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Águas de esgotos tomando ruas e calçadas. Buracos complicando o trânsito. Riscos de acidentes. Comércio sofrendo financeiramente com o transtorno. Esse é o panorama das ruas da cidade do Recife nos últimos meses.

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Se o trânsito da cidade já costuma ser desagradável, com a quantidade de canteiros de obras espalhados pelas ruas, essa situação fica ainda pior. Os problemas mais recorrentes são os de tampas de bueiros quebradas e que necessitam a implantação de uma nova, no entanto, após a colocação da nova placa, é necessário que a área ainda fique isolada por cinco dias e só é liberada após a autorização de um engenheiro. De acordo com dois trabalhadores da obra de recolocação de tampa, na Rua da Coragem, no bairro da Encruzilhada, o local permanecia fechado, por estar no período de secagem e firmação do concreto. 

Nesse caso, havia trabalhadores no local, mas essa realidade não é recorrente nas demais localidades, como é o caso da obra de drenagem no cruzamento da Rua da Regeneração com a Bom Conselho, no Arruda. “Esse buraco, especialmente, é uma vergonha. O problema aqui é crônico. O canteiro está aí há cerca de um mês, eram oito trabalhadores, mas eles não apareceram mais e está tudo parado”, explica o digitador, Ricardo Sybalde.

A funcionária de um bar, às margens da obra, Joana Vasconcelos, conta que o movimento no estabelecimento sofreu uma grande queda, por conta do odor, além do trânsito que se agravou no local. “Durante as chuvas isso aqui não alaga pouco”, ironiza a trabalhadora, que comenta que a água alcança cerca de 50cm nas ruas do cruzamento e leva cerca de 2h para escoar. 

Outro problema foi localizado na Rua das Moças, na Campina do Barreto. O local é rota de ônibus, vários carros e motos, que já passam a ignorar o semáforo e utilizaram o canteiro como rotatória,explica Ana Cláudia, dona de mercearia. O feirante Erandi Santana, informou que há mais de três meses o serviço foi iniciado e ainda não finalizado e, para agravar ainda mais, há mais de uma semana não apareciam trabalhadores no local. 

Apesar das sinalizações ou tentativa de informar aos condutores para o perigo, acidentes por conta desses buracos são bastante recorrentes. “Se você ficar aqui por um tempo vai ver algum acidente”, avisa o frentista Admilson Gouveia que explica ter sido ele, junto com outros funcionários, que improvisaram uma sinalização para a ausência da tampa de esgoto na Avenida Beberibe. Como, muitas vezes, as autoridades não apresentam disponibilidade para sanar os problemas, os populares resolvem tomar atitudes para remediar. Também na mesma via foi encontrado outro buraco que vazava água, deixando moradores sem água, mas o problema foi amenizado. “Eu mesmo comprei um cano e dei um jeito da água não ir embora e minimizar o problema. Também colocamos essa planta para sinalizar o buraco na pista”, lembra o porteiro Wilson Hernane. 

E a lista de obras não para por aí. Pelo menos duas são causadoras de dores de cabeça para os moradores e transeuntes da zona norte do Recife. Na Rua das Pernambucanas, no bairro das Graças, um conserto promovido pela Compesa gerou transtorno, nos últimos dias. As ruas do entorno ficaram congestionadas e a ausência da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) complicou ainda mais a situação no local. “Além do congestionamento, o mau cheiro era grande. Se tem que fazer o trabalho, que ele seja feito, mas eles poderiam trabalhar também à noite para adiantar o serviço”, ressalta uma moradora da área que não quis se identificar. Apesar de, aparentemente, o problema ter sido sanado na última semana, as águas do esgoto voltaram a minar o asfalto e os buracos tornaram a se formar. 

Na Estrada do Arraial, no Parnamirim, em conserto há mais de dez dias, os moradores e, principalmente os comerciantes estão sofrendo com o desvio de carros feitos na área, além da angústia pela falta de previsão do fim do serviço. “Já sofri muito prejuízo com essa obra. Nosso movimento caiu em cerca de 50%, um caminhão já bateu na minha fachada. Em 18 anos de funcionamento, não me lembro de uma época desse jeito”, lamenta Jorge Correia, proprietário de padaria. Ele acrescenta que durante esse período junino, sempre contrata mais funcionários, mas com o baixo movimento, este ano, não fez nenhuma contratação extra e não sabe como será o restante do ano, visto que não há mais previsão para a conclusão do serviço. “Nossa expectativa é que esteja finalizado até o final do ano”, ironiza. Correia também explicou que comerciantes da área procuraram a Empresa de Manuteñção e Limpeza Urbana (Emlurb), ma não foram, sequer, recebidos para solicitar que a área do desvio se aproxime mais da obra.

A equipe do LeiaJá também recebeu informações que os moradores da Rua do Bom Pastor, no bairro da Iputinga, zona oeste, também estão sofrendo com um serviço de esgoto. Segundo moradores, o problema já existe há alguns meses. Foi iniciada a obra, no entanto, quando se acreditava que estava finalizada, um buraco foi novamente aberto. O canteiro está tomando parte da via e há águas de esgoto empossadas, além do mau cheiro. 

Até o fechamento desta matéria, a Compesa não informou um porta-voz para explicar a situação para a nossa equipe. 

Veja o vídeo com o retorno do problema na Rua das Pernambucanas:

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O ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) Edward Snowden disse nesta sexta-feira (8) que o caso de espionagem de autoridades europeias confirma sua tese sobre a existência de um sistema de espionagem "em massa".

"A vigilância em massa é uma realidade. Pratica-se a espionagem industrial, e os serviços de Inteligência trabalham fora de controle dos representantes da sociedade e da Justiça", declarou Snowden à revista "Der Spiegel".

Em 2013, o ex-analista revelou ao mundo os "grampos" feitos ao celular da chanceler alemã, Angela Merkel, por parte de Washington, assim como os detalhes de vários programas de vigilância global. "Naquele momento", as revelações (do próprio Snowden) "levantaram dúvidas". "Agora, os fatos estão sobre a mesa", afirmou.

Com base em documentos confidenciais, a imprensa alemã acusou o serviço de Inteligência do país (BND) de espionar várias empresas e políticos europeus de alto escalão, a pedido da NSA - um duro golpe para o governo de Merkel.

Embora o principal acusado, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, tenha negado "qualquer erro", Merkel admitiu "falhas" no BND e se mostrou disposta a colaborar com a comissão de investigação que estuda o caso.

A piada que bombou na internet na terça-feira (8), quando o Brasil perdeu de 7 a 1 para a Alemanha, era de que nem a Volkswagen consegue fazer quatro gols em seis minutos, em alusão ao modelo Gol, o carro mais vendido no País, e aos quatro gols sofridos pela equipe de Felipão num intervalo de seis minutos.

A subsidiária brasileira da fabricante alemã, nesse quesito, é mais eficiente que o time que desclassificou a seleção brasileira. Segundo a Volkswagen, a fábrica Anchieta, no ABC paulista, tem capacidade para produzir um Gol a cada minuto.

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O mesmo vale para a fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo. Somando as duas, a marca alemã tem capacidade para produzir dois modelos Gol por minuto, ou 12 em seis minutos.

A empresa, que é patrocinadora da seleção brasileira e tem o jogador Neymar como garoto-propaganda em suas peças publicitárias, informa que, por enquanto, não pretende usar o mote da produção do Gol em novas campanhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A vida profissional é um marco importante para jovens e adultos, que trilham uma carreira bem sucedida. Porém, muitas vezes a ascensão depende de inúmeros fatores: cursos, especializações, mestrado e qualificações são alguns deles. Mas, um dos aspectos importantes para desenvolvimento é o autoconhecimento, além das escolhas e posição do profissional como cidadão, que podem ser influenciadas diretamente ou não durante a trajetória da vida educacional.

Mesmo com toda a preparação profissional e educacional, atitudes preconceituosas desmerecem a posição de alguns trabalhadores. Uma delas, o racismo institucional, começa inclusive na escola e acompanha a pessoa de pele escura até a vida adulta. “Por muito tempo eu acreditava que poderia fazer parte do mundo acadêmico. Com quase 30 anos eu me encontrei, me reconheci negro e consegui provar para mim mesmo que podia tudo”, fala o educador da Fundação de Atendimento Socioeducativo, Carlos Tomaz, 46 anos, que revela também que desde criança sofria com o racismo institucional.

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De acordo com o historiador Alexandre L’Omi L’Odò , essa é uma realidade camuflada, mas que infelizmente está presente em vários setores, como na educação, na religião, na saúde e em todas as instituições públicas e privadas. “Quando você vê um anuncio de emprego sinalizando que o candidato deve ter boa aparência e citando algumas características, indiretamente, ele está praticando o racismo institucional”, diz o educador. 

Com essas dificuldades, o desenvolvimento intelectual e consequentemente o profissional retardam e ratificam as estatísticas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgadas em 2014. O levantamento mostra que 48% dos trabalhadores brasileiros são negros, porém a média salarial deles é 36,1% menor que os brancos. Essa é a realidade de mais de 50% da população brasileira, que é formada por negros.

Quem já sofreu esse tipo de preconceito foi Edson Axé, coordenador estadual da Rede Nacional de Negros e Negras LGBT em Pernambuco. Para ele, o racismo institucional acompanha toda a vida do negro. Axé passou pela Polícia Militar de Pernambuco e afirma ter vivido uma situação racista na instituição. 

“Mesmo sendo da corporação, fui revistado de forma racista pelo tenente coronel, e, quando fui ao batalhão questionar, o capitão disse: entre a rocha e a maré, quem se dá mal é o siri”, desabafa Axé. Diante desses acontecimentos na vida profissional, o coordenador revela que encontrou um senso de justiça e faz disso o seu alicerce para lutar pela paz e pela igualdade. Formado em recursos humanos, Edson Axé revela que em várias entrevistas para emprego há muito preconceito. “Quando dois candidatos empatam, muitas vezes o que se destaca é o indicado por alguém da empresa ou pela beleza, considerada pelo recrutador”, falou.

Para combater o racismo institucional, o movimento negro tenta desconstruir esse preconceito que está camuflado em várias esferas da sociedade. Um exemplo é a implementação da lei 11645/08, que foi alterada para 10639/03, que determina o ensinamento da história da África no nível fundamental.

Sentindo na pele o preconceito - Uma sala repleta de alunos, dentre eles, Carlos e Luiz, ambos tinham praticamente o mesmo desenvolvimento nas atividades, porém, apenas Luiz era destacado pela professora. Isso fez com que Carlos desejasse ser um dia "Luiz". Esse foi o inicio da história de Carlos Tomaz - educador -, que se formou após os 30 anos de idade, porque não acreditava que pertencia ao mundo da academia e que aquilo não seria para ele. “Eu queria ser o Luiz, garoto de pele, cabelos e olhos claros”, relata Carlos Tomaz durante entrevista ao LeiaJá.  Assista o depoimento do entrevistado:

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