Tópicos | que horas ela volta

Paulista, nascida em pleno abril de 64, a cineasta Anna Muylaert cresceu firme como uma rocha, chocando-se contra as paredes do machismo imperativo do mercado cinematográfico. Começou trabalhando em produções televisivas (“Mundo da Lua” e “Castelo Ratimbum”, ambas da TV Cultura, foram algumas delas) e lançou-se como diretora de longas em 2002, estreando “Durval Discos”. Em 2015 ganhou projeção mundial com o drama familiar e social de “Que Horas ela Volta?”, sendo premiada em diversos festivais e recentemente homenageada no de Cinema Latino-Americano (SP).

Com a chegada de seu mais novo longa (Mãe Só Há Uma) às telonas, Muylaert aceitou o convite de amigos pernambucanos e retornou ao Cinema do Museu da Fundação Joaquim Nabuco para conversar sobre o filme. O EstreiaJá bateu um papo com a diretora. Na entrevista, ela fala sobre a carreira, a mulher e a luta pelo espaço que lhes é direito, e, dentre outros temas, sua relação com os cineastas e o cinema pernambucano.

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Além da conversa com Anna, o programa também destaca as maiores estreias desta quinta-feira (28). O EstreiaJá vai ao ar todas quintas no Portal LeiaJá e é apresentado pelo jornalista e crítico de cinema Rodrigo Rigaud.

Confira o vídeo na íntegra:

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Após o Natal, as redes sociais ficaram cheias de fotos que mostravam festas familiares, mesas fartas, presentes e famílias unidas. Porém, uma delas gerou bastante polêmica e reações acaloradas. A atriz Carolina Dieckmann postou, em seu Instagram, uma foto na qual aprecia ao lado de quatro empregadas domésticas, usando uniformes, como um gesto de agradecimento pelos seus serviços naquela noite de festa. Atrás, estava a apresentadora Regina Casé. A imagem acabou sendo retirada do perfil da artista depois da confusão nos comentários. 

Na legenda, Carolina demonstrou sua gratidão pelos serviços das funcionárias: "Aqui, com essas lindezas batalhadoras, que fazem tudo tão caprichado e com tanto carinho, que a gente saiu de lá flutuando de amor”, postou. Nos comentários, seus seguidores questionaram o fato das funcionárias estarem trabalhando em plena noite de Natal e ainda uniformizadas. Outro motivo de bastante questionamento foi a presença de Regina Casé na imagem. Coincidentemente, ela foi a protagonista do filme Que horas ela volta?, que mostra a relação entre patrões e domésticas no Brasil.

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Na página Empodere duas Mulheres, no Facebook, a discussão foi intensa. No post que mencionava a atitude de Carolina, os responsáveis pelo perfil não concordaram com sua posição: "Regina Casé e Carolina Dieckmann postando foto com as empregadas negras uniformizadas que prepararam a ceia de Natal. Por favor leia sobre seu país! Saia da zona de conforto e entenda que é preciso parar de falsas simetrias", publicaram. Alguns internautas dirigiram críticas às duas atrizes, como Andreza Xavier que comentou: "O que seria das várias Carolinas e Reginas não fosse alguém (porque elas que não vão fazer, né) para preparar a ceia de natal, lavar a louça e arrumar a casa, de preferência se for negra e nordestina? Mas, calma aí, elas são 'quase' da família" e Rafael Fraga que escreveu: "O problema não é agradecê-las e sim esta cultura da invisibilidade, o uniforme é um apetrecho pra ser invisível à sociedade". Já outros internautas não viram problema na postagem de Dieckmann. Keila Colombo comentou: "Acho que o ato delas de agradecer e postar uma foto é sim admirável, enquanto muitas dondoquinhas escondem suas funcionárias", já Bianca Santos postou: "Minha gente, bem menos. Trabalho é trabalho, se estão ali é porque é o trabalho delas, e não tem porque de levarem suas famílias para a ceia da patroa. Elas estão sendo pagas pra isso, quero ver reclamar do exército, dos médicos, e de todos outros que trabalham nessas datas. Fazem bicho de sete cabeças com tudo."

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O Recife passa a contar com mais uma sala de cinema com o início das atividades do Cinema do Museu do Homem do Nordeste, que funcionará no auditório Benício Dias, no equipamento cultural da Fundação Joaquim nabuco, em Casa Forte. As exibições começam nesta sexta (21), com o longa brasileiro Que horas ela volta?.

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Após três anos, a sala ficou pronta para receber o público. São 166 poltronas, quatro lugares para cadeirantes e bicicletário na área externa. Os ingressos custam R$ 14 e R$ 7, com entradas a R$ 5 para todos nas terças e a R$2 para sessões de curtas, e podem ser comprados uma hora antes do início dos filmes.

Serviço

Cinema do Museu do Homem do Nordeste

Avenida 17 de Agosto, 2187 - Casa Forte

(81) 3073 6272

Começou nesta quinta (5) o festival de cinema Berlinale, em Berlim, Alemanha. Cinco longas brasileiros foram selecionados para compor a programação do festival, Sangue Azul, Ausência, Que horas ela volta?, Beira Mar e Brasil S/A.  

Os filmes Sangue Azul, de Lírio Ferreira, Ausência, de Chico Teixeira e Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, serão exibidos na mostra Panoramadedicada aos chamados "filmes de autor". Já Brasil S/A, de Marcelo Pedroso e Beira Mar, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, estarão na seção Fórum, dedicada a obras de experimentação.

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O presidente do Programa Cinema do Brasil - que realiza ações para ampliar a visibilidade do cinema nacional - André Sturm, comemorou a participação brasileira no festival. Para ele, a seleção dos longas é um reflexo da maturidade e qualidade da produção cinematográfica brasileira. 

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