Tópicos | MRE

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou, nesta sexta-feira (22), as normas do concurso público para a carreira de Terceiro Secretário. O salário inicial é de R$ 16.935, acrescido de R$ 458 em auxílio-alimentação. 

A empresa escolhida para organizar o certame foi o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). Para participar, é necessário ter diploma de nível superior em qualquer área. 

##RECOMENDA##

Os candidatos serão selecionados em três etapas, através da realização de uma prova objetiva e duas provas escritas. O edital ainda não divulgado e a primeira etapa de prova será realizada 45 dias após a publicação.

LeiaJá também

--> Governo divulga concurso com 26 vagas para diplomata

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu nota nesta terça-feira, 24, informando que o governo brasileiro tomou conhecimento, com surpresa, de matérias da imprensa que indicam que correspondência eletrônica relativa à candidatura do Embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) teria sido objeto de violação por parte do Governo da Nova Zelândia. As informações sobre a espionagem foram publicadas no último sábado pelo jornal New Zeland Herald e pelo site americano The Intercept, com base em documentos vazados. Azevêdo declarou que não estava ciente das revelações.

Hoje, a nota do Itamaraty sobre a suposta violação de correspondência eletrônica relativa à candidatura brasileira à OMC cita, ainda, que "o governo brasileiro expressa sua determinação de ver a questão devidamente esclarecida, no marco da amizade que sempre existiu nas relações entre os dois países". O texto destaca também que a embaixadora da Nova Zelândia foi chamada ontem ao Itamaraty pelo Secretário-Geral das Relações Exteriores, com a expectativa de que o Governo neozelandês possa fornecer as explicações necessárias sobre o assunto.

##RECOMENDA##

A denúncia divulgada aponta que Azevêdo foi alvo de espionagem enquanto era candidato ao cargo de diretor-geral da OMC, posto que hoje ele ocupa. Usando tecnologia fornecida pelos EUA e num acordo com governos anglo-saxões, a Nova Zelândia espionou os e-mails e tráfego de internet do brasileiro em 2013, às vésperas das eleições em Genebra. Há poucas semanas, essas mesmas publicações passaram a usar documentos fornecidos por Edward Snowden, o ex-funcionário da CIA, para revelar o papel da Nova Zelândia em operações de espionagem e na colaboração com a Casa Branca.

Em 2013, a OMC passava por um de seus momentos mais críticos e embarcou em uma disputa que envolvia nove candidatos a assumir sua direção, algo inédito. O controle da entidade era considerado estratégico pelos países emergentes. Tim Groser, ministro do Comércio da Nova Zelândia, era um dos principais oponentes aos nomes lançados pelos emergentes e era apoiado pela Casa Branca.

O que as revelações indicariam é que Groser recebeu também o apoio do serviço secreto, mas acabou sendo derrotado pelo brasileiro na votação. Roberto Azevêdo assumiu a direção geral da OMC no dia 1º de setembro de 2013 para um mandato de quatro anos.

A presidente Dilma Rousseff deu posse nesta terça-feira (28) ao novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado. A cerimônia foi realizada no Salão Oeste do Palácio do Planalto.

Em breve discurso, ele se comprometeu a contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país e ressaltou a importância do MRE. "Essa é uma instituição que é referência no estado brasileiro. É a capacidade de abrir-se para o Brasil contemporâneo que vou reforçar", disse.

##RECOMENDA##

Ele substituirá Antonio Patriota que ficou dois anos e oito meses na função e será o representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos). O cargo era ocupado por Figueiredo Machado. A substituição ocorre após a crise na diplomacia causada pela retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigado por 455 dias na Embaixada do Brasil em La Paz (capital boliviana).

Na despedida, Patriota afirmou que sempre trabalhou e continuará atuando para "promover diálogos entre a sociedade e diálogos entre as nações".

A presidente Dilma Rousseff exaltou o trabalho de Patriota. "Ele tem feito um importante trabalho de qualificação da política brasileira em outros países. Por isso continuaremos contando com sua colaboração, agora como representante do Brasil na ONU", destacou.

Dilma também ressaltou o prestígio internacional do país e afirmou que a missão do Itamaraty é estreitar a relação com os países da América do Sul. "Somos 12 países irmãos, iguais em direitos, merecedores de todo o respeito, democráticos. Somos conhecidos pela modernização política que nos distingue entre as regiões de mundo, especialmente entre aquelas que vivem em conflito por motivos étnicos e religiosos".

Às 15h está marcada a transmissão do cargo, no Itamaraty. O novo ministro foi o negociador-chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado, no Rio de Janeiro. Ele é especialista em temas ambientais e sustentáveis.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando