Tópicos | pornografia de vingança

O Facebook quer que você envie nudes. Mas não se preocupe: é proteger sua privacidade. A rede social começou a pedir que os usuários britânicos enviem fotos íntimas de si mesmos para tentar combater a pornografia de vingança. A ideia pode até parecer estranha, mas o objetivo da empresa é bloquear a imagem antes que ela seja compartilhada por alguém.

Uma tecnologia semelhante é usada para tentar impedir a disseminação de imagens de abuso infantil. O Facebook já testava o sistema na Austrália e agora está estendendo o teste para o Reino Unido, EUA e Canadá. O funcionamento do processo é simples.

##RECOMENDA##

Segundo a BBC, o usuário que estiver preocupado sobre o compartilhamento de uma foto íntima deve entrar em contato com uma organização parceira da rede social especialista em lidar com a pornografia de vingança. No Reino Unido, é a Revenge Porn Helpline.

A equipe entrará em contato com o Facebook e então o usuário receberá um link para fazer o upload da foto. A chefe global de segurança do Facebook, Antigone Davis, disse à revista Newsbeat que as imagens só serão vistas por um grupo muito pequeno de cerca de cinco revisores especialmente treinados.

Eles vão dar a foto uma impressão digital única - algo chamado hashing. Esse código será então armazenado em um banco de dados. Se alguém tentar compartilhar a mesma imagem, o registro será reconhecido e bloqueado antes de aparecer no Facebook, Instagram e Messenger. O arquivo original não é armazenado nos servidores do Facebook.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Facebook apresentam, nesta segunda-feira (19), uma experiência virtual que une ficção e realidade para ajudar adolescentes a compreender os riscos de se compartilhar imagens íntimas na internet, e o que eles podem fazer em situações desse tipo.

Por meio de uma plataforma de inteligência artificial, adolescentes a partir de 13 anos podem interagir com a personagem fictícia Fabi Grossi, um robô acessível por meio do aplicativo de bate-papo Messenger. Ela também é uma jovem e está se recuperando do fim de um relacionamento quando descobre que seu ex-namorado vazou um vídeo íntimo dos dois.

##RECOMENDA##

A narrativa é construída usando textos, fotos, vídeos e mensagens de áudio. Durante a experiência, o adolescente passa a ser o melhor amigo de Fabi Grossi, trocando experiências, conselhos e aprendendo como lidar com situações de compartilhamento de imagens íntimas sem autorização.

Além disso, são apresentadas aos participantes formas efetivas de buscar ajuda em situações de violência online. Segundo o Facebook, cerca de 7,4 mil adolescentes testaram a plataforma entre junho e novembro de 2017, com 1,6 milhão de mensagens trocadas. Pouco mais de 40% deles concluíram a experiência.

Dos adolescentes que chegaram até o fim da história, apenas 39,7% declararam que sabiam o que era sexting e como se proteger de violência online e cyberbullying. Esse percentual cresceu para 90,5% depois da troca de mensagens com a personagem fictícia. Para iniciar uma conversa com o robô, basta entrar no site www.facebook.com/projetocaretas/ e clicar no botão de enviar mensagem.

LeiaJá também

--> 2 milhões de jovens vão abandonar o Facebook em 2018

O Facebook começou a testar uma nova ferramenta para combater a pornografia de vingança na rede social. Mas para isso a companhia adotou uma estratégia no mínimo inusitada. A gigante da tecnologia pediu aos usuários que mandem nudes para que um sistema de inteligência artificial consiga identificar essas fotos numa tentativa de impedir que elas sejam compartilhadas no futuro.

O software do Facebook cria uma espécie de impressão digital da foto - para que ela possa ser reconhecida na próxima vez que alguém tentar carregá-la na rede social e automaticamente bloquear a operação.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A iniciativa visa permitir que as vítimas em potencial se antecipem aos abusadores, antes que suas imagens íntimas sejam vazadas no Facebook, Instagram e no Messenger.

O Facebook testa a tecnologia na Austrália em parceria com uma agência do governo. Em entrevista à ABC, a chefe da comissão governamental de segurança eletrônica, Julia Inman Grant, contou que a rede social não chega a armazenar as imagens enviadas pelos usuários, mas apenas suas impressões digitais.

A mesma tecnologia tem sido usada há anos para evitar a propagação de pornografia infantil e também é usada por empresas de internet para compartilhar e bloquear material de cunho terrorista.

O Facebook proíbe fotos explícitas e a pornografia de vingança, que é o compartilhamento de imagens e vídeos íntimos sem o consentimento de quem é exposto no conteúdo. Mas este ainda é um grande problema na rede social. Documentos vazados este ano revelaram que a empresa registra cerca de 54 mil casos por mês.

LeiaJá também

--> Você sente que o Facebook ouve suas conversas?

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando