o comércio em que, normalmente, temos um crescimento no faturamento. Esperamos ter um resultado positivo neste fim de ano”, afirma Eduardo Catão, presidente da Câmara de Dirigentes Lojita (CDL) do Recife. Os comerciantes informaram que o expediente das lojas vai até 18h.

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