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Estão abertas as inscrições para a décima edição do Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero, destinado a professores e estudantes do ensino médio e técnico subsequente, graduação e pós-graduação. As inscrições vão até o dia 30 de junho e devem ser feitas exclusivamente através do site da Secretaria da Mulher de Pernambuco e da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), que são responsáveis pela realização do prêmio.

O objetivo da premiação é estimular e fortalecer a produção de conhecimento crítico a respeito das relações de gênero e contribuir com a formação de direitos das mulheres, abordando temas como classe social, raça, etnia, geração e orientação sexual.

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A premiação recebe vários tipos de trabalhos de acordo com o nível de estudo ou ensino dos candidatos. Estudantes do Ensino Médio e Técnico podem se inscrever na categoria Redação, enquanto os professores do mesmo nível podem concorrer ao prêmio de Relatos e Projetos de Experiência Pedagógica. Já a categoria de Artigo científico e Roteiros de Vídeos e Documentários recebe trabalhos feitos por estudantes de graduação e pós-graduação. O resultado final será divulgado no dia 16 de agosto através do Diário Oficial do Estado e dos sites da Secretaria da Mulher e da Facepe

O prêmio deste ano abordará os temas Violência de gênero contra as mulheres nos espaços domésticos e públicos; Gênero e educação; Gênero e ciência; Inserção das mulheres nos espaços de poder; Gênero e políticas públicas; Gênero, trabalho e empreendedorismo; Gênero e saúde; Gênero e geração; Gênero e Gravidez na adolescência; Gênero e diversidade sexual; Gênero e raça; Gênero e etnia; Gênero e mídia; Gênero e expressões culturais e artísticas; Gênero e meio ambiente; As relações de gênero no âmbito rural; As relações de gênero na Pesca artesanal; Gênero e práticas esportivas; e Direitos sexuais e reprodutivos.

Para mais informações, acesse o edital do prêmio.

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Uma pesquisa que tenta traçar um perfil sobre dependentes do Crack, em Pernambuco, foi apresentada nesta quinta-feira (14), no Recife. Intitulada “Vulnerabilidade de usuários de crack ao HIV e outras doenças transmissíveis: estudo sociocomportamental e de prevalência no estado de Pernambuco”, o trabalho foi apresentado para pesquisadores, gestores e professores a fim de terem uma melhor ilustração da situação desses dependentes químicos. ,

“O seminário teve como objetivo principal fazer um evolutivo tanto pra gestores, acadêmicos e pesquisadores para que esses dados possam ser usados na requalificação deles e em políticas que tenham o norte na estratégia de redução de danos”, esclarece a pesquisadora Naíde Teodósio, envolvida no trabalho. Na ocasião foram divulgados os primeiros dados mais descritivos sobre o assunto, “para que o olhar seja voltado a esses cidadãos que vivem em enorme situação de risco”, acrescenta.

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A pesquisa

Com realização da Fiocruz Pernambuco e outros órgãos e entidades de saúde do estado, foram entrevistados 1.062 usuários de crack do Projeto Atitude, de idades entre 18 e 34 anos, de agosto de 2014 ao mesmo mês em 2015. Desse número, 819 são do sexo masculino e 243 femininos em situação de rua e com baixa escolaridade. 

Um dos pontos constatados foi que o tempo-médio de uso dessa droga é de nove anos, no entanto, os personagens da pesquisa já possuem, em média, oito anos de consumo, com início por volta dos 18 anos (44%). Foi também constatado que as mulheres possuem início no uso do entorpecente antes dos 15 anos de idade. Elas também relatam ter sofrido violência sexual antes e durante o ingresso no consumo ilícito. 

Quanto ao vínculo familiar, os números são inferiores ao esperado, de acordo com a pesquisadora. A maioria possui vínculo familiar rompido, e dos que possuem filhos, 4% dos homens ainda possui o elo, em contraponto com 19% das mulheres na mesma situação. Além desses dados, 41% dos entrevistados não trabalham atualmente. 

Correlação com doenças sexualmente transmissíveis

A pesquisadora afirma que escolheu o Projeto Atitude porque se trata de usuários em situação de rua e em vulnerabilidade, visto que o trabalho realizado pela iniciativa não se dá em reabilitação, mas sim, em acolhimento e apoio desses cidadãos. Nesse mesmo cenário, doenças sexualmente transmissíveis, violência sexual e outros crimes compõem o histórico de muitos dos participantes da pesquisa.

