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Graças à SpaceX, os Estados Unidos lideraram com folga o mercado mundial de lançamentos espaciais, realizando 107 voos orbitais em 2023, um número muito maior do que outros países neste setor estratégico.

A SpaceX, empresa de Elon Musk, lançou sua Falcon 9 um total de 96 vezes ao longo do ano, alcançando um número de quase dois lançamentos por semana, com o objetivo de continuar a implantação de sua constelação de satélites de internet Starlink.

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A companhia do magnata também lançou a Falcon Heavy, para colocar em órbita o avião espacial militar X-37B, e realizou dois testes com o seu foguete Starship, nos quais ambos terminaram em explosões. Este lançador será utilizado para as missões Artemis à Lua.

"Para o ano que vem, queremos aumentar o número de voos para cerca de 12 voos por mês, ou seja, 144 voos", declarou o vice-presidente da SpaceX, Bill Gerstenmaier, quando compareceu ao Senado americano em outubro.

Diante do domínio americano, a China está expandindo rapidamente suas atividades espaciais. Realizou 67 lançamentos em 2023, frente aos 64 em 2022, segundo a Spacenews. Destes, 47 eram apenas de seu foguete Long March, de acordo com a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China.

A Rússia realizou 19 lançamentos, 17 deles do foguete Soyuz, transportando principalmente satélites para necessidades governamentais e militares, além da espaçonave Progress, com destino à Estação Espacial Internacional, segundo o site especializado Gunter's Space Page.

A Índia, com a agência espacial Isro, lançou os seus foguetes GSLV, PSLV e SSLV sete vezes em 2023. Também realizou o primeiro lançamento de 2024: um foguete PSLV, disparado às 04h30 de segunda-feira (01h30 em Brasília), colocou em órbita um satélite científico.

Já a Europa, em uma crise atual de lançadores, realizou apenas três lançamentos em 2023: os dois últimos Ariane 5 e um foguete Vega. Mas espera recuperar a autonomia no espaço com o voo inaugural do Ariane 6, previsto para meados de junho, e com o voo do Vega-C no final do ano.

O Japão também realizou três lançamentos em 2023, mas seu novo lançador H-3 falhou. A agência espacial japonesa, Jaxa, anunciou que fará uma nova tentativa no dia 15 de fevereiro.

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (3) uma nova ajuda militar, de quase 2,2 bilhões de dólares, à Ucrânia, que inclui artefatos disparados a partir do solo, que poderiam dobrar o alcance da força de ataque ucraniana contra os russos.

Tratam-se das Bombas de Pequeno Tamanho Lançadas do Solo (GLSDB, na sigla em inglês), mísseis de pequeno diâmetro fabricados por Boeing e Saab, que podem voar por até 150 km e, por isso, ameaçar as posições russas.

"Isto oferece uma capacidade de maior alcance [...] que permitirá [aos ucranianos] realizar operações em defesa de seu país e recuperar seu território soberano", afirmou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu a seu par americano, Joe Biden, após o anúncio. "Quanto maior for o alcance de nossas armas e mais móveis forem as nossas tropas, mais cedo irá terminar a agressão brutal da Rússia", tuitou.

A Ucrânia pedia aos Estados Unidos munições que pudessem voar mais longe que os foguetes Himars, que têm alcance de 80 km.

As GLSDB proporcionam à Ucrânia a capacidade de atacar posições na região do Donbass, nas províncias de Zaporizhzhia e Kherson, e no norte da Crimeia. Isso poderia representar uma ameaça às principais linhas de abastecimento russas, aos depósitos de armas e às bases aéreas.

A ajuda de quase 2,2 bilhões de dólares inclui "capacidades de defesa aérea cruciais para ajudar a Ucrânia a defender sua população", "veículos de infantaria blindados" e munições para o sistema de lançamento de foguetes Himars, informou o Pentágono.

Desde o começo da invasão russa no fim de fevereiro de 2022, as autoridades americanas destinaram mais de 29,3 bilhões de dólares para ajudar militarmente a Ucrânia, segundo o Pentágono.

"Os Estados Unidos continuarão trabalhando com seus aliados e parceiros para proporcionar à Ucrânia a capacidade de responder às necessidades imediatas no campo de batalha e às de segurança no mais longo prazo", assinalou o Pentágono, que não informou sobre o prazo de entrega. Um porta-voz da Boeing tampouco quis dar informações.

Foguetes caíram do lado de fora do consulado turco nesta quarta-feira (27) em Mossul, uma cidade no norte do Iraque, disseram à AFP uma fonte de segurança e um deputado, causando danos materiais na área.

Esses tiros ocorreram poucos dias depois que o Iraque acusou a Turquia de bombardear um centro turístico na região do Curdistão iraquiano (norte) em 20 de julho, matando 9 civis e ferindo outros 23.

Após este ataque, o Iraque exigiu que a Turquia retirasse suas forças de seu território e chamou seu encarregado de negócios para Ancara, denunciando uma "violação flagrante" de sua soberania.

A Turquia negou qualquer responsabilidade pelo ataque ao centro turístico, dizendo que o responsável foi o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que realiza uma insurreição contra Ancara desde 1984 e opera a partir de bases de retaguarda no norte do Iraque, onde o exército turco o ataca regularmente.

Segundo uma fonte de segurança, "quatro granadas de morteiro caíram durante a madrugada de terça para quarta-feira perto do consulado turco em Mossul, na região de Al-Hadba, sem deixar vítimas, apenas pequenos danos materiais".

Os disparos não foram reivindicados.

O consulado da Turquia está localizado em uma área residencial onde, segundo um cinegrafista da AFP, houve danos em um carro civil estacionado a cerca de 100 metros do consulado e as janelas de uma das casas ficaram destruídas.

Por sua vez, o deputado da província de Nínive, cuja capital é Mossul, Shirwan Dobardani, confirmou que "quatro foguetes caíram no setor do consulado, ao norte de Mossul", fazendo referência a "danos materiais em automóveis dos moradores".

O ministério das Relações Exteriores turco denunciou "o ataque contra o Consulado Geral de Mossul nas primeiras horas de 27 de julho" em um comunicado publicado nesta quarta-feira, pedindo "às autoridades iraquianas que protejam as missões diplomáticas e consulares e levem os autores do ataque à Justiça o quanto antes".

Israel fechará para comerciantes e trabalhadores, neste domingo (24), sua única passagem com a Faixa de Gaza, depois que militantes do enclave palestino lançaram três foguetes contra seu território.

A decisão de fechar a passagem de Erez afetará milhares de palestinos deste empobrecido território, submetido ao bloqueio israelense há mais de 15 anos.

Além da passagem de Rafah entre o sul deste microterritório de em torno de 2,3 milhões de habitantes e o Egito, Israel controla todas as entradas e saídas do enclave - tanto de mercadorias quanto de pessoas.

"Após os foguetes lançados para o território israelense da Faixa de Gaza na noite passada, decidiu-se que o trânsito para Israel de comerciantes e trabalhadores de Gaza, através da passagem de Erez, não será permitido neste domingo", declarou a COGAT, a unidade do Ministério da Defesa responsável pelos assuntos civis palestinos, em um comunicado.

Três foguetes foram disparados de Gaza para Israel na sexta-feira à noite e na madrugada deste sábado, horas depois de confrontos entre a polícia israelense e manifestantes palestinos terem deixado mais de 50 feridos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, palco de fortes tensões.

Desde segunda-feira (18), vários foguetes foram disparados da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, na direção de Israel, provocando incursões aéreas israelenses contra este enclave. Os disparos não causaram vítimas, e a maioria dos projéteis foi interceptada pelo escudo antimísseis israelense.

Estes ataques com foguetes são os mais graves desde a guerra mortal de 11 dias entre o Hamas e o Exército israelense em maio de 2021, na esteira de confrontos entre a polícia israelense e palestinos em Jerusalém Oriental que deixaram centenas de palestinos feridos.

- Confrontos em Jerusalém -

A nova escalada ocorreu após quatro atentados em Israel entre 22 de março e 7 de abril, nos quais 14 pessoas morreram. Dois dos ataques aconteceram na metrópole de Tel Aviv, cometido por palestinos da Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.

Na sequência, o Exército israelense lançou várias operações na Cisjordânia, algumas delas letais.

Neste contexto e em pleno mês sagrado muçulmano do Ramadã, há uma semana ocorrem confrontos entre palestinos e forças israelenses na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, a parte palestina ocupada por Israel.

Os confrontos deixaram mais de 250 palestinos feridos, e as autoridades israelenses, que controlam o acesso à Esplanada, fecharam as passagens que permitem aos palestinos da Cisjordânia viajarem para Jerusalém.

Na sexta-feira (22), antes dos ataques com foguetes, o Hamas organizou uma grande manifestação no enclave em solidariedade aos palestinos de Jerusalém Oriental, onde enfrentamentos na área da mesquita deixaram cerca de 50 feridos.

Seis foguetes foram disparados na madrugada desta sexta-feira (28) contra o aeroporto de Bagdá, sem causar vítimas, mas sim danos a um avião civil, no mais recente de uma série de ataques que os Estados Unidos costumam atribuir a facções pró-iranianas.

Esses atos, que nunca são reivindicados, são geralmente direcionados aos interesses dos Estados Unidos e das tropas da coalizão internacional antijihadista no Iraque, cuja saída é exigida por grupos armados favoráveis ao Irã.

Os seis foguetes caíram no estacionamento e nas pistas. Um avião civil, que estava vazio, foi atingido e danificado.

Uma fonte confirmou que o ataque foi executado com seis drones contra as instalações civis do aeroporto.

A aeronave atingida é um Boeing 767 da companhia aérea iraquiana Iraqi Airways que passava por reparos, segundo outra fonte do aeroporto.

A companhia aérea postou nas redes sociais fotos do avião danificado, que apresentava um enorme buraco perto da cabine. Segundo a empresa, o avião já estava "fora de serviço" e imobilizado em terra. A empresa informou ainda que os voos não serão afetados.

Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até o momento.

Nas últimas semanas, os lançamentos de foguetes, ou ataques com drones, atingiram a denominada e superprotegida "Zona Verde", onde fica a embaixada dos Estados Unidos.

De acordo com uma fonte da coalizão, em 3 de janeiro, os militares dos EUA derrubaram dois drones armados. Estes artefatos teriam como alvo uma zona diplomática americana instalada no aeroporto de Bagdá e bases onde as tropas da coalizão estão estacionadas.

Em 13 de janeiro, três pessoas - incluindo duas crianças - ficaram feridas por um foguete que atingiu uma escola na "Zona Verde".

Ao mesmo tempo, outros dois foguetes caíram no complexo da embaixada dos Estados Unidos, sem deixar feridos.

Em 9 de dezembro, o Iraque anunciou o "fim da missão de combate" da coalizão, que, no entanto, mantém tropas em território iraquiano para tarefas de treinamento e assessoria.

Na prática, cerca de 2.500 soldados americanos e outros mil soldados dos países-membros da coalizão estão mobilizados no Iraque, distribuídos em três bases administradas pelas Forças Armadas iraquianas.

A onda de ataques se intensificou desde o início do ano, com o Irã e vários grupos aliados marcando o segundo aniversário do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani e de seu braço direito iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis. Ambos foram abatidos por um drone dos EUA no Iraque, em 3 de janeiro de 2020.

Esta sequência de ofensivas também se dá em um tenso contexto pós-eleitoral, caracterizado por negociações intermináveis para formar uma coalizão parlamentar, nomear um primeiro-ministro e compor um novo governo.

Na última terça-feira (25), três foguetes caíram perto da casa do presidente do Parlamento iraquiano, Mohamed al-Halbusi, que renovou seu cargo para um segundo mandato.

Três foguetes - apenas dois explodiram - caíram nesta terça-feira (20) perto do palácio presidencial em Cabul, onde várias autoridades estavam reunidas com o presidente Ashraf Ghani por ocasião do início da festa sagrada dos muçulmanos, o Eid al Adha, anunciou o ministério do Interior.

O porta-voz do ministério, Mirwais Stanikzai, informou que o ataque, não reivindicado até o momento, não provocou vítimas.

O barulho de explosões foi ouvido às 8H00 (0H30 de Brasília) nas imediações da zona verde, área com grande proteção em Cabul, onde ficam o palácio presidencial e as embaixadas, incluindo a missão da ONU.

Pouco depois do ataque, o presidente Ghani começou o discurso à nação na presença dos principais funcionários do governo.

Em um vídeo publicado na página oficial da presidência no Facebook é possível ouvir as explosões de ao menos dois foguetes no momento em que Ghani e outras autoridades rezam de joelhos no jardim do palácio.

O presidente e a maioria dos participantes permaneceram impassíveis com o som das explosões e prosseguiram com as orações, no primeiro dia do Eit al Adha.

"Hoje, os inimigos do Afeganistão lançaram foguetes em várias partes da cidade de Cabul. Um foguete caiu atrás da mesquita Eid Gah, o segundo atrás do centro (comercial) Gulbahar e o terceiro perto (do parque) de Chaman e Huzori", afirmou Stanikzai.

"Os foguetes atingiram três locais diferentes. De acordo com nossas informações, não há vítimas. Nossa equipe está investigando", completou.

Os três pontos estão situados em um raio de quase um quilômetro ao redor do palácio presidencial, que já foi alvo de foguetes em várias oportunidades, a última delas em dezembro de 2020.

- Sem cessar-fogo à vista -

Em março de 2020, um ataque com foguete foi executado durante a posse de Ghani, na presença de centenas de pessoas. O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado.

"Os talibãs mostraram que não têm a vontade nem a intenção de fazer a paz", declarou Ghani em seu discurso nesta terça-feira, sem uma referência direta ao ataque.

"Até agora os talibãs não mostraram o menor interesse em negociações significativas e sérias", completou, após um novo fim de semana de negociações estéreis entre o governo e os insurgentes em Doha.

No domingo, ao final de uma nova sessão de negociações no Catar, os dois lados afirmaram em um comunicado que concordam com a necessidade de encontrar uma "solução justa" e com um novo encontro na próxima semana.

O diretor do conselho governamental afegão que supervisiona o processo de paz, Abdullah Abdullah, admitiu nesta segunda-feira que "o povo afegão evidentemente esperava mais". "Mas a porta das negociações continua aberta", disse à AFP, antes de destacar que espera progresso "dentro de algumas semanas".

As negociações no Catar, que começaram em setembro, não registraram avanços e os talibãs iniciaram em maio uma ofensiva total contra as forças afegãs, aproveitando a começo do processo de retirada definitiva das forças internacionais do Afeganistão, que deve terminar em agosto.

As tropas governamentais, sem o crucial apoio aéreo das tropas estrangeiras, controlam apenas as capitais de província e algumas estradas importantes.

O ataque desta terça-feira parece reduzir por completo as esperanças de um cessar-fogo por ocasião do Eid, o que marca uma ruptura com os últimos anos, quando os talibãs adotaram tréguas para as festas muçulmanas.

Na segunda-feira, várias representações diplomáticas no Afeganistão pediram aos talibãs para interromper a ofensiva, que contradiz, na sua opinião, "o apoio que expressaram a uma solução negociada" do conflito.

No poder de 1996 a 2001, os talibãs adotaram uma interpretação muito rigorosa da lei islâmica, até que foram derrotados pela invasão da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro.

Aos 16 anos, Muhammad Najib é um adolescente como qualquer outro, um fã de videogames. Mas esse jovem palestino da Faixa de Gaza há alguns dias tem a impressão de que vive dentro de um jogo de guerra, rodeado por prédios destruídos pelo exército israelense.

Grandes buracos na rua, casas reduzidas a pó, escombros: os habitantes de Gaza acordaram nesta sexta-feira em um enclave devastado por bombardeios israelenses noturnos.

Segundo vários habitantes, é como se seu território sofresse um "terremoto contínuo", já que Israel decidiu intensificar sua ofensiva contra grupos armados em Gaza, liderados pelo movimento islâmico Hamas no poder, que lançou centenas de foguetes contra Israel, causando nove mortes.

Desde o início de uma nova escalada de violência na segunda-feira, mais de 100 palestinos foram mortos em bombardeios israelenses. Essas vítimas incluem 31 crianças, de acordo com as autoridades locais.

"Esses bombardeios caem sem parar como em um videogames", comparou Muhammad Najib, que mora na cidade de Gaza, muito perto da torre Al-Shoruk, que foi pulverizada e se transformou em uma enorme nuvem negra na quarta-feira. "Foi assustador", relembra.

Em Beit Hanun, ao norte do enclave de dois milhões de habitantes, localizado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, Jassar Fayyad não tem mais casa. Na quinta à noite, “de repente ouvimos barulho de explosões (...) Bombardearam cerca de 10 vezes sem avisar”, lamenta.

"A eletricidade foi cortada e não podíamos nos ver, corremos para o hospital. Meu pai perdeu os dois pés, minha tia perdeu um olho e dois de meus parentes ficaram gravemente feridos", relata à AFP este jovem, que veste uma camisa toda ensanguentada.

“Costumo ficar acordado até tarde, agora odeio a noite”, admite Dima Talal, uma estudante de 17 anos do ensino médio. "Nestes últimos quatro dias, só dormi quatro horas por causa do medo".

“Estou mais assustada hoje do que em todos os outros dias de tensão, porque o barulho dos mísseis israelenses é muito alto, terrível, louco”, reitera a jovem moradora da Cidade de Gaza.

- "Eu não sei porque ele faz isso" -

Tiroteios entre o Hamas e o exército israelense são frequentes, e os dois inimigos travaram três guerras no enclave em menos de 15 anos (2008, 2012, 2014).

Para Ahmed Fatum, de 16 anos, não há "escalada" sobre o que os habitantes de Gaza vivem hoje. “É uma verdadeira guerra”, afirma.

“Israel destrói tudo: casas, edifícios e até terras agrícolas à nossa frente”, critica o jovem. No entanto, "não somos culpados de nada", acrescenta.

Aos 73, sua avó, Um Jallal Fatum, não está vivendo seus primeiros bombardeios, mas garante nunca ter visto ataques tão "violentos" em Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou que os bombardeios em Gaza "ainda não acabaram".

“Ele é um criminoso porque mata crianças e destrói casas. Não sei por que ele faz isso”, lamenta Um Jallal Fatum.

O novo ciclo de violência começou na segunda-feira após dias de confrontos entre palestinos e policiais israelenses em Jerusalém Oriental, a porção palestina da Cidade Santa ocupada e anexada por Israel, que causou centenas de feridos.

As imagens da polícia israelense jogando granadas ensurdecedoras ou balas de borracha na Esplanada das Mesquitas para dispersar os palestinos, que revidaram com objetos e projéteis, causaram comoção.

O Hamas havia ameaçado lançar foguetes contra Israel se suas forças não se retirassem da Esplanada, o terceiro local mais sagrado do Islã e o local mais sagrado do judaísmo.

“Ele (Netanyahu) fez mal a Jerusalém e é por isso que os palestinos dispararam foguetes. Ele deve ir embora”, pede Um Jallal Fatum, acrescentando que esta é a única solução para a "paz" pela qual anseia.

Ao menos 26 palestinos, incluindo nove crianças, morreram na madrugada desta terça-feira (11) em bombardeios israelenses em Gaza, uma resposta aos foguetes lançados por movimentos armados palestinos, que provocaram duas vítimas fatais no sul de Israel, em uma escalada provocada por uma onda de violência em Jerusalém Oriental.

Mais de 120 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza, território palestino controlado pelo movimento islamita Hamas, informaram as autoridades de saúde locais.

Desde segunda-feira, militantes palestinos lançaram mais de 300 foguetes contra Israel. O sistema antimísseis israelense Cúpula de Ferro interceptou mais de 90% dos projéteis, afirmou o porta-voz do Exército, Jonathan Conricus. Ao menos seis israelenses ficaram feridos.

O Estado hebreu respondeu ao lançamento de foguetes com 130 ataques de aviões de combate e de helicópteros contra alvos militares no território palestino. Segundo Conricus, as ações mataram 15 comandantes do Hamas e da Jihad Islâmica. Este último grupo armado confirmou as mortes de dois de seus líderes.

Nesta terça-feira, foram lançados mais foguetes a partir do enclave palestino, enquanto o braço armado das brigadas Qassam, vinculadas ao Hamas, prometeu que transformaria a cidade israelense de Ashkelon, ao sul, em "um inferno".

Nesta cidade, duas mulheres, uma de 65 anos e outra de 40, morreram vítimas dos disparos de foguetes palestinos, afirmou o Magen, equivalente da Cruz Vermelha em Israel.

Nas últimas horas, foram ouvidas explosões na cidade, onde um foguete abriu uma cratera na lateral de um bloco de apartamentos.

Conricus disse que Israel não tem confirmação de que seus ataques afetaram civis em Gaza, ou se as vítimas foram provocadas por enganos no lançamento de foguetes palestinos.

O ministro israelense da Defesa, Benny Gantz, autorizou um pedido do Exército para mobilizar 5.000 reservistas em caso de necessidade.

Israel vai "intensificar" seus ataques contra o Hamas, advertiu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

"Desde ontem (segunda-feira), o Exército lançou centenas de ataques contra o Hamas e a Jihad Islâmica em Gaza (...) e vamos intensificar ainda mais a força dos nossos ataques", garantiu o chefe de Governo em uma mensagem de vídeo, acrescentando que o Hamas "será golpeado de uma maneira que não se espera".

- Preocupação internacional -

As tensões dos últimos dias em Jerusalém se transformaram nos piores confrontos na cidade desde 2017.

A violência começou na sexta-feira (7) com os confrontos entre policiais do Batalhão de Choque israelense e os fiéis palestinos na Esplanada das Mesquitas, onde fica a mesquita de Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do Islã.

Desde então, os distúrbios noturnos em Jerusalém Oriental deixaram centenas de palestinos feridos e provocaram apelos internacionais por uma desescalada. A ONU afirmou que está "profundamente preocupada" e condenou "qualquer incitação à violência".

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, condenou os ataques com foguetes do Hamas, afirmando que eles "devem parar imediatamente".

O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, condenou os ataques a Gaza como "indiscriminados e irresponsáveis (...) e uma demonstração miserável de força ao custo do sangue de crianças".

Na segunda-feira (10), o Hamas deu um ultimato a Israel para que retirasse todas as suas forças da Esplanada das Mesquitas e do distrito de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, onde os próximos despejos de famílias palestinas estão gerando protestos.

As sirenes soaram em toda Jerusalém logo após as 18h locais (12h em Brasília), o horário-limite do ultimato do Hamas. Foguetes começaram a cair, e os moradores de Jerusalém fugiram para bunkers pela primeira vez desde o conflito de Gaza de 2014.

As brigadas Qassam disseram que os ataques com foguetes são uma resposta às ações israelenses em Sheikh Jarrah e ao redor da mesquita de Al-Aqsa.

"Esta é uma mensagem que o inimigo deve entender bem: se eles responderem, responderemos. E se escalarem, escalaremos", frisaram.

Na segunda à noite, assim como nas noites anteriores desde sexta-feira, os palestinos atiraram pedras na tropa de choque israelense. Os agentes responderam com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

"Atiraram em todo mundo, nos jovens e nos idosos", relatou Siraj, um palestino de 24 anos, internado no hospital Makassed, em Jerusalém Oriental, depois de sofrer uma lesão no baço por uma bala de borracha.

A Anistia Internacional afirmou que as "forças israelenses usaram repetidamente força desproporcional e ilegal para dispersar os manifestantes".

A polícia israelense não respondeu a acusações específicas, mas disse à AFP que não permitirá "que se altere a ordem, nem que se incite a provocar danos às forças de segurança".

Confrontos em Jerusalém, protestos na Cisjordânia ocupada e foguetes da Faixa de Gaza: a tensão aumenta entre os palestinos e as forças israelenses neste sábado (24), após os distúrbios mais graves em anos na Cidade Santa.

Os confrontos eclodiram na sexta-feira (23) à noite nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém, um dia após uma noite de manifestações cruzadas envolvendo um grupo de judeus de extrema direita gritando "Morte aos árabes", palestinos e a polícia, resultando em mais de 120 feridos.

A polícia e jovens palestinos brincaram de gato e rato perto do Portão de Damasco, depois que as orações de sexta-feira reuniram dezenas de milhares de fiéis na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, em pleno mês de jejum do Ramadã.

Jovens palestinos jogaram garrafas de água e pedras na polícia, que usou bombas de efeito moral na tentativa de dispersar a multidão, e também realizou algumas prisões, incluindo uma violenta, observou um jornalista da AFP no local.

Outros incidentes ocorreram em vários bairros palestinos em Jerusalém Oriental.

- Represálias em Gaza -

Centenas de palestinos se reuniram na noite de sexta-feira no posto de passagem de Qalandiya, que conecta Israel e Cisjordânia, onde vários objetos foram incendiados.

Palestinos atiraram pedras e coquetéis molotov na Tumba de Raquel, um local sagrado judeu em Belém, na Cisjordânia ocupada, informou a polícia, enquanto um protesto também ocorreu em Ramallah, a sede da Autoridade Palestina.

Mais tarde, na mesma noite, 36 foguetes foram lançados da Faixa de Gaza, um enclave palestino geograficamente separado da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém, na direção de Israel, de acordo com as Forças Armadas israelenses. Seis foguetes foram interceptados pelo escudo de mísseis Iron Dome e outros caíram em terrenos baldios.

Em retaliação, tanques, caças e helicópteros militares visaram, de acordo com o exército, posições do Hamas - movimento islâmico armado que controla a Faixa de Gaza desde 2007.

Após os confrontos de quinta-feira perto da Cidade Velha, os mais violentos dos últimos anos na Cidade Santa, o braço armado do Hamas expressou seu apoio aos palestinos em Jerusalém Oriental, avisando Israel: "A faísca que vocês acendem hoje será o estopim da explosão do inimigo".

E o presidente palestino, Mahmoud Abbas, denunciou o "incitamento ao ódio" de grupos israelenses de extrema direita e instou a comunidade internacional a "proteger" os palestinos em Jerusalém Oriental.

Os confrontos nos últimos dias em Jerusalém começaram depois que a polícia impediu a população de se sentar nos degraus ao redor do Portão de Damasco, um lugar onde os palestinos normalmente se reúnem à noite durante o Ramadã.

- "Evitar nova escalada" -

E quando os judeus de extrema direita planejaram uma manifestação perto deste acesso à Cidade Velha, muitos palestinos viram isso como uma provocação e uma tentativa de assumir o controle deste local simbólico.

O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, pediu neste sábado que "todas as partes exerçam o máximo de contenção e evitem nova escalada".

"Os atos de provocação em Jerusalém devem parar. O lançamento indiscriminado de foguetes em áreas povoadas viola a lei internacional e deve cessar imediatamente", disse ele em um comunicado.

A Jordânia, país vizinho que administra os locais sagrados muçulmanos na Cidade Velha, condenou no sábado os "ataques racistas" de Israel contra os palestinos em Jerusalém Oriental.

O ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi, pediu "uma ação internacional para protegê-los", alertando Israel que Jerusalém era "uma linha vermelha".

Dois foguetes caíram neste domingo (4) perto da base aérea de Balad, que abriga soldados americanos ao norte de Bagdá, três dias antes da retomada do "diálogo estratégico" com o novo governo de Washington, informou uma fonte de segurança à AFP.

Estes disparos não provocaram nem danos, nem vítimas, e não foram reivindicados até o momento, mas os Estados Unidos acusam regularmente grupos iraquianos pró-Irã de atacar suas tropas e diplomatas.

Trata-se do décimo quarto ataque, incluindo seis com foguetes, dirigidos a tropas americanas, a embaixada dos Estados Unidos ou os comboios iraquianos que dão apoio logístico às tropas estrangeiras desde que Joe Biden assumiu a Presidência em janeiro.

Dois americanos e um civil iraquiano morreram nestes ataques.

Um civil iraquiano que trabalhava em uma empresa de manutenção de aviões de combate americanos para as forças aéreas iraquianas também ficou ferido em um dos ataques.

Algumas vezes, estas operações são reivindicadas por grupos não identificados que, segundo especialistas, são uma cortina de fumaça para organizações apoiadas pelo Irã, presentes há tempos no Iraque.

Qais al Khazali, alto funcionário pró-iraniano da força paramilitar patrocinada pelo Estado Hashed al Shaabi, disse recentemente que a "resistência" estava realizando ataques e que se intensificariam "a menos que os Estados Unidos retirem todas as suas forças de combate de todo o Iraque".

Este último ataque coincide com a preparação em Washington de um diálogo estratégico com o governo do primeiro-ministro Mustafá Al Kadhemi, alvo regular de ameaças das facções pró-iranianas.

Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, disse nessa terça-feira (23), em sua conta no Twitter, que a empresa irá pousar naves em Marte “bem antes” de 2030. O post foi em resposta a um artigo da Ars Technica que dizia que a Europa começaria a se concentrar em sistemas competitivos em 2030 e que as empresas europeias estavam atrás da SpaceX.

"A SpaceX pousará Naves Estelares em Marte bem antes de 2030. O limite realmente difícil é tornar a Base Alfa de Marte autossustentável", postou Elon Musk.

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O plano de Elon Musk é construir pelo menos 1 mil foguetes e lançar três deles por dia para enviar um milhão de pessoas à Marte.

Musk também disse que a Europa estava "mirando muito baixo" com seus esforços de lançamento, dizendo que "apenas foguetes totalmente e rapidamente reutilizáveis serão competitivos".

Em fevereiro, a SpaceX fez um teste, lançando seu foguete protótipo “Starship”, que acabou explodindo no meio do lançamento de alta altitude.

Mas isso não impediu a empresa de levantar cerca de $ 850 milhões de dólares e continuar seus planos. Um primeiro voo orbital do foguete está previsto para o fim deste ano.

O papa Francisco afirmou que mantém a visita história ao Iraque, prevista para começar dentro de dois dias, apesar da violência que afeta o país, cenário de um novo ataque com foguetes nesta quarta-feira contra uma base militar que abriga tropas americanas.

"Depois de amanhã, se Deus quiser, irei ao Iraque para uma peregrinação de três dias. Há muito tempo que quero encontrar com estas pessoas que sofreram tanto", disse Francisco, de 84 anos, durante a audiência semanal.

"Peço a vocês que acompanhem esta viagem com suas orações (...). O povo iraquiano está nos esperando, esperou por João Paulo II, que foi proibido de viajar. Não se pode decepcionar pela segunda vez este povo", completou.

O pontífice argentino deseja cumprir a promessa feita pelo polonês João Paulo II, que teve que desistir em 1999 de uma viagem ao Iraque depois de negociações infrutíferas com Saddam Hussein.

O papa Francisco confirmou a viagem poucas horas depois que pelo menos 10 foguetes foram lançados contra uma base que abriga soldados americanos na região oeste do Iraque. Um civil morreu, vítima de um ataque cardíaco, após a ação.

Na terça-feira, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, explicou que Francisco se deslocará em um veículo blindado durante sua visita ao Iraque, de 5 a 8 de março.

"A segurança é sempre responsabilidade do país que o hospeda", disse Bruni. "Além disso, o papa não se encontrará com multidões", completou.

Praticamente nenhum evento do papa nos três dias de visita reunirá mais de 100 pessoas. A única exceção será uma missa em um estádio de Erbil, no Curdistão iraquiano, onde serão disponibilizadas aos fiéis 10.000 entradas da capacidade de 30.000 do local, explicou o Vaticano.

"A melhor forma de interpretar esta viagem é que é um ato de amor", disse Bruni, ao reiterar que o pontífice deseja que "as pessoas vejam que o papa está ali e está perto delas".

O presidente Donald Trump advertiu nesta quarta-feira que irá responsabilizar o Irã no caso de um ataque letal contra americanos no Iraque, ao se aproximar o primeiro aniversário da morte do general iraniano Qassem Soleimani, vítima de um ataque americano.

"Nossa embaixada em Bagdá foi atingida no último domingo por foguetes", tuitou o presidente, citando um ataque que causou danos materiais. "Adivinha de onde vêm: IRÃ", afirmou. "Agora, ouvimos especulações sobre novos ataques contra americanos no Iraque", prosseguiu, antes de dirigir "um conselho saudável e amistoso ao Irã: se um americano for morto, irei responsabilizar o Irã. Pensem bem", advertiu.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, já havia apontado para Teerã, e o chefe das forças americanas no Oriente Médio, general Frank McKenzie, alertou que Washington estava "pronta para reagir" em caso de ataque iraniano, ao se aproximar o primeiro aniversário da morte de Soleimani. Em resposta, o Irã pediu às autoridades americanas que não provoquem tensão.

Washington reduziu recentemente seu quadro diplomático na capital iraquiana e especulações recorrentes envolvendo um fechamento total de sua embaixada ressurgiram nos últimos dias.

Vários foguetes explodiram, neste domingo, perto da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, um ataque que ocorre pouco antes do primeiro aniversário do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani por Washington na capital iraquiana.

Pelo menos cinco explosões foram ouvidas por jornalistas da AFP no leste de Bagdá.

Pouco depois, uma série de disparos rápidos e ensurdecedores foi ouvida por repórteres que viram fumaça vermelha de foguete no céu noturno, indicando que o sistema de defesa C-RAM da embaixada havia sido ativado.

De acordo com um comunicado das forças de segurança iraquianas, o ataque causou danos materiais, mas não vítimas.

Pelo menos três foguetes caíram perto da missão diplomática americana na Zona Verde, enquanto outros dois atingiram bairros residenciais, segundo uma fonte de segurança à AFP.

Um iraquiano que vive em um complexo residencial em frente à embaixada dos EUA disse à AFP que seu prédio foi atingido.

"Todo mundo está gritando e chorando. Minha esposa perdeu a cabeça por causa de todo esse barulho", contou o homem que pediu anonimato.

Um deputado afirmou que sua casa foi atingida por um fragmento de foguete.

A embaixada americana e outros locais militares e diplomáticos estrangeiros foram alvo de dezenas de ataques com foguetes e ataques a bomba desde o outono de 2019.

O ataque deste domingo é o terceiro contra instalações militares e diplomáticas dos EUA desde uma trégua assinada em outubro com facções iraquianas pró-Irã.

No primeiro ataque, em 17 de novembro, foguetes atingiram a embaixada americana e bairros de Bagdá, matando uma pessoa.

Em 10 de dezembro, dois comboios de logística para a coalizão internacional liderada por Washington foram alvos de bombas colocadas em estradas.

Esses ataques foram reivindicados por grupos que as autoridades iraquianas e os Estados Unidos descrevem como fantoches de facções iraquianas pró-Irã.

Mas o ataque de hoje foi condenado por várias facções.

"Ninguém tem o direito de usar armas fora do Estado", tuitou o líder xiita e ex-líder miliciano Moqtada Sadr.

"Bombardear a embaixada (americana) do mal neste momento é considerado inaceitável", condenou igualmente em um comunicado o Hezbollah iraquiano, que havia sido acusado de vários ataques. Ele também denunciou o uso do sistema C-RAM pela embaixada.

Este comunicado pode ser uma tentativa de acalmar as tensões, que são fortes à medida que se aproxima o primeiro aniversário do ataque americano que em 3 de janeiro de 2020 matou o poderoso general iraniano Soleimani e seu tenente iraquiano Abu Mehdi al-Mouhandis.

Autoridades iraquianas e ocidentais disseram à AFP que acreditam que o Irã está tentando manter a calma antes da saída do presidente Donald Trump no próximo mês.

Este último adotou uma política de "pressão máxima" contra o Irã, uma abordagem que também afetou os aliados de Teerã no Iraque.

Diplomatas temem um ataque militar de última hora do governo Trump aos interesses iranianos no Iraque, ou uma escalada por grupos anti-EUA em Bagdá.

A Chancelaria americana já retirou parcialmente alguns de seus funcionários por razões de segurança, segundo informaram autoridades iraquianas à AFP no início de dezembro, citando uma "pequena redução" e garantindo que os laços diplomáticos não foram rompidos.

A Coreia do Norte executou no domingo (29) testes com "lançadores múltiplos de foguetes de grande tamanho", anunciou a imprensa estatal nesta segunda-feira, mas o dirigente Kim Jong Un não supervisionou os exercícios, em um gesto interpretado como uma tentativa de normalizar as manobras.

Desde que a comunidade internacional concentra as atenções na luta contra a pandemia de coronavírus, a Coreia do Norte executou quatro exercícios militares. Em um gesto incomum, a agência oficial Korean Central News Agency (KCNA) não mencionou que Kim supervisionou os lançamentos.

Em cada teste, a imprensa estatal divulga imagens de Kim Jong Un à frente de cientistas e militares, mas desta vez a KCNA informou que a operação foi supervisionada pelo vice-líder do partido do governo, Ri Pyong Chol, e coordenado pela Academia Nacional de Ciências da Defesa.

Os disparos de domingo partiram das proximidades da cidade portuária de Wonsan, na costa leste, e seguiram em direção ao Mar do Japão (chamado pelos coreanos de Mar do Leste), de acordo com fontes militares da Coreia do Sul.

-Um exercício normal -

Go Myong-hyun, analista do Instituto Asan de Estudos Políticos, com sede em Seul, afirmou que "com a ausência de Kim, a Coreia do Norte tenta minimizar a importância dos lançamentos para destacar que este é um exercício normal.

"Esta ação militar da Coreia do Norte é um gesto particularmente inapropriado quando o mundo inteiro passa por dificuldades devido à pandemia da COVID-19", afirmou o Estado-Maior da Coreia do Sul em um comunicado. A nota acrescenta que tudo parece indicar que os projéteis eram mísseis balísticos.

O ministério da Defesa japonês afirmou que os projéteis não caíram nas águas do país nem na zona econômica marítima exclusiva do Japão.

Pyongyang está submetida a várias sanções do Conselho de Segurança da ONU, que têm como objetivo forçar o regime a renunciar aos programas nucleares e balísticos proibidos.

Na semana passada, a imprensa estatal norte-coreana informou que o Kim Jong Un recebeu uma carta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que detalhava um projeto para melhorar as relações bilaterais. A Casa Branca confirmou o envio.

Na carta, Trump "explica sei plano para estimular as relações entre a República Popular Democrática da Coreia e os Estados Unidos e expressa a intenção de ajudar na luta contra as epidemias", em referência a COVID-19, segundo um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.

A Coreia do Norte é um dos poucos países do mundo que não anunciou nenhum caso de contágio.

Analisas consideram que a pandemia, que já matou mais de 30.000 pessoas no mundo, poderia ser catastrófica na Coreia do Norte, pelas deficiências de seu sistema de saúde.

A Coreia do Norte multiplica desde novembro os testes de armas na ausência de avanços nas negociações com os Estados Unidos.

Vários analistas apontam que Pyongyang melhora aos poucos suas capacidades militares, apesar das sanções.

Três foguetes caíram neste domingo perto da Embaixada dos EUA em Bagdá, no 19º ataque contra pontos americanos no Iraque desde outubro do ano passado. Os foguetes não deixaram vítimas, disseram fontes iraquianas.

Várias explosões foram ouvidas, seguidas de aviões que voavam em círculos perto da Zona Verde, o território de alta segurança onde está localizada a missão americana. (Com agências internacionais).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Exército de Israel reforçou nessa quarta-feira (29) a presença de tropas na Cisjordânia e próximo à Faixa de Gaza, um dia após o anúncio de um plano de paz do governo americano para o Oriente Médio. Após a divulgação do reforço, Israel reportou o disparo de um foguete da Faixa de Gaza contra o sul de Israel - sem deixar feridos. O comando militar israelense disse que revidou e atacou alvos do Hamas no território palestino, sem dar detalhes.

Ontem, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, realizou uma reunião de emergência de líderes palestinos - incluindo representantes do Hamas. Após o encontro, eles reafirmaram que não aceitarão o plano americano. Abbas anunciou ainda que falará sobre o tema no Conselho de Segurança da ONU, em duas semanas.

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Ontem, o gabinete do premiê israelense descartou a possibilidade de votar a anexação dos assentamentos e do Vale do Jordão no domingo, como havia prometido Netanyahu. Segundo Yariv Levin, ministro do Turismo, não há tempo para que a proposta seja avaliada.

Netanyahu retorna hoje a Israel com duas vitórias na bagagem. Além do acordo favorável com os EUA, ele conseguiu ontem do presidente russo, Vladimir Putin, o indulto a Naama Issachar, uma israelense condenada a 7 anos e 6 meses de prisão por tráfico de drogas na Rússia.

Netanyahu espera que suas duas conquistas mudem os rumos da eleição de março - por enquanto, pesquisas apontam para o mesmo impasse das últimas duas votações, um Parlamento fragmentado e sem nenhum grupo político capaz de formar um governo.

Apesar de uma reação fria dos países árabes, o acordo de paz de Trump recebeu o apoio ontem do governo brasileiro. Em nota, o Itamaraty disse que o acordo é "realista", "ambicioso" e "compatível com os princípios constitucionais que regem a atuação externa do Brasil". "O governo brasileiro saúda o plano de paz e prosperidade, apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que configura uma visão promissora para retomar o caminho rumo à tão desejada solução do conflito israelense-palestino." (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Todos os voos foram suspensos durante algumas horas nesta quarta-feira em Mitiga, o único aeroporto em operação em Trípoli, devido ao disparo de foguetes contra a área, disse o porta-voz do Governo da União Nacional (GNA), com sede na capital da Líbia.

O Aeroporto Internacional de Mitiga foi alvo de seis foguetes Grad, um ato que constitui uma ameaça flagrante à segurança do tráfego aéreo e uma violação de cessar-fogo, em vigor desde 12 de janeiro, disse Mohamad Gnunu, porta-voz das forças leais ao GNA.

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A direção do aeroporto de Mitiga suspendeu o tráfego aéreo antes de anunciar a retomada dos voos algumas horas depois.

Aviões vindos da Tunísia tiveram que pousar em Misrata, a 200 quilômetros a leste.

Desde o início de uma ofensiva das forças do marechal Khalifa Haftar para tomar Trípoli em 4 de abril, o aeroporto tem sido alvo de ataques aéreos e foguetes atribuídos ao pró-Haftar.

Eles acusam o GNA, liderado por Fayez al-Sarraj e reconhecido pelas Nações Unidas, de usar uma parte do aeroporto para fins militares.

O tráfego aéreo em Mitiga foi retomado em meados de dezembro, após três meses de suspensão.

Mitiga era originalmente uma base militar antes de ser aberta ao tráfego civil para substituir o Aeroporto Internacional de Trípoli, que sofreu sérios danos durante a violência em 2014.

O cessar-fogo na região da capital líbia é globalmente respeitada, mas as partes em conflito se acusam mutuamente por violações.

O ataque ao aeroporto coincidiu com o anúncio por Argel de uma reunião, na quinta-feira, entre os chefes das diplomacias de Tunísia, Egito, Sudão, Chad, Níger e Mali para encontrar uma solução política para a Líbia.

Os ministros tratarão de ajudar "os irmãos líbios a solucionar a crise sem qualquer ingerência", segundo as autoridades argelinas.

Argel não informou se as delegações líbias foram convidadas, mas o chefe da diplomacia do GNA, Mohamad Taher Siala, declarou que não participará para protestar contra a "presença" do representante do governo de Haftar.

Ao menos dois foguetes Katyusha atingiram nesta terça-feira, 14, a base militar de Camp Taji, localizada em Al Taji, a cerca de 20 quilômetros ao norte de Bagdá e onde há tropas de Iraque e Estados Unidos.

Esse tipo de ataque tornou-se mais frequente em bases iraquianas com presença de tropas americanas desde que o governo dos EUA matou o general iraniano Qassim Suleimani, chefe da Força Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, em um ataque em Bagdá no último dia 3.

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Antes da morte de Suleimani, outros ataques, com menor frequência, também tiveram como alvo bases que abrigam militares americanos. A de Al Tayi, por exemplo, já tinha sido atingida por foguetes Katyusha em maio e junho do ano passado. (Com agências internacionais)

Na última sexta-feira (31), a NASA anunciou a seleção de três empresas comerciais para enviar a primeira rodada de plataformas robóticas à Lua. O objetivo é estudar a superfície lunar para ajudar a adaptar os astronautas ao satélite terrestre. As três empresas escolhidas são as norte-americanas Astrobotic, Orbit Beyond e Intuitive Machines. 

Elas devem desenvolver espaçonaves pequenas que possam transportar de forma segura cargas úteis e instrumentos da NASA. Elas aeronaves espaciais devem levantar voo em 2020 e 2021.

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Apesar de não haver tripulantes as espaçonaves devem ajudar o projeto Artemis da Nasa. que busca enviar a primeira mulher e o próximo homem à superfície lunar. Em novembro, a NASA selecionou nove empresas para participar do programa  de Serviços de Carga Lunar Comercial (CLPS), da qual o Artemis faz parte. As empresas anunciadas são apenas as primeiras que devem ser selecionadas para dar continuidade ao projeto.

A Orbit Beyond afirma que lançará seu lander - temporariamente chamado Z01 - em cima de um SpaceX Falcon 9, carregando até quatro cargas já em setembro de 2020. As outras, Astrobotic e Intuitive Machines,  devem fazer seus lançamentos entre junho e julho de 2021.

As companhias deverão construir suas bases de aterrissagem, anexar os instrumentos, fazer com que os veículos sejam lançados em foguetes, operar a espaçonave no espaço e entregar o equipamento na Lua em uma única viagem. A iniciativa é semelhante ao Programa de Tripulação Comercial da NASA, que dá às empresas privadas mais controle sobre suas missões e espaçonaves.

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