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Em meio à escalada verbal entre dirigentes do PSL e o governo Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou, ontem, que o Brasil não tem um grande partido conservador que levante as bandeiras deste segmento ideológico.

"Antes de chegar ao poder político você tem uma série de debates que duram às vezes décadas. No Brasil, as coisas se inverteram. Nós temos um presidente conservador, mas não temos uma grande imprensa conservadora, uma grande universidade conservadora, não temos também um grande partido conservador, que se diga conservador com as suas bandeiras levantadas. Temos o PSL, sim, mas estamos passando por uma fase onde a gente está se identificando", disse Eduardo.

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O deputado fez a afirmação em entrevista coletiva antes da abertura da CPAC (Conservative Political Action Conference) Brasil, a versão brasileira do maior evento conservador dos EUA.

Questionado sobre a escalada verbal entre as diferentes facções do PSL, em especial os ataques do senador Major Olimpio (PSL-SP), que hoje disse que os filhos do presidente agem como "príncipes" no partido, Eduardo evitou alimentar a controvérsia.

"Eu não faço parte da família real, não sou príncipe. Discordo dele, mas acho que esses assuntos do PSL devem ser tratados de maneira interna. No momento, em que eu estiver atrapalhando o próprio presidente vai puxar a minha orelha", disse o deputado.

Sobre as divisões internas na direita, Eduardo admitiu a possibilidade de um racha no segmento. "Ao contrário do que acontece com a esquerda, onde os debates acontecem e eles conseguem segurar internamente qualquer tipo de desavença, a direita faz isso publicamente. Então pode parecer um racha, talvez até seja, mas ao final, se houver um segundo turno eu, assim como todos da direita, votaria contra o PT novamente", disse o deputado.

Setores da direita que apoiaram a eleição de Bolsonaro estão descolando do governo por considerarem que o presidente age para desarticular a Lava Jato e os mecanismos de combate à corrupção para proteger o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), investigado por movimentações financeiras atípicas.

Acompanhado da Matt Schlapp, presidente da American Conservative Union (ACU), entidade que organiza da CPAC nos EUA, Eduardo disse que o evento, realizado pela primeira vez no Brasil, pode ser o embrião de uma organização conservadora com presença em todos os países do continente americano.

"Essa ascensão da direita, que é uma resposta à direita, é porque estamos também nos organizando. Estou falando com Matt, (Mateo) Salvini. Mas Brasil ainda está muito atrasado", disse o deputado. "O Brasil é a metade de América do Sul. O que ocorre aqui reverbera nos últimos países da região. O próximo passo é criar essa organização", completou.

Eduardo ainda elogiou o discurso do pai na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. Ele disse que a ONU tem se afastado de seu propósito. "Tem se tornado praxe grupos minoritários que têm usado a ONU para, de cima para baixo, obrigar países a adotarem políticas como a ideologia de gênero, passando por cima dos Congressos Nacionais."

Schlapp, que também participou do evento, endossou as críticas de Eduardo a organismos multilaterais. "Organismos internacionais não podem dizer ao povo americano o que devem ou não fazer", disse Schlapp, acrescentando que veio ao Brasil para ver "o que está acontecendo" aqui. "Eu quero que os brasileiros tomem suas próprias decisões", afirmou.

Schlapp disse, ainda, que os conservadores não são "globalistas". "Essas políticas globais estão nos prejudicando, nossas crianças, nossas famílias. A politização das nossas crianças é um problema", completou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Partido Conservador britânico anunciará em 23 de julho o nome de seu novo líder e, portanto, novo primeiro-ministro, após a renúncia de Theresa May por sua incapacidade de cumprir com o Brexit, informou a formação nesta terça-feira (25).

"O anúncio do próximo líder do Partido Conservador será feito na terça-feira, 23 de julho", afirma um comunicado.

O ex-chanceler Boris Johnson é o grande favorito nesta disputa em que enfrenta o atual ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt.

Theresa May deixa nesta sexta-feira a liderança do Partido Conservador britânico e, embora vá continuar como primeira-ministra até a designação de um sucessor, em julho, abandona a coordenação do Brexit, processo que se tornou um pesadelo, após outra noite eleitoral desastrosa para a sua formação.

Após o referendo de 2016 em que 52% dos britânicos votaram a favor do Brexit, o Reino Unido deveria ter abandonado a União Europeia (UE) no dia 29 de março.

Mas a incapacidade de May para obter a aprovação do Parlamento britânico ao acordo que ela negociou arduamente durante dois anos com Bruxelas a obrigou a solicitar dois adiamentos, o segundo deles até 31 de outubro.

Cada vez mais pressionada pelos eurocéticos dentro de seu partido, que consideram que a premier fez concessões inaceitáveis à UE, May anunciou há duas semanas que renunciaria como líder dos Tories em 7 de junho, após a visita de Estado ao Reino Unido do presidente americano Donald Trump.

