Tópicos | movimentação financeira

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou, nesta segunda-feira (18), vai encaminhar à Polícia Federal (PF) um relatório elaborado pelo Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, para que sejam analisados os possíveis crimes cometidos pela operação Lava Jato (2014-2021) no manuseio de recursos financeiros. 

Segundo o ministro, o documento sugere que seja formado um grupo de trabalho “para aprofundar análises e adotar medidas preventivas, inclusive sobre cooperação jurídica internacional”.  

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Na tentativa de inocentar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) de um processo movido pelos herdeiros de Marisa Letícia, falecida esposa do ex-presidente Lula (PT), a defesa do deputado recorreu a um "dicionário de emojis" online.

A intenção é justificar que um compartilhamento do parlamentar, que afirmava falsamente que a ex-primeira dama possuía um patrimônio de R$ 256 milhões, indicava apenas uma "incerteza e interesse por tema de repercussão nacional". 

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Os herdeiros de Marisa Letícia afirmam que a verdadeira quantia é de R$ 26 mil, referente a títulos de investimento. Essa diferença de valores surgiu depois que um juiz confundiu a quantia que Marisa tinha em CDBs. A partir deste erro, redes bolsonaristas, assim como Eduardo Bolsonaro e a ex-secretária Regina Duarte, passaram a compartilhar a desinformação.

Segundo a Folha de São Paulo, a advogada Karina Kufa, que representa Eduardo, recorreu ao site Dicionário Popular para destrinchar o significado do emoji utilizado pelo deputado em seu compartilhamento.

"O rosto pensativo é um emoji usado para dizer que você está refletindo sobre alguma coisa, ou para transmitir que está confuso. Ele também pode ser usado quando você quer questionar uma veracidade de algo que foi dito", diz a publicação da advogada de defesa.

Karina aponta ainda que a publicação não tinha "elemento que indique permanente imoral e ilícita à aqui representada, inexistindo, portanto, qualquer dano à sua memória". Além disso, a advogada de Eduardo salienta que não houve qualquer afirmação a respeito da conduta da ex-primeira-dama.

A família do ex-presidente Lula não tem intenção de fazer acordo e pedem uma indenização de R$ 131 mil de cada um dos que propagaram a informação.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal cruzam as notas fiscais, contratos e movimentações financeiras do ex-ministro José Dirceu e de sua empresa a JD Assessoria e Consultoria - que foi contratada por empresas do cartel acusado de corrupção na Petrobras. A suspeita é que contratos de consultorias serviram para "esquentar" dinheiro de propina pago a Dirceu.

Uma das notas emitidas em dezembro de 2006 para a construtora OAS no valor de R$ 30 mil era de "antecipação referente a serviços prestados de consultoria e assessoria". Sua defesa entregou à Justiça Federal no Paraná, base da Operação Lava Jato, contratos relativos ao período de 2006 a 2012 com a construtora OAS, apontada como integrante do cartel na estatal. Também foram entregues notas fiscais referentes a esses serviços.

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Entre os documentos, estão contratos e notas da Engevix Engenharia, da Egesa Engenharia e da Sigma Engenharia, Construções e Comércio Camargo Corrêa e Jamp Engenheiros Associados Ltda. Dois documentos têm interesse especial para os investigadores. Os referentes à Sigma, que foi comprada pela Delta Engenharia e Montagem Industrial Ltda - já investigada na Operação Saqueador, por suspeita de corrupção envolvendo o lobista Adir Assad, preso na segunda-feira, 16, pela Operação Que País é esse.

Outro documento diz respeito aos pagamentos para a Jamp, que pertence ao operador de propinas na Engevix, Milton Paschowicht. Em seu depoimento nesta terça-feira, 17, um executivo da empreiteira, Gerson Almada, afirmou ter viajado ao Peru com Dirceu e o operador para tratar de contrato.

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