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As fortes chuvas de monções deixaram pelo menos mais 16 mortos e 250 mil desabrigados em Bengala Ocidental, no leste da Índia - informaram fontes oficiais nesta terça-feira (3).

Estes novos óbitos acontecem poucos dias depois do anúncio de outras 11 mortes neste mesmo estado, após as chuvas torrenciais que destruíram casas e causaram deslizamentos de terra.

Nestes últimos dois dias, dois rios transbordaram, provocando enchentes em seis distritos de Bengala Ocidental. Cerca de 250.000 pessoas tiveram de ser evacuadas de suas casas, disse à AFP o ministro de Gestão de Desastres de Bengala Ocidental, Javed Khan.

Cinco das 16 vítimas fatais foram arrastadas pela força das águas, enquanto as demais morreram soterradas em suas casas, relataram fontes oficiais.

A Força Aérea se somou aos esforços das equipes de resgate e, com helicópteros militares, conseguiu socorrer dezenas de pessoas abrigadas em um telhado. Entre elas, estavam uma mulher de 100 anos e um bebê de nove meses, acrescentou Khan.

As autoridades prepararam mais de 40 abrigos nas áreas afetadas para receber os deslocados, disse Harekrishna Dribedi, um funcionário de alto escalão do governo estadual.

Inundações e deslizamentos de terra são comuns durante a temporada das monções na Índia, que vai de junho a setembro.

Samir Nandi, um morador local de 65 anos, disse, no entanto, que "nunca viu uma enchente como esta".

Cada vez maior, o volume anual de precipitações relacionadas às monções está-se tornando cada vez mais prejudicial e perigoso, devido às mudanças climáticas, dizem especialistas na área.

No mês passado, pelo menos 200 pessoas morreram no estado ocidental de Maharashtra, vítimas de deslizamentos de terra e inundações. Até agora, a temporada de monções deste ano deixou pelo menos 250 mortos.

Inundações provocadas por chuvas monçônicas na Índia deixaram pelo menos cem mortos e centenas de milhares de pessoas evacuadas emergencialmente, declararam neste sábado as autoridades.

No estado de Kerala, no sul do país, onde as chuvas deveriam se acentuar nos próximos dias, o governo ordenou o exército enviar unidades de resgate e aprovisionar os povos por via aérea.

Segundo Pramod Kumar, porta-voz da polícia local, pelo menos 48 pessoas morreram desde quinta-feira (8) nas inundações em Kerala, uma região turística cujas praias e complexos hoteleiros são muito frequentados pelos estrangeiros.

Em Kerala, aproximadamente 120.000 pessoas foram evacuadas emergencialmente para acampamentos de socorro. No estado vizinho de Karnataka, 24 pessoas morreram e nove continuam desaparecidas.

No oeste da Índia, os Estados de Maharashtra e Gujarat também foram duramente atingidos pelas chuvas monçônicas.

Em Maharashtra, pelo menos 27 pessoas morreram e várias estradas importantes foram bloqueadas, segundo a imprensa local. Em Gujarat, morreram oito pessoas em acidentes provocados por tempestades nas grandes cidades de Ahmedabad e Nadiad.

As chuvas de monção mataram mais de 270 pessoas nos últimos dias no sul da Ásia, afetando milhões de habitantes - informa um novo balanço divulgado nesta quarta-feira (17) pelas autoridades dos diferentes países afetados.

As monções, que atingem este subcontinente de junho a setembro, são essenciais para a irrigação de cultivos e o armazenamento de água de que os habitantes de Índia, Bangladesh, Paquistão e Nepal necessitam. A cada ano, porém, as chuvas também são acompanhadas de morte e destruição.

Na Índia, quase 100 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra em diferentes partes do norte do país. Os estados de Bihar e Assam registraram mais da metade dessas mortes, com dezenas de milhares de pessoas deslocadas.

"Há 15 dias toda a área está inundada", disse à AFP um morador de Assam. "O dano (material) é terrível. O gado também foi afetado. Tudo foi destruído", lamentou.

O Exército indiano foi mobilizado para realizar tarefas de resgate neste grande estado do noroeste do país, enquanto os guardas florestais do parque natural de Kaziranga ajudam os animais a escapar das correntes de água.

