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Na última semana, a Nasa anunciou o projeto Lofted Environmental and Atmospheric Venus Sensors (Leaves), do Instituto Aeroespacial de Ohio (EUA). A iniciativa enviará uma nave-mãe até a órbita de Vênus e deve liberar um "enxame" de pequenas espaçonaves para estudar a atmosfera do planeta e coletar dados sobre a composição das nuvens.

As miniaturas do "enxame" têm massa de 130g e estão programadas para uma atividade de nove horas. Durante esse tempo, os sensores enviarão informações à nave-mãe, localizada na órbita do planeta, até que sejam destruídos pela temperatura do planeta, que é de 473°C.

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Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol e apresenta características que o tornam um desafio para a exploração espacial. A atmosfera é composta por nuvens de ácido sulfúrico e, por conta da alta densidade, elas impedem a leitura visual do interior do corpo celeste. Já a superfície apresenta pressão atmosférica 92 vezes mais forte que a Terra, o que impede o pouso e operação de robôs.

A aprovação para financiamento da missão Leaves faz parte do programa Nasa Innovative Advanced Concepts (Niac), que investe em projetos inovadores para a exploração espacial. Em comunicado oficial, o diretor da iniciativa disse que a criatividade é a chave para o desenvolvimento de novas ideias que hoje podem parecer distantes, mas, nas próximas décadas, podem se tornar realidade.

Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, disse nessa terça-feira (23), em sua conta no Twitter, que a empresa irá pousar naves em Marte “bem antes” de 2030. O post foi em resposta a um artigo da Ars Technica que dizia que a Europa começaria a se concentrar em sistemas competitivos em 2030 e que as empresas europeias estavam atrás da SpaceX.

"A SpaceX pousará Naves Estelares em Marte bem antes de 2030. O limite realmente difícil é tornar a Base Alfa de Marte autossustentável", postou Elon Musk.

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O plano de Elon Musk é construir pelo menos 1 mil foguetes e lançar três deles por dia para enviar um milhão de pessoas à Marte.

Musk também disse que a Europa estava "mirando muito baixo" com seus esforços de lançamento, dizendo que "apenas foguetes totalmente e rapidamente reutilizáveis serão competitivos".

Em fevereiro, a SpaceX fez um teste, lançando seu foguete protótipo “Starship”, que acabou explodindo no meio do lançamento de alta altitude.

Mas isso não impediu a empresa de levantar cerca de $ 850 milhões de dólares e continuar seus planos. Um primeiro voo orbital do foguete está previsto para o fim deste ano.

Um grupo de cientistas alertou nesta terça-feira (18) sobre o perigo crescente relacionado ao lixo espacial acumulado durante seis décadas de exploração do cosmos, seja por meio de satélites ou em missões com astronautas.

Em menos de um quarto do século, o número de detritos com tamanho o suficiente para destruir uma nave espacial duplicou, de acordo com informações dos participantes de uma conferência da Agência Espacial Europeia (ESA) em Darmstadt, na Alemanha.

"Estamos muito preocupados", declarou Rolf Densing, diretor de operações da ESA, que espera por uma conscientização diante de um problema que julga poder ser resolvido apenas globalmente.

O risco de colisões com lixo espacial é estatisticamente baixo. Porém, ele aumentou com as sucessivas missões espaciais iniciadas em 1957, com o lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial, pela União Soviética.

Destroços dos foguetes, satélites fora de serviço, ferramentas perdidas por astronautas: todos esses objetos se multiplicam cada vez mais sob efeito das dispersões e colisões em cadeia.

Esses resíduos são capazes de alcançar 28.000 quilômetros por hora, velocidade essa na qual até mesmo um pequeno objeto pode ser suficiente para causar enormes danos.

Em 1993, alguns radares terrestres localizaram 8.000 objetos que tinham dimensão de mais de 10 centímetros. "Hoje em dia, temos cerca de 5.000 objetos com mais de um metro de comprimento, 20.000 objetos de mais de 10 cm... e 750.000 "partículas de 1 cm" provenientes da colisão desse lixo, especificou Holger Krag, responsável pelo departamento de resíduos espaciais da ESA.

A Agência Espacial Europeia afirma receber um alerta por colisão a cada semana, relacionado apenas aos seus 10 satélites situados na baixa órbita terrestre. Esses devem efetuar manobras entre uma a duas vezes ao ano para evitar acidentes.

O astronauta francês Thomas Pesquet explicou em um vídeo que a Estação Espacial Internacional (ISS), na qual vive atualmente, é capaz de resistir ao impacto de objetos de até 1 centímetro de diâmetro.

"A estação deve realizar manobras com frequência para evitar (a colisão com) os objetos, mas precisa de 24 horas para poder ser novamente acionada", contou Pesquet diretamente da ISS. Caso a tripulação não tenha tempo de evitar que o impacto aconteça, deve "ir a seu refúgio, a nave espacial Soyuz, para poder abandonar a estação em caso de colisão", ressaltou. "Isso ocorreu quatro vezes na história da ISS", salientou.

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