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O desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus pode levar anos, advertiu o ministro da Saúde da Alemanha, depois que o presidente americano Donald Trump afirmou que a mesma poderia estar pronta até o fim de 2020.

"Gostaria que fosse possível desenvolver em alguns meses, mas parece que precisamos ser realistas. Isto pode durar anos, porque podem acontecer decepções, já aconteceu com outras vacinas", declarou o ministro Jens Spahn ao canal alemão ARD.

"O desenvolvimento de vacinas está entre as tarefas mais difíceis da Medicina", completou o ministro alemão da Saúde. No domingo, Donald Trump afirmou que os Estados Unidos terão uma vacina contra o coronavírus até o fim do ano.

"Acreditamos que teremos uma vacina até o fim do ano", disse Trump em um programa especial do canal Fox News no Lincoln Memorial, em Washington. "Os médicos dirão 'você não deveria dizer isso', mas vou dizer o que penso", afirmou.

"Não se deve ter medo de comer uma boa salsicha grelhada!", afirmou o ministro alemão da Alimentação, em resposta a um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) que vincula o consumo de embutidos ao risco de câncer.

"Como sempre, tudo é questão de quantidade: muito do que quer que seja nunca é bom para a saúde", argumentou o ministro Christian Schmidt em uma declaração escrita, utilizando como exemplo os riscos de se expor em excesso ao sol.

Em seu relatório publicado na segunda-feira, a Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (IARC), dependente da OMS, colocou o consumo excessivo de carnes processadas como embutidos ou presuntos no Grupo 1 de risco de contrair câncer, principalmente colorretal.

E integrou o consumo excessivo de carnes vermelhas - bovina, suína e ovina - no grupo de alimentos "provavelmente cancerígenos". "As pessoas se alarmam de forma indevida se colocam a carne no mesmo saco que o amianto ou o tabaco", disse Schmidt.

Salsichas e presunto são produtos muito presentes na alimentação alemã, embora seu consumo esteja sofrendo um certo declínio: em 2013 os alemães ingeriram 60,3 quilos destes produtos por pessoa, contra 61,3 quilos em 2010.

A Alemanha também é um importante produtor de carne, com 8,8 milhões de toneladas em 2013 (+0,6%), incluindo 5 milhões de carne suína e 1,4 milhão de toneladas de produtos avícolas.

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