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A polícia de fronteira do Canadá anunciou uma apreensão recorde de quase 2,5 toneladas de ópio escondidas em contêineres no porto de Vancouver, no oeste do país.

"Esta é a maior apreensão de ópio já realizada até o momento pela agência", disse a Agência de Serviços Fronteiriços do Canadá (CBSA, na sigla em inglês) em um comunicado datado de sexta-feira (16).

O órgão não especificou a origem da droga nem se houve prisões. Mas a investigação, iniciada em setembro pela polícia federal, continua, indicou.

Os 2.486 quilos de ópio foram descobertos usando tecnologia de raios-X, depois que "um exame físico minucioso" encontrou irregularidades nos paletes de 19 contêineres marítimos, explicou a CBSA, que forneceu fotos.

Vancouver é o maior porto do Canadá e a principal porta de entrada de mercadorias da Ásia.

O Canadá e os Estados Unidos sofrem há anos com um grande fluxo de opioides, como o fentanil, que chegam ilegalmente da Ásia, constituindo um significativo problema de saúde pública em ambos os países.

O número de overdoses por opioides entre adolescentes de 10 a 18 anos mais que dobrou nos Estados Unidos entre 2019 e 2021, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira pelas autoridades de saúde do país.

Mianmar e Tailândia, países-chave no tráfico de drogas no Sudeste Asiático, queimaram nesta segunda-feira (26) drogas num valor de cerca de 1 bilhão de dólares. "Esta é a maior queima de drogas da história de Mianmar", declarou um comandante da polícia birmanesa, referindo-se a incineração realizada no Dia Internacional de combate ao Abuso e ao Tráfico Ilícito de Drogas.

Mianmar continua a ser um dos maiores produtores de drogas do mundo, um legado de décadas de governo militar que deixou o tráfego prosperar. As autoridades queimaram ópio, heroína, cannabis e metanfetamina num valor de 385 milhões de dólares.

Na Tailândia, as autoridades queimaram drogas no valor de 589 milhões de dólares. A região do Triângulo Dourado, na fronteira do Laos, Tailândia e Mianmar, foi por muito tempo a principal área de produção de ópio e heroína, até ser substituída pelo Afeganistão.

A produção da matéria-prima do ópio, a papoula, no Afeganistão aumentou neste ano para níveis recordes, apesar dos esforços internacionais na última década para afastar o país do tráfico de drogas. A informação faz parte de um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodoc).

A colheita de maio foi de 5.500 toneladas, 49% maior do que a do ano passado e mais do que a produção combinada do restante do mundo. Até mesmo em províncias afegãs com algum sucesso passado no combate ao cultivo da planta registrou reversão dessa tendência, segundo o relatório deste ano da agência antidrogas da ONU.

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A retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão no ano que vem deve piorar ainda mais as coisas, disse Jean-Luc Lemahieu, representante regional do Unodoc em Cabul. Ele alertou que, na medida em que a ajuda internacional é reduzida, o governo afegão se tornará cada vez mais dependente de fontes ilícitas de renda.

O aumento da produção começou em 2010, quando agricultores foram rápidos em plantar papoula para aproveitar o aumento dos preços, resultado de uma doença que atacou as plantações no ano anterior e da escalada militar norte-americana no sul, disse Lemahieu à Associated Press.

Segundo ele, dentre os que se beneficiam do tráfico de drogas há agricultores, insurgentes e muitos membros do governo. Lemahieu disse que geralmente eles trabalham juntos.

Khan Bacha, que cultiva papoula num pequeno pedaço de terra na província de Nangarhar, reduto do Taleban a leste do país, disse que os insurgentes cobram dos fazendeiros um "imposto religioso" de um quilo a cada 10 produzidos, embora a taxa seja "negociável". "Eles dizem que estamos numa jihad", disse Bacha. "É o dinheiro de Deus que damos."

Tentativas anteriores da comunidade internacional de combater o cultivo de papoula incluíram a produção de culturas alternativas e o pagamento de agricultores, em algumas áreas, para que não plantassem papoula. Mas a ação não deu certo, já que eles passaram a fazer as plantações em outros locais para ter algum dinheiro caso os pagamentos fossem encerrados.

As plantações também parecem estar se espalhando para novas partes do país. Foram 209 mil hectares em 17 províncias neste ano, contra 154 mil hectares em 15 províncias em 2012, diz o documento.

A maior parte do cultivo de papoula no Afeganistão acontece no sul, sudoeste e leste do país, áreas onde cresce a insurgência do Taleban. Mas foi na província de Cabul e na parte central onde houve o maior aumento: 148% entre 2012 e 2013.

Apesar das notícias, o relatório destaca o aumento dos serviços sociais para lidar com o crescente número de dependentes do ópio no país. "Esses são sinais tangíveis e que dão esperança", diz o documento.

Há cerca de 1 milhão de dependentes de drogas no Afeganistão, 15% dos quais são mulheres e crianças, disse Kanishka Turkistan, porta-voz do Ministério de Saúde Pública. Fonte: Associated Press.

A superfície dedicada ao cultivo do ópio no Afeganistão aumentou 36% em 2013, estabelecendo o maior nível histórico, afirma um relatório da ONU. Em 2013, a superfície dedicada ao cultivo de ópio no Afeganistão foi de 209 mil hectares, contra 154.000 em 2012, superando o recorde estabelecido em 2007, segundo o documento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

A produção de ópio, matéria-prima da heroína, aumentou 49% na comparação com 2012, a 5.500 toneladas, destaca o relatório elaborado pela ONU e as autoridades afegãs. O documento afirma que a produção não foi maior por "condições meteorológicas desfavoráveis, particularmente nas regiões sul e oeste".

A principal razão do aumento da produção pode ser a incerteza provocada pela retirada das tropas da Otan do Afeganistão em 2014, argumenta o relatório. O aumento da superfície cultivada e da produção de ópio "constitui uma ameaça para a saúde pública, a estabilidade e o desenvolvimento do Afeganistão", afirmou o diretor do UNODC, Yury Fedotov.

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