Foi identificado que o conhecimento sobre o HIV é menor que o da população geral e os números de casos de HIV e sífilis positivos são maiores entre as mulheres. Além dessas, há a presença de sífilis, hepatites e tuberculose. “Muito disso se dá por conta da troca de sexo pela droga ou a transferência de cachimbos ou canudos (utilizado para o consumo de crack em pó). Quanto ao histórico de crimes como o roubo, é um dos meios utilizados para se conseguir a droga”. O uso de crack em pó – uso verificado somente em Pernambuco - foi revelado por 54% dos entrevistados.

Com a realização da pesquisa, foi verificado que o projeto, mesmo não tendo o viés voltado para a desintoxicação do usuário, através do seu trabalho de conscientização e acolhimento, tem registrado o impacto na redução de uso e frequência de consumo. “O uso do crack tem repercussão no contexto que as pessoas estão inseridas, então, o acolhimento permite que o usuário possa pensar acerca do consumo da droga”, aponta a pesquisadora. 

Coordenado pela Secretaria da Mulher de Pernambuco, o concurso Naíde Teodósio está com inscrições abertas até o dia 25 de maio. Podem concorrer estudantes de ensino médio, técnico subsequente, graduação e pós-graduação, além de professores do ensino médio e técnico subsequente.

Para participar, os interessados podem acessar o site da Facepe ou da Secretaria da Mulher, escolher uma das cinco categorias existentes, sendo elas: redação, artigo científico, relatos, projetos de experiência pedagógica e roteiro para vídeo documentário digital de curta metragem e se inscrever, conforme o edital.

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O Prêmio Naíde Teodósio de Estudos e Gêneros serão distribuídos em dinheiro, podendo chegar a R$ 8 mil, auxílio para Participação de Pesquisador em Congresso ou Reuniões no País (ACP), prêmio de R$ 20 mil para o ganhador da categoria de roteiro para vídeo documentário, tablets, assinaturas da Revista Continente e diploma de Mérito Institucional. A seleção visa premiar estudos de gênero, observando as dimensões de classe social, raça, etnia, geração e orientação sexual das mulheres em Pernambuco. 

VII Prêmio Naíde Teodósio

Inscrições: 17 de abril a 25 de mio

http://www2.secmulher.pe.gov.br/web/secretaria-da-mulher

http://www.facepe.br/

 

As inscrições para os candidatos que querem concorrer ao prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gêneros – Ano IV foram prorrogadas. Agora, com a nova data, os estudantes (do ensino médio, graduação, pós-graduação) e professores (do ensino médio) terão até o próximo dia 15 de setembro para encaminhar as produções textuais. Para concorrer ao prêmio, os inscritos deverão encaminhar redações, artigos científicos, relatos ou projetos de experiência pedagógica e roteiro para documentário de curta metragem digital. Nesta edição, as produções terão que focar nos seguintes temas:  Violência Doméstica e Sexista; Inserção das Mulheres nos Espaços de Poder; Mulher e Meio Ambiente; Patriarcado: educação e cultura; Agricultoras Familiares e Reforma Agrária; Gênero e Saúde; Sexualidade e Gravidez, entre outros assuntos. Os selecionados no concurso ganharão computador, notebook, bolsas de iniciação científica e premiações em dinheiro em valores de R$ 5 mil a R$ 20 mil. Alem disto, os trabalhos serão publicados no Livro do Prêmi
o Naíde Teodósio de Estudos de Gênero – Ano IV. Para se candidatar, os interessados devem se inscrever no site da Facepe ou pelos Correios, enviando formulário preenchido para o endereço: Rua Benfica, 150, Madalena, CEP 50720-001. O resultado do concurso será divulgado no dia 28 de setembro através do Diário Oficial do Estado e nos sites da Secretaria de Mulher e Facepe.

Histórico

Promovido pela Secretaria da Mulher, o prêmio visa estimular e fortalecer a produção crítica de conhecimento sobre as relações de gênero, contribuindo para a promoção dos direitos das mulheres por meio de pesquisas que busquem contemplar classe social, etnia, raça e geração de renda das mulheres em Pernambuco.

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