Tópicos | nativos

Saiu a lista dos 20 semifinalistas do Festival Outros Nativos. A votação, pela internet, teve início na última segunda-feira (9) e se encerrou na quarta-feira (11), ao meio-dia.

Os músicos selecionados serão divididos em dois grupos para as eliminatórias nos dias 14 de setembro, na praça Eduardo Angelim, no bairro da Pedreira, e no dia 21 de setembro, na praça Dorothy Stang, na Sacramenta. Os 10 artistas selecionados pelos jurados e pelo voto popular presencial das duas seletivas irão para a final, no dia 27 de setembro, no Clube Casota.

##RECOMENDA##

Os três primeiros colocados na final receberão prêmios de R$ 4,5 mil, instrumentos musicais e gravações. Saiba quem foram os classificados no site.

Além das 10 canções selecionadas (cuja ordem de apresentação vai ser divulgada na sexta-feira, 13), a programação do dia 14 de setembro contará com a participação especial de artistas convidados. Entre eles, estão a cantora e compositora amapaense Brenda Zeni, que divulga o álbum “Quebra do Feitiço”, produzido por Alan Flexa. Também haverá apresentações da cantora Thais Badu, que está divulgando o EP “Sou Preta”, e a banda O Cosmo, que lançou no ano passado o EP “Origens”.

A Mostra Nativa conta ainda com a participação de Nicobates e Os Amadores, banda do produtor e compositor Elielton Alves, realizador do projeto Outros Nativos.  Também haverá a participação do cantor de brega Johnny Half e de alunos do projeto sociocultural do festival.

Idealizado e produzido pelo jornalista, professor, músico e produtor cultural Elielton Amador, o Nicobates, que mora e atua no bairro onde o projeto está sediado, o Outros Nativos tem patrocínio da Prefeitura Municipal de Belém, através da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) por meio do Edital 004/2018 de chamamento de Projetos Culturais de Relevância Social. O projeto tem apoio do Clube e Associação Casota, Centro Comunitário Morada dos Sonhos, loja de Instrumentos Musicais ProMusic e gravadora Na Music.

De abril a agosto deste ano, o Festival Outros Nativos desenvolveu oficinas, cursos e ações culturais no bairro. O compositor e produtor Dubblack ministrou oficina de “Groove e Composição”; o cantor e preparador vocal Sandro Santarém ofereceu a oficina “Canto Para Performance Ao Vivo”; o produtor e arranjador Joel Melo, da banda Suzana Flag, também ofereceu a oficina de “Arranjo Para Banda Pop Rock”; e o produtor e arranjador amapaense Otto Ramos ministrou a oficina “Arranjo Para Banda Pop”, entre outras ações.

Segue abaixo a lista de acordo com a votação dos 40 participantes:

1 - Crença - Icamiabas – 473 votos – 6,1%

2 - Valeu a pena – Camila Costa – 454 – 5,9%

3 -  Cheiro de Incenso – ReggaeTown – 411 – 5,3%

4 - Sereia – Iris da Selva – 345 votos – 4,5%

5 - Por acaso sob o sol – Reiner – 335 votos – 4,4%

6 - Mata Escura – Cactus Ao Luar – 324 votos – 4,2%

7 - Batuque da Floresta – Mano Ió – 316 votos – 4,1%

8 - Você me faz tão bem – Projeto da Janela – 307 votos – 4%

9 - Sol do Marajó – Quinteto Caxangá – 289 votos – 3,8%

10 - Universos Anormais – Zeit – 282 votos – 3,7%

11 - Carimbó da Resistência – Geraldinho Roots – 276 votos – 3,6%

12 - Comprimido do Amor – Superself – 245 votos – 3,2%

13 - Sina de Pescador – Banda Florrise – 243 votos – 3,2%

14 - A Ponte – Steamy Frogs – 205 votos – 2,7%

15 - Teu amor por mim – Daniel Dias – 205 votos – 2,7%

16 - Cabeça Guiada é Robô – Montalva e Entidade Selektha – 195 votos – 2,5%

17 - Gafes – Rasec – 185 votos – 2,4%

18 - Xangô – Mael Anhangá – 179 votos – 2,3%

19 -  Simetria – Jade Oliviet – 178 votos – 2,3%

20 - Inconsciência – Fantoche – 166 – 2,2%

21 - Força de Jah - Bunnin – 156 votos – 2%

22 - Tremer – Cout – 155 votos – 2%

23 - Ciranda Oração – Caruana - 151 votos – 2%

24 - Torre Eiffel – Alcebiades – 151 votos – 2%

25 - Jorge Violeiro - Mateus Moura – 145 votos – 1,9%

26 - Mar de Males – Jimmy Góes – 131 votos – 1,7%

27 - Sempre fui nosso – Leo Cafre – 121 votos – 1,6%

28 - A Cidade – André Moska – 120 votos – 1,6%

29 - Meu desejo – Flaviano Ramos – 118 – 1,5

30 - Canção do Céu – Bah – 112 – 1,5%

31 - Ruína – Times Of War – 106 votos – 1,4%

32 - Planeta Só - Up7 – 103 votos – 1,3%

33 - Retornei - Lótus Aurea – 95 votos – 1,2%

34 - A Paz – Pepe Souza – 85 votos – 1,1%

35 - Pulsar - Maria Bossa Nossa – 77 votos – 1%

36 - Plano de Vitória – Ministério Adorai - 76 votos – 1%

37 - Cidade Sitiada – Kizilia - 75 votos – 1%

38 - A menina que roubava livros – Tyago Orfeu - 51 votos – 0,7%

39 - Danielly – Fartura Flame – 37 votos – 0,5%

40 - Forró Praiano – Reebs Carneiro – 16 votos – 0,2%

Da assessoria do evento.

O cemitério já foi mudado duas vezes, a velha escola está debaixo da água e a nova enfrenta o mesmo destino com a erosão constante que está devorando as terras em Napakiak.

Esta pequena aldeia localizada no sudoeste do Alasca, por onde passa o sinuoso rio Kuskokwim, é uma das várias comunidades indígenas costeiras deste estado dos Estados Unidos, cuja própria existência e estilo de vida estão ameaçados pela altas temperaturas.

"O litoral sofre erosão muito mais rápido do que o esperado e temos que nos afastar continuamente do rio para áreas mais altas", explica Walter Nelson, vereador da cidade, a uma equipe da AFP em recente visita a uma isolada população de apenas 350 habitantes, a maioria esquimós Yupik.

"Aqui lidamos com a mudança climática diariamente", acrescenta.

Ele mostra casas e outras construções, principalmente sobre palafitas, que são afetadas pela rápida erosão costeira e o derretimento do "permafrost", uma camada de solo que costumava ser permanentemente congelada e sobre a qual muitas aldeias nativas do Alasca foram construídas.

"É uma corrida constante contra o tempo. Agora o mercado local, o corpo de bombeiros e o prédio da cidade são os primeiros da lista de relocação", explicou Nelson. "A escola vem depois, mas não podemos movê-la; teremos que derrubá-la e construir uma nova".

- Isolamento -

O mesmo drama é experimentado em outras comunidades costeiras do Alasca, que estão cada vez mais isoladas porque as rotas que são formadas no inverno com o rio congelado são cada vez mais escassas com o aumento das temperaturas.

De acordo com um relatório de 2009 do Government Accountability Office, a maioria das mais de 200 aldeias indígenas no estado são afetadas pela erosão e inundação, e 31 enfrentam "ameaças iminentes".

Newtok é uma das comunidades que podem ficar debaixo d'água. Seus 350 moradores terão que se mudar em breve para um novo assentamento a cerca de 15 km de distância.

Mais ao sul, em Quinhagak, que faz fronteira com o Mar de Bering e está localizado na foz dos Kuskokwim, os líderes comunitários também estudam a possibilidade de mudar a vila de 700 habitantes para uma área mais segura.

"Já mudamos duas vezes, a última em 1979", conta Warren Jones, presidente de uma corporação Yupik local conhecida como Qanirtuuq Inc.

"Mas a erosão está acontecendo tão rápido que estamos preparando um pedaço de terra para o novo local muito mais longe do mar", explica.

- "Ameaças existenciais" -

Segundo os cientistas, o Alasca está aquecendo duas vezes mais rápido que a média mundial, com temperaturas em fevereiro e março batendo recordes.

"Entre 1901 e 2016, as temperaturas médias do continente dos Estados Unidos aumentaram 1,8 graus Fahrenheit [1ºC], enquanto no Alasca aumentaram 4,7 graus [2,6ºC]", alertou Rick Thoman, do Centro de Avaliação e Políticas do Clima do Alasca.

"Isso está afetando desproporcionalmente as comunidades rurais do Alasca, muitas das quais enfrentam ameaças existenciais de longo prazo", acrescentou.

Em Napakiak, que é cercada por quilômetros de tundra plana pontilhada por pequenos lagos e acessível apenas de avião ou barco, o trabalho em tempo integral de Harold Ilmar na última década tem sido proteger a vila de tempestades, inundações e a constante erosão do rio que cobre grandes extensões de terra.

Em média, movimenta cerca de cinco estruturas por ano para terrenos mais altos e, com poucos meios a sua disposição, tenta controlar as ondas colocando sacos de areia e folhas de plástico nas bordas.

"Isso não para e durante as emergências, eu trabalho até nos fins de semana", disse ele. "Acho que seria melhor se mudássemos toda a aldeia para um lugar mais alto", acrescentou, apontando para uma pedra a cerca de um quilômetro da costa.

- Fossas comuns -

Os líderes da Napakiak, assim como de outras comunidades, têm feito nos últimos anos viagens a conferências por todo o país para dar o alerta sobre a mudança climática e o afundamento de suas aldeias.

"Passamos a dizer às pessoas para virem nos visitar porque é preciso para acreditar", disse Nelson.

"Eles não vão entender o que está acontecendo através de um telefonema", acrescenta, explicando que sua aldeia até começou a usar caixões de metal em vez de madeira, que são mais resistentes, já que muitos corpos não puderam ser recuperados quando os dois cemitérios anteriores foram levados pela água.

"Temos duas valas comuns agora cheias de restos de pessoas que não conseguimos identificar", contou.

E ele aceita resignadamente que, em longo prazo, dada a velocidade da erosão e o aumento das inundações, Napakiak poderá acabar sob as águas e seus moradores terão de se juntar ao crescente número de refugiados do clima, forçados a abandonar suas terras.

"Nós achamos que 2016 e 2018 foram os anos mais quentes, mas 2019 está quebrando todos os recordes", lamentou.

"Todo ano acaba sendo o mais quente".

"Quem sabe o que vamos enfrentar nos próximos 10 anos?", conclui.

A modelo da Playboy Jaylene Cook ousou em sua última imagem postada nas redes sociais e acabou desagradando o povo nativo da Nova Zelândia. Ela tirou uma foto totalmente nua no topo do monte Taranaki, o que de certa forma provocou a 'ira' dos maoris.

De acordo com um dos nativos da região, em entrevista à BBC, o local é considerado um lugar sagrado, como a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e fazer algo assim é desapropriado e derespeitoso. A postagem da moça já conta mais de 14 mil reações e 600 comentários.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando