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Black Mirror, uma das séries mais famosas do mundo, atualmente disponível na Netflix, voltou neste mês de junho com episódios inéditos. A obra de ficção científica tem a criação de Charlie Brooker e pinta um quadro distópico da relação da sociedade com a tecnologia. Contos satíricos e alegóricos ambientados em mundos futuros apresentam personagens que se tornaram vítimas da tecnologia que os cerca, ou têm uma obsessão doentia pela mídia. 

Outros são metáforas extremas para um "apocalipse tecnológico" iminente, que poderia muito bem estar acontecendo nos dias atuais. A nova temporada, por exemplo, iniciou com um episódio sombrio sobre o uso da tecnologia deepfake e o poder dos internautas sobre os próprios direitos de imagem. 

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- - > ‘Deepfake: entenda tecnologia abordada em Black Mirror’ 

A coisa assustadora sobre Black Mirror é que, no que diz respeito à ficção científica, a série consegue ser verossímil. Todos os dias, novas tecnologias se desenvolvem e tecnologias existentes são atualizadas, potencialmente aproximando o mundo real das realidades macabras de Brooker. Conheça algumas das tecnologias vistas na série e que também são encontradas na vida real (descrição por episódio, contém spoilers). 

USS Callister (episódio 1, temporada 4) 

Robert Daly (Jesse Plemons) cria seu próprio mundo virtual povoado por clones digitais criados a partir do DNA de seus colegas de trabalho. Neste mundo virtual estilo Star Trek, ele governa seus clones virtuais presos com uma mão de ferro. Existem dois tipos de tecnologia em jogo neste episódio, ambos já existentes. A clonagem baseada em DNA está evoluindo a cada ano e embora a consciência ainda não tenha sido clonada, os cientistas já clonaram fisicamente uma ovelha (Dolly) e outros animais desde então. 

A outra tecnologia que se destaca é o ambiente virtual imersivo. E em sentido amplo, isso existe em muitas formas atuais. No contexto do USS Callister em relação à tecnologia de hoje, os ambientes virtuais e os MMORPGs são atualmente um fenômeno global, com milhões de jogadores vivendo vidas imersivas completamente separadas do mundo real, em espaços que se tornam mais realistas a cada lançamento e que podem trocar informações pessoais com os players. 

Rachel, Jack e Ashley Too (episódio 3, temporada 5) 

A consciência da popstar Ashley (Miley Cyrus) é carregada em "Ashley Too", uma pequena versão robótica dela pertencente à fã adolescente Rachel (Angourie Rice). E Ashley Too, Rachel e sua irmã Jack (Madison Davenport) embarcam em uma missão de resgate para salvar a verdadeira Ashley, que foi colocada em coma induzido por sua tia. 

Enquanto Ashley está em coma, seus captores usam o "Vocal Mimicry Software" para reproduzir sua voz cantada. No mundo real de hoje, tecnologias emergentes como "Deep Voice" afirmam ser capazes de clonar uma voz por amostragem de apenas 3,7 segundos de áudio. Mais tarde, uma simulação visual de Ashley é criada para uma performance, imitando suas características físicas e maneirismos. A tecnologia "Deepfake" já está fazendo isso em um nível um pouco mais rudimentar. O upload do cérebro ainda é ficção científica, mas organizações como a Carboncopies estão trabalhando nisso. 

Quinze Milhões de Méritos (episódio 2, temporada 1) 

Os Quinze Milhões de Méritos da primeira temporada apresentam algumas tecnologias que já estão por aí no mundo. Bing Madsen (Daniel Kaluuya) e todos os outros personagens consomem suas mídias e interagem por meio de telas touchless, que já apareceram em diversos dispositivos do mundo real. A comida que os personagens comem é "cultivada em uma placa de Petri", como mencionado por Swift (Isabella Laughland), e a produção cultivada a partir de células já está se tornando uma realidade, com muitas start-ups em fase de teste. 

O episódio também mostra todos andando de bicicleta ergométrica para alimentar o mundo ao seu redor e ganhar seus "méritos" (a versão deste mundo do dinheiro). Esse é um conceito que está decolando devido a novas tecnologias ecologicamente corretas que usam a energia cinética gerada pelo homem para criar soluções elétricas sustentáveis. 

Odiados Pela Nação (episódio 6, temporada 3) 

Odiados pela nação se passa em um mundo onde a humanidade desenvolveu abelhas robóticas alimentadas por inteligência artificial para complementar a população decrescente de abelhas reais. Mas as abelhas são hackeadas e usadas como armas do crime. 

Nos dias atuais, um grupo de cientistas da Delft University of Technology, na Holanda, pretende neutralizar nossa população de abelhas em declínio com o robótico "Delfly". O Delfly é um drone parecido com uma abelha, projetado para polinizar plantas e colheitas em benefício da inestimável indústria agrícola da Holanda. Não há nenhum sinal deles matando ninguém ainda. 

Manda Quem Pode (episódio 3, temporada 3) 

Kenny (Alex Lawther) e Hector (Jerome Flynn) são vítimas de um malware que sequestra suas webcams e faz com que um chantagista os envie em uma série de tarefas assustadoras sob a ameaça de que vídeos comprometedores deles sejam divulgados. A premissa é muito baseada na tecnologia atual e nos métodos de hacking que são frequentemente usados por chantagistas hoje. 

Um incidente envolveu Cassidy Wolf, uma ex-Miss Teen USA, que foi vítima de um hacker de chantagem que usou malware para invadir o computador em seu quarto. O hacker ameaçou liberar imagens comprometedoras da rainha da beleza, a menos que ela tirasse a roupa para ele na câmera. 

Toda a Sua História (episódio 3, temporada 1) 

Liam Foxwell (Toby Kebbell) vive em uma sociedade na qual as pessoas têm "grãos" ou chips implantados atrás das orelhas. Os implantes registram tudo o que os usuários veem e ouvem, permitindo que eles "refaçam", reproduzindo suas memórias através dos olhos ou de um monitor. 

O Neuralink proposto por Elon Musk interage diretamente com o cérebro humano através de uma série de pequenos sensores, implantados usando cirurgia micro-robótica "minimamente invasiva". O implante envia dados para um computador ou smartphone para diversas finalidades. Musk afirma que o Neuralink tem benefícios potencialmente de longo alcance para o avanço da medicina e o tratamento de doenças como o Parkinson, mas será que a humanidade está pronta para se tornar íntima com a tecnologia?  

 

Apresentado nessa segunda-feira (5), na Conferência Mundial de Desenvolvedores da Apple, o óculos de realidade mista deve chegar ao mercado brasileiro por R$ 34 mil. A informação foi publicada pelo O Globo. 

A novidade promete ser o futuro dos computadores convencionais ao propor a união da realidade aumentada e com a realidade virtual. O CEO da Apple, Tim Cook, indicou que o óculos deve começar a ser vendido nos Estados Unidos só no início de 2024, com preços a partir de US$ 3.499 mil, cerca de R$ 17.240. 

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O Vision Pro conta com dois monitores para proporcionar um raio de visão equivalente a uma tela de 30 metros de largura. Com bateria de duas horas de autonomia, o dispositivo carrega 12 câmeras, cinco sensores e seis microfones. 

O óculos é controlado por comando de voz, movimentos com os dedos e com os olhos. Além de um catálogo de cerca de 100 games, ele conta com aplicativos do iCloud e a Apple firmou uma parceria com a Disney para oferecer mais conteúdos. 

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A deputada estadual de São Paulo, Janaína Paschoal (PRTB), afirmou, nesta sexta-feira (16), que os bolsonaristas devem começar a aceitar a realidade e parar de esperar que alguma coisa aconteça diante do resultado das eleições deste ano, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do país a partir de 1º de janeiro de 2023.

Em publicação no Twitter, Janaína disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) já está preparando sua mudança do Palácio da Alvorada e os que o elegeram devem começar a agir para eleger, em 2026, alguém, segundo ela, “menos teatral”.

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“Amados, sei que estou desagradando, mas o Presidente já está preparando a mudança e vocês aí, esperando "algo" acontecer. Por favor, aceitem a realidade. Vamos trabalhar para preparar alguém menos teatral para 2026. Se não tivessem causado tanto, o PT não estaria de volta. Triste”, disse a parlamentar que foi uma das autoras da denúncia que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

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A realidade virtual, embora tenha seus primórdios por volta dos anos 1930, ganhou mais visibilidade a partir de 2010, impulsionada principalmente pela chegada dos óculos virtuais e os jogos de videogames, que êm conquistando espaço. Atualmente é utilizada por diversos segmentos, entre eles a saúde mental, apoiada em ferramentas como games, produções cinematográficas, marketing e educação. A psicóloga Juliane Haddad, utiliza a realidade virtual para tratamentos de fobias e ansiedade em geral.  

A psicoterapeuta utiliza a ferramenta no tratamento de pacientes com fobias e comenta quais são os casos mais comuns em seu consultório. “Uma das fobias mais comuns, é a de avião. Acredito que entre todas, ela acaba sendo uma das mais limitadoras, pois pode impedir, por exemplo, que a pessoa tenha uma promoção no emprego, ou faça uma viagem de férias com a família, por não conseguir entrar em um avião.Além disso, há outras fobias como: a de animais, altura, elevador, social – que podem impedir a pessoa de falar em público ou até mesmo de fazer uma refeição em uma praça de alimentação, e temos ainda a fobia de procedimentos médicos, que também é muito comum”, esclareceu Haddad.  

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A psicoterapeuta também explicou que disponibiliza em seu consultório uma plataforma de realidade virtual como uma das alternativas para tratar os pacientes que sofrem com essas fobias. Trata-se de um recurso que permite a aplicação da técnica de exposição gradual, onde ela expõe o paciente à “situação” da qual ele teme, fazendo com que aos poucos ele se acostume e aprenda a controlar suas emoções em relação ao que até então, ele temia.

“Essa é só uma das técnicas para tratamentos de fobias, e no meu caso, porque tem alguns profissionais que já expõe logo no início, faço uma exposição gradual. O paciente vivencia dentro do consultório a situação que lhe gera medo e ansiedade. Ele se vê dentro do avião e fazendo todos os passos: entrando no aeroporto, fazendo check-in, entrando na aeronave, nós vamos trabalhando passo a passo”, explicou Juliane.  

 

A presidente do PSDB Pernambuco e prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, esteve em Recife neste sábado (26) para um evento de filiações do seu partido, que acolheu três novos nomes, incluindo a delegada e ex-candidata à Prefeitura do Recife, Patrícia Domingos. Pré-candidata ao Governo Estadual, a gestora aposta em uma chapa de força feminina e tem se mostrado crítica ao legado do PSB no Estado. Durante seu discurso, ao anunciar os novos filiados, Lyra apontou que a propaganda de feitos do governo atual não condiz com a realidade da população.

“A gente só faz “mais com menos” se é tempo de pouco recurso, que é o que temos feito lá em Caruaru, e isso expressa a necessidade da gente fazer direito. É possível sim fazer política de maneira correta, entregando à população o que ela mais precisa na sua maior necessidade. Quando se coloca na televisão que a gente vive num estado com acesso à água, emprego, estrada e saúde, é muito distante da vida real da nossa população”, disse a prefeita, ao alegar que a política transparente é uma prática “estranhada por alguns”.

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As falas de Lyra foram bem alinhadas às de Patrícia Domingos, que falou sobre renovação política e coletividade. A prefeita afirmou que sua forma de pensar política é similar à da policial, que também disse ter se identificado com o PSDB por apoiar o projeto não “personalista” de Raquel.

“Não se pode apresentar Pernambuco como um projeto individual de poder e não uma proposta coletiva de transformação do nosso estado. A gente já teve Pernambuco como um governo de referência no Brasil mas, infelizmente, ao longo dos últimos anos, Pernambuco tem todos os seus indicadores refletindo o momento ruim que estamos vivendo. Desemprego, violência, o pior estado para se empreender no país. Por que a gente está, agora, neste estado das coisas?”, continuou a pré-candidata ao Governo.

Para reforça sua tese, ela traçou um paralelo entre Pernambuco e outros estados do Nordeste. “Alagoas e Maranhão investem mais no próprio estado hoje. Não está todo mundo em crise? A crise parece uma justificativa para que as coisas não aconteçam, mas elas estão acontecendo. Na Bahia, no Ceará, e no Nordeste, onde sempre fomos líder. Hoje, o retrato do desalento, da falta de estradas, de serviços ruins na área de saúde, o desemprego - terceiro maior estado com população em vulnerabilidade social. A gente sabe da dificuldade que hoje as pessoas estão tendo para pagar contas básicas; gás de cozinha, caminhão pipa e fazer a feira. Essa conta não está fechando”.

O evento de filiação de Patrícia Domingos também acolheu duas novas figuras no partido: o professor e pesquisador Kenys Bonatti, indicação de Raquel Lyra para o “eixo acadêmico” da legenda; e a agora pré-candidata a deputada federal Ianny Carvalho, sertaneja de Mirandiba e filha do ex-prefeito do município, João Batista.

Também estiveram presentes os tucanos Armando Monteiro, ex-senador; a deputada estadual Priscila Krause; o vereador Alcides Cardoso; Dona Graça, prefeita de Catende; e a professora Elcione, prefeita de Igarassu.

Xuxa é conhecida por ser defensora da causa animal e seguir o veganismo em sua vida. No entanto, recentemente, a eterna Rainha dos Baixinhos foi criticada por ser clicada fazendo uso de luvas feitas de couro. Em sua defesa, ela argumentou não ser 100% vegana e revelou o motivo de não cumprir totalmente com a prática: o trabalho.

 Ao participar de um ensaio para a revista Vogue, Xuxa precisou usar luvas, da marca Prada, feitas de couro animal. O acessório rendeu muitas críticas à apresentadora, assumidamente vegana e defensora da causa animal, e ela acabou indo às redes sociais defender-se. Em um comentário feito em um perfil de fãs, ela esclareceu como lida com o veganismo e o que a impede de praticá-lo de forma plena. “Meu trabalho e minha vida não me permitem ser 100% vegana. Um dia farei e serei, portanto, é de extremo mau-gosto falarem de algo que ainda estamos longe de conseguir, uma vida sem exploração animal em todas as profissões e na vida”.

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No ensaio, Xuxa usou luvas de couro animal. Foto: Reprodução/Instagram

A apresentadora também aproveitou para agradecer aos que entendem suas necessidades e mesmo assim a apóiam e deixou um recado bem direto aos que aproveitaram a ocasião para criticá-la. “Deixo o meu obrigada a quem entendeu que nem sempre farei ou usarei o que quero, porque 'ainda' sou uma artista (e quem é artista de verdade sabe disso). E deixo a dica também, antes de criticarem, se informem,. É feio falar de algo que você desconhece”.

“Quando uma fralda do meu filho arrebenta, penso: ‘vai virar absorvente’”. Vanessa Moraes, 39 anos, admite que raramente consegue comprar absorventes, um problema compartilhado por muitas pessoas pobres e que ganhou atenção depois que o presidente Jair Bolsonaro vetou sua distribuição gratuita.

Em meio à correria entre os serviços de garçonete e motorista que realiza para sobreviver, Vanessa, uma mulher negra, alta e de longos cabelos castanhos, cuida dos dois filhos, de 11 e 12 anos. O mais velho, Hugo, tem deficiência. O auxílio que recebe do governo, no valor de um salário mínimo (1.100,00), mal supre as necessidades dele.

Toda a renda desta moradora do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, é voltada para prioridades que não incluem absorventes.

“Absorvente é caro, então a gente apela para uma fralda, um tecido, uma fronha de travesseiro”, conta.

O preço de um pacote de absorvente, segundo pesquisa realizada pela marca de coletores menstruais Fleurity, é de entre R$ 3 e R$ 10.

O relatório “Livre para Menstruar – Pobreza menstrual e a educação de meninas”, divulgado este ano pelo movimento “Girl Up”, da Fundação das Nações Unidas, revelou que 30% do país menstrua - ou 60 milhões de meninas e mulheres. Sem acesso a absorventes, uma em cada quatro meninas e adolescentes deixa de frequentar a escola quando está menstruada.

Outra pesquisa, da fabricante Sempre Livre, divulgada em setembro, estima que 28% das mulheres de baixa renda sofrem de pobreza menstrual, ou seja, a falta de condições mínimas de higiene neste período.

Com dificuldade de acesso a absorventes, muitas optam por alternativas, como miolo de pão, papéis e o ‘paninho’ - pedaço de tecido que é lavado e reutilizado.

Cercada por adereços do Flamengo na casa de poucos cômodos onde moram seus pais, Vanessa conta sua história enquanto brinca com o filho.

Apesar de morar numa casa separada, encontra suporte onde cresceu com os pais, que não trabalham. Filha única depois de perder um irmão em um acidente de trânsito, se emociona toda vez que fala da família.

Hugo tem paralisia cerebral e precisa de cuidados constantes. Depois que nasceu, a renda de Vanessa passou a ser direcionada ao filho.

“Acabo focando nele e esquecendo de mim”, confessa.

Quando uma fralda de Hugo arrebenta, Vanessa a transforma em absorvente. Com uma peça em mãos, ilustra: arranca os elásticos e abre o produto descartável, adicionando um pedaço de pano para torná-la mais eficiente.

“Por conta da necessidade, a gente vai se virando”, explica.

- “Questão de saúde pública” -

Vanessa recebe ajuda da ONG ‘One by One’, que auxilia pessoas com deficiência em situações de vulnerabilidade no Rio de Janeiro.

Além de prover recursos como cadeiras de rodas, a organização fornece cestas básicas para as famílias e absorventes para as mulheres.

Assim como Vanessa, Karla Cristina de Almeida, de 15 anos e também negra, conta com as doações da ONG para conseguir absorventes. Em sua casa no Complexo da Maré, divide o mesmo pacote com a irmã.

"Às vezes temos um pacote só, outras vezes não temos nenhum. Quando não temos, nem saio de casa. Já faltei a escola por causa disso", confessa.

Durante ação de distribuição de absorventes da ONG, várias mulheres fazem fila. Entre elas Miriam Firmino, de 51 anos e moradora do Engenho da Rainha. Mãe de três meninas, conta que desde pequena sempre usou "paninho", mas hoje busca doações para que suas filhas não passem o mesmo.

"Para comprar (absorvente), você tem que correr atrás de promoção. Quando não conseguimos comprar, nos viramos com o que temos", afirma.

A presidente da 'One by One', Teresa Stengel, conta que “com a pandemia e a crise econômica, muitas mães que atendemos relatam que voltaram a usar paninhos, papel, algodão e outros materiais quando menstruam”.

“Elas reclamam de machucados e infecções. A pobreza menstrual é uma questão de saúde pública”, destaca.

- Veto do governo -

Em outubro, o presidente Bolsonaro sancionou o projeto de lei instituindo o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual para promover “saúde e atenção à higiene feminina”.

Porém, os trechos do projeto que previam a distribuição gratuita de absorventes foram vetados pelo presidente “por entender que despesas geradas com a instituição do Programa não apontaram a fonte orçamentária para seu custeio, ou mesmo medidas compensatórias”.

O Congresso pode derrubar o veto apenas por maioria absoluta e não há data marcada para votação.

Após a medida presidencial, governos municipais e estaduais passaram a mobilizar campanhas.

A prefeitura do Rio anunciou o programa “Livres para Estudar”, que visa distribuir mais de 8 milhões de absorventes por ano para cerca de 100 mil estudantes da rede municipal de ensino, contemplando também meninos trans e pessoas não-binárias que menstruam.

A companhia Mákara de Teatro leva para o palco do Teatro Barreto Júnior, localizado na zona sul do Recife, o espetáculo Dados da Vida'. A montagem mistura realidade e ficção por meio de personagens do cotidiano em uma narrativa de 1h30.

O espetáculo estará em cartaz no equipamento cultural nos dias 24, estreia, e 25 de setembro, às 20h. Os ingressos, vendidos on-line, custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). 'Dados da Vida' tem direção de Ulisses Nascimento e texto de Rômulo César Melo.

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Serviço

Dados da Vida

24 e 25 de setembro, às 20h

Teatro Barreto Júnior - Rua Estudante Jeremias Bastos, Pina

R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia)

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (21), em Nova Iorque, expôs o Brasil de forma negativa diante dos principais chefes de Estado do planeta. Sem se amparar em fatos reais, Bolsonaro jogou fora a oportunidade de se comunicar a nível internacional para discursar aos seus eleitores, como em suas lives semanais, aponta o cientista político Rodolfo Marques.

“Pronunciamento vexatório que mais uma vez expôs o Brasil nesse contexto internacional de uma maneira negativa”, descreveu o estudioso, que identificou uma leitura desamparada dos fatos por parte do presidente ao iniciar o discurso alegando que o país beirava o socialismo antes da sua eleição.

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"Na verdade isso nunca aconteceu aqui no Brasil, mas faz parte da estratégia da guerra cultural que ele vem travando desde as eleições de 2018". Ele recebeu a faixa presidencial de Michel Temer (MDB) e convocou o próprio Temer para mediar a trégua com o Supremo Tribunal Federal (STF) após convocar atos antidemocráticos para o último 7 de setembro. "O que ouvimos foi mais do mesmo, basicamente o presidente falando, para seus eleitores, para seus seguidores", pontuou.

A posição de ultraconservadora justificada pela reiterada defesa do que entende como 'família tradicional' pode ser equiparada ao discursos dos líderes extremistas da Polônia e da Húngria. Marques também contrariou o trecho sobre a suposta 'inocência' do Governo Federal em casos de corrupção. "Os fatos na verdade indicam o contrário [no núcleo familiar], principalmente em relação à CPI da Covid, a questão da compra das vacinas", apontou.

Único dos líderes que não foi imunizado contra a Covid-19, Bolsonaro foi obrigado a usar máscara para ter acesso à sede da ONU e, mais uma vez, defendeu o falso tratamento precoce, além de voltar a fragilizar a vacinação. "Ele fez um discurso desconectado da realidade. O Brasil beira as 600 mil mortes e, na verdade, entrou muito atrasado nessa corrida por vacinas. [o tratamento precoce foi] cientificamente comprovado que não funciona, mas ele continuou defendendo", criticou.

"O Brasil enfrenta um dos piores cenários em relação a queimadas, desmatamento, chama atenção do ambiente internacional em relação a isso e o Brasil vem realmente batendo pino, vem tendo muitas dificuldades em relação a esse aspecto", rechaçou o cientista aos comentários do presidente sobre defesa e investimentos na preservação do Meio Ambiente.

Não é de hoje que o jornalista Flávio Gomes faz ponderações sobre a idolatria de Ayrton Senna. Com anos de bagagem na cobertura do automobilismo, ele sempre arruma confusão com fãs incondicionais do piloto tri-campeão de Fórmula 1. Em entrevista ao UOL, ele voltou a atiçar seus 'haters' e afirmou que Senna não é “herói de nada”.

“Se criou uma imagem que vem dos seus pais, dos seus avós, sei lá de quem, de um sujeito infalível, de um herói nacional, não sei o que. Pô, primeiro que esses caras não viram correr, segundo, herói de nada, herói é bombeiro, professor, sabe? Gente que vive com um salário mínimo, isso é herói”, disse ele.

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Gomes também falou sobre a cegueira dos fãs de Ayrton, que chegam a minimizar os feitos de Schumacher e Lewis Hamilton, que teriam competido com ‘ninguém’ pelos seus títulos.

“Nada me irrita mais do que isso. As pessoas precisam estudar, ler um pouquinho e saber, se for assim, o Senna também correu contra ninguém. Piquet já estava em fim de carreira, e Mansell foi um ano que ele estava lá nos cascos, mas ganhou o campeonato. Com o Prost, ele ganha o campeonato em 88, mas com menos pontos, perde em 89 e ganha em 90 batendo o carro no Prost. O que eu quero dizer é o seguinte: todos esses campeões tiveram os melhores carros, é assim, a Fórmula 1 é assim, essa é a história da Fórmula 1. Então você dizer que eles correram contra ninguém, você tem que dizer que o Senna correu contra ninguém. Então essas discussões com os mais jovens sobre Ayrton Senna me irritam também bastante pela falta de conhecimento.”

O Recife, capital de Pernambuco, é conhecido pela beleza de suas pontes. Elas dão tom único à paisagem do centro, atraindo turistas de todos os lugares do mundo pela sua poesia e colorido. Um desses cenários, no entanto, tornou-se triste nesta terça (24). A Ponte Santa Isabel, que vai da Rua da Aurora à Rua do Sol, virou morada temporária para diversas famílias carentes, que montaram verdadeiros ‘acampamentos’ em busca de doações para o seu Natal. 

Eles vieram de diversas localidades da Região Metropolitana do Recife. Todos têm moradia, mas aproveitam o dia ‘especial’ para tentar receber alimentos e brinquedos para as crianças. Muitos estão em família, é um grupo de cerca de 20 pessoas com idades que vão de seis a 60 anos. 

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Um tanto ressabiados, não querem falar sobre si mesmos, mas com um pouco de simpatia vão se abrindo. Dona Cristina e o filho, Roberto da Silva, ambos desempregados, vêm todos os anos para a Ponte Santa Isabel atrás de donativos. Eles são de Igarassu e chegaram às 7h, nesta terça (24), pretendendo voltar para casa no início da noite. Cristina diz que as doações este ano estão fracas mas que, ainda assim, vale a pena deslocar-se para tentar arrecadar algo. Ela já chegou a passar a madrugada na ponte e diz não temer violência mesmo estando tão exposta na rua: “Ninguém mexe não e aqui tem polícia a noite toda”, garante. 

Ao lado, Dona Ana, moradora de Camaragibe, também montou uma espécie de acampamento para passar o dia na Santa Isabel. Ela é outra que vem anualmente para o endereço e diz que as doações ajudam não só a ela, mas também a seus seis filhos, todos sem emprego. “Em casa a gente não tem o que comer, né? Aí eu venho”, diz a senhora de 58 anos que, desempregada, também não conseguiu ainda se aposentar. 

Com a aproximação de um carro, todo o grupo corre para pegar os donativos. Roberto grita dando ordens para que as mulheres e crianças não “avancem” no veículo, para não assustar os ‘benfeitores’. Dois rapazes desembarcam com sacolas de pão e formam uma roda com os moradores temporários da ponte para uma oração.  Após a prece, o grupo retoma seus lugares ao longo da Santa Isabel, no aguardo de que outras pessoas, tocadas pela atmosfera de solidariedade que se instala nessa época do ano, venham lhe prestar algum socorro na véspera de Natal. 

 

No último domingo (23), São Paulo mostrou para o mundo a sua 23ª edição da Parada LGBT. Uma multidão desfilou pela Avenida Paulista na busca de conseguirem alcançar o respeito e construir uma sociedade igualitária. Assim como na vida real, a ficção também expõe a batalha travada da sexualidade contra o preconceito.

Para celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBT nesta sexta-feira (28), data que marcou a revolta de Stonewall, em Nova York, há 50 anos, o LeiaJá escolheu dez filmes que abordam a pluralidade do amor e a conquista pelos direitos de uma vida sem amarras.

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Meu Nome é Ray

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Com Amor, Simon

Ana e Vitória

Girl

A Garota Dinamarquesa

Amor Por Direito

Carol

Flores Raras

Alex Strangelove

Em 2002, Suzane von Richthofen chocou o Brasil ao receber a acusação de ter matado os pais, Manfred e Marísia von Richthofen, com a ajuda de Daniel e Cristian, os irmãos Cravinhos. O crime brutal arquitetado pela jovem vai virar filme. Após fazer sucesso em "Chiquititas" e em "A Força do Querer", a atriz Carla Diaz foi escolhida para interpretar Suzane.

O longa-metragem recebeu o título provisório de "A Menina que Matou os Pais" e será dirigido por Maurício Eça. Segundo informações de Bruno Rocha, o Hugo Gloss, Maurício afirmou que o projeto será um "thriller psicológico de suspense".

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Previsto para estrear no primeiro semestre de 2020, o filme terá o roteiro assinado pela criminóloga Ilana Casoy e pelo escritor Raphael Montes. Em fase de pré-produção, "A Menina que Matou os Pais" será lançado pela Galeria Distribuidora.

Uma cidade pacata e de migrantes. É assim que muitos classificam Pacaraima, pequeno município do norte de Roraima, que se tornou nos últimos dias palco de tensão e conflito em torno da questão migratória. O pequeno município tem chamado a atenção para sérios problemas causados pelo abandono social e pela intolerância de alguns contra imigrantes venezuelanos.

A cidade ganhou visibilidade nacional e internacional quando começou a receber levas de venezuelanos fugindo da fome, da insegurança e das doenças causadas pela grave crise político- econômica que aflige o país de origem. O conflito ocorrido há uma semana retomou as atenções de todo o mundo para a cidade.

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Não é a primeira vez que Pacaraima se torna o epicentro de uma tensão. Por estar situada inteiramente em área indígena (Reserva São Marcos), Pacaraima é o único município do Brasil que não tem seu perímetro urbano regularizado, característica que também atraiu para a cidade alguns contratempos.

Entre 2005 e 2009, o entorno de Pacaraima foi palco de protestos organizados por arrozeiros e outros moradores da região contrários à demarcação contínua da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, que alcança a área leste do município. A demarcação estabeleceu que os fazendeiros e não índios deixem as terras indígenas, determinação que gerou conflitos na área.

Muitos fazendeiros foram para outros estados, mas o assunto ainda divide opiniões no município, inclusive entre lideranças indígenas. A solução para delimitar a área do município e desmembrá-la das reservas indígenas ainda é acordada entre a prefeitura, integrantes do governo federal e representantes dos índios.

De acordo com o professor João Carlos Jarochinski, um dos coordenadores do Programa de Mestrado em Sociedade e Fronteira Universidade Federal de Roraima (UFRR), o debate gira em torno da possibilidade de assegurar um espaço urbano de Pacaraima para a população não indígena.

“Pacaraima sempre foi uma área tensa por outros aspectos. O primeiro ponto que chama a atenção é que você não tem uma definição jurídica do município, o que, do ponto de vista de propriedade, é bastante problemático e dificulta a própria intervenção do Estado na área, na construção de espaços e de uma estrutura urbana mais adequada”, afirmou Jarochinski.

Focos de tensão

Por estar localizada na fronteira e em um estado rico em minérios e outros recursos naturais, ao longo de seus 23 anos de história Pacaraima enfrentou algumas situações relacionadas ao garimpo e ao combustível, recurso do qual depende da Venezuela, onde é possível abastecer pagando em média R$1,40 pelo litro da gasolina. O único posto de gasolina que abastece a cidade é venezuelano e muitas vezes está fechado.

“A migração sempre ocorreu ali e sempre teve atividades que beiravam a ilicitude. É um município que pouco oferece à população. Nele, você tem contrabando de combustível da Venezuela para o Brasil, uma atividade de alto risco, e a questão do garimpo. É uma área de base, de assistência para o garimpo, que, inclusive, se desenvolve de forma bastante efetiva na Venezuela”, completou o professor.

A questão energética também gera uma certa tensão na fronteira, uma vez que dois terços da energia de Roraima é fornecida pela Venezuela. Se há qualquer empecilho de ordem diplomática, como o recente embargo dos Estados Unidos aos pagamentos estrangeiros à Venezuela, entre eles os recursos brasileiros pagos pela energia vinda da Venezuela, a tensão recai sobre os moradores das áreas de limite entre os dois países.

“O próprio aspecto de ser fronteira gera um quadro de tensão, ainda mais que a gente tem uma ideia muito negativa de fronteira, sempre associada a assuntos negativos, como criminalidade, o que impacta na própria ideia de exclusão da comunidade”.

Perfil

Cercada por muitas serras e mais de 50 comunidades indígenas, a sede de Pacaraima tem cerca de seis mil habitantes e outros seis mil espalhados em vilas e aldeias de índios de diferentes etnias. Situada no ponto mais alto de Roraima, a 920 metros de altitude, a cidade tem um clima fresco e agradável, bem diferente da capital Boa Vista, a pouco mais de 200 km de distância.

A aglomeração em torno do garimpo foi um dos fatores que motivou a formação da então Vila BV-8, em meados da década de 20, além da presença do Exército na área para controlar o fluxo na fronteira. O município foi criado oficialmente com o nome de origem indígena em 1995.

Hoje, a principal fonte de renda da cidade é o serviço público e o comércio, que vive momentos de boom e crescimento, outros de instabilidade e dependente de oportunidades ou crises que atravessam a fronteira. A atividade agropecuária também tem participação importante na economia da região, com a criação de gado de corte, produção de polpa de cupuaçu, mandioca, farinha e milho, bases da alimentação indígena.

Segundo o secretário municipal de Agricultura, Turismo e Meio Ambiente, Marcelo da Silva, a cidade também tem potencial para desenvolver o turismo ecológico e cultural.

Para Marcelo, o objetivo é dar uma fonte alternativa de renda para os indígenas e, desse modo, diminuir a dependência de atividades agropecuárias que geram mais impactos ambientais, além da disseminação da diversidade ambiental e da tradição indígena fortemente presente na região.

Renda e aspectos sociais

Conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário médio dos trabalhadores formais em Pacaraima é de R$ 1,8 mil. Quase metade da população (46,5%) tem renda mensal inferior a um salário-mínimo e apenas 4,3% é ocupada.

O Produto Interno Bruto (PIB) per capita (soma de todos os bens dividida pelo número de habitantes) é de R$ 12,3 mil. O índice de desenvolvimento humano (IDH) municipal é de 0,650, valor considerado médio pelas Nações Unidas, em uma escala que vai de 0 a 1.

Os dados mais recentes do IBGE mostram ainda que a taxa de mortalidade infantil é 14,5 a cada 100 mil nascidos vivos, índice considerado baixo pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Apenas 21% do município tem esgotamento sanitário adequado e na educação, 93% das crianças de 6 a 14 anos estão escolarizadas.

Desde 2013, Tereza Nogueira afirma, em tom bem humorado, que leva “uma vida dupla” dividida entre a profissão de delegada, atuando na Delegacia da Mulher, e a carreira artística como cantora e compositora. Acabou que uma coisa influenciou a outra e trouxe influências nas composições, que ganharam temas voltados aos relacionamentos amorosos da vida real e ao empoderamento feminino.

A mudança de estilo trouxe também uma nova roupagem. “Meu novo trabalho tem uma linguagem mais simples, próxima do público e da realidade, mostrando relações reais, sem muito romantismo e encantamento” além de ressaltar “essa questão do empoderamento das mulheres, pois a mulherada hoje está numa outra vibe e a música traduz isso”, explica Tereza. 

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A razão da mudança, segundo ela, foi a vivência com várias mulheres depois de estar à frente da delegacia e assumir o combate à violência doméstica como uma bandeira e fonte de inspiração. “Muitas vezes você meio que vira uma psicóloga da família e dos casais, escuto relatos comuns da vida das pessoas e das relações conjugais, e isso foi me inspirando a escrever”, afirma. 

Ela conta que a rotina é difícil, tendo que se dividir entre a polícia, os palcos e o filho pequeno, mas que uma atividade complementa a outra e ajuda a melhorar o desempenho das duas funções. “Sou delegada de dia e cantora à noite quando não estou de plantão na delegacia. A cantora dá mais leveza para a delegada lidar com os casos no dia a dia”, conta Tereza.

No momento, Tereza grava o clipe da sua música “A delegada tá chegando”, que fala da tentativa de um homem que está traindo a esposa em uma festa sair dali antes que “a delegada o pegue em flagrante”. O clipe, segundo a cantora, deve ficar pronto ainda em setembro e o retorno aos palcos deverá ser em outubro, com shows no Recife e no interior de Pernambuco. Até lá, a músicas da artista podem ser conferidas no SoundCloud, Palco MP3 e Spotify, além da página da cantora.

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“Pior time do mundo”. Esse título fez com que o Íbis Sport Club, do Recife, se tornasse conhecido no Brasil e no mundo. O time passou quase quatro anos sem ganhar uma partida, na década de 80, justificando a titulação. Para completar, o maior ídolo do clube, o irreverente Mauro Shampoo, marcou apenas um gol em toda a sua passagem pela equipe, que durou oito anos. Com seus 79 anos de história, o time criado de forma despretensiosa resiste a todas as dificuldades e realiza um projeto social por meio das suas categorias de base.

O Íbis nasceu dentro da ábrica de Tecelagem de Seda e Algodão de Pernambuco (TSAP), localizada no bairro de Santo Amaro, em Recife. Seu fundador, Onildo Erasmo Pires Ramos, montou o time com o propósito de servir como lazer para os funcionários da fábrica, mas depois a recreação acabou se tornando um clube profissional. O nome do clube e as cores foram inspirados no escudo da fábrica, era um pássaro preto envolvido pela cor laranja.

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Desde então, a família Ramos sempre esteve à frente do Íbis. “O que faz o clube resistir até hoje é a tradição familiar, porque as dificuldades não são poucas, principalmente financeiras. Mas eu costumo dizer que o Íbis é feito cachaça, é um vício. Quem entra não sai mais”, ressaltou o atual presidente Ozir Ramos Junior, filho de Ozir Ramos, que também presidiu o Íbis, e neto do fundador Onildo. 

Sem patrocinadores, sede ou centro de treinamento, o clube é movido por colaboradores que trabalham por amor a causa. Além do time profissional, o Íbis realiza um projeto de futebol de base com as categorias Sub-13, Sub-15, Sub-17 e Sub-20. “É só a gente. Acabam os treinos, pego o material, levo para casa e mando lavar. As pessoas que trabalham comigo não recebem nada, são todos abnegados como costumo dizer. Os jogadores também, estão aqui para vitrine e para crescerem no futebol”, conta o presidente.

A última vez que o Íbis disputou o Campeonato Pernambuco da Série A1 foi no ano de 2000. “É uma disputa desigual. Por exemplo, em agosto o profissional vai jogar no Campeonato Pernambucano da Série A2 com o Porto, de Caruaru, que é um time de empresários. Vamos enfrentar Chã Grande, Pesqueira e Limoeiro que são patrocinados por suas prefeituras. A gente não. A gente vai por amor a causa, amor a camisa”, comenta.  

Segundo Ozir, a despesa é muito alta e a burocracia para poder jogar é cada vez maior. O que dificulta ainda mais a manutenção do clube. “Cada dia vai ficando mais difícil para um time ‘pequeno’ como o nosso, infelizmente. Nos jogos que somos mandante, por exemplo, o gasto é em torno de R$ 3.500. É arbitragem, ambulância, bilheteiro, taxas da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), entre outros gastos. Fora as viagens. A única coisa que recebemos de forma regular são os uniformes, que a Tronadon nos fornece apenas em troca de exclusividade da venda do material”, detalha.  

Apesar de ser conhecido como o pior time do mundo, o Íbis também teve seus momentos de glória. Abaixo, as vitórias do pássaro preto diante do Trio de Ferro do Recife, Náutico, Sport e Santa Cruz:

28/08/1947 - Íbis 5 x 4 Sport (Aflitos)

29/01/1948 - Íbis 1 x 0 Náutico (Aflitos)

01/08/1948 - Íbis 5 x 3 Náutico (Aflitos)

30/11/1952 - Íbis 2 x 0 Sport (Ilha do Retiro)

16/06/1961 - Íbis 1 x 0 Náutico (Aflitos)

18/07/1965 - Íbis 1 x 0 Santa Cruz (Aflitos)

10/05/1970 - Íbis 1 x 0 Sport (Arruda)

25/03/2000 - Íbis 1 x 0 Náutico (Aflitos)

“A fama pegou porque passamos quase quase quatro anos sem ganhar uma partida. Porém, foram apenas 13 jogos durante esse tempo. As competições eram curtas. A gente jogava dois meses e passava dez parado. Mas eu não acho ruim. Isso só trouxe coisas boas para o Íbis, somos conhecidos mundialmente”, avalia Ozir. 

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Íbis da zoeira

Outra fama já consolidada pelo Íbis é a de ser um time muito zoeiro, por causa das redes sociais do Ibismania. Jogadores e outros times de futebol que não estão em um bom momento  não passam despercebidos pelo administrador das páginas, o publicitário e estudante de jornalismo Nilsinho Filho. 

“A ideia surgiu em 2012, quando o jornalista Israel Leal criou o projeto para ajudar o clube a ter mais visibilidade e notícias na mídia, e me chamou para fazer parte. Criamos várias campanhas engraçadas que repercutiram na mídia e, em 2014, Israel e outro integrante, Márcio Constantino, saíram do projeto. De lá para cá consegui atrair 142 mil seguidores no Facebook e quase 70 mil no Twitter”, conta.

Nilsinho faz a cobertura de todos os jogos do Íbis e publica as informações em tempo real, com fotos e vídeos para o público poder acompanhar as façanhas do Pior Time do Mundo. “Faço tudo por amor e não recebo nada do clube. Minhas ideias são sempre ficar no pé dos times que perdem, lançando desafios e cutucando jogadores e treinadores que vão mal no momento” ressalta.

O publicitário explicou que o Twitter funciona mais como um portal institucional, no qual publica as notícias do clube e cutuca os times e jogadores do mundo do futebol. Já o Facebook é focado mais na zoação. “No Facebook o foco maior é brincar com Sport, Santa Cruz e Náutico”, diz.

Recentemente, a página do Twitter do Ibismania postou uma publicação provocando o São Paulo, que não vem muito bem no Brasileirão da Série A. O time está na zona de rebaixamento. Confira na imagem abaixo:

 

Carole, 30, formada em etnologia, receberá 2.500 francos suíços ao mês durante um ano, mesmo que não trabalhe. Uma medida que pode se generalizar se os suíços votarem "sim" no domingo à instauração de uma renda básica sem condições.

A medida é uma iniciativa popular impulsionada por um grupo sem ligação com partidos políticos, com o objetivo de instaurar uma renda de base incondicional (RBI), ou seja, receber independentemente do fato de trabalhar ou não.

Os partidários da RBI lançaram uma arrecadação de fundos na internet para pagar 2.500 francos suíços (2.260 euros e 2.533 dólares) ao mês durante um ano a uma pessoa escolhida por sorteio, do qual Carole foi a primeira ganhadora.

A iniciativa propõe que cada suíço e cada estrangeiro residente há ao menos cinco anos deve receber do Estado um subsídio mensal, sem levar em conta se a pessoa trabalha.

"É um sonho que existe há tempos, mas que se tornou indispensável devido ao desemprego provocado pela crescente automatização", explicou à AFP um dos líderes da iniciativa, Ralph Kundig.

O ministro suíço do Interior, Alain Berset, doutor em Economia, acredita que é "algo utópico". A seu lado, o governo, o Parlamento e os partidos políticos, exceto os Verdes e a extrema esquerda, se opõem à ideia de uma RBI.

"É um sonho antigo, um pouco marxista. São muitos sentimentos bons irrefutáveis, mas sem nenhuma reflexão econômica", observou o diretor do Centro Internacional de Estudos Monetários e Bancários de Genebra, Chrles Wyplosz, que comentou à AFP que, se a relação entre a remuneração e o trabalho acabar, "as pessoas farão menos".

Para as crianças também

Pascale Eberle, de 55 anos e enfermeira a domicílio, explicou à AFP que a RBI pode "oferecer a possibilidade aos nossos netos de terem outra vida".

A quantidade de receita e seu financiamento devem ser definidos pelo Parlamento. A iniciativa sugere uma mensalidade de 2.500 francos suíços (2.260 euros e 2.533 dólares americanos) para os adultos - valor com o qual é muito difícil viver - e de 625 francos (565 euros e 634 dólares) para as crianças.

No total, trata-se de desembolsar 208 bilhões de francos suíços para todo o país, segundo as autoridades, que precisarão encontrar uma fonte de financiamento suplementar para cerca de 25 bilhões de francos, "o que representará a aplicação de cortes drásticos ou de um aumento dos impostos".

Os defensores da iniciativa sugerem eliminar as ajudas e os seguros médicos ou criar um imposto sobre as transações eletrônicas.

Para os Verdes, a RBI garante um "mínimo vital", uma vantagem para os empregados, que poderão resistir melhor à pressão do mercado de trabalho e rejeitar condições trabalhistas deploráveis.

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT, uma agência da ONU), Guy Ryder, não chegou a se posicionar, mas reconheceu que a transformação no longo prazo do mundo trabalhista levará as sociedades a "encontrar meios de distribuição de receitas nacionais que não estejam diretamente relacionados ao trabalho ou ao salário".

No entanto, acredita-se que a proposta não sairá do papel no país, já que 71% da população suíça mostrou-se contrária à proposta na última pesquisa realizada pelo Instituto GfS Berne.

Com a desaceleração das vendas de smartphones, os fabricantes buscam o apetite do consumidor com dispositivos de realidade virtual, que permitirão ver vídeos e jogar videogames com esta tecnologia. "Com o mercado de smartphones desacelerado, uma das maneiras de gerar lucros adicionais é conquistando um posto nas novas categorias, como os relógios inteligentes, as câmaras e os óculos de realidade virtual", explica Ian Fogg, diretor do setor móvel no escritório de pesquisa IHS. "Há mercados em que ainda não há nenhum líder, motivo pelo qual há muito espaço para crescer", disse.

A Samsung, maior fabricante mundial de smartphones, anunciou no Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, na Espanha, que dará um capacete Gear VR de realidade virtual por cada pedido antecipado de seu novo produto estrela, o Galaxy S7, que começará a ser vendido no dia 11 de março. Milhares de pessoas usaram o capacete para assistir à apresentação de novos smartphones na véspera da inauguração do congresso. Os espectadores aplaudiram enquanto os novos produtos apareciam flutuando diante de seus olhos.

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O tumulto foi ainda melhor quando eles tiraram o capacete e viram o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que fez uma aparição surpresa para anunciar sua colaboração com a empresa coreana para promover o uso da realidade virtual na sua rede social.

Os capacetes, lançados no mercado em novembro, são equipados com tecnologia desenvolvida pela Oculus, uma companhia de realidade virtual comprada pelo Facebook em 2014 por 2 bilhões de dólares. "A realide virtual é a próxima plataforma em que todo mundo poderá experimentar o que quiser", disse Zuckerberg.

Mercado saturado

Sua concorrente sul-coreana LG, que teve prejuízo com os smartphones no ano anterior, anunciou no MWC seus próprios óculos de realidade virtual para acompanhar seu novo telefone LG G5. "Se isso não te indica que a indústria avança para a realidade virtual, não sei o que poderá indicar", disse Jefferson Wang, principal sócio da IBB Consulting, especializada em conectividade sem fio e no setor tecnológico. Essa aposta chega à medida que o mercado de smartphones desacelera, cada vez mais saturado.

A companhia de análise TrendForce prevê que as vendas mundiais desses dispositivos crescerão 8,1% em 2016. Em 2015 cresceu 10,3%. A fabricante taiwanesa HTC decidiu concentrar-se na realidade virtual e deixar os smartphones um pouco de lado.

"Os smartphones são importantes, mas criar uma extensão natural a outros objetos conectados como os vestíveis e a realidade virtual é mais importante", afirmou em janeiro sua nova diretora-executiva, Cher Wang, ao jornal britânico The Telegraph.

No MWC, a realidade virtual despertou um grande interesse. O espaço de realidade virtual instalado pela Samsung ficou cheio de gente fazendo fila para provar a montanha russa virtual.

Com o capacete, inclinam a cabeça para cima e veem um claro céu azul. Olhando para lado, está o restante do parque temático e as montanhas distantes. Com a cabeça inclinada para baixo é possível se ver caindo por uma descida de dar calafrios. O movimento é fictício, mas as pessoas levantam os braços e gritam como se fosse real.

Chega para ficar

A empresa de estudos CCS Insight prevê que a venda desse tipo de dispositivo crescerá de 2,2 milhões em 2015 para 20 milhões em 2018, a maioria vinculados a smartphones. "A realidade virtual no smartphone deveria ser o principal impulso para essa tecnologia nos próximos anos", opina o diretor de pesquisa da CCS, Ben Wood.

Os capacetes mais sofisticados que funcionam vinculados a computadores continuarão sendo um nicho de mercado por seu alto custo, acrescentou. Alguns usuários, entretanto, se queixaram ao ver pixels nas imagens retransmitidas.

"A qualidade dos sistemas não é boa", reconhece Edward Tang, fundador e presidente da Avegant, fabricante de capacetes de realidade virtual. "Mas não há dúvida de que a realidade virtual está aqui para ficar", ressalta.

Quando Marty McFly e "Doc" Brown chegam ao ano de 2015 com a ajuda de uma máquina do tempo, direto de 1985, eles encontram um admirável mundo novo de carros voadores movidos a lixo, sapatos auto-amarráveis e garçons-robôs.

Para o público em 1989, quando os CDs eram o mais recente lançamento tecnológico, a comédia de ficção científica "De Volta para o Futuro II" retratou um mundo excitante 30 anos à frente no qual as pessoas iriam voar em hoverboards que desafiam a gravidade, vestindo roupas autoajustáveis e que secam sozinhas, enquanto os cachorros eram levados para passear por um drone.

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Lamentavelmente, muitos dos dispositivos previstos pelos roteiristas que enviaram a dupla excêntrica do filme - e seu carro DeLorean transformado em máquina do tempo - para o futuro, especificamente 21 de outubro de 2015, não se concretizaram.

No entanto, em muitos aspectos, o 2015 da realidade é ainda mais diferente do que os cineastas Robert Zemeckis e Bob Gale poderiam ter imaginado, dizem futuristas que estudam e projetam tendências.

O que as pessoas podem fazer atualmente com os smartphones era quase inconcebível na época.

"Suas capacidades atualmente, incluindo o acesso a todas as informações do planeta, teria certamente surpreendido até mesmo os mais futuristas de 30 anos atrás... que não imaginaram que um telefone poderia se tornar algo além de falar e escrever mensagens", declarou à AFP Ross Dawson, futurista baseado em Sydney.

"Na época em que o filme foi feito, as pessoas olhando para a realidade de hoje em dia a considerariam bastante impressionante", disse.

Tecnologias que atualmente as pessoas não conseguem viver sem - como Google e Wikipedia, redes sociais como Facebook e Twitter, smartphones com GPS e sistemas de compras on-line - teriam sido difíceis de prever quando o filme foi lançado.

Mundo sem e-mail

No filme, Marty, interpretado por um jovem Michael J. Fox, recebe um aviso de demissão em casa por fax - uma tecnologia agora ultrapassada que parecia de ponta na década de 1980. A revolução da internet estava chegando e o mundo ainda não havia conhecido os e-mails.

Em 1985, apenas um quarto das casas nos Estados Unidos possuía um forno micro-ondas, e os aparelhos de videocassete eram um dispositivo que todos queriam ter.

Atualmente as pessoas podem comprar para suas casas uma impressora 3-D na internet por algumas centenas de dólares, que pode produzir qualquer coisa, de uma arma que esguicha água a uma que atira balas.

As pessoas de 2015 podem fazer downloads de músicas e assistir a filmes em "streaming" - termos que nem mesmo existiam em 1985.

Hoje em dia é possível modificar o genoma humano para corrigir um problema no DNA que provoca uma doença, criar carne de hambúrguer a partir de células-tronco das vacas, e uma sonda-robô foi enviada a um cometa a centenas de milhões de quilômetros da Terra.

"Os seres humanos se acostumaram muito rapidamente às inovações", disse Dawson, fundador da Future Exploration Network, que oferece serviços de planejamento de cenários.

Ainda assim, o filme acertou em alguns pontos.

Existem telas planas, videochamadas, tablets e aplicativos com previsões meteorológicas.

Embora ainda não esteja sendo plenamente usada, é possível contar com a tecnologia biométrica para pagar contas ou destravar portas através das impressões digitais, e óculos inteligentes semelhantes aos utilizados pelos filhos de Marty já estão a caminho.

Mais ciência que ficção

"Eles foram realmente muito visionários ao acertar em tantas coisas", declarou Thomas Frey, do DaVinci Institute, um think tank futurista.

"Mostraram isso de uma maneira cômica, apatetada, na verdade, mas acho que eles fizeram um trabalho fenomenal na época ao antecipar coisas que devem ter parecido bastante ridículas na época".

Algumas previsões estavam à frente do seu tempo.

Há trinta anos, a maioria dos futuristas apontariam uma chance de mais de 50% de existirem carros voadores em 2015, declarou o futurista independente Jack Uldrich à AFP por telefone a partir de Minneapolis.

"Existem algumas empresas que estão trabalhando em carros voadores, mas o que elas não têm é a decolagem (vertical)", como demonstrado pelo DeLorean de Doc.

Inovadores se inspiraram no filme: a empresa com sede na Califórnia Hendo está criando uma hoverboard que funciona com repulsão magnética. A fabricante de tênis Nike está trabalhando nos sapatos auto-amarráveis como os utilizados por Marty.

O que vem agora

A ficção científica influenciou os avanços científicos através das eras, mas a tarefa pode se tornar mais difícil à medida que o desenvolvimento tecnológico se acelera exponencialmente.

A série original "Star Trek" (1966-1969), por exemplo, é um bom exemplo de antencipação do futuro através das mentes inventivas de seus redatores, pois em seus antigos episódios é possível ver os protótipos do celular, do disquete, do DVD, do tablet e do scanner.

Será que os seres humanos se teletransportarão, viajarão no tempo, ou descobrirão o segredo da vida eterna em 2045? Quem sabe, dizem os especialistas.

"Uma das coisas que poderíamos facilmente ver em 30 anos são... humanoides e outros robôs como uma parte completa do nosso ambiente", disse Dawson.

Também é provável que "as pessoas utilizem seus pensamentos para controlar o mundo ao seu redor, até mesmo utilizando seus pensamentos para se comunicar diretamente com outras pessoas", afirma.

Dawson prevê um futuro não com carros voadores, por si só, e sim com casulos anto-conduzidos - uma alternativa mais barata e segura.

Uma coisa que o filme errou fortemente: os advogados não foram abolidos.

"Acho que um monte de gente gostaria que isso tivesse se tornado realidade", brincou Uldrich - mas então quem resolverá as disputas entre humanos e robôs no futuro?

A Oculus VR, fabricante de óculos de realidade virtual comprada pelo Facebook, surpreendeu o mercado de softwares com a promessa de fundar uma era da realidade virtual e uma aliança com a potência da televisão por streaming Netflix. "Acreditamos que quanto mais poder as pessoas têm de compartilhar todos os tipos de diferentes coisas no mundo, melhor o mundo será", disse o fundador e dono do Facebook, Mark Zuckerberg, à plateia que lotava a apresentação da Oculus VR em Los Angeles.

"Depois do vídeo, o próximo passo lógico é a realidade virtual totalmente imersiva", ponderou. A rede social comprou a Oculus VR no ano passado pela bagatela de 2 bilhões, saudando a realidade virtual como a nova geração de plataformas computacionais que permitirá que as pessoas viajem para novos lugares.

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"Foi como ser teletransportado para algum outro lugar só de colocar a máscara", disse Zuckerberg, ao contar como foi a primeira vez que ele testou um protótipo do dispositivo de realidade virtual Rift no escritório da Oculus. "Foi tão bom que eu não queria mesmo sair. Estava diante da nova plataforma de tecnologia", complementou.

O primeiro óculos de realidade virtual Rift está no prelo para ser lançado no primeiro semestre do ano que vem, logo seguido pela estreia de controladores Oculus Touch projetados para permitir que as pessoas interajam com os diferentes mundos. Asus, Dell e Alienware vão lançar uma linha de computadores pessoais com processadores e gráficos configurados para a realidade virtual do Rift - levando um selo de "Oculus Ready", segundo vice-presidente de produtos Nate Mitchell.

A Oculus ainda irá revelar quanto irá cobrar pelos óculos Rift, mas disse que os computadores Oculus Ready chegarão ao mercado com preços abaixo de 1.000 dólares (cerca de R$ 4.000). "Este é um momento único onde podemos criar algo que vai inspirar milhões de pessoas, algo que vai mudar suas vidas para sempre", afirmou o CEI da Oculus, Brendan Iribe.

Preços para a massa

Em parceria com o Oculus Mobile, o dispositivo de realidade virtual Samsung Gear VR já está no mercado. Uma versão melhorada vai ser lançada nos Estados Unidos em novembro custando 99 dólares (cerca de R$ 399), segundo Peter Koo, presidente da Samsung. "Estamos realmente falando em realidade virtual portátil", disse o CEO Brian Iribe sobre o Gear VR.

Koo explicou que o preço deve ser acessível o suficiente para tornar realidade virtual mainstream. As pessoas já estão compartilhando vídeos em 360º e jogam jogos imersivos usando fones de ouvido com o aparato Gear VR, que permite usar os smartphones da empresa coreana como tela de exibição.

O novo modelo Gear VR model é 22% mais leve do que o antecessor, mais confortável para usar e aperfeiçoou seus controles, segundo Koo. O hardware funciona com a versão deste ano dos smartphones Galaxy.

De olho nos gamers

A Oculus, por sua vez, tomou como alvo direito os amantes de jogos de vídeo, trabalhando com grandes estúdios e fabricantes de jogos para imergir os jogadores em mundos virtuais. A Oculus Arcade será a zona de testes e downloads de jogos, e inclui parceiros como Sega e Warner Brothers e jogos clássicos que vão de Pac-Man a Sonic the Hedgehog.

O popular jogo online Minecraft, do estúdio sueco Mojang, vai entrar na realidade virtual com o lançamento do Rift no ano que vem, segundo o fundador da Oculus Palmer Luckey. As capacidades pro cinema da Oculus foram ampliadas e os usuários de realidade virtual poderão entrar em jogos transmitidos pela empresa de streaming de videogames Twitch, propriedade da Amazon.

A Oculus também anunciou uma parceria com a Netflix para transmitir vídeos em 360º que permitirá aos espectadores mudar de perspectiva como se estivessem no meio de uma ação na tela. O novo conteúdo da Netflix adaptado ainda será lançado.

Um aplicativo da Netflix desenvolvido para o Samsung Gear VR permite aos assinantes do serviço de streaming de vídeos ter a experiência do Netflix com o conforto de um sofá virtual onde quer que estejam com os óculos, afirmou o presidente da Netflix, Anthony Park. 

O aplicativo traz uma Sala de Estar do Netflix, onde as pessoas assistem programas pensados para a visualização imersiva, segundo Park. "Apesar de toda a conversa sobre os jogadores hardcore e metaversos abstratas, um monte de gente quer assistir a filmes e shows em realidade virtual", disse o diretor de tecnologia da Oculus, John Cormack.

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