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A Operação Caifás encontrou no fundo falso de um armário na paróquia de Planaltina de Goiás R$ 70 mil e dólares em dinheiro vivo. O armário estava no quarto do monsenhor Epitácio Cardoso Pereira, alvo da Caifás, deflagrada nesta segunda-feira, 19, pelo Ministério Público do Estado em parceria com a Polícia Civil, que culminou na prisão do bispo da Diocese de Formosa, Dom José Ronaldo.

Segundo os investigadores, o bispo seria o articulador do esquema de um desvio de dízimos e doações de fiéis e de valores arrecadados em festividades da Igreja Católica. A trama teria sido montada há cerca de três anos, desde 2015, quando Dom José Ronaldo assumiu a Diocese.

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A investigação mostra que o bispo, além de quatro padres, o monsenhor e o vigário-geral teriam usado dois empresários como "laranjas" para assumir o comando de casas lotéricas e ocultar a propriedade de bens, como fazenda para criação de gado e carros de luxo.

Um padre, Moacyr Santana, seria sócio oculto de uma casa lotérica adquirida por R$ 450 mil.

Grampos da Operação Caifá flagraram envolvidos no golpe e reforçam as suspeitas dos investigadores.

A Promotoria estima desvios de R$ 2 milhões. A investigação foi aberta a partir de denúncias dos próprios fiéis, em dezembro.

A Operação Caifá prendeu 9 de 13 alvos e fez buscas em 10 endereços nos municípios de Posse, Formosa e Planaltina.

Defesa

COM A PALAVRA, A DIOCESE DE FORMOSA

A reportagem fez contato com a Diocese de Formosa. Não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou que está apurando mais detalhes da Operação Caifá.

Um monsenhor do Vaticano, já julgado por evasão de 20 milhões de euros da Suíça para a Itália, foi detido nesta terça-feira (21) por usar suas contas no Banco do Vaticano para lavar dinheiro. A polícia financeira da cidade de Salerno, no sul da Itália, informou que o monsenhor Nunzio Scarano, apelidado de "Monsenhor 500" por andar com uma grande quantidade de notas de 500 euros, transferiu milhões de euros em doações fictícias de empresas offshore por meio de suas contas no Instituto para as Obras Religiosas (IOR), o Banco do Vaticano.

A polícia disse ter apreendido 6,5 milhões de euros em bens imóveis e contas bancárias nesta terça-feira, o que inclui um luxuoso apartamento em Salerno pertencente a Scarano, no interior do qual havia pinturas, cerâmicas e outras antiguidades. Um padre local também foi colocado em prisão domiciliar e um notário foi suspenso por suposto envolvimento na conspiração para lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, no total, 52 pessoas estão sob investigação.

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O advogado de Scarano, Silverio Sica, disse que seu cliente apenas recebeu doações de pessoas que ele pensava estarem agindo de boa fé para financiar um lar para doentes terminais. Ele admitiu, porém, que Scarno usou o dinheiro para pagar um financiamento imobiliário. Scarano teria retirado 555.248 euros em dinheiro de sua conta no Vaticano em 2009 e levou o dinheiro para a Itália. Como não podia depositá-lo numa conta sem levantar suspeitas, ele selecionou 50 amigos para receber 10 mil euros cada em dinheiro em troca de um cheque ou transferência bancária no mesmo valor.

O dinheiro então foi usado para pagar o financiamento de um imóvel em Salerno, de propriedade de uma empresa da qual Scarano é sócio. As investigações da Santa Sé sobre as atividades bancárias de Scarano mostraram que cerca de 7 milhões de euros entraram e saíram de suas contas no Vaticano na última década. A documentação do Vaticano chegou às mesas dos promotores de Salerno nas últimas semanas, o que levou a uma nova detenção do monsenhor nesta terça-feira, informaram meios de comunicação italianos.

A primeira prisão de Scarano, em junho, levou à renúncia dos dois principais diretores do Banco do Vaticano e acelerou as medidas para colocar as instituição em conformidade com as normas internacionais contra a lavagem de dinheiro. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco, que deseja uma igreja mais humilde e próxima das pessoas, decidiu suprimir os títulos honorários, entre eles o de "monsenhor", uma medida para acabar com o classismo e o espírito mundano dentro da hierarquia eclesiástica.

A medida foi tomada há várias semanas e divulgada nesta quarta-feira (8) pela imprensa italiana. O secretário de Estado do Vaticano enviou uma carta aos núncios ou embaixadores da Santa Sé em todo mundo para que informem aos bispos sobre a medida.

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O único título que os bispos poderão conservar é o de "capelão de Sua Santidade", afirma o texto, que enfatiza que a medida não tem caráter retroativo, e por isso muitos eclesiásticos da Cúria Romana, o governo central, continuarão mantendo o título de monsenhor.

Em 1968, o papa Paulo VI, fonte de inspiração para Francisco, reduziu o número de títulos honorários dentro da Igreja, que eram de 14. A medida está de acordo com o desejo do papa jesuíta de reformar a Igreja de forma gradual.

O papa Francisco decidiu restringir a concessão do título honorífico de monsenhor, em mais uma iniciativa destinada a fazer com que os representantes da Igreja Católica atuem de maneira mais simples e humilde. Em carta enviada a todas as suas embaixadas pelo mundo, a Secretaria de Estado do Vaticano pede que a informação seja repassada às conferências de bispos de cada país.

A partir de agora, somente os sacerdotes diocesanos que forem "capelães do Santo Padre" terão direito ao título, e isso somente depois de completarem 65 anos de idade. Bispos, vigários e arcebispos ainda podem obter o título, assim como outras autoridades da Santa Sé em casos nos quais a função exija.

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O Vaticano enfatizou que o papa Paulo VI reduziu o número de títulos eclesiásticos em 1968 e que a decisão de Francisco "deve ser entendida dentro dessa lógica, como uma simplificação ainda maior". Fonte: Associated Press.

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