Cerca de um terço de Bangladesh, em um delta sulcado por centenas de rios, está atualmente debaixo d'água, declarou à AFP Arifuzzaman Bhuyan, do centro de prevenção de inundações desse país.

Pelo menos 14 rios, entre eles o Brahmaputra, saíram de seu leito e ultrapassaram os níveis considerados perigosos, detalhou.

Até agora, as monções deixaram 59 mortos, entre os quais dez nos enormes campos de refugiados rohingyas vindos de Mianmar.

"Choveu muito nos últimos dias. Os deslizamentos atingiram muitas casas, e as pessoas estão sofrendo", relatou Sanjida Begum, morador do distrito de Cox's Bazar (sudeste), região onde há um milhão de refugiados rohingyas.

"As crianças são arrastadas quando tentam atravessar as torrentes de água", acrescentou.

No Nepal, as inundações mataram pelo menos 83 pessoas, e 17.000 famílias tiveram de deixar suas casas.

O nível da água começou a baixar, e algumas famílias já retornaram para suas residências, informou à AFP um porta-voz do Ministério do Interior.

No Paquistão, as autoridades contabilizaram 30 mortos, sete deles membros de uma mesma família atingida pelo telhado de sua casa perto da cidade de Lahore.

Os especialistas em Saúde apontam riscos de epidemias e lançaram um apelo à ajuda internacional.

Na segunda-feira, a ONU declarou que está preparada para fornecer sua ajuda às autoridades dos países afetados.

A cidade de Townsville, localizada no estado de Queensland, nordeste da Austrália, passou por fortes chuvas, tidas como catastróficas pelo Conselho de Seguradoras da Austrália, que inundaram o município e fez com que crocodilos fossem vistos vagando pelas ruas. As informações foram divulgadas pela imprensa local, nesta segunda-feira (4). A região sofre com tempestades durante a temporada de monções.

Além dos animais, os moradores sofreram com deslizamentos de terra e cortes de energia elétrica. Os serviços de emergência visualizaram na noite desse domingo (3) um crocodilo de aproximadamente três metros em uma das ruas da cidade. Já a moradora Erin Hahn postou uma foto nas redes sociais de um dos répteis em frente à casa do seu pai.

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As inundações foram provocadas pelas chuvas mais intensas registradas em décadas, onde caiu mais de um metro de água em sete dias, quantidade esperada para o ano inteiro. As autoridades foram obrigadas a abrir as comportas da represa do rio Ross, que liberou cerca de 2 mil m³ de água por segundo na tarde do domingo. Com isso, 50 residências foram inundadas. As autoridades acreditam que cercam de 20 mil imóveis podem ter sido afetados.

A governadora do Estado, Annastacia Palaszczuk, afirmou que mais de 1.100 pessoas ligaram para o serviço de emergência, e disse que as autoridades avaliarão os danos, “haverá uma grande limpeza nas próximas 48 horas”, afirmou. O serviço de meteorologia prevê que as chuvas devam continuar nos próximos dias.

Um desabamento de terra causado pelas chuvas de monções soterrou casas de trabalhadores de uma plantação de chá na região central do Sri Lanka nesta quarta-feira, deixando ao menos 10 pessoas mortas e mais de 250 desaparecidas.

O desabamento aconteceu por volta das 7h30 (horário local) e destruiu 120 casas próximas a plantação de chá Meeriabedda, no distrito de Badulla, 218 quilômetros a leste da capital Colombo, informou um porta-voz do Centro de Gerenciamento de Desastres do país.

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No início da tarde as equipes de salvamento já tinham resgatado 10 corpos que estavam soterrados sob os destroços. Outras 250 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o porta-voz. O Exército mobilizou tropas para ajudar na operação de resgate.

O Centro de Gerenciamento de Desastres emitiu diversos alertas de desabamentos de terra e quedas de rochas, pois a maior parte do Sri Lanka vem enfrentado fortes chuvas nas últimas duas semanas. A temporada de chuvas de monções nas nações do Oceano Índico vai de outubro a dezembro. Fonte: Associated Press.

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