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O Consórcio Novo Recife inicia nesta segunda-feira (25) intervenções no terreno do Cais José Estelita, no bairro do Cabanga, área central do Recife, para construção do empreendimento Mirante do Cais. Segundo o Consórcio Novo Recife, a ação, chamada de “requalificação do terreno”, está amparada no alvará de demolição expedido pela Prefeitura do Recife. Nesta manhã, tapumes estão sendo colocados nos arredores da área.

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Em nota, o consórcio afirmou que está cumprindo as diretrizes definidas pelo poder público “junto às expectativas de desenvolvimento para a região do Cais José Estelita”. Conforme o projeto, o Mirante do Cais é composto por duas torres, Mirante Norte e Mirante Sul, além de um edifício garagem com cinco andares.  Além dos espaços tradicionais, como piscina, sauna, salão de festas, playground, brinquedoteca e espaço gourmet, a área de lazer terá quadra de tênis profissional, piscina coberta e aquecida, pista de cooper, horta e pomar orgânicos. "Quando o olhar para o novo e o respeito a história convivem lado a lado. Um projeto inovador, que vem revitalizar e trazer novas perspectivas à região. O Mirante do Cais traz uma nova forma de viver a cidade. Onde a Moura Dubeux encontrou todos os motivos para criar, inovar e surpreender", diz o site da construtora Moura Dubeux sobre o Mirante.

Atualmente vereador, Ivan Moraes (Psol) era um dos mais ativos manifestantes do grupo urbanístico #OcupeEstelita, movimento que criticava a construção de torres no Cais José Estelita sob a argumento de que se tratava de um projeto urbano que priorizava os interesses privados ao público. Moraes lamentou a notícia de que a prefeitura autorizou a demolição. “É uma pena que a prefeitura tenha tomado a defesa do projeto. Há contra o projeto pelo menos cinco ações na Justiça que questionam vários indícios de irregularidades, que vão desde a venda do terreno. Em algumas delas, a própria prefeitura é ré”, comentou ao LeiaJá.

No dia 13 de novembro de 2018, o MPF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que considerou lícita a aprovação do Projeto Novo Recife. Na mesma ocasião, fez ainda um requerimento para que os efeitos da decisão do TRF5 fossem suspensos até que os recursos fossem admitidos.

O MPF informou que tanto o recurso especial (STJ) quanto o recurso extraordinário (STF) foram apresentados ao TRF5 e cabe o vice-presidente do tribunal julgar a admissibilidade dos recursos, decidindo se seguirão para as instâncias superiores. Antes de decidir, o vice-presidente do TRF5 notifica as outras partes para que se posicionem sobre o recurso ajuizado pelo MPF. Quando recebe as contrarrazões de cada um dos interessados, é que decide se remete ou não os recursos para os Tribunais Superiores.

Já o efeito suspensivo não foi ainda concedido e, portanto, as obras podem ser iniciadas. "Naturalmente, a construtora e os eventuais compradores assumem o risco de uma decisão judicial futura", diz o MPF.

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Neste momento, ativistas do movimento #OcupeEstelita estão realizando um protesto na sede da Prefeitura do Recife (PCR). O grupo pede que a prefeitura volte a debater o projeto Novo Recife com o movimento. Há 28 dias não há diálogo entre as partes.

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O ato não foi divulgado no grupo do Direitos Urbanos (DU) no Facebook, onde os ativistas costumam se articular. “Preservamos o ato para não encontrarmos bloqueio”, explicou o representante do DU, Lucas Alves. Uma postagem convocando as pessoas a seguirem para prefeitura só foi divulgada após o início do ato.

O grupo preparou um documento a ser entregue ao prefeito em que constam, além do pedido de reabertura de diálogo, as seguintes reivindicações:

1.Suspensão dos procedimentos de negociação apresentados pela prefeitura no dia 16 de junho, até que seja considerado o parecer do Ministério Público Federal e do Movimento Ocupe Estelita;

2. Cancelamento do projeto Novo Recife;

3. Realização de plano urbanístico para a área do Cais José Estelita pela Prefeitura.

Com informações de Alexandre Cunha

O pré-candidato do PSOL ao Governo de Pernambuco, Zé Gomes, participa nesta quinta-feira (12), data do início da Copa do Mundo, de protestos no Recife organizados para discutir o legado do Mundial na vida da população. 

Ele acompanha a abertura da Copa das Manifestações no Recife, organizada pela articulação “#CopaPraQuem? PE”. O ato, na Praça do Diario, no Centro, tem como objetivo sensibilizar para a garantia dos direitos de todos atingidos pela Copa. 

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À tarde, estará no Ocupe Estelita, onde ocorrerá o Festival Anti-Fanfest, promovido para denunciar os altos gastos e as remoções provocados pelas obras do Mundial.

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Manifestantes do movimento #OcupeEstelita prepararam um dia de atividades para este domingo (1°) no Cais José Estelita, no bairro de São José, área central do Recife. Oficinas, aulas, show e brincadeiras infantis estão entre os eventos do dia.

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As atividades começaram por volta das 9h, com aula de ioga e um espaço chamado “Ocupinho”, voltado para crianças. Já foi iniciada também a oficina de plantação de orquídea. Uma das idealizadoras desta oficina, a professora Polyanna Camêlo, aproveitou que, recentemente, diversas árvores foram podadas pela prefeitura no prédio onde mora e que nesses galhos partidos havia orquídeas. “Arranquei as mudas e trouxe para cá”, ela lembra, destacando em seguida o objetivo da ação: “Resgatamos estas plantas de serem destruídas, além de aproveitar para passar a ideia de sustentabilidade, importante na discussão do Estelita”.

Pollyana trouxe a filha Analía Camêlo, 9, para passar o domingo no Cais. Mas foi de Analía a ideia de oferecer uma oficina de leitura de contos. “Eu contei histórias para as crianças e agora eu estou brincando”, comenta a menina. De acordo com a ocupante e organizadora do “Ocupinho”, Mariana Senhorinho, 30, oferecer um espaço para as crianças é fundamental. “Eles que vão continuar usufruindo desse espaço. Todos têm direito de exercer a cidadania e de utilizar o espaço público”, destaca.

Entre as atividades que ainda ocorrem durante o dia estão as oficinas de reciclagem de pet, malabarismo, fotografia artesanal, ginástica, workshop de arquitetura e feira de livros. A partir das 15h, o local recebe shows de Karina Buhr, Siba, Canibal e Lia de Itamaracá. 

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Os integrantes do movimento OcupeEstelita tentaram impedir a passagem do Trem do Forró pelo terreno ocupado por eles desde a última quarta-feira (21). A primeira viagem da atração junina ocorre somente neste sábado (31), mas o veículo devee ficar estacionado nas proximidades a partir desta sexta-feira (30).

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O coordenador de operações do Trem do Forró, Anderson Pacheco, precisou descer do veículo para tentar negociar com os militantes. Eles pedem para que sejam fixadas no trem faixas do movimento e que amanhã, antes da primeira viagem, o veículo fique parado no local por cerca de cinco a dez minutos para que o grupo faça um discurso.

Negociação - Após uma conversa entre alguns do líderes do movimento Ocupe Estelita e o proprietário da Serrambi Turismo, que promove o Trem do Forró, Anderson Pacheco, ficou acordado que o trem terá faixas relacionadas ao movimento e irá fazer uma parada de 10 a 15 minutos, quando os passageiros/forrozeiros irão ouvir uma explanação dos manifestantes sobre o projeto Novo Recife. 

Anderson Pacheco contou ao LeiaJá, que já vem acompanhando uma outra ocupação, que acontece em um trecho mais adiante na ferrovia - como o LeiaJá já registrou - e que com estes não houve nenhum problema quanto à passagem do Trem do Forró. "Desde o primeiro dia que eles ocuparam que nós estamos conversando e já fizemos a remoção de alguns barracos para que a locomotiva passe sem impedimentos.

Com informações de Alexandre Cunha e Pedro Oliveira

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O deputado federal Fernando Ferro (PT) esteve presente, nesta sexta-feira (30), no Cais José Estelita e prestou solidariedade aos ocupantes contrários ao projeto Novo Recife. Do lado de fora do terreno, Ferro atendeu às equipes de reportagens e exaltou a necessidade do debate sobre a cidade, além de criticar o projeto ao apontar que trata-se de “interesses empresariais” para benefício de poucos.

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“O movimento daqui é uma luta justa, acho correto. A prefeitura está omissa, como admito que a nossa anterior gestão (de João da Costa) falhou a não debater o assunto. As pessoas estão aqui isoladas e querem ser ouvidas”, comentou o deputado ao garantir que já entrou em contato com órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Ao lado do deputado, gravando toda entrevista cedida à imprensa, o integrante do Ocupe Estelita, Renato Feitosa, pediu respeito à decisão, tomada em assembleia, de nenhum veículo de comunicação entrar na ocupação para fazer registros na manhã desta sexta. “Pedimos uma atitude ética da imprensa. Que não sejam feitas abordagens sensacionalistas se houver uma possível intervenção policial na ocupação”, disse o ocupante ao lembrar do mandado de reintegração de posse expedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Moradores da região – Um grupo de moradores que ocuparam um terreno da União, na Avenida Sul, também demonstrou apoio ao movimento Ocupe Estelita. “É uma luta unitária e precisamos agir juntos. Somos a favor da preservação do Cais José Estelita e da proposta da construção de moradias populares no local”, afirmou o morador Anderson Aguiar. 

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Vários artistas de Pernambuco e de outras regiões do país demonstraram apoio público, por meio das redes sociais, ao #OcupeEstelita. O movimento defende um uso alternativo para os armazéns da Avenida Cais José Estelita, Bairro de São José, em contrapartida ao proposto pelo projeto Novo Recife. A onda de manifestações artísticas, que vem ganhando apoio popular na internet, teve início com Karina Buhr, no último sábado (24), após a cantora postar no grupo Direitos Urbanos no Facebook uma foto com a hashtag do movimento. Além de Karina, Marcelo Jeneci, Otto, Leandra Leal, Siba, Fábio Trummer, Alceu Valença e até Ney Matogrosso já prestaram apoio aos ativistas.

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Seja através do tradicional cartaz com os dizeres #OcupeEstelita ou seja com textos em defesa da causa, o meio cultural parece estar engajado com o movimento. Natural de São Bento do Una, Sertão de Pernambuco, Alceu Valença foi um dos que opinaram sobre a política urbana implantada no Recife. “As cidades crescem, mas quando existe um plano de urbanização coerente, os espaços reservados para o vento, os olhos e a mobilidade são preservados”, escreveu Alceu no Facebook, comparando ainda no texto o Recife a um paliteiro, em referência ao aumento do número de prédios na cidade. 

Há mais de 20 anos, eles 'ocupam' o Cais José Estelita

A atriz carioca Leandra Leal, que já foi casada com o pernambucano Lirinha, também declarou estar ao lado dos que defendem o uso da região do Estelita para fins de lazer e culturais. “Minha contribuição aos recifenses que lutam pelo direito de exercer a democracia e que estão agora ocupando o cais estelita pedindo um novo Recife, onde o progresso estaria de mãos dadas com a cultura, a natureza e o respeito para com as futuras gerações”, postou Leandra Leal no Instagram. 

Máquinas iniciam demolição do Cais Estelita na madruga

O cantor pernambucano Otto, que nasceu em Belo Jardim mas teve uma relação forte com o Recife, foi outro artista que deixou sua contribuição. “Pra quem ama Recife! Com saudade do Caiçara”, publicou Otto no Facebook, lembrando o caso recente da demolição do Edifício Caiçara, em Boa Viagem, Zona Sul da cidade. Quem também usou as redes sociais para mostrar indignação ao projeto Novo Recife foi Ney Matogrosso, que posou para uma foto ao lado da bandeira de Pernambuco e da hashtag #OcupeEstelita.

Os protestos e gritaria continuam na sede da Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo, no Bairro do Recife. Membros do Grupo Direitos Humanos permanecem na luta para participar da reunião extraordinária, que transcorre normalmente no 12º andar do edifício-sede municipal, apesar do tumulto do lado de fora.

Desde março deste ano, o grupo luta contra o projeto que aprova a construção das torres no Cais José Estelita, área central da cidade. Moradores do Coque também estão na mobilização. "Além dessa área, nós que vivemos no Coque também fomos prejudicados pela prefeitura, pois serão construídos polos jurídicos no local, assinados por João da Costa. Por isso, viemos aqui para evitar que mais algo seja destruído pelo prefeito", afirma Lourinaldo Fernandes, comerciante e morador da comunidade.

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A reunião começou por volta das 9h desta sexta-feira (30) e conta com 26 membros do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU). A presidente da CDU afirmou no início que não tinha porque a existência de populares. "Nenhum ofício que disseram nos enviar para assistir a reunião foi localizado", afirmou Maria Di Biase.

Por Pollyanne Brito

Enquanto a reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) sobre o Projeto Novo Recife é realizada na sede da Prefeitura do Recife, aproximadamente 100 manifestantes protestam do lado de fora do auditório na manhã desta sexta (30). O clima é de revolta, desde às 9h, quando iniciou o evento no audiório. O pedido de acompanhar a sessão foi negado pela presidente da CDU, a secretária de Controle e Desenvolvimento Urbano, Maria José De Biase.

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De acordo com Leonardo Cisneiros, representante do Grupo de Direitos Urbanos, que é contra a construção das 13 torres no Cais José Estelita, o pedido foi feito para eles acompanharem desde a última terça. "Nós simplesmente fomos ignorados. Queremos nosso direito de ver e queremos isso", reivindicou Leonardo.

Agora há pouco, os protestantes que permanecem fora do auditório, tentaram invadir a reunião, mas a guarda municipal que está no local, os impediu. Os manifestantes estão gritando, no local, palavras de ordem contra o João da Costa. “Prefeito fuleiro, capacho de pedreiro”.

Movimento - A área em discussão é um terreno de mais de dez hectares ao longo do Cais José Estelita. Na única audiência sobre o projeto, em março deste ano, no plenarinho da Câmara do Recife, a promotoria reiterou a preocupação do órgão com os impactos sociais e ambientais da obra, que está em análise na Prefeitura desde 2008.



 

 

 

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