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Um casamento no nordeste da Tailândia no último sábado (25) terminou em tragédia após o noivo matar quatro pessoas que estavam presentes na cerimônia, incluindo a noiva. Após o ataque, o homem se matou com um tiro de pistola em sua própria testa, de acordo com informações do portal tailandês Bangkok Post.

O homem foi identificado como Chaturong Suksuk, de 29 anos. Ele estava se casando com Kanchana Pachunthuek, de 44, no distrito de Wang Nam Khiao. Os noivos estavam em um relacionamento havia três anos.

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Segundo relatos repercutidos pela imprensa tailandesa, em um dado momento da festa Chaturong saiu abruptamente da cerimônia e foi para seu carro. Pouco depois, ele voltou com uma pistola e disparou tiros que mataram a noiva, a mãe dela, de 62 anos, a irmã mais nova da noiva, de 38 anos, e um convidado de 50. Outro convidado ficou gravemente ferido. Chaturong então se matou.

A polícia investiga as causas do ataque. Algumas testemunhas relataram à imprensa local que os noivos brigaram durante a cerimônia, e que o conflito havia sido causado pela insegurança de Chaturong, que temia sua mulher o trocasse por outra pessoa. Também relataram que Chaturong se sentia inseguro quanto à diferença de idade entre ele e Kanchana.

Segundo o Bangkok Post, Chaturong era um ex-soldado da Marinha que perdeu uma das pernas após ser atropelado por um trem. Ele chegou a participar de equipes tailandesas de atletas com deficiência, competindo em provas de natação.

A traição política na Tailândia tomou a forma inesperada de uma bebida gelada feita de chocolate e menta, cuja mistura de cores lembra a camuflagem militar do Exército que comanda o país há uma década.

A Tailândia se encontra em ponto morto desde que o Partido Move Forward (MFP, na sigla em inglês) foi expulso do poder pelos senadores, nomeados pelos militares. A legenda venceu a eleição presidencial em maio, graças às promessas de reformas do Exército e da monarquia.

Seu principal aliado, o Pheu Thai (PT), tenta formar maioria sem o MFP. Um vídeo de seus líderes brindando com a famosa bebida junto com lideranças de partidos pró-militares viralizou nas redes.

A bebida "Traindo o amigo" - como é chamada pela imprensa local - dominou o debate político. Alguns cafés e lojas anunciaram que não vão servi-la mais em solidariedade ao MFP. No bar de Bangcoc, onde o vídeo foi filmado, a bebida virou objeto de muitas selfies.

Em um grande copo de plástico, Pob, o barman, derrama um líquido mentolado depois recoberto com chocolate ao leite e chantilly. O "Choco Mint" nunca foi tão popular, apesar do preço, quase US$ 2,75, comenta.

“É a nossa bebida mais vendida desde que virou o principal assunto das conversas nas redes sociais”, enfatiza.

Para os partidários do MFP e de seu carismático presidente, Pita Limjaroenrat, a bebida deve ser boicotada.

"Não vou beber o chocolate com menta", disse um usuário nas redes sociais.

Sasichom Krudhnark Pongphrom, dona de uma cafeteria na periferia da capital, retirou a bebida de seu cardápio.

"Não tenho nada contra a bebida, mas queria mostrar meu apoio pró-democracia", diz ele.

Pelo menos 10 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas na explosão de um depósito de fogos de artifício no sul da Tailândia no sábado, disseram as autoridades.

Acredita-se que a explosão - que ocorreu no distrito de Sungai Kolok em Narathiwat, uma província que faz fronteira com a Malásia - tenha sido causada por faíscas de soldagem durante as obras de construção do prédio.

"Identificamos 10 pessoas [falecidas, ndr] e encontramos partes de dois corpos que ainda não conseguimos identificar", disse o governador da província de Narathiwat, Sanan Pongaksorn, em entrevista coletiva no domingo.

"Estamos enviando especialistas forenses para fazer exames de DNA", acrescentou.

O saldo anterior contabilizava nove mortos.

Uma ampla área ao redor do depósito foi devastada. Vídeos gravados pela mídia local mostraram uma coluna de fumaça, além de várias lojas e residências com telhados arrancados e veículos severamente danificados pela força da explosão, alguns em chamas.

As fotos da AFP mostram o local do evento onde o armazém foi reduzido a escombros e o metal retorcido.

O Bangkok Post, citando o Ministério do Interior, informou que cerca de 200 casas foram danificadas.

Esses tipos de explosões em armazéns ou oficinas que produzem fogos de artifício ou outros produtos pirotécnicos são comuns na Tailândia.

A explosão deste sábado ocorre apenas cinco dias depois que outras 11 pessoas ficaram feridas na explosão em uma fábrica semelhante na cidade de Chiang Mai, no norte do país.

Fazendeiros utilizam macacos para colheita de coco na Tailândia. A justificativa dos exploradores de animais é a necessidade de suprir a demanda de produtos oriundos da fruta, típica da região do sul asiático, como leite, óleo, farinha, entre outros.

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Foto: Reprodução/PetaAsia

Os animais são amarrados por cordas e controlados pelos seus tratadores, que os fazem passar horas no topo dos coqueiros. Segundo o britânico The Times, eles têm os dentes arrancados para evitar que se mordam ou que mordam os humanos. Além de serem mantidos em cativeiro, muitos foram retirados do seu habitat natural ainda filhotes, quando foram separados da mãe. Outras práticas de maus tratos são listadas e denunciadas por grupos de ativistas em todo o mundo.

Foto: Reprodução/PetaAsia

A organização de pessoas pelo tratamento ético de animais (Peta) vem se manifestando contra a prática desde 2019. Além das denúncias contra os fazendeiros, a Peta organizou um boicote contra marcas que utilizam produtos do coco importado da Tailândia, como a HelloFresh, uma empresa especializada em preparar refeições completas por encomenda, e tem como proposta utilizar ingredientes frescos e não-industrializados.

Crítica à indústria “vegana”

Uma das pautas levantadas pela Peta é a de que a demanda pelo consumo do leite de coco vem da popularização dos leites vegetais, que o mercado vende como “vegano”. No entanto, quando se utiliza de outros animais em algum processo da linha de produção, o produto deixa de ser vegano, sendo apenas um leite vegetal, mas que ainda fomenta a exploração animal.

A seleção feminina de vôlei terminou a fase de classificação da Liga das Nações reabilitada das derrotas para Canadá e Turquia. A equipe de Zé Roberto Guimarães venceu neste domingo a Tailândia por 3 sets a 0, parciais de 20/25, 16/25 e 23/25. A terceira etapa do torneio foi disputada em Bangkok, capital tailandesa.

O Brasil entrou em quadra sem pressão, apesar dos resultados negativos, pois havia confirmado a classificação neste sábado, por causa da vitória surpreendente da República Dominicana sobre a Sérvia. Com isso, a seleção terminou na quarta posição, atrás de Polônia, Estados Unidos e Turquia.

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A fase eliminatória, a seleção brasileira enfrentará a China, no dia 13 de julho, em Arlington, nos Estados Unidos. A equipe chinesa terminou na quinta posição. No último confronto entre elas, o Brasil perdeu por 3 sets a 2, em um duelo muito acirrado.

Os demais confrontos são entre: Polônia x Alemanha; Estados Unidos x Japão; Turquia x Itália.

A maior pontuadora do Brasil na partida foi a ponta Gabi, com 15, recuperando-se de uma partida frustrante diante da Turquia. Do lado da Tailândia, Moksri Chatchu-On confirmou 17 pontos.

"Estou muito feliz. Muito bom estar aqui na Tailândia e vencer. Sabíamos que precisávamos fazer um melhor trabalho pelo meio. Acho que fizemos um bom trabalho hoje. Fomos passo por passo. Vamos continuar nosso trabalho. Ainda não estamos satisfeitas. Sabemos que podemos melhorar", disse Carol.

O JOGO

Atuando em casa, a seleção da Tailândia entrou em quadra, apesar de já estar eliminada, em ritmo de festa e chegou a largar na frente. Assim que virou, o Brasil disparou e, mesmo com um lapso de desatenção, conseguiu confirmar o primeiro set com a parcial de 25/20.

O segundo set foi um passeio da seleção brasileira, que abriu vantagem logo de cara. Apesar do jogo fácil, o Brasil errou lances bobos, que podem preocupar Zé Roberto Guimarães nas fases finais. Mesmo assim, venceu por 25/16.

O terceiro e derradeiro set, a Tailândia iniciou na frente e fez frente ao Brasil ponto por ponto. Em um belo ataque de Carol, a seleção brasileira confirmou a vitória em 25/23.

Visando a segurança alimentar, as autoridades sanitárias brasileiras recomendam que as sobras de comida sejam descartadas entre três e quatro dias. Do outro lado do mundo, na Tailândia, há um restaurante que cozinha de acordo com um conjunto diferente de regras. O Wattana Panich, comedoria tradicional de Bangkok, capital tailandesa, tem uma receita única de sopa que está cozinhando, na mesma panela, há 47 anos.

“Por 47 anos, o caldo de nossa sopa nunca foi jogado fora depois de um dia de cozimento”, diz Nattapong Kaweenuntawong, que cuida da sopa de macarrão com carne, chamada neua tune, com sua mãe e esposa, relata o site Great Big Story. “O caldo é conservado e cozido há quase cinco décadas”, conta. 

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Kaweenuntawong acrescenta que o alimento tem “um sabor e aroma únicos” graças ao seu método de cozimento não convencional. “Mantivemos o caldo durante a noite e depois o usamos para cozinhar a sopa do dia seguinte”, diz ele.

Sua especialidade inclui carne cozida, carne crua fatiada, almôndegas, tripas ou outros órgãos internos e macarrão de arroz. Mas é a base do caldo de carne que é “mais importante”, diz o cozinheiro.

O conceito de uma sopa sem fim certamente não é novo. “Ensopado perpétuo”, também chamado de “panela do caçador”, refere-se à prática de manter uma panela de sopa fervendo lentamente o tempo todo, em que os ingredientes, como carnes, vegetais e líquidos, são reabastecidos, mas nunca jogados fora.

Mas é seguro? Historicamente, sim. Geralmente, os potes estão quase totalmente esgotados no final de um ciclo, então apenas um pouco de base de caldo sobrará para iniciar outro lote. Essa sobra de sopa ajuda a dar sabor à próxima panela.

Um artigo do New York Times de 1981 fala sobre um ensopado de carne francês que durou 21 anos: o escritor Arthur Prager recomendou refrigerar a sopa durante a noite se inacabada, depois retirar a gordura do topo - onde as bactérias tendem a se acumular - e ferver novamente para pelo menos 20 minutos antes de servir novamente.

Enquanto os restos de vegetais e carne são descartados após duas rodadas de reaquecimento, o caldo, dizem eles, “nunca estragará”. No artigo, Prager também se refere a um “pot-au-feu” na Normandia que supostamente estava queimando há 300 anos, e outro em Perpignan que começou em 1400, mas não sobreviveu à Segunda Guerra Mundial. 

De fato, Wattana Panich pode nem ser a sopa mais antiga da Terra, mas Kaweenuntawong espera que cheguem perto. “Sou a terceira geração e temos três filhos”, diz ele. “Espero que haja a quarta geração para administrar o negócio.”

Equipes de emergência com o auxílio de helicópteros resgataram um sobrevivente nesta terça-feira (20) no Golfo da Tailândia e trabalhavam para encontrar dezenas de soldados que desapareceram em um naufrágio no domingo.

Um membro da tripulação do "HTMS Sukhothai", que naufragou no domingo à noite a 30 quilômetros da costa de Bang Saphan, sul do país, foi encontrado nesta terça-feira e está "bem", anunciou o comandante da Marinha tailandesa, Pichai Lorchusakul.

"É uma boa notícia e mostra que podemos encontrar mais pessoas", afirmou.

Dos 105 tripulantes - e não 106, como a Marinha anunciou em um primeiro momento -, 76 foram resgatados e 29 continuam desaparecidos.

"A dificuldade da missão de resgate é que há muito vento e ondas", afirmou Pichai Lorchusakul.

O navio tailandês "HTMS Kraburi", de 176 tripulantes, zarpou na manhã de terça-feira para ajudar nas buscas, ao lado de outras embarcações e dois helicópteros Seahawk. A equipe trabalha para rastrear uma zona de 30 por 30 milhas náuticas.

Os esforços para localizar a tripulação são concentrados na busca aérea, com apoio da Aeronáutica tailandesa.

Especialistas acreditam que o "HTMS Sukhothai" - uma corveta, navio militar de menor dimensão - enfrentou problemas depois que seu sistema eletrônico sofreu danos, segundo a Marinha.

"Os sistemas operacionais do navio pararam de funcionar, o que fez a embarcação perder o controle", disse um porta-voz.

No porto, as famílias dos desaparecidos mantêm as esperanças, mas as possibilidades de encontrar sobreviventes diminuem com o passar das horas.

Phongsri Suksawat, 50 anos, declarou estar "100% convencida" de que seu filho, Chirawat Toophorm, 22 anos, "voltará para casa" em Rayong (leste).

"Gostaria de beijá-lo", disse.

Partes do sul da Tailândia foram afetadas nos últimos dias por tempestades e inundações.

O serviço meteorológico mantém o alerta para fortes ventos e condições difíceis no Golfo da Tailândia.

A Marinha da Tailândia anunciou nesta segunda-feira (19) uma operação de resgate de 31 pessoas que desapareceram após o naufrágio de um navio perto da costa sudeste do país.

"Estamos procurando 31 dos 106 tripulantes do HTMS Sukhothai", anunciou o almirante Pogkrong Montradpalin, porta-voz da Marinha Real Tailandesa.

Os tripulantes "perderam o controle" do navio e este afundou pouco depois da meia-noite devido às fortes marés no Golfo da Tailândia, que danificaram o sistema elétrico da embarcação, afirmou o almirante.

O primeiro-ministro, Prayut Chan-o-Cha, anunciou uma investigação sobre a causa do incidente.

"Estou acompanhando de perto as notícias, cinco pessoas estão gravemente feridas", declarou em um comunicado.

Imagens divulgadas pela Marinha mostram o navio inclinado, parcialmente submerso.

Setenta e cinco pessoas foram resgatadas e 11 levadas para um hospital em Bang Saphan.

A operação de resgate inclui dois helicópteros militares, duas fragatas e um navio anfíbio, de acordo com um comunicado da Marinha.

A Força Aérea Real também ajudou na operação.

O Sukhothai HTMS, de fabricação americana, entrou em operação em 1987, de acordo com o centro de estudos US Naval Institute.

Várias regiões do sul da Tailândia foram afetadas nos últimos dias por tempestades e chuvas intensas.

Em 2018, uma embarcação que transportava turistas chineses virou nas proximidades da ilha de Phuket, na costa oeste da Tailândia. Mais de 40 pessoas morreram, em uma das maiores tragédias marítimas da história recente do país.

Famílias com os corações partidos se reuniram nesta sexta-feira (7) ao redor de uma creche no nordeste da Tailândia, principal cenário do ataque em que um ex-policial matou 37 pessoas, a maioria crianças pequenas, na quinta-feira.

O rei Maha Vajiralongkorn e o primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha visitarão os sobreviventes de um dos piores assassinatos em massa da história do país.

Ao redor do pequeno prédio, funcionários em uniformes brancos e braçadeiras pretas estenderam um tapete vermelho cedo para cumprimentar o monarca, depois retirado em meio a críticas ao gesto cerimonial.

Perto da entrada, uma fila de pais destruídos depositava rosas brancas. Uma mãe de coração partido agarrou-se ao cobertor de seu filho morto, uma segurava uma mamadeira de leita ainda meio cheia.

"É incompreensível", disse Panita Prawanna, 19 anos, que perdeu seu filho Kamram, de dois anos.

Os dois netos de três anos de Buarai Tanontong também morreram. "Eu não conseguia dormir. Não achava que seriam meus netos", diz a mulher, que tenta confortar a filha.

- 24 crianças e uma professora grávida -

Durante a noite, os caixões com os corpos das vítimas chegaram à funerária de Udon Thani, a cidade mais próxima desta zona rural.

Armado com uma pistola 9mm e uma faca, o atirador de 34 anos, Panya Khamrab, abriu fogo neste jardim de infância na província de Nong Bua Lam Phu, no nordeste, por volta das 12h30, horário local (02h30 no horário de Brasília).

Ele então fugiu de carro, atropelou vários pedestres e acabou matando sua esposa e filho em casa antes de cometer suicídio por volta das 15h, disse a polícia. No total, o ex-policial matou 21 meninos, 3 meninas e 13 adultos.

Entre os adultos estava uma professora grávida, Supaporn Pramongmuk, cujo marido Seksan Srirach postou uma homenagem dolorosa no Facebook.

"Quero agradecer a todos por apoiarem a mim e à minha família. Minha esposa cumpriu todos os seus deveres como professora", escreveu ele. "Por favor, seja uma professora no céu. E para meu filho, por favor, cuide de sua mãe no céu", acrescentou.

- Vício em drogas -

As bandeiras dos prédios oficiais foram hasteadas a meio mastro nesta sexta-feira em sinal de luto.

Nanthicha Punchum, diretora interina da creche, descreveu as cenas horríveis depois que o agressor invadiu o local no distrito rural de Na Klang.

"Havia alguns trabalhadores comendo do lado de fora da creche e o agressor estacionou seu carro e matou quatro pessoas a tiros", disse ela à AFP.

"Ele chutou a porta da frente com o pé, entrou e começou a cortar as cabeças das crianças com uma faca", continuou.

O chefe da Polícia Nacional, Damrongsak Kittiprapat, disse à imprensa que o ex-sargento foi suspenso em janeiro e expulso da força em junho por uso de drogas.

O agressor, que usava uma arma comprada legalmente e morava perto da creche, tinha uma audiência no tribunal nesta sexta-feira por seu "problema com drogas", explicou.

Ele também acrescentou que Panya estava "em estado de loucura", mas que um exame de sangue era necessário para descobrir se ele agia sob a influência de narcóticos.

Paweena Purichan, uma testemunha de 31 anos, contou à AFP que o homem era conhecido na área como viciado em drogas. De acordo com o relato, Panya foi encontrado dirigindo de forma irregular enquanto fugia do local.

"Ele tentou atropelar outras pessoas no caminho. Bateu em uma moto e duas pessoas ficaram feridas. Eu saí correndo", disse a mulher que estava a caminho do trabalho. "Havia sangue por toda parte", acrescentou.

O primeiro-ministro Prayut ordenou uma investigação rápida sobre o ataque.

A Tailândia é um dos países do mundo com maior número de armas em circulação, mas massacres desse tipo são raros.

O último caso ocorreu há três anos, quando um oficial do exército matou 29 pessoas a tiros em um shopping no interior do país durante 17 horas de chacina até que a polícia o derrubou.

Um ex-policial atacou nesta quinta-feira (6), com armas de fogo e facas, uma creche na Tailândia e matou 32 pessoas, incluindo 23 crianças. Poucos minutos depois, ele assassinou a família e cometeu suicídio, informou a polícia.

O ataque começou às 12h30 (3h30 de Brasília) em uma creche de Nong Bua Lam Phu, na região norte do país. O autor fugiu de carro e atropelou várias pessoas, segundo a polícia.

O criminoso foi identificado como Panya Khamrab, um ex-policial de 34 anos, segundo o coronel Jakkapat Vijitraithaya, da polícia provincial.

Após o massacre, Khamrab matou a mulher e o filho, antes de cometer suicídio, informou o coronel.

As crianças mortas têm entre dois e três anos, segundo a polícia.

Uma influenciadora tailandesa, identificada como Natthamon Khongchak, está sendo procurada pela polícia de seu país após enganar milhares de seguidores e aplicar um golpe de mais de 2 bilhões de baths tailandeses, ou R$ 283 milhões na conversão direta. 

Com 311 mil seguidores apenas no Instagram, onde ela posta vídeos dançando e cantando, Nutty, como é chamada nas redes sociais, também anunciava cursos de uma empresa que atuaria no mercado de câmbio. Ela postou vários gráficos alegando se tratar de lucros que obteve investindo no curso, na tentativa de instigar que seus seguidores injetassem dinheiro naquilo que não imaginavam se tratar de um golpe.

