Tópicos | revezamento da tocha

Depois de uma manifestação interromper o revezamento da tocha olímpica em Angra dos Reis na noite dessa quarta-feira (27), Comitê Rio-2016 descartou mudanças. A organização classificou as decisões tomadas diante do ocorrido como "corretas" e diz que dará sequência ao planejamento inicial.

"Não é preocupante. A gente viu como é uma manifestação pesada, tomou as decisões corretas, e a vida segue. Se a gente sentir que vai ter um apetite para novas manifestações, a gente vai repensar", afirma Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê Rio-2016.

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Andrada explicou que o revezamento foi interrompido três vezes em Angra dos Reis. O comboio enfrentou um protesto com pedras pelo caminho quando entrou na cidade, as manifestações continuaram em um segundo momento e um novo tumulto fez a organização cancelar o momento de celebração no fim do dia.

O diretor também explicou que o protocolo de segurança foi seguido. "Quando você para o comboio, os carregadores ficam vulneráveis. Se deixar um carregador sozinho na rua, a multidão não vai fazer nada com ele, mas, se parar o comboio para fazer a ligação desse carregador ou da tocha, aí tem um problema porque a multidão avança."

Angra dos Reis foi a primeira cidade que o revezamento enfrentou forte resistência da população. O Comitê Rio-2016 previa protestos em Brasília e em Curitiba, onde a fábrica de um dos patrocinadores está instalada. No entanto, Andrada afirma que o comboio já passou por mais de 300 cidades e registrou apenas pequenas ocorrências.

Ele enfatiza que o revezamento tem sido aprovado pelos brasileiros. "Cada cidade que a gente passa, a gente faz uma pesquisa de opinião sobre a avaliação da experiência, se atingiu a expectativa e que nota dá. A gente teve praticamente em todas as cidades notas acima de 7,5 e, em São Paulo, a gente teve nota 8,9. Com isso, você vai vendo o engajamento."

Nesta quinta-feira, o revezamento da tocha continua seu trajeto pelo Brasil e passará pelas cidades de Rio Claro, Resende, Barra Mansa e Volta Redonda.

Protestos em Angra dos Reis interromperam o revezamento da tocha olímpica na cidade na noite dessa quarta-feira (27). Em vídeos publicados nas redes sociais, moradores da cidade da Costa Verde chegam a comemorar que a tocha foi apagada. A informação, porém, ainda não foi confirmada pelos organizadores do revezamento e dos Jogos do Rio.

A manifestação ocorreu no bairro Japuíba, por volta das 22 horas. Moradores fecharam as vias com cartazes como "Tocha da Vergonha" e os "Trabalhadores de Angra não vão pagar pela crise". Policiais que faziam a escolta revidaram com balas de borracha e bombas de gás. Houve correria entre as pessoas que acompanhavam a passagem da tocha. O revezamento foi interrompido e a tocha foi levada para um hotel da cidade.

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Os moradores protestavam contra o fechamento de Unidade de Pronto Atendimento da cidade, atraso no pagamento do funcionalismo público e gastos da prefeitura com a passagem da tocha.

Nesta quinta-feira, o revezamento da tocha passará pelas cidades de Rio Claro, Resende, Barra Mansa e Volta Redonda.

Rei do Futebol, Pelé tem alguns privilégios. Entre eles, carregar a tocha olímpica sem participar oficialmente do revezamento da tocha. Nesta sexta-feira (22), o Atleta do Século apareceu na sacada o museu que leva seu nome, em Santos (SP), carregou o fogo olímpico, mas não se locomoveu. Uma artimanha que tem um propósito claro: mantê-lo como candidato a acender a pira olímpica durante a cerimônia de abertura da Olimpíada, dia 5 de agosto, no Maracanã.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 já deixou claro que os condutores só podem participar do revezamento uma vez. Pelas redes sociais, o órgão ínformou que Pelé ainda não está descartado. "Pelé não chegou a conduzir a chama olímpica, ficou ali na sacada mesmo, ovacionado em Santos!"

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Carregar a tocha sem conduzi-la foi a solução encontrada pelos organizadores do tour da tocha para que Pelé pudesse participar do evento em Santos, cidade mundialmente conhecida por causa dele. Ao aparecer com a tocha, o ex-jogador ainda ajudou a promover seu museu.

Ele é um dos favoritos a acender a pira olímpica, mas não o único. Gustavo Kuerten, o Guga, também símbolo de uma cidade, não conduziu - sequer carregou - a tocha olímpica em Florianópolis (SC). É muito provável que ele seja um dos últimos participantes do revezamento, talvez já dentro do Estádio do Maracanã. Diversos nomes já foram descartados, uma vez que conduziram a tocha, casos de Joaquim Cruz, Oscar Schmidt, Magic Paula, Vanderlei Cordeiro de Lima, Emanuel Rêgo e Rogério Sampaio.

O fogo olímpico é só um e, até chegar ao Maracanã, para a cerimônia de abertura do Rio-2016, vai percorrer um percurso linear. As tochas, entretanto, são mais de 12 mil e podem estar em vários lugares ao mesmo tempo. Nesta quarta-feira, uma delas percorreu duas cidades do interior de São Paulo, com direito a revezamento, camisetas especiais, ex-atletas olímpicos, esportistas locais, estudantes e batedores. Só ficou faltando o fogo sagrado.

Para as centenas de crianças e adolescentes que interagiram com a tocha em Araçariguama, a 50km de São Paulo, a ausência do fogo olímpico não fez muita diferença. O que valia, ali, era a oportunidade do contato com algo que elas só veriam pela televisão, não fosse a iniciativa das irmãs Vanira e Vânia Hernandes, ex-jogadoras da seleção brasileira de basquete.

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"Se a gente, que tem toda essa experiência, se emocionou quando recebeu o convite para participar do revezamento oficial, imagina o sentimento dessas crianças, que nunca tiveram acesso a nada disso?", questiona Vanira, consultora de projetos esportivos e funcionária da prefeitura de Araçariguama.

Como as irmãs só vão participar do tour oficial em 17 de julho, em Sorocaba (SP), elas pediram emprestada a tocha que a ex-jogadora de tênis Patrícia Medrado carregou no mês passado, em Salvador (BA). Ainda que seja uma peça histórica, a tocha é descartável em sua função original após 15 minutos de uso. Um dispositivo impede que ela seja reabastecida de gás e volte a acender.

Em Araçariguama, a tocha apagada passou por uma dúzia de mãos em um trajeto de 15 minutos entre a prefeitura e o ginásio de esportes da cidade. Ao seu lado durante todo o percurso, uma outra tocha, infinitamente mais simples - uma lata com um chumaço de algodão banhado em álcool -, levava o fogo dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP), que teve sua fase regional aberta em Araçariguama.

"A tocha tem todo um simbolismo aqui, ela serve para aproximar as crianças do esporte", opina Branca, convidada para participar do tour oficial no próximo dia 20, em Campinas, junto com a irmã Magic Paula. "A gente vem aqui fazer a mensagem do esporte olímpico. O esporte serve para unir", completa a também ex-jogadora Helen Luz, que chegou a reclamar nas redes sociais por não poder carregar a tocha perto de casa e, após a repercussão do caso, foi convidada a participar do revezamento em Jundiaí.

Longe do holofotes do tour oficial, a prefeitura de Araçariguama diz não ter tido nenhum gasto com o evento - camisetas com os anéis olímpicos foram pagas pelos atletas. A vizinha São Roque aproveitou a deixa e convidou Vanira e sua tocha empresada para também se apresentarem por lá. Mais uma vez, crianças eram maioria entre os espectadores.

"A gente entende que é algo simbólico e, com o fogo, daria na mesma. Por ser uma cidade pequena, nunca entraria no tour da tocha. É uma emoção, de qualquer forma", opina Roseli dos Santos, intérprete de línguas em uma escola de Araçariguama e uma das espectadoras do evento.

RIO-2016 ELOGIA INICIATIVA - O Comitê Organizador do Rio-2016 achou a ideia "o máximo". "É uma prova de que o revezamento está engajando a população. O objetivo da tocha está sendo cumprido, que é levar a mensagem da chegada dos Jogos ao Brasil", diz Adriana Garcia, diretora de comunicação.

Rígido quanto à proteção da marca, o Rio-2016 admite que não cogitava que o revezamento fosse se ramificar, transformando os carregadores em embaixadores informais da tocha. "Significa que eles ficaram felizes, honrados, emocionados. O que a gente quer é que eles espalhem essa emoção para a comunidade deles."

É isso que fará Carlos Lima, coordenador de Educomunicação na Prefeitura de São Paulo. Ele conduziu a tocha em Petrolina (PE) e promete levar o objeto para 49 unidades do Centro Educacional Unificado (CEUs) e do Centro de Educação e Cultura Indígena (CECIs) até 12 de agosto.

Um dos maiores nomes do Sport Club do Recife, o goleiro Magrão foi um dos atletas escolhidos para fazer parte do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016. A chama será acesa em Olímpia, na Grécia, e percorre pelo mundo durante cem dias antes da cerimônia de abertura do evento, no Rio de Janeiro.

Ao todo, serão visitadas mais de 300 cidades, nas cinco regiões brasileiras, mas no próximo dia 31 de maio, o símbolo dos jogos olímpicos passará pelas mãos do atleta, no Recife. Somente em Pernambuco, 30 municípios receberão a visita da Tocha Olímpica e, após o revezamento passar pela capital pernambucana, ela seguirá para Ipojuca, no dia 1 de junho.

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Em depoimento ao site do Sport, o goleiro se diz feliz com o convite e a lembrança do seu nome para esta tarefa, além de se sentir privilegiado por estar representando Pernambuco no Revezamento da Tocha, símbolo do maior evento esportivo do mundo, nesta que é uma tradição antiga. Magrão também afirma que espera dar sua contribuição nessa corrida que visa envolver o país no clima dos Jogos Olímpicos.

A 309 dias do início das Olimpíadas, foi lançada nesta sexta-feira (3) a tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016. O design curvilíneo e suave remete às belezas naturais do país com destaque para cores de referência ao Brasil. A tocha chegará ao país sede em maio de 2016, desembarcando primeiramente em Brasília.

De acordo com o Comitê Organizador, a chama passará por cerca de 300 cidades, incluindo todas as capitais. Em Pernambuco, já está confirmada a passagem por Recife, Caruaru e Petrolina. Confira a lista das 83 cidades confirmadas abaixo. A relação completa será divulgada no início do próximo ano.

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Após a tradicional cerimônia de acendimento na cidade grega de Olímpia, berço dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, a chama virá ao Brasil. O revezamento deve durar entre 90 e 100 dias, percorrendo 20 mil quilômetros e voando dez mil milhas, com a participação de, pelo menos, 12 mil condutores. A tocha chegará ao Rio de Janeiro no dia 5 de agosto de 2016, quando acenderá a pira Olímpica na cerimônia de abertura, no Maracanã.

“Queremos mostrar ao mundo a química que, acreditamos, vai nascer do encontro da chama Olímpica com o calor humano brasileiro. Seria impossível montar tal logística sem a colaboração dos governos e seus serviços públicos, como segurança, controle de tráfego e ordem pública, entre outros”, frisou o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

“A humanidade correrá tão rápida como nunca se viu, nadaremos, saltaremos, velejaremos, os heróis cumprirão seus trabalhos. Teremos, enfim, a maior Olimpíada de todos os tempos e todo mundo falará sobre ela”, disse o ministro do Esporte, George Hilton. “Ao ver a Tocha Rio 2016 crescem, ao mesmo tempo, a responsabilidade e a emoção. Estamos confiantes que vamos responder à altura o desafio que recebemos”, declarou a presidente Dilma Rousseff.

Ela garantiu que o país fará um esquema de segurança semelhante ao da Copa do Mundo 2014, com a integração dos agentes do país. “Temos certeza que faremos uma Olimpíada segura. Se fomos capazes de garantir segurança em 12 cidades na Copa, somos também capazes de garantir em uma, ainda mais com a experiência que já temos com os Centros de Comando e Controle”, salientou Dilma.

A cerimônia de lançamento também contou com a presença dos medalhistas Olímpicos Torben Grael e Isabel Swan (vela), Leila e Paulão (voleibol), além de outras autoridades.

A tocha - Produzida com alumínio reciclado, resina e acabamento acetinado, ela pesa entre 1kg e 1,5kg e mede 63,5cm de altura quando fechada, e 69cm quando aberta. Este movimento de “sobe e desce” acontece ao longo da malha triangular da textura da tocha que, dividida em três partes, alude aos valores de excelência, amizade e respeito.

Esses segmentos se separam e se projetam para cima no momento conhecido como “beijo das tochas”: quando uma passa à outra a chama Olímpica. Ao se abrirem, as três partes revelam a essência de brasilidade da tocha Rio 2016 – diversidade, vibração e natureza, representados pelo mar, montanhas, o céu, o sol e as cores da bandeira do Brasil.

O desenho da tocha é assinado pela agência de design Chelles & Hayashi, de São Paulo, parceira do Comitê Rio 2016 no desenvolvimento do projeto. A agência foi escolhida após um processo nacional de seleção que reuniu 76 inscritos, submetidos a uma comissão julgadora multidisciplinar.

História - A chama olímpica remete aos primórdios dos Jogos, no século XVIII a.C.: os gregos da Antiguidade consideravam o fogo um elemento divino e mantinham chamas sempre acesas em frente a seus principais templos – como o santuário de Olímpia, que recebia as competições esportivas. Na Era Moderna, essa cerimônia continua sendo realizada em frente ao Templo de Hera, na mesma cidade de Olímpia, com mulheres caracterizadas como sacerdotisas, tanto nas olimpíadas de verão como nas de inverno.

A tradição do revezamento da tocha refere-se aos mensageiros da Grécia Antiga que viajavam pelas cidades anunciando a data dos Jogos. Além de convidar os cidadãos a irem até Olímpia, os mensageiros proclamavam uma trégua, um mês antes e enquanto durassem as competições esportivas, todas as guerras em curso deveriam cessar para que atletas e espectadores pudessem participar dos Jogos com segurança.

Amsterdã 1928 foi a primeira edição dos Jogos na Era Moderna a ter uma pira Olímpica acesa em um dos seus estádios. O revezamento da tocha foi realizado pela primeira vez em Berlim 1936 – com a chama sendo acesa em Olímpia e transportada até a capital alemã –, mas foi em Londres 1948 que a celebração recebeu do Movimento Olímpico o reconhecimento por sua valorização de tradições da Grécia Antiga.

Veja a lista de 83 cidades que serão o destino final da chama Olímpica a cada dia do revezamento:

1 - Brasília

2 - Anápolis

3 - Goiânia

4 - Caldas Novas

5 - Uberlândia

6 - Patos de Minas

7 - Montes Claros

8 - Curvelo

9 - Governador Valadares

10 - Itabira

11 - Belo Horizonte

12 - Juiz de Fora

13 - Cachoeiro de Itapemirim

14 - Vitória

15 - São Mateus

16 - Porto Seguro

17 - Vitória da Conquista

18 - Ilhéus

19 - Valença

20 - Salvador

21 - Senhor do Bonfim

22 - Petrolina

23 - Paulo Afonso

24 - Aracaju

25 - Maceió

26 - Caruaru

27 - Recife

28 - Campina Grande

29 - João Pessoa

30 - Natal

31 - Mossoró

32 - Fortaleza

33 - Sobral

34 - Parnaíba

35 - Teresina

36 - Imperatriz

37 - Palmas

38 - São Luís

39 - Belém

40 - Macapá

41 - Santarém

42 - Boa Vista

43 - Manaus

44 - Rio Branco

45 - Porto Velho

46 - Cuiabá

47 - Campo Grande

48 - Dourados

49 - Presidente Prudente

50 - Londrina

51 - Cascavel

52 - Foz do Iguaçu

53 - Pato Branco

54 - Passo Fundo

55 - Santa Maria

56 - Pelotas

57 - Porto Alegre

58 - Caxias do Sul

59 - Criciúma

60 - Florianópolis

61 - Blumenau

62 - Joinville

63 - Curitiba

64 - Ponta Grossa

65 - Itapetininga

66 - Bauru

67 - Ribeirão Preto

68 - Franca

69 - Campinas

70 - Osasco

71 - São Bernado

72 - São Paulo

73 - Santos

74 - São José dos Campos

75 - Angra dos Reis

76 - Volta Redonda

77 - Petrópolis

78 - Nova Friburgo

79 - Macaé

80 - Cabo Frio

81 - Niterói

82 - Nova Iguaçu

83 - Rio de Janeiro

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