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A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) criou um programa de entrevistas que convida mulheres que têm sido protagonistas no atual cenário da política, na cultura e nos movimentos de ativismo, para falar sobre temas relacionados a vida da população feminina no país e suas participações em espaços de poder.

O primeiro episódio que foi ao ar na última quarta-feira (12), entrevistou a apresentadora Titi Müller, que tem notoriedade nas mídias digitais por debater assuntos da política brasileira. Durante a gestão do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), Titi ficou conhecida pelas críticas que fazia as decisões do governo e seus posicionamentos.

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Em entrevista à Folha de São Paulo em junho do ano passado, a apresentadora disse que tinha a certeza de que Bolsonaro faria um ''jogo sujo'' contra seus adversários nas eleições presidenciais. ''Qualquer dia dos mais de 30 e tantos anos de vida em cargo público ele jogou limpo? Não sei. Eu acho que é esperado que ele siga fazendo o que sempre fez, que é jogar sujo", afirmou Titi, quatro meses antes da derrota de Bolsonaro para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No primeiro episódio do Fala Mesmo, Sâmia fez perguntas a apresentadora sobre maternidade, papel da mulher na sociedade, assédio sexual e política. Na conversa, a parlamentar também falou sobre a importância do seu mandato e o protagonismo feminino. “Sempre que me perguntam ‘me fala sobre uma heroína para você ou uma grande referência que você tenha no Brasil?’, eu sempre respondo que é qualquer mãe solo, pobre e que se vira para cuidar do seu filho. Não é fácil quando você se torna mãe e não tem uma vaga em uma escola ou em uma creche, e é você que cuida dessa criança’’, disse a deputada.

Através das suas redes sociais, a deputada federal pelo estado de São Paulo pede que seus seguidores indiquem outras mulheres para participarem dos próximos episódios.

Confira a publicação:

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O mestre e doutor em Direito, Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, José Janguiê Bezerra Diniz, prepara-se para o lançamento de mais um livro. O empreendedor reuniu 250 artigos já publicados em mais de dez jornais brasileiros para sua 16ª obra, "O Brasil da Política e da Politicagem: Perspectivas e Desafios".

O prefácio é assinado pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, que estará presente no lançamento. O livro é uma publicação da editora Novo Século e o lanlamento está marcado para o dia 29 de junho, às 19h, na UNINASSAU de Boa Viagem, no Recife. 

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Janguiê também possui outros títulos, como "Recursos no Processo Trabalhista", "Educação Superior no Brasil", "Sucesso com o Direito" e "Ação Rescisória dos Julgados".

Serviço 

Lançamento de  "O Brasil da Política e da Politicagem: Perspectivas e Desafios".

Segunda (29 de junho) | 19h 

UNINASSAU Boa Viagem (Rua Jonatas de Vasconcelos, 316 - Boa Vista)

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Os acontecimentos do cenário político brasileiro ultrapassaram as barreiras nacionais e têm causado impactos estrangeiros. Em conversa exclusiva com LeiaJa.com, o ex-parlamentar europeu, Wolfgang Kreissl-Doerfler, comentou a visão tida do Brasil para além dos muros do país. Ao participar da série Entrevista da Semana, o alemão, que trabalhou seis anos em território brasileiro, defendeu as 'Diretas Já', apontou a necessidade do combate à corrupção e destacou a importância da participação popular nas mudanças que atualmente o país exige. 

Kreissl-Doerfler esteve no país de 1979 a 1985 exercendo a função de funcionário da ajuda do Serviço de Desenvolvimento Alemão para o Brasil (Deutscher Entwicklungsdienst). Com isso, as fases vividas na política nacional foram acompanhadas de perto pelo também ex-ministro europeu, mesmo tendo voltado para a Alemanha. 

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Quanto ao cenário atual Kreissl-Doerfler expõe sua opinião: “O Brasil está vivendo agora um caos visto, especialmente, quando eu estou discutindo com os responsáveis da indústria da Áustria, como na Baviera alemã. Depois de 20 anos no parlamento europeu, tenho contato com a alta cúpula e todos estão dizendo que precisamos de uma época de tranquilidade para poder investir no país e não deixar os menos favorecidos na rua”. 

Apesar disso, ele aponta que as mudanças podem chegar através dos apelos populares. Para o ex-ministro europeu, a renovação da política é necessária, mas a união do povo é a chave para alavancar esta mudança. “Vi que há demonstrações do povo, em vários grupos, exigindo ‘Diretas Já!’. Essa foi a mesma frase de 1984 e 1985 quando as pessoas também foram às ruas e exigiram. Na minha visão, este é quase o único caminho e as pessoas podem participar agora. Por outro lado, é importantíssimo combater a corrupção de todos os lados. Também existem políticos e empresários que não são corruptos”, destacou. Acrescentando a necessidade de “montar uma nova cultura de negociações, assim como uma reforma no Congresso”. 

Quanto à legislação em vigor no país, o ex-ministro acredita termos uma das melhores diante do mundo. “A Constituição do Brasil é uma das melhores do mundo, mas muitas pessoas não a respeitam”, diz, frisando que “é preciso uma renovação de cima pra baixo e de baixo pra cima. Isso também significa mudar o sistema, inclusive ensinar nas escolas como um Estado deve funcionar”.

Mesmo com armas contundentes dentro da nossa Constituição, Wolfgang também apontou existir a intolerância entre os brasileiros. “[Durante a votação do Impeachment] Eu vi os embates no Congresso, em Brasília, onde nos discursos a religiosidade foi misturada e exposta muitas vezes. Nunca vi algo igual, nada tão horroroso. Não há respeito à opinião do outro. As pessoas precisam aprender a trocar ideias sem derrubar a do outro. Você pode ver isso no Congresso, nas cidades, nas ruas. O nível é tão baixo que o povo fica assustado”, disparou. 

