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O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (19), em votação simbólica, um projeto de lei que aumenta as punições para quem dirigir perigosamente. A proposta prevê que o motorista que participar de um "racha" será multado em R$ 1.915,40. Atualmente, pela tabela do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), essa punição é de R$ 574,62. Outra inovação é que o motorista reincidente será penalizado com o dobro do valor da multa, o que, no caso de rachas, custará ao condutor R$ 3.830,80.

A proposta eleva as infrações para os motoristas que, além de disputarem corrida, façam manobras arriscadas em vias públicas, forcem ultrapassagens ao jogar para o acostamento o carro que vem corretamente pela mão oposta e realizem ultrapassagens arriscadas, como aquelas feitas em intersecções e acostamentos. O texto reformula em parte o Código de Trânsito Brasileiro de 1997.

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O projeto em tramitação no Congresso desde 2007, contudo, terá de retornar à Câmara porque o Senado alterou o texto aprovado em abril passado pelos deputados. O relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), reduziu algumas multas propostas pelos deputados. Por exemplo, a punição por dar um "cavalo de pau", que atualmente é de R$ 191,54, subiria para R$ 766,16, segundo o texto aprovado pelos senadores. Os deputados, por exemplo, propuseram que essa penalidade custasse R$ 1.915,40 ao bolso do motorista.

"Embora as condutas ora tratadas mereçam uma reprimenda mais severa do que hoje prevê a lei, entendemos razoável fixar o valor das multas em patamares não tão elevados quanto aos previstos no PLC (projeto de lei da Câmara), até mesmo para se evitar o questionamento sobre a constitucionalidade da norma por eventual desrespeito ao princípio da proporcionalidade", afirmou Vital, em seu parecer.

Outro ponto controverso que foi retirado da proposta aprovada pelo Senado refere-se às punições de natureza penal previstas no projeto que veio da Câmara. O relator da CCJ transferiu para a Comissão Especial do Código Penal as discussões sobre aumento de penas de prisão para quem for flagrado dirigindo o carro em conduta indevida. Idêntica iniciativa também vai ocorrer com o debate sobre a realização do exame toxicológico para verificar se o motorista estava embriagado ou sob efeito de drogas lícitas e ilícitas que comprometam sua capacidade de dirigir. "O cara não bebeu, mas cheirou, está mais doido ainda; não bebeu, mas fumou, está mais doido ainda. Exame toxicológico hoje é fácil, a tecnologia avançou", protestou no plenário o senador Magno Malta (PR-ES), que queria colocar essa exigência já no projeto aprovado pela Casa.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) elogiou a aprovação do projeto como forma de tentar reduzir as milhares de vítimas de acidentes de trânsito no País todos os anos. "Creio que poucas coisas indicam mais o atraso da civilização no Brasil como a maneira como tratamos o trânsito. É injustificável que tenhamos mais mortos no trânsito do que quase todas as guerras que estão acontecendo nos últimos anos", afirmou.

Os dois acusados pela morte do lutador de jiu-jítsu Kaio Muniz Ribeiro, de 23 anos, atropelado na calçada durante um suposto racha, em novembro de 2011, em Campinas, interior de São Paulo, serão levados a júri popular para serem julgados pelo crime de homicídio doloso (com intenção de matar).

O juiz da 2ª Vara do Júri de Campinas, Sérgio Araújo Gomes, aceitou denúncia do Ministério Público nesta quarta-feira (10) contra a empresária Adriane Pereira Diniz Ignácio Souza, de 44 anos, que dirigia o Audi A3, que atingiu o lutador na calçada, e o consultor de obras Fabrício Rodrigues da Silva, de 34 anos, que guiava um Camaro.

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Segundo o promotor Fernando Viana, os dois disputavam um racha numa das principais avenidas do bairro Taquaral, e dirigiam em alta velocidade, quando o veículo da empresário invadiu a calçada e atingiu a vítima, que usava um telefone público. O Ministério Público vai recorrer para que os acusados sejam julgados por homicídio duplamente qualificado. Para o promotor, a vítima foi morta por motivo fútil e sem chances de se defender.

Por homicídio doloso, os acusados podem ser condenados de 6 a 20 anos de prisão. Com os pedidos de agravantes, as penas subiriam para 12 a 30 anos de reclusão. O lutador foi morto em 18 de novembro de 2011. Os dois acusados chegaram a ser presos preventivamente. Adriane foi solta uma semana depois, após pagar fiança de R$ 109 mil. Silva pagou fiança de R$ 163 mil e também foi liberado. A Promotoria denunciou os dois em dezembro de 2011. Nos depoimentos, os acusados negaram crime e disseram não participar de um racha. Os advogados dos acusados vão recorrer ao Tribunal de Justiça.

O racha no PDT deverá custar caro à presidente Dilma Rousseff. Em rota de colisão com o ministro do Trabalho, Brizola Neto, o presidente do PDT, Carlos Lupi, defende a saída do partido da base aliada governista e o lançamento de candidatura própria ao Palácio do Planalto, em 2014.

Os dois disputam o controle do PDT, que renovará sua direção em março. Defenestrado do Ministério do Trabalho no fim de 2011, após denúncias de irregularidades, Lupi ainda tem força no partido: nos Estados, 18 comissões provisórias da sigla estão sob seu domínio. Candidato a novo mandato, ele tem dito que "falta diálogo" no governo Dilma e prevê o rompimento mais à frente. "Muita gente quer candidatura própria no PDT", afirma.

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Brizola Neto vai na linha oposta e tem certeza de que o partido apoiará o projeto de reeleição de Dilma. "É como um rio que corre para o mar", compara. Sucessor de Lupi, o ministro é o único representante do PDT na Esplanada. Na linha de frente da dissidência pedetista, Brizola Neto diz que o partido não pode ser um ajuntamento "cartorial". "O PDT tem raízes profundas, que não estão ao sabor das conveniências pessoais", ataca.

Sob o argumento de que o governo Dilma representa o projeto do PDT, Brizola Neto trabalha para que seu grupo vença a briga pelo comando do partido e defende com veemência um segundo mandato para a presidente. "Não se trata de pôr o PDT como satélite da candidatura do PT, porque Dilma extrapola o PT, assim como o ex-presidente Lula. Ela é a parte do Lula que se confunde com a história dos movimentos sociais", comenta, ao lembrar que a presidente, ex-guerrilheira, foi fundadora do PDT gaúcho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Um possível rompimento entre os dois principais lideres políticos da Paraíba, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e governador Ricardo Coutinho (PSB), pode estar próximo. A afirmação foi feita pelo deputado Frei Anastácio (PT), nesta terça-feira (21), durante entrevista. Na Assembleia Legislativa da Paraíba, Frei deixou claro que concorda com a posição de Cássio e acredita que essa aliança será desfeita em breve.

Frei Anastácio rasgou elogios ao senador Cássio e defendeu a ideia de que ninguém pode falar do peso político que o senador vem demonstrando no Estado. “O senador Cássio é uma das lideranças que eu posso comungar, com suas ideias, muitas vezes em questões políticas, mas dizendo que ele é uma das grandes lideranças desse Estado e ninguém pode minimizar a sua força”, disse.

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O deputado ainda deixou um recado para o governador Ricardo Coutinho, sobre o futuro. “Agora o governador que se cuide, ele que se cuide em termos de futuro. O tempo vai dizer e aí eu acho que essas atitudes que estão sendo colocadas na mídia para a população elas já apontam que em 2014 a questão vai ser diferente”, alfinetou.

Questionado sobre a situação atual do governador e sobre as eleições de 2014, Frei Anastácio foi categórico na resposta. “Eu quero dizer que já se começo a pensar, fazer e manter posições diferentes. Eu acho que todos nos podemos ser candidatos. Agora eu acho que ele (Cássio) é uma liderança, é um ex-governador, ex-deputado, ex-prefeito, hoje senador e ninguém pode minimizar isso”, avaliou.

 

Parte do PT mineiro vai abandonar a campanha pela reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que vai ter um petista como vice, mas também contará com o PSDB na aliança. A decisão foi tomada neste domingo, após encontro petista que acatou, com apoio de cerca de 60% dos participantes, a resposta da direção socialista às reivindicações do partido. O documento enviado pelo PSB ao PT confirmou oficialmente que o partido da presidente Dilma Rousseff indicará o vice de Lacerda, mas é evasivo sobre o pedido de coligação para a eleição proporcional e se omite sobre a coligação com os tucanos.

"Entendemos que o documento do PSB não atendia nossas reivindicações. Reconhecemos o resultado da votação, mas não acataremos nenhum encaminhamento que tenha o PSDB na aliança. Não vamos fazer campanha com o PSDB", disparou o presidente do diretório municipal petista e vice-prefeito, Roberto Carvalho. Desafeto público de Lacerda, Carvalho é o maior defensor da candidatura própria do PT e admitiu a possibilidade de o grupo derrotado aderir à campanha do PMDB, que deve lançar chapa puro-sangue para a disputa em Belo Horizonte. "Vamos fazer uma plenária para decidir nosso rumo. Ainda tem muito chão pela frente", disse.

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Na última sexta-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reuniu-se com lideranças petistas na capital mineira para garantir a coligação com o PSB. Os petistas querem o apoio dos socialistas para a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. Oficialmente, Falcão negou que as conversas envolvam troca de apoios. "Aqui (Belo Horizonte) já estávamos coligados. Não houve negociação para colocar São Paulo no ajuste", afirmou.

Nos bastidores, porém, petistas assumem que a aliança em torno de Lacerda tem peso para receber o apoio do PSB em São Paulo e outras capitais, como Recife e Salvador, além de a legenda comandada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ser aliada essencial para a disputa presidencial de 2014. Na última quarta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia se reunido com Falcão e duas das principais lideranças petistas em Minas, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e o ex-ministro Patrus Ananias, para reafirmar a necessidade de coligação com os socialistas em Belo Horizonte.

Para Roberto Carvalho, a interferência de Lula e Falcão foi "praticamente uma intervenção" no diretório mineiro. "O Rui Falcão fez um papel deplorável. Veio às vésperas do encontro fazer praticamente uma intervenção. Foi autoritário e desrespeitoso. Quanto ao Lula, tem nosso carinho, respeito e apoio, mas não é morador de Belo Horizonte", disparou. Um dos integrantes da direção petista que trabalha pela coligação evitou polemizar com o vice-prefeito, mas considerou "uma tentativa de golpe" a decisão do grupo liderado por Carvalho decidir abandonar a campanha. "Tudo foi decidido de forma democrática, pelos delegados do partido", declarou.

Cinco carros de luxo que eram utilizados em rachas na Paraíba e em Estados vizinhos foram apreendidos hoje, durante operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A ação ocorreu na região metropolitana de João Pessoa.

Segundo a PRF, os rachas eram feitos em qualquer horário do dia, em rodovias federais, principalmente na BR-230 e BR-101, e avenidas e ruas da Paraíba e de outros Estados, colocando a vida de motoristas e pedestres em risco. A ação toda era filmada pelos condutores e exibida em um dos maiores sites de divulgação de vídeos do mundo.

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Após o recebimento de denúncias e a localização de vídeos na internet, foi possível identificar os veículos e motoristas, que tiveram o direito de dirigir suspenso, veículos e carteiras de habilitação apreendidos por decisão judicial.

Durante a operação foram apreendidos, com mandado de busca e apreensão, cinco veículos de luxo, sendo um GM Camaro, três Honda Civic e um VW Gol, todos com motores modificados para aumentar a velocidade. A operação, em parceria com o Ministério Público Estadual, Polícia Civil e Detran, é inédita no País, segundo a PRF.

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