Tópicos | Multa de trânsito

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) o Projeto de Lei do Senado 426/2012, que destina 30% da arrecadação com multas de trânsito para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Uma emenda da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), relatora do texto, estabelece que as verbas geradas pelas multas não serão levadas em conta para atender à exigência constitucional de aplicação de um percentual mínimo de recursos na saúde. Assim, essa transferência deverá representar um acréscimo aos investimentos obrigatórios na saúde pública a cargo da União, dos estados, Distrito Federal e municípios.

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Outra alteração proposta pela relatora rejeitou uma emenda ao PLS 426/2012, aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que previa a destinação de 30% da arrecadação com multas de trânsito para o Fundo Nacional de Saúde (FNS). Marta Suplicy havia mantido essa modificação, mas mudou de ideia.

Se não houver recurso para votação da matéria pelo plenário do Senado, a proposta será enviada à Câmara dos Deputados.

Um caso curioso foi registrado em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Um condutor de motocicleta recebeu uma multa por pilotar sem cinto de segurança. Com a divulgação nas redes sociais, o caso tomou proporção, no entanto, a penalidade foi recorrida e anulada. 

O homem, morador do local, recebeu a notificação no seu endereço e percebeu o erro no documento que apontava para a infração - considerada grave -, uma multa de R$ 195,23, além da perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Porém, apenas automóveis possuem o instrumento de segurança. 

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O documento aponta para a infração no dia 4 de janeiro, às 16h18, no bairro do Boqueirão, em Praia Grande. Diante do equívoco, segundo o Portal G1, a prefeitura se pronunciou através de nota e alegou se tratar de uma “falha no preenchimento do auto de infração de trânsito por uma agente durante a fiscalização”. Além disso, o órgão explicou que medidas estão sendo tomadas como a apuração administrativa e o repasse de orientações a fim de evitar novos episódios como este. 

Uma empresa baiana criou um serviço gratuito e online de defesa de multas de trânsito. O sistema permite que o motorista multado preencha um formulário informando os dados da infração, do condutor, veículo e a justificativa para o cancelamento da penalidade. Desde novembro de 2016, as multas cobradas por infrações de trânsito tiveram um aumento de 53% a 66% no valor cobrado. 

O site oficial da empresa Defesa e Recursos explica que o objetivo da iniciativa é de prover ao cidadão a possibilidade de se defender frente a infrações aplicadas injustamente. Após o condutor do veículo preencher os dados, o sistema gera uma defesa pronta para ser impressa, assinada pelo cidadão e enviada ao Detran.

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De acordo com Albert Moreira, sócio-fundador do site Defesa e Recursos, os modelos de defesa foram construídos a partir de um estudo da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e do direito administrativo. Dados do site oficial da empresa revelam que já foram geradas mais de 40 mil defesas desde a criação do sistema.

Ele orienta que a pessoa multada leve a defesa gerada pelo sistema juntamente com as cópias da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do documento do carro. “Se você precisou passar o sinal vermelho porque corria o risco de ser assaltado. Na hora de questionar a multa é preciso levar também o BO do caso”, esclarece.

A cobrança da multa e dos pontos de habilitação é suspensa, assim que a defesa for apresentada junto ao órgão de trânsito. “Outra razão importante para recorrer é que a penalidade, caso não se ganhe o recurso, só será imposta após o julgamento em todas as instâncias, adiando o pagamento e a imposição dos pontos”, disse.

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