A renúncia não tem nenhum ato oficial programado, mas será o tiro de largada oficial no Partido Conservado para designar seu sucessor, um processo que deve seguir até o fim de julho.

Nas próximas semanas, May permanecerá à frente do governo, mas não vai administrar mais a questão do Brexit, que provocou a erosão de seu poder em três anos.

"Ouvi a primeira-ministra falar apaixonadamente sobre alguns temas de política interna que a preocupam. Ela continuará concentrada em trabalhar pelo povo britânico, mas em relação com o Brexit disse que já não corresponde a ele levar o processo adiante, e sim ao sucessor", afirmou o porta-voz de May.

A saída de Theresa May, no entanto, não acaba com os obstáculos para um Brexit que até agora se revelou impossível: a UE se recusa a renegociar o acordo e o Parlamento britânico já expressou sua oposição ao texto, assim como a um Brexit sem acordo.

Para os analistas o único modo de superar o bloqueio em um Parlamento no qual o Partido Conservador não tem maioria absoluta é convocar eleições gerais, mas os Tories não querem nem ouvir falar desta possibilidade após três desastrosos resultados eleitorais em um mês.

- Peterborough, uma triste guinda -

O revés mais recente aconteceu na madrugada desta sexta-feira, com o resultado de uma votação em Peterborough, cidade inglesa que compareceu às urnas para substituir uma deputada trabalhista destituída por mentir à justiça após uma infração de trânsito.

Em uma localidade onde tradicionalmente conservadores e trabalhistas se alternam no poder, os últimos conseguiram manter a cadeira no Parlamento, mas com uma vantagem muito pequena para o eurofóbico Partido do Brexit, fundado há alguns meses pelo populista Nigel Farage, que aspira acabar com o sistema bipartidário e deslocou os Tories para uma inquietante posição.

O analista de pesquisas John Curtice afirmou à BBC que o resultado é a prova de que o país entrou em um "mundo político diferente". E que o Partido do Brexit é uma "força significativamente perturbadora" em qualquer disputa eleitoral após sua grande vitória nas eleições europeias.

"Somos um partido que tem oito semanas de vida e avançamos com força. Acredito que o que começará a acontecer é que os conservadores que desejam sair (da UE) vão votar taticamente no Partido do Brexit, afirmou Farage.

Castigados por sua incapacidade de concretizar o Brexit, os conservadores já perderam 1.330 vereadores e 50 governos municipais nas eleições locais de maio. Poucas semanas depois, o partido ficou em uma humilhante quinta posição, com apenas 9% dos votos, nas eleições europeias.

O novo revés acrescenta ainda mais melancolia à saída de May, que deixa de um partido dividido sobre a complexa questão do Brexit, a decisão política mais importante na história recente do país.

Atualmente 11 conservadores aspiram suceder May na liderança do partido, do governo e da negociação do Brexit. Muitos consideram o ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson o favorito.

Entre os candidatos existem todas as estratégias possíveis a respeito de um Brexit sem acordo: dois são completamente favoráveis, três firmemente contrários - um deles defende inclusive um segundo referendo - e os outros seis o contemplam com diferentes níveis de aceitação ou reticências.

O Partido Conservador, da primeira-ministra britânica Theresa May, tem 24 pontos de vantagem para as eleições gerais de 8 de junho, informou nesta quinta-feira (20) uma pesquisa feita pelo "YouGov".

De acordo com o levantamento, os "Tories" tem 48% das intenções de voto contra os 24% do Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn. Os Liberal-Democratas (Lib-Dem) aparecem com 12% e o União para a Independência do Reino Unido (Ukip) tem 7% das intenções.

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A pesquisa, que foi realizada entre os dias 18 e 19 de abril, mostrou uma alta de 4% para o partido de May em relação ao levantamento feito na semana anterior. No entanto, o Labour também registrou uma alta de 1%, enquanto os eurocéticos do Ukip caíram três pontos percentuais.

De acordo com o "YouGov", "os resultados representam o mais alto nível de voto para os Conservadores desde maio de 2008 e também é a mais forte liderança dos Tories neste período".

O estudo ainda mostrou que, para 54% dos britânicos, May deve permanecer no cargo de premier, enquanto 15% apontaram para Corby e 31% não souberam opinar sobre o mais alto posto da política britânica.

Nesta quarta-feira (19), a Câmara dos Comuns aprovou a moção do governo para dissolver o Parlamento e antecipar as eleições de 2020 para o dia 8 de junho deste ano.

A decisão surpreendente de May de convocar um novo pleito tem o objetivo de dar força política à figura da premier durante o período de negociação do Brexit - a saída do Reino Unido da União Europeia. 

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