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O Santos reiterou, na noite desta quinta-feira, que não pretende vender o meia Paulo Henrique Ganso ao São Paulo ou a qualquer outro clube. Depois de receber nova oferta tricolor, o clube santista republicou em seu site nota da semana passada, quando disse que o jogador só deixa a Vila Belmiro com o pagamento da multa contratual.

"O Santos vem, mais uma vez, afirmar que a nota oficial publicada na última sexta-feira sobre o atleta Paulo Henrique Ganso continua mais válida e atual do que nunca: seus direitos federativos não estão à venda", começa o texto publicado no site do Santos. "Times interessados devem realizar o depósito relativo ao valor integral da multa na conta corrente do Santos e enviar o comprovante por fax à presidência", completa o comunicado assinado pela diretoria santista.

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Na nota, o Santos também critica o fato de o São Paulo tentar contratar Ganso "com cifras muito abaixo do valor da multa" e ainda relata que, na quarta-feira, o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Baptista, disse por telefone ao membro do Comitê de Gestão do Santos Pedro Luiz Nunes Conceição que desistia da negociação.

"Por conta disso, tal como da primeira investida, rejeitamos liminarmente a segunda proposta encaminhada", completa a nota publicada pelo Santos, que ainda manifestou "total apoio a Paulo Henrique Ganso por conta das manifestações ocorridas ao final da partida contra o Bahia, na noite de ontem (quarta)."

Nesta quinta-feira, o São Paulo aumentou a proposta para ficar com 100% dos direitos econômicos do atleta do Santos. O clube do Morumbi não divulga valores, mas estima-se que a proposta esteja em torno de R$ 30 milhões.

O São Paulo ainda não desistiu de contar com o futebol de Paulo Henrique Ganso. O clube confirmou, nesta quinta-feira, que aumentou a proposta para ficar com 100% dos direitos econômicos do atleta do Santos. O clube do Morumbi não divulga valores, mas estima-se que a proposta esteja em torno de R$ 30 milhões.

Segundo o vice-presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, o clube ainda sonha com o camisa 10 do Santos. "Nós fizemos uma nova proposta porque o interesse ainda existe e até mesmo para desmentir informações que saíram mais cedo de que teríamos desistido do jogador", explicou.

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A primeira proposta tricolor foi feita na terça-feira da semana passada. Na ocasião, a diretoria do clube do Morumbi ofereceu cerca de R$ 10,8 milhões ao Santos pelos 45% dos direitos econômicos do jogador que estão na mão dos santistas. Poucas horas depois, o clube praiano soltou nota oficial em seu site para recusar a proposta.

A história, porém, deve grande desenrolar. Perguntado sobre a possibilidade de jogar no São Paulo, Ganso disse que seria "um prazer". Era o suficiente para a diretoria santista divulgar outra nota, criticando o meia e encerrando as negociações com o São Paulo. Dizia ali que quem quisesse contratar Ganso deveria depositar o valor integral da multa na conta santista.

Depois disso, a torcida começou a protestar contra Ganso. Nesta quarta-feira, após a derrota por 3 a 1 do Santos para o Bahia, parte da torcida presente à Vila Belmiro o vaiou, chamando-o de mercenário. Enquanto concedia entrevista na saída do gramado, torcedores jogavam moedas em sua direção.

A sequência de três vitórias do Santos no Campeonato Brasileiro acabou na noite de quarta-feira, quando a equipe perdeu para o Bahia por 3 a 1, na Vila Belmiro, pela 20ª rodada da competição. O técnico Muricy Ramalho elogiou o desempenho do adversário, mas também culpou o cansaço pelo tropeço da equipe.

Nas últimas semanas, além dos compromissos do Campeonato Brasileiro, o Santos foi ao Chile atuar pela Recopa Sul-Americana. "A gente tinha bons resultados até o jogo de hoje. Nosso time sentiu fisicamente e apagou. O grupo sentiu a sequência de jogos, e o Bahia jogou bem e mereceu o resultado", afirmou.

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Muricy também fez questão de defender o grupo do Santos e não apontou culpados pelo tropeço. Assim, também apoiou o meia Paulo Henrique Ganso, alvo da ira dos torcedores. "Nós somos um time e tinha que sair junto. A gente ganhou dois clássicos e saiu junto e tinha que ser assim hoje", disse.

Com a derrota de domingo, o Santos está em 11º lugar no Campeonato Brasileiro, com 26 pontos. A equipe volta a jogar no próximo domingo, quando vai encarar o Sport, no Recife, na Ilha do Retiro, em partida válida pela 21ª rodada.

Desde que Ganso voltou ao time, o Santos acumulava três vitórias, duas delas em clássicos sobre Corinthians e Palmeiras. Mas bastou uma derrota para o Bahia, nesta quarta-feira, por 3 a 1, para a torcida santista presente à Vila Belmiro aumentar a pressão sobre o meia. Após o apito final, torcedores se concentraram na arquibancada próxima à entrada do vestiário santista para protestarem contra o jogador. Ali, jogaram moedas e chamaram Ganso de "mercenário".

Ganso não fugiu das críticas. Parou na boca da entrada do vestiário, a poucos metros dos torcedores, para conceder entrevistas. Mas, na hora das respostas, se esquivou. Apenas lamentou que parte da torcida tenha se voltado contra ele num momento ruim do time.

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"Quando a gente vinha vencendo, ninguém vaiava, mas só uma parte está falando", reclamou ele, lembrando da sua relação com o clube no qual foi formado. "Já conquistei muita coisa dentro do Santos e vou procurar conquistar ainda mais. Sempre um precisou do outro e o Santos me ajudou muito. Tem que entrar em campo e voltar a vencer", completou, em referência à partida de domingo contra o Sport.

Tudo porque, além de não estar atuando bem, o meia, recentemente, quando perguntado se gostaria de defender o São Paulo, respondeu: "Seria um prazer". A diretoria interpretou como um declaração de ele desejava mudar de time e soltou nota para criticá-lo.

Nesta quinta, ele evitou culpar a diretoria por tê-lo jogado contra a torcida: "Tem que manter a cabeça tranquila porque é difícil até falar a verdade", e voltou a deixar na mão dos dirigentes o seu futuro. "Quem tem que decidir isso é quem está no comando do clube."

Depois de servir de garçom para André no clássico com o Corinthians, Neymar voltou a ser o protagonista do Santos neste sábado. Com dois gols do atacante, o time santista derrotou o Palmeiras, de virada, por 2 a 1, no Pacaembu, pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão.

A grande atuação de Neymar estragou a festa do Palmeiras, que vai comemorar neste domingo seu aniversário de 98 anos. O time chegou a entrar em campo neste sábado com seu novo terceiro uniforme, com linhas douradas e uma referência ao título da Copa do Brasil, conquistado no mês passado.

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O Palmeiras, porém, não terá motivos para comemorar no domingo. Com o revés diante do Santos, o time de Luiz Felipe Scolari vai voltar à zona de rebaixamento ao fim desta rodada. Com 16 pontos, o Palmeiras perderá a 16ª colocação para Bahia ou Atlético-GO, que se enfrentam neste domingo.

O Santos, por sua vez, acumulou seu segundo triunfo seguido em clássicos - venceu o Corinthians por 3 a 2 no domingo passado - e chegou aos 26 pontos, mais próximo do G4. O Grêmio, quarto colocado da classificação, soma 34, mas ainda jogará nesta rodada, contra o Internacional.

O JOGO - Palmeiras e Santos fizeram um duelo truncado no início, com roubadas de bola e passes errados, muita vontade e poucos lances de destaque. Passada a empolgação do começo, o time de Felipão se impôs em campo, com seguidas chances de gol. A primeira surgiu com Correa, aos 15, em finalização por cima do travessão. Barcos, aos 18, e Betinho, aos 20, com mais perigo, também ameaçaram o gol de Rafael.

Melhor em campo, o Palmeiras quase abriu o placar aos 21, quando o argentino escapou pela direita, tirou o goleiro da jogada, mas demorou para finalizar e resolveu passar para Mazinho, neutralizado pela defesa.

As insistentes tentativas de fora da área deram resultado aos 40, em chute de Correa. O veterano marcou seu primeiro gol no retorno ao time ao bater rasteiro, no canto esquerdo de Rafael.

Sem levar maior perigo ao gol de Bruno, o Santos passou a ter mais iniciativa a partir dos 30 minutos. Mas foi só em jogada de bola parada, com Neymar, que o visitante chegou ao gol. O atacante bateu falta com categoria, por cima da barreira, e empatou o jogo. A bola ainda acertou a trave antes de entrar, aos 44.

Com o placar igualado novamente, as duas equipes voltaram para o segundo tempo mais cautelosas. Mesmo o Palmeiras, que fora melhor na etapa inicial, segurou o ritmo e se concentrou no meio-campo.

O Santos seguiu recuado até que Neymar, mais uma vez, desequilibrasse o confronto. Em um lance despretensioso, o atacante recebeu passe fora da área e, mesmo cercado por dois marcadores, bateu fraco. A bola acertou o pé da trave e morreu no fundo das redes.

Pressionado pela virada, o Palmeiras partiu para cima e deixou o duelo mais franco. Obina entrou no lugar de Mazinho, mas foi Barcos quem continuou a desperdiçar boas chances. Aos 23, ele recebeu na direita e, quase sem ângulo, cara a cara com Rafael, bateu longe do gol.

Em outro bom lance, o argentino cabeceou à queima-roupa de Rafael, dentro da pequena área, mas viu o goleiro santista fazer grande defesa, aos 43 minutos, garantindo a vitória dos visitantes.

Na próxima rodada, o Santos iniciará o segundo turno contra o Bahia, na Vila Belmiro, na quarta-feira. O Palmeiras vai visitar a Portuguesa, no Canindé, no mesmo dia.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 1 x 2 SANTOS

PALMEIRAS - Bruno; João Vitor (João Denone), Maurício Ramos, Leandro Amaro, Juninho; Henrique, Correa, Mazinho (Obina), Valdivia; Barcos e Betinho (Vinícius). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

SANTOS - Rafael; Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval, Juan; Adriano (Gerson Magrão), Arouca, Patito Rodriguez (Felipe Anderson), Ganso; Neymar e André (Bill). Técnico: Muricy Ramalho.

GOLS - Correa, aos 40, e Neymar, aos 44 minutos do primeiro tempo. Neymar, aos 17 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - João Vitor, Adriano, Valdivia, Maurício Ramos.

ÁRBITRO - Guilherme Ceretta de Lima (SP).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 22.022 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

O Santos divulgou uma nota oficial na noite desta sexta-feira para avisar que não ouvirá mais propostas pelo meia Paulo Henrique Ganso. Segundo a diretoria santista, a única chance de o jogador ser negociado agora com o São Paulo é com "o pagamento integral da multa" contratual.

O São Paulo fez uma proposta oficial para contratar Ganso na última terça-feira, no valor de R$ 10,7 milhões, que foi imediatamente recusada pelo Santos. Nesta sexta, a diretoria santista diz que só concordou em receber a oferta pela "elegância que rege o relacionamento entre os clubes".

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Na mesma nota, o Santos reforça o que seu presidente, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, já vinha dizendo nos últimos dias, ao ressaltar que Ganso "não está à venda". O clube lembra ainda que o jogador tem contrato até 2015 - a parte santista na multa rescisória seria de R$ 23 milhões.

A diretoria santista aproveita a nota oficial para "lamentar" uma recente declaração de Ganso, que disse que seria "um prazer" jogar pelo São Paulo. Mas o Santos diz ter "convicção de que o jogador continuará cumprindo o seu contrato com o talento e o profissionalismo que sempre demonstrou".

Horas depois de defender o Santos no empate por 0 a 0 com a Universidad de Chile, em Santiago, no primeiro jogo da final da Recopa Sul-Americana, Paulo Henrique Ganso desembarcou na manhã desta quinta-feira no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), onde voltou a negar que tenha acertado qualquer acordo com o São Paulo. O jogador, porém, admitiu que "seria um prazer" defender o time do Morumbi, embora enfatize que tem um compromisso a cumprir com o clube da Vila Belmiro.

Na última quarta-feira, o presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, ironizou o interesