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O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, e o coordenador do grupo de trabalho da Câmara sobre o assunto, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), disseram em seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que acreditam que as resistências finais em relação à proposta estão sendo eliminadas. 

Reginaldo Lopes voltou a dizer que o novo imposto resultante da reforma poderá ser dual e com três alíquotas. Ele explicou que o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) poderá ter uma versão federal e outra subnacional (de estados e municípios), para evitar desconfianças entre os entes federativos.

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  “Talvez ele tenha que ser dual porque você tem que fazer uma transição para romper as desconfianças federativas. Para, no futuro, a gente chegar à conclusão de que o melhor seria um único IVA [Imposto sobre Valor Agregado], superadas as desconfianças entre nós”, disse Lopes.

Em relação às alíquotas, além da alíquota de referência, que o governo tem falado em 25%; poderia ser fixada uma alíquota de “equilíbrio” para setores como saúde e educação, e uma alíquota zero. Lopes chegou a citar 15% como alíquota de equilíbrio.

Já o secretário Bernard Appy citou as resistências dos grandes municípios. “Os grandes municípios estão querendo manter o ISS separado do ICMS. Não tem hoje nenhum país relevante que faça essa separação fora o Brasil. Estamos mais de 50 anos atrasados neste debate. E é impossível, na nova economia, separar mercadoria de serviço. Problema que já existe hoje e vai ficar pior ao longo do tempo”, afirmou. 

O novo IBS eliminaria 5 tributos: IPI, PIS, Cofins, ICMS estadual e ISS municipal.  Cashback O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, defendeu a reforma tributária, mas expôs uma divergência. “É preciso que, no texto da reforma, estejam contemplados mecanismos eficazes que reduzam essa desconfiança. E certamente não será a implantação de um cashback que levará a isso. Só vai aumentar a desconfiança”, declarou.

O cashback seria um mecanismo para devolver o IBS pago pelos contribuintes em relação a alguns produtos, como alimentos básicos.  O deputado Reginaldo Lopes disse que é favorável ao mecanismo. “Eu acho que isso é revolucionário por uma questão simples. Para a consciência fiscal daquele cidadão. Ele vai ter certeza que paga. Vai olhar e falar: prefeito, eu quero uma educação melhor para o meu filho, quero merenda, assistência, infraestrutura. Isso é cidadania plena, cidadania cultural, cidadania financeira, cidadania fiscal.” 

Relator afirma que reforma tributária deve ser votada até o final de junho na Câmara O secretário Bernard Appy disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer entrar pessoalmente na discussão da reforma nos próximos dias para levar o tema ao Plenário da Câmara dos Deputados ainda no mês de junho. A reforma tributária é tema das PECs 45/19 e 110/19.

*Da Agência Câmara de Notícias 

 

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) reafirmou nesta segunda-feira, 3, o dia 16 de maio como prazo final para a apresentação do relatório que está sendo produzido pelo grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara, coordenado pelo parlamentar. Com isso, ele disse acreditar que até o começo de junho a reforma tributária estará em debate no plenário da Casa.

Antes disso, informou, um seminário será realizado para explicar a reforma e seus impactos aos deputados.

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"Vamos abrir um seminário com todas as bancadas e partidos para explicar a reforma e seus impactos. Até o final de maio ou começo de junho, o texto entra em apreciação e debate no plenário da Câmara dos Deputados", disse o coordenador do grupo de trabalho da reforma dos impostos em entrevista a jornalistas, após participar da reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Questionado sobre quais são as pendências ao parecer final do grupo, Lopes respondeu que ainda falta detalhar como será o tratamento diferenciado de setores como saúde, educação, agroindústria, entidades sociais, e transporte de cargas.

O deputado e líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), disse, nesta segunda-feira (28), que a equipe econômica do novo governo deve ser anunciada "nos próximos dias" e que isso será importante para se ter uma política fiscal consolidada. "A equipe econômica deve ser anunciada nos próximos dias e é que deve apontar esse caminho. O presidente Lula está em Brasília esta semana, e deve estar conversando com vários setores", afirmou, ao chegar ao CCBB, sede do governo de transição, e citando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Assim que chegou, Lopes citou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, um dos nomes cotados para assumir o ministério da Fazenda.

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"O governo falou bem - o Haddad falou na Febraban sobre a reforma tributária. Ali dá para fazer muitas medidas de compensação", previu o deputado, mencionando o almoço realizado na semana passada na Federação Brasileira de Bancos em que Lula pediu para Haddad o representar.

De acordo com o parlamentar, não é possível, por exemplo, tratar da revisão da tabela do Imposto de Renda (IR) neste momento sem abranger outros temas porque, entre outros pontos, há previsão de diminuição da arrecadação.

Lopes salientou que até 31 de abril, o novo governo vai dizer que precisa abrir espaço no Orçamento para 2024.

"Tem muitos debates ao mesmo tempo: na presidência do Senado, na da Câmara, na composição dos blocos, nas comissões temáticas, na composição do governo, é um conjunto, não é que tem uma dificuldade maior, menor", disse Lopes. "É um jogo de xadrez. Precisamos movimentar as peças corretas para ter uma boa governabilidade para o presidente Lula", continuou.

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