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Com o objetivo de combater o preconceito e melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras da psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove neste mês de outubro a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase. Nesta sexta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional e Mundial da Psoríase, doença da pele comum, autoimune e sem cura, cujos sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente, que atinge cerca de 3% da população mundial, ou seja, 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil.

Os tratamentos disponíveis são o tópico, com cremes e pomadas aplicados diretamente na pele; os sistêmicos, a base de comprimidos ou injeções; os biológicos, injetáveis, e a fototerapia, que é a exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica.

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Pesquisadores em bioenergia e biomateriais da Universidade Estadual Paulista de Araraquara (Unesp) desenvolveram um tratamento sustentável, natural e barato, para aliviar os sintomas, utilizando uma membrana fina à base de látex e Aloe vera (babosa). A planta já é utilizada nas versões em gel e pomada, mas pode incomodar porque pode causar ressecamento da pele e entupimento dos poros na pele.

Segundo Rondinelli Herculano, um dos pesquisadores, o grande problema dos medicamentos sintéticos disponíveis são os efeitos colaterais, e os produtos naturais já vêm sendo utilizados para minimizar esses efeitos e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A Aloe vera é um dos produtos naturais utilizados para aliviar os sintomas da psoríase, que vai tratar só a pele, só externamente.

“Por isso nossa proposta foi incorporar a Aloe vera em curativos de látex natural como um tratamento complementar. Porque quando a pessoa passa muitos cremes hidrogéis de Aloe vera, geralmente tem um ressecamento. Além do desconforto fica a gordura. Nos testes que fizemos em laboratório, observamos que o material ficou bem flexível e preservou as propriedades da Aloe vera, além de ser de fácil manuseio e seguro”, explicou.

De acordo com Herculano, a próxima etapa da pesquisa é encontrar parceiros para fazer os testes em humanos e para inserir o produto no mercado. A ideia é fazer o curativo de diversos tamanhos e personalizados, dependendo do tamanho da lesão.

A psoríase é uma doença autoinflamatória, na qual por predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento, causa o aparecimento de lesões avermelhadas e que descamam na pele. A psoríase não é uma doença contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado.

Em até 30% dos pacientes, inflamação similar pode acontecer nas articulações, levando à artrite psoriásica, outra manifestação da doença. Também existe associação de psoríase com doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor, o que diminui a qualidade de vida do paciente e pode também, dependendo da gravidade, diminuir a expectativa de vida, se não tratada.

Entre os fatores que podem aumentar as chances de desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico estão o histórico familiar, o estresse, a obesidade, o tempo frio, as infecções diversas, medicamentos e o consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante que o portador da doença tenha acompanhamento psicológico, devido ao impacto na autoestima. Alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física também auxiliam no controle a doença.

Você sabe o que é psoríase? Se não sabe, você faz parte de um grupo de mais de 90% da população brasileira. De acordo com pesquisa do Datafolha, apenas 6% dos brasileiros identificam corretamente a doença quando é apresentada uma imagens de lesões provocadas por ela. A maioria das pessoas, ao ver imagens de uma pele acometida pela doença, acredita se tratar de algum tipo de alergia, câncer de pele, hanseníase ou micose.

“O desconhecimento facilita ainda a disseminação de inverdades sobre a psoríase, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado”, diz o dermatologista e professor Paulo Oldani. A psoríase é uma doença crônica que provoca lesões avermelhadas e descamativas na pele. Sua causa é desconhecida mas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. A doença aparece mais comumente no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

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Apesar de não ser contagiosa, os portadores de psoríase sofrem com preconceito e afastamento social. “O preconceito e estigma contra a doença podem aumentar o impacto negativo psicológico e mental dos pacientes, já que, como mostrou o levantamento, 65% dos entrevistados pensam que a psoríase oferece risco à vida e 49% acreditam que é contagiosa, o que é totalmente equivocado”, acrescentou Oldani.

A pesquisa “Psoríase: conhecimento entre a população brasileira” expõe o preconceito sobre a doença. O trabalho revela que 88% dos entrevistados acreditam erroneamente que os portadores da psoríase não podem trabalhar na preparação de alimentos, 69% afirmaram que seus pacientes não podem ter contato com crianças e 62% acham que pessoas com a doença não podem se expor ao sol.