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Segundo a mídia local, mais de seis mil seguidores acreditaram nas informações da digital influencer e investiram dinheiro com a promessa de que receberiam retorno de até 35% em poucos meses. Mas nada ocorreu como prometido.

Em maio deste ano, em sua última publicação no feed, Natthamon revelou que teria sido vítima de um golpe e que a sua conta havia sido bloqueada pelos corretores. No entanto, ela havia prometido que iria reembolsar as pessoas lesadas. 

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A polícia Tailandesa especializada em golpes online emitiu um mandado de prisão contra a influenciadora. Cerca de 102 pessoas já procuraram as autoridades para relatar o golpe. A imprensa local especula que a suspeita tenha fugido do país. Por outro lado, o site Bloomberg informou que os registros de imigração mostram que ela não deixou a Tailândia. 

O saldo do incêndio no início de agosto em uma boate perto da cidade turística de Pattaya, um dos mais mortais dos últimos anos na Tailândia, chegou a 20 mortos, informaram as autoridades na noite de sexta-feira.

O incidente foi declarado na madrugada de 5 de agosto na boate Mountain B, perto de Pattaya, cerca de 180 quilômetros a sudeste de Bangcoc. O saldo anterior era de 17 mortos.

A princípio, os serviços de resgate encontraram 13 corpos carbonizados dentro do estabelecimento. Mais sete pessoas morreram de queimaduras, disseram autoridades de saúde na província de Chonburi, onde o drama ocorreu. Todas as vítimas são de nacionalidade tailandesa.

Outras 25 pessoas seguem em atendimento médico e 9 com assistência respiratória.

A presença de espuma acústica nas paredes favoreceu a propagação do fogo no local, que os bombeiros demoraram mais de três horas a apagar.

Um policial da província de Chonburi confirmou neste sábado que os proprietários da boate, pai e filho, foram acusados de morte imprudente e operação do local sem licença.

Ambos foram libertados sob fiança por um tribunal local, disse ele. Por sua vez, o primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-O-Cha, ordenou a abertura de uma investigação.

Ao menos 14 pessoas morreram na Tailândia no incêndio em uma casa noturna perto da cidade turística de Pattaya (leste), na madrugada de quinta (4) para sexta-feira (5), um dos incidentes mais mortais desde 2009 que põe em questão o respeito às regras de segurança neste país asiático.

Um novo balanço divulgado pelas equipes de emergência informa uma nova vítima fatal, após as 13 anunciadas anteriormente, quatro mulheres e 10 homens.

Tinham entre 17 e 49 anos, todos eles tailandeses. "Não há estrangeiros entre os mortos", afirmou por telefone à AFP o tenente coronel da polícia Boonsong Yingyong.

O incêndio também deixou quase 40 feridos, mais de 10 deles em estado grave.

O incidente ocorreu por volta das 1h00 (15h00 no horário de Brasília, quinta-feira) no clube Mountain B, no distrito de Sattahip, perto da cidade costeira de Pattaya, a cerca de 180 quilômetros da capital, Bangcoc.

O incêndio foi contido três horas mais tarde, indicou à AFP um membro da equipe de resgate da fundação Sawang Rojanathammasathan.

A espuma acústica que cobria as paredes, supostamente para isolar o prédio do ruído externo, favoreceu a propagação das chamas e complicou a tarefa dos bombeiros, disseram as equipes de resgate em comunicado.

Um vídeo mostra o prédio em chamas, do qual várias pessoas tentam escapar, com suas roupas em chamas, em meio a uma espessa fumaça preta.

Em outras imagens divulgadas pela mídia tailandesa, é possível ver o interior queimado da boate, onde as mesas e cadeiras estão no chão. Várias horas após o incêndio, o prédio de um andar foi inspecionado por engenheiros por medo de que o teto desabasse.

- "Saída, saída!" -

"Tive a impressão de que aconteceu um curto-circuito atrás do DJ e menos de um minuto depois houve um corte de energia", explicou Chalit Chotisupakarn, que conseguiu escapar.

"Corri para a entrada. Não conseguia ver nada, tudo estava escuro. Todo o mundo gritava 'Saída, saída'", acrescentou com um braço em uma tipoia.

Uma das vítimas foi o cantor da banda que tocava no clube, disse sua mãe à imprensa local. "Não sei o que dizer. A morte chegou de repente", disse Premjai Sae-Oung à imprensa.

"À noite pedi às agências pertinentes que investiguem e acelerem a indenização e o apoio às vítimas", declarou o primeiro-ministro tailandês Prayut Chan O Cha. Também defendeu um endurecimento das normas de segurança, destacando a repercussão negativa desta tragédia no exterior para o atrativo turístico do país.

O ministro do Interior, Anupong Paochinda, explicou à imprensa que a Mountain B funcionava como local de entretenimento "sem autorização".

O proprietário não recebeu a autorização das autoridades para que seu estabelecimento, inscrito como restaurante, funcionasse como clube noturno, afirmou Sompong Chingduang, comissário adjunto da polícia tailandesa.

As frágeis medidas de salubridade e segurança nos incontáveis bares e casas de festa da Tailândia são motivo de preocupação há muito tempo.

Um incêndio em uma festa de Ano Novo em 2009 no clube Santika de Bangcoc, onde 67 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. Mais recentemente, em 2012, quatro pessoas morreram em um incêndio causado por uma falha elétrica em um clube na ilha de Phuket, um dos lugares mais turísticos do país.

O grupo de pesquisa em robótica do Centro de Informática (CIn) da UFPE, o RobôCIn, participou da RoboCup 2022, em Bangkok, na Tailândia, entre os dias 13 e 17 de julho. Com duas equipes na competição, o grupo foi campeão na categoria Small Size League (SSL), na divisão B.

Os times de Pernambuco ganharam também o desafio de Ball Placement, ficaram em segundo no Vision Blackout Challenge e terceiro no Dribbling Challenger. Já na categoria 2D Simulation, a equipe do RobôCIn ficou em 10º lugar, melhor colocação de uma equipe sul americana na edição, e em sexto lugar no Challenger.

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“A participação foi emocionante, no 2D enfrentamos as equipes mais experientes da categoria e na SSL tivemos 3 equipes brasileiras e uma alemã no top 4, mais uma vez o RobôCIn precisou superar diversos problemas, e contou com os alunos que viajaram e alunos que do CIn, dia e noite ajudaram remotamente. Mostrando uma incrível união e dedicação”, compartilhou Lucas Cavalcanti, membro da equipe.

Lucas lembra também da importância da crescente participação do RobôCIn na RoboCup, que hoje contém o estado da arte de robótica autônoma, com o melhor resultado que uma equipe brasileira já teve, tanto no SSL quanto na 2D Simulation.

A coordenadora do Robô CIn, professora Edna Barros, relata que a participação na RoboCup em 2022 foi mais um desafio para a equipe. Aliada à dificuldade na obtenção de recursos financeiros, a equipe teve que vencer a falta de componentes eletrônicos no mercado com a reutilização de componentes de versões anteriores dos robôs.

Além disso, a equipe teve que trabalhar de forma bastante integrada e coesa, para garantir que tudo funcionasse: software, eletrônica, mecânica e comunicação entre os robôs e computadores.

“Graças a esse espírito de união e colaboração de todos os membros da equipe e também de membros egressos do RobôCIn é que estamos conseguindo melhorar nossos robôs, nosso software, nunca deixando de ser uma grande família. O apoio dos patrocinadores também foi fundamental financeiramente para a participação na competição, mas também foi importante para mostrar para a equipe que importantes empresas nacionais e internacionais reconhecem e acreditam no nosso trabalho”, finaliza Edna.

Histórico

Em duas participações anteriores na copa, o grupo conquistou o 3º lugar geral na categoria SSL e o 7º lugar geral em Simulação 2D. Na competição IronCup de 2021, foram campeões nacionais na modalidade VSS e 3º lugar em Simulação 2D. Outras conquistas na trajetória do RobôCIn são o primeiro lugar na edição 2021 do Campeonato Latino Americano de Robótica (LARC) na categoria Very Small Size Soccer (VSS 3X3), o bicampeonato na categoria Small Size League (SSL) e o primeiro lugar na categoria de Simulação 2D.

Quando foi criado, em 2015, tinha 12 estudantes de Engenharia da Computação como membros e a ajuda dos professores Edna Barros e Hansenclever Bassani. Hoje, são 47 estudantes de graduação e pós-graduação, junto a quatro professores orientadores, que compõem o grupo e desenvolvem soluções utilizando Inteligência Artificial, Visão Computacional, Mecânica e Eletrônica Embarcada aplicadas à robótica.

Ajuda para chegar na Tailândia

O grupo tem as empresas Veroli Transportadora, Baterias Moura, HSBS Soluções, CESAR e Microsoft como parceiras. Contou também com a colaboração dos torcedores através de uma Vakinha Online para arrecadação do dinheiro necessário para que a ida dos membros da equipe à Tailândia fosse possível.

Com informações da assessoria

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, elogiou neste domingo o papel da Tailândia no apoio aos Estados Unidos no sudeste da Ásia, uma região crucial onde a rivalidade com a China é cada vez maior.

Com a assinatura de um acordo para reforçar os laços, Blinken destacou a cooperação com a Tailândia em um novo plano econômico para a Ásia.

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Na Tailândia, "temos um aliado e um sócio no Indo-Pacífico de muita importância para nós em uma região que está marcando a trajetória do século XXI, e está fazendo isto todos os dias", disse Blinken após uma reunião com o chanceler tailandês, Don Pramudwinai.

O secretário de Estado americano chegou à Tailândia, aliado mais antigo dos Estados Unidos na Ásia, poucos dias após a viagem do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que destacou os grandes investimentos de Pequim em infraestruturas na região.

O governo dos Estados Unidos identificou a China como seu principal rival global, mas os dois países tentaram reduzir as tensões em um encontro entre Wang e Blinken no sábado em Bali (Indonésia).

O encontro foi "construtivo", segundo o diplomata americano. E conseguiu um "consenso", segundo o governo chinês, para melhorar as relações entre as duas potências.

O presidente americano, Joe Biden, convidou os líderes do sudeste asiático a Washington em maio para mostrar o compromisso de seu governo com a região, apesar dos olhares voltados para a Rússia após a invasão da Ucrânia.

Mas analistas apontam que Washington não está colocando, de modo comparativo, todo o peso na região. O país destinou 40 bilhões de dólares (em sua maioria na forma de armas) para a Ucrânia, enquanto a China prometeu US$ 1,5 bilhão para o sudeste asiático.

O governo Biden insiste que os anúncios de grandes fundos nunca foram uma tradição dos Estados Unidos, e que prefere reforçar áreas concretas de cooperação: saúde, vacinação contra a covid-19 e educação.

Mianmar

Blinken também aproveitou a oportunidade para pedir aos países do sudeste asiático que responsabilizem a junta militar de Mianmar.

"Seguimos buscando os meios para que possamos, nós e outros países, pressionar (os militares) a retornar ao caminho da democracia", disse Blinken em Bangcoc após um encontro com ativistas pela democracia de Mianmar, que se mudaram para a Tailândia após o golpe militar de fevereiro de 2021, que acabou com um período democrático de mais de 10 anos no país.

"Acredito que todos os países da Asean devem responsabilizar o regime", acrescentou.

Em abril de 2021, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) apresentou um plano de acordo com a oposição democrática, mas não foram registrados avanços.

O secretário de Estado americano se comprometeu a permanecer atento à situação de Mianmar, mas reconheceu que a estratégia do seu país, que inclui sanções contra a junta, não produziu resultados.

O presidente Biden, que fez da defesa da democracia uma de suas bandeiras, respondeu ao golpe impondo sanções à junta militar, mas as medidas tiveram pouco impacto considerando o peso do exército em Mianmar.

A viagem de Blinken também marca a normalização do regime tailandês, depois que Prayut Chan-O-Cha assumiu o poder com um golpe de Estado em 2014.

Prayut se tornou primeiro-ministro após as eleições de 2019.

Em um comunicado conjunto dos chefes da diplomacia, Estados Unidos e Tailândia defendem uma democracia "crucial".

"Instituições democráticas fortes, uma sociedade civil independente e eleições livres e justas são fundamentais para esta visão, o que permitirá que nossas respectivas sociedades alcancem o pleno potencial", afirma a nota.

Washington e Bangcoc também farão todo o possível para promover "sociedades abertas e inclusivas" para a comunidade LGTBQ, segundo o comunicado.

Ao que tudo indica, o atacante Olávio, que estava sendo vigiado de perto pelo Náutico, não vem mais. O jogador, que rescindiu seu contrato com o Campinense nesta terça-feira (5), deve partir para o futebol tailandês. A informação é do repórter Afonso Carlos da Rádio CBN Campina Grande.

Olávio estava emprestado ao Campinense pelo Atlético do Ceará. No time de Campina Grande, ele marcou 16 gols em 30 jogos na atual temporada. Em busca de reforços, o Náutico então passou a monitorar o atleta, mas não realizou nenhuma proposta.

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O atacante tinha uma cláusula que permitia a rescisão com o Campinense. Oficialmente o clube paraibano ainda não anunciou a saída dele.

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Duas irmãs e um homem da Bahia foram presos no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, com 15,7 kg de cocaína escondidos dentro de cinco malas. A mãe aponta que as jovens foram enganadas por um rapaz.

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Naturais de Feira de Santana, no Interior da Bahia, as irmãs Samara Taxma Chalegre Muritiba e Daiana Chalegre Muritiba, foram presas por tráfico de drogas com Laércio José Paim das Virgens Filho no último dia 13. 

Samara possui uma clínica de micropigmentação de sobrancelha em Stella Maris, em Salvador, e teria sido enganada junto com a irmã, defendeu a mãe identificada como Soraia. Ela foi orientada por advogados a não dar mais detalhes e não garantiu que o aliciador tenha sido Laércio, segundo o Correio 24h.

A pena máxima no país para tráfico de drogas era de morte, entretanto, a classificação da cocaína na legislação tailandesa e a quantidade apreendida podem conferir a pena de até 15 anos de prisão, sendo autorizada a extradição após dois anos de cumprimento.

O Itamaraty informou que acompanha o caso por meio da embaixada em Bangkok e presta assistência aos brasileiros.

Um policial tailandês apelidado "Joe Ferrari" por sua paixão pelos veículos de luxo foi condenado à prisão perpétua nesta quarta-feira (8) por torturar um suspeito até a morte durante um interrogatório em um caso de tráfico de drogas.

Um tribunal de Bangcoc declarou Thitisan Utthanaphon culpado do assassinato por tortura.

O caso incendiou as redes sociais e jogou luz sobre a corrupção endêmica da polícia do reino.

Imagens publicadas na Internet mostravam Thitisan Utthanaphon e outros seis policiais cobrindo a cabeça de um suspeito de 24 anos com sete sacolas de plástico enquanto o interrogavam e tentavam roubar-lhe 60.000 dólares. O suspeito morreu.

O juiz do tribunal responsável pelos casos de corrupção e má conduta condenou o policial de 41 anos à morte, mas imediatamente a comutou para prisão perpétua porque o acusado tentou reanimar sua vítima e pagou suas despesas de funeral.

"Os sete policiais devem aprender a lição e pagar por seu crime", disse Jakkrit Klandi, pai da vítima.

Cinco dos outros seis policias envolvidos no caso foram declarados culpados de assassinato e também condenados à prisão perpétua. Um sétimo foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão. Os policiais têm um mês para recorrer da sentença.

A brasileira Mary Hellen Coelho Silva, de 21 anos, presa por tráfico internacional de drogas, em fevereiro deste ano, na Tailândia, foi condenada a 9 anos e seis meses de prisão. A sentença foi dada no domingo (8), mas a informação foi repassada aos advogados que acompanham o caso na madrugada desta quinta-feira (12) por meio do consulado brasileiro no país asiático. Mary Hellen foi presa com outros dois brasileiros, no dia 14 daquele mês, quando desembarcava no aeroporto de Bangkok, capital do país, com 15,5 kg de cocaína nas bagagens.

De acordo com o advogado Telêmaco Marrace de Oliveira, que atua no caso de Mary Hellen no Brasil, a pena foi de 7 anos e 6 meses de prisão e 2 anos de reparação civil. "Essa pena de dois anos é uma reparação ao Estado, prevista na lei tailandesa. No caso, a pena de segregação corporal é de 7 anos e 6 meses", explicou. O advogado disse que a pena está em consonância com as leis atuais da Tailândia. "Essa história de pena de morte ou prisão perpétua, nesse caso, não é aplicável. Desde o início, eu previa que a pena dela não poderia passar de 15 anos", disse.

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Segundo ele, há possibilidade de recurso para redução da pena, que deve ser proposto pela defensoria pública nomeada pela justiça daquele país para a defesa da jovem brasileira. É possível também que o órgão de acusação que atua no processo entre com recurso para agravar a pena.

Conforme o advogado, a Polícia Federal prendeu, no último dia 5, em Curitiba, uma mulher acusada de ser a aliciadora de Mary Helen e esse fato reforça a hipótese de pedir a extradição da jovem. Embora o Brasil não tenha tratado em vigor, a extradição é possível através da promessa de reciprocidade futura, caso um cidadão tailandês seja preso em nosso país.

Marrace disse que essas informações estão sendo repassadas para a defesa de Mary Hellen na Tailândia. O aliciamento de Mary Hellen e dos outros dois presos está sendo apurado pela justiça brasileira. "Se ela foi aliciada, enganada por uma rede de tráfico, é uma circunstância que deve ser usada a seu favor. Ela pode responder aqui e cumprir a pena no Brasil", afirmou.

Outra possibilidade, segundo o advogado, é de que a jovem brasileira seja beneficiada com o perdão real. "Temos uma colega (advogada) que mora na Tailândia que nos informou sobre essa possibilidade. O rei daquele país vai fazer aniversário em julho e nessas ocasiões é costume conceder o perdão real, mesmo se tratando de condenação provisória. Para isso, obviamente, é necessária uma mobilização diplomática por parte do Brasil", explicou.

O Itamaraty informou que acompanha a situação dos brasileiros presos na Tailândia e presta assistência, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.

FAMÍLIA NÃO SABIA

A jovem é de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, e morava com a mãe e quatro irmãos. Dias antes de ser presa, ela deixou o emprego em uma churrascaria. Sem o conhecimento da família, a jovem viajou para Curitiba, de onde embarcou para a Tailândia. Familiares tomaram conhecimento do caso quando Mary Hellen enviou um vídeo para a irmã dizendo que estava presa em Bangkok e pedindo ajuda. A reportagem entrou em contato com a família da jovem nesta quinta-feira, mas não obteve retorno.

Thelma Coelho, mãe de Mary Hellen Coelho, de 21 anos, presa na Tailândia por tráfico internacional de drogas, morreu na quarta-feira (13) de câncer. Familiares ainda não conseguiram comunicar a jovem sobre a morte de sua mãe.

Mary foi detida em fevereiro deste ano no aeroporto de Bangkok com 9 kg de cocaína. A droga estava escondida dentro de um compartimento oculto das três malas que ela carregava juntamente com outro brasileiro. 

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Desde então, Mary só conseguiu se comunicar com a família por meio de uma carta que teria sido escrita por outra pessoa. Ao G1, a defesa da jovem informou que a comunicação se dá por meio de cartas porque os presídios da Tailândia estão superlotados, o que dificulta a realização de chamadas de vídeo. 

"Difícil demais, demoram para responder. Até hoje a família não teve contato direto com ela. O contato é geralmente por e-mail, a resposta demora mais de 24 horas para chegar. Sempre dizem que estão fazendo o possível, mas não conseguimos avançar", disse a advogada Talita Franco, que faz parte da equipe que defende a jovem.

Antes de morrer, Thelma lutou para ver a filha, mas não conseguiu isso antes de sua partida. Por conta do fuso horário, talvez o contato entre Mary e os familiares só seja possível após o enterro da mãe. 

'Mula'

A defesa acredita que a jovem tenha sido usada como "mula" para entrar no país com as drogas escondidas na mala e que possivelmente ela não sabia da cocaína escondida. Os familiares, que moram em Pouso Alegre, não sabiam da viagem internacional de Mary, que havia comunicado que iria para Curitiba.

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