Ainda que o cenário seja desanimador, segundo ele as mudanças podem vir do próprio povo. “O Brasil tem a capacidade de chegar a um patamar de organização como a Europa. Durante debates em universidades do país, eu tive contato com muita gente e existem pessoas muito bem educadas, sabidas, que são capazes de retomar a seriedade do Brasil. Além disso, tem muitos artistas envolvidos na política e que possuem muito conhecimento. Acho que os responsáveis pelo governo deveriam buscar opinião das pessoas em favor de renovação do Brasil e não somente proteger os grandes latifundiários. É preciso retomar e reforçar o capital do povo”, observou. 

Esperançoso, o ex-parlamentar diz poder ver o Brasil sair dessa crise, “mas também precisa de uma nova definição do que quer ser daqui a cinco, dez anos". "Faltam metas no país, pelo menos do governo atual e as pessoas de baixa renda vivem com medo, sem saber se terão como comer, como pagar seus medicamentos, se os filhos terão uma boa educação”, destacou.

Como exemplo a ser aplicado ao Brasil, Wolfgang cita “o grande sucesso da Alemanha, a reforma realizada na década de 60, onde todas as pessoas foram determinadas a participar dos bens do país e isso deveria ser organizado, Estado por Estado, no Brasil também”.   

Apesar das reformas, a população precisa ser pensada e corrupção banida

Kreissl-Doerfler cita os programas sociais como sendo o principal sustento de algumas famílias. Diante disso, quanto à manutenção dessas ações, ele conta que “se eu tiro programas da mesa, eu tenho que colocar outros no lugar. Luz para todos, moradia para todos, uma melhor infraestrutura, um transporte público que mereça essa palavra e tenha um preço que quem trabalha possa pagar. Poderia copiar as experiências da Alemanha e combater a corrupção”. 

O ex-ministro ainda conta que em países europeus, a realidade da corrupção também está presente. “Isto também existe na Alemanha e Áustria, mas é preciso um juizado que possa trabalhar de forma independente e respeitá-lo. Isso eu não posso ver agora de forma suficiente no Brasil, como no juizado de Sérgio Moro”, criticou.

Por fim, ele frisou a necessidade de combater a corrupção para o sucesso do país e ressalta a urgência de novas eleições. “No Brasil, os ministros foram trocados por estarem envolvidos em corrupção, mas os que assumiram são incapazes de resolver os problemas do país, por conta disso, as eleições precisam ocorrer de forma urgentíssima e limpa”.

Tendo a visão sobre o cenário e havendo conhecimento do país por já haver trabalhado em território brasileiro, Wolfgang apontou que os esforços para auxiliar o Brasil podem ser canalizados, pois a Europa está disponível a ajudar.

A ex-candidata à presidência, Marina Silva (Rede), criticou nesta sexta-feira, 20, durante evento em Nova York, a forma como a política é feita no País e disse que é preciso acabar com o que chamou de "dualidade opositiva", fazendo referência tanto aos partidos de oposição quanto aos de situação no Brasil.

"Há uma insatisfação muito grande com a quantidade e qualidade da participação e representação política. Não se faz aquilo que é necessário, mas o que é conveniente. Estamos sacrificando os recursos de milhares de anos pelo lucro de algumas décadas", disse Marina, diante de uma plateia formada majoritariamente por acadêmicos brasileiros e estrangeiros na Universidade Columbia. "Não há como uma mudança dessa magnitude ser feita por apenas uma pessoa, um partido, um setor. É uma luta de todos ao mesmo tempo agora."

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Primeira palestrante desta sexta-feira no Lemann Dialogues 2015, evento promovido em parceria entre a Fundação Lemann e Columbia Global Centers Rio de Janeiro que este ano discute inovações em políticas públicas brasileiras, Marina Silva falou sobre sustentabilidade, crise, ajuste fiscal e reforma política no Brasil.

"É o atraso na política que está produzindo os problemas que temos no Brasil. O que está acontecendo é responsabilidade de todos nós", disse Marina, que também comentou as denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "É no Conselho de Ética que ele terá a oportunidade de refutar as provas contundentes que ali estão apresentadas contra ele", avaliou.

A ex-candidata à presidência também aproveitou sua fala para abordar a criação de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade. "A Rede não tem a pretensão de ser a resposta. Espero que possamos ser o partido da transição para novos processos", disse.

Após a sua palestra, Marina falou com a reportagem e disse que apenas o ajuste fiscal não resolverá o problema do País. "Tenho insistido na ideia de um 'ajuste Brasil' para que os cortes não prejudiquem as pessoas e que mude a ideia de governabilidade baseada na distribuição de cargos do Estado", disse. "Não faz sentido fazer sacrifícios para emprestar dinheiro a juros baixos a meia dúzia de escolhidos do governo."

Mariana

A ex-candidata também comentou o desabamento das barragens da Samarco, em Mariana. "Não foi um acidente natural, mas um crime ambiental. Havia avaliações técnicas que já haviam notificado a empresa, que poderia ter tomado medidas, como barreiras de contenção, criando um sistema de alerta eficiente, treinando a população local, por exemplo", disse Marina.

Marina Silva iniciou sua carreira política em 1984 na CUT e já foi vereadora, deputada, senadora e ministra do Meio Ambiente em 2003, durante o governo Lula. Em 2014, concorreu à presidência da Brasil em aliança com o PSB, ficando em terceiro lugar na disputa. O Lemann Dialogues é promovido em parceria entre a Fundação Lemann e Columbia Global Centers Rio de Janeiro.

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