A pesquisa mostra ainda que o conhecimento sobre psoríase aumenta entre a população de maior renda (22% desse perfil conhecem a doença), com mais anos de estudos (16% entre aqueles com ensino superior) e entre os pertencentes às classes A/B (13%). Por outro lado, esse esclarecimento despenca entre os mais jovens (1%), com escolaridade até o ensino fundamental (2%), entre a população da Região Nordeste (2%), e entre os pertencentes às classes D/E (1%).

A psoríase acomete entre 1% e 3% da população mundial, de acordo com Sociedade Brasileira de Dermatologia. Cerca de 30% desses pacientes também apresentam, em algum momento de sua vida, dor e inflamação nas articulações, a chamada artrite psoriásica.

A psoríase não tem cura, mas existe tratamento para controlá-la. Medicamentos de uso tópico (aplicação no local), de via oral e imunológicos podem ser usados. De acordo com a SBD, os sintomas aparecem e desaparecem periodicamente, mas o estresse, a ansiedade e a falta de sol podem provocar o aumento e agravamento da doença.

Desde o ano de 2004, as autoridades de saúde escolheram a data de 29 de outubro como o Dia Mundial da Psoríase. A doença inflamatória não-contagiosa, que segundo o Centro Brasileiro de Estudo da Psoríase (CBEP) acomete cerca de três milhões de pessoas no país, tem como principais características o surgimento de manchas vermelhas que escamam a pele. No entanto, o preconceito pode deixar marcas ainda mais doloridas em quem convive com o problema.

Com o diagnóstico clínico para psoríase desde os primeiros dias de nascida, a estudante Maria Eduarda Bezerra, 16 anos, afirma que não se lembra da vida sem as crises causadas pela doença. Segundo ela, os acessos eram constantes. “Ardor, coceira e dor nas articulações estavam presentes no meu dia-a-dia. Em 2017 tive uma crise em que pude ver a minha pele em carne viva, fiquei sem andar por dez dias”, lembra.

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Além do incômodo com as lesões na pele, outros fatores desconfortáveis eram o que a estudante ouvia das pessoas ou apenas percebia a partir do olhar. “O bullying fez parte da minha vida. ‘Eca, sai de perto’, ‘Ela não lava o cabelo, está cheio de areia’, ‘contagiosa’, eram parte do vocabulário que usavam comigo”, conta Maria Eduarda.

Maria Eduarda Bezerra, 16 anos, estudou a doença e passou a dar palestras para combater o preconceito. Foto: arquivo pessoal

“Ao entrar em uma loja, te olham de cima para baixo, um olhar nada legal, isso incomoda bastante”, acrescenta. As ofensas e os olhares repletos de desprezo devido aos efeitos da doença na pele ou no couro cabeludo viraram motivo para que Maria Eduarda, além do tratamento, fosse em busca da redução do preconceito contra quem sofre com o problema.

“Relevei as palavras ofensivas e com 11 anos passei a estudar psoríase e comecei a dar palestras, para esclarecer a quem se referia a mim daquela maneira”, cita a estudante que completa. “Por isso, é preciso falar sobre ela pois psoríase não é contagiosa, mas a desinformação é”, enfatiza.

Tratamento natural

A empresária Carolina Ribeiro, 35 anos, é mais uma diagnosticada com psoríase desde a infância. Embora se considere privilegiada por não ser manifestar as formas mais graves da doença, Carolina ressalta as restrições impostas pelo problema crônico no cotidiano.

“Nunca participei das aulas de educação física na escola porque os esportes tinham contato direto da bola com a mão, tenho que ter cuidado ao cozinhar para não tocar em coisas como sal e tomate, não posso fazer nada que tenha muito atrito com as mãos”, aponta.

Carolina Ribeiro, 35 anos, afirma que o tratamento psicológico é importante para combater os gatilhos emocionais que desencadeiam as crises. Foto: arquivo pessoal

Segundo ela, mesmo sem tantas crises, o tratamento era feito a base de pomadas com corticoide, mas não via evolução do quadro após uso dos medicamentos por vários anos. “Depois tentei homeopatia, mas precisei parar porque passei por um tratamento do estômago e não poderia usar outros remédios. Fiz fototerapia, mas o remédio tomado para deixar o corpo sensível à luz causava efeitos colaterais fortes e hoje em dia faço tratamentos naturais, que têm me ajudado bastante”, comenta a empresária.

A saída encontrada por Carolina foi aumentar os cuidados com a alimentação e com a saúde mental. Segundo ela, o problema que se apresentava na pele causava ainda mais transtornos no emocional e a ausência de um acompanhamento psicológico pode desencadear mais incômodos aos acometidos pela Psoríase.

“A psicologia não é uma das primeiras coisas que nos são indicadas e considero isso um erro. Ter esse apoio deveria ser aconselhado logo de cara para ajudar a enfrentar a doença, o processo e esse ‘looping’ de ficar triste por conta da psoríase e ter uma crise disso por conta do estresse emocional causado por ela mesma”, reitera a empresária.

Além da pele

De acordo com o médico dermatologista Cid Sabbag, especialista em psoríase, estudos recentes mostram que os quadros da doença podem ir muito além dos problemas relacionados à pele dos pacientes.

Lesões de pele causadas pela psoríase. Foto: Pixabay

“Hoje a gente sabe que é uma doença que atinge vários órgãos. A psoríase pode levar o paciente à obesidade, aumentar o colesterol que desencadeia a hipertensão, elevar o açúcar que aumenta a glicemia, a gordura no fígado e até a um maior risco para enfarto, derrame e trombose”, explica.

Segundo o médico, o tratamento de controle da psoríase é absoluto e, embora haja módulos caros, está disponível no Sistema único de Saúde (SUS). “Cada dermatologista tem que avaliar a gravidade do caso para indicar o melhor tratamento. Tem tratamentos que custam R$ 30 por mês e outros que custam R$ 10 mil, mas existe na rede pública de saúde”, complementa.

Tratamento pelo SUS

Além dos medicamentos disponíveis na rede de saúde pública, como adalimimabe, secuquinumabe, ustequinumabe e etanercepte, um novo componente passará a fazer parte do tratamento de psoríase no SUS. O anticorpo monoclonal de imunoglobina humanizada risanquizumabe será incorporado ao quadro de fármacos do sistema e poderá ser receitado aos pacientes após diagnóstico clínico. De acordo com os pesquisadores, mais de 80% dos que sofrem com a doença e foram medicados com o composto tiveram melhora de 90% nas lesões da pele. O prazo limite para que o novo medicamento seja disponibilizado no SUS é março de 2021.

A socialite Kim Kardashian usou o Twitter para explicar que sofre de psoríase há oito anos. Ela se pronunciou após sofrer críticas na internet pela sua aparência em uma foto, na qual as lesões na pele são aparentes, apesar da forte maquiagem. "É psoríase em todo o meu rosto", escreveu.

A psoríase é uma doença crônica não contagiosa, que ataca principalmente a pele na forma de manchas vermelhas que descamam e que podem causar coceira. A dermatologista Simone Neri explica que a causa da psoríase é desconhecida, mas pode estar relacionada ao sistema imunológico, ao ambiente e à genética. A médica explica que o tratamento varia de acordo com a gravidade da doença, “mas nos casos mais simples pode ser feito com pomadas à base de corticoide”. 

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A engenheira civil Cinthia Garcia, 24 anos, teve a primeira crise da doença aos cinco anos de idade, quando muitas feridas apareceram pelo corpo. “Fiz diversos testes, cerca de 120 exames de sangue que não deram nada, fiz biópsia. Apareceu o resultado, tratei com pomadas a princípio, depois procurei diversos tratamentos como homeopatia e outros”, conta.

Atualmente Cinthia trata a psoríase com pomadas à base de corticoide, mas evita passar todos os dias, usando o medicamento apenas quando está em crise ou se as lesões estão muito inflamadas, sendo no máximo 3 vezes por semana. Além das pomadas, que custam entre R$ 8 e R$ 18, ela tenta manter a pele hidratada.

Embora a doença não traga risco de morte, os pacientes enfrentam um grave problema de preconceito: embora a psoríase não seja contagiosa, as lesões visíveis causam todo tipo de reação negativa nas demais pessoas. 

Cinthia explica que a aceitação foi fundamental para que ela conseguisse viver bem apesar da doença. “Decidi que isso não era um problema, era um privilégio, pois aprendi muito com a doença. E a melhor coisa foi a aceitação, eu tenho psoríase mas ela não me tem. Isso me faz ter mais controle”, diz.

Quando encontra alguém que não conhece a doença, Cinthia costuma explicar como ela funciona. Após a explicação, diz ela, as pessoas costumam reagir melhor. 

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão de todas as publicidades do produto Loção Hidratante Corporal Glukderm Plus que apresentem indicação de uso para o tratamento da psoríase.

Essa recomendação de uso estava sendo anunciada irregularmente, em desacordo com seu registro na Anvisa, por meio de página na internet. A determinação está presente em resolução publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27).

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O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira, 06, novo protocolo de tratamento da psoríase. Esse protocolo contém o conceito geral de psoríase, critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação. A psoríase é uma doença sistêmica inflamatória crônica, não contagiosa, que afeta a pele, as unhas e, ocasionalmente, as articulações. Acomete cerca de 2% da população mundial.

A portaria destaca que a psoríase pode ser incapacitante tanto pelas lesões cutâneas - fator que dificulta a inserção social - quanto pela presença da forma articular que configura a artrite psoriásica. "Tem sido classificada como doença autoimune, embora sua fisiopatologia não esteja completamente esclarecida", menciona o ministério.

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O texto cita, ainda, que há uma série de comorbidades associadas a psoríase, como alcoolismo, depressão, obesidade, diabetemelito, hipertensão arterial, síndrome plurimetabólica, colite e artrite reumatoide. "Pacientes com psoríase extensa têm mais comorbidades e recebem em média mais medicamentos do que pacientes internados por outras causas. Estudos relatam aumento de mortalidade por doença cardiovascular em doentes de psoríase", cita o material divulgado hoje.

O protocolo é de caráter nacional e deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados e dos municípios na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes. As regras estão presentes na portaria nº 1.229, publicada na edição desta quarta-feira (6) do Diário Oficial da União.

"É obrigatória a cientificação do paciente, ou de seu responsável legal, dos potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso de medicamento ou procedimento preconizados para o tratamento da psoríase", cita a portaria. Além disso, a norma determina que os gestores estaduais, distrital e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme sua competência e pactuações, deverão estruturar a rede assistencial, definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos indivíduos com essa doença em todas as etapas descritas em anexo da portaria.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, realiza nesta segunda-feira (29), consultas a pacientes com psoríase ou com sintomas da doença. O atendimento médico será feito das 8h às 13h no Ambulatório de Dermatologia, no térreo do Hospital, e será aberto ao público. O atendimento ocorre para marcar o Dia Mundial da Psoríase, comemorado nesta segunda-feira (29).

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que se manifesta, na maioria das vezes, por lesões róseas ou avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas. As lesões ocorrem com mais frequência nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo, podendo atingir toda a pele. A psoríase não é contagiosa e o seu diagnóstico é feito através do exame clínico ou biópsia da pele.

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Confira AQUI o site da campanha nacional Viva Sem Barreiras promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)

Serviço:

Consultas para psoríase

Hospital das Clínicas

Segunda (29) das 8h às 13h
Avenida Professor Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária
Outras informações através do telefone 2126.3633

Para marcar o Dia Mundial da Psoríase, comemorado no dia 29 de outubro, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFEPE) realizará, nesta segunda-feira (29), consultas a pacientes com psoríase ou com sintomas da doença. O atendimento médico ocorrerá das 8h às 13h no Ambulatório de Dermatologia, no térreo do Hospital, e será aberto ao público. 

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que se manifesta, na maioria das vezes, por lesões róseas ou avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas. As lesões ocorrem com mais frequência nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo, podendo atingir toda a pele. A psoríase não é contagiosa e o seu diagnóstico é feito através do exame clínico ou biópsia da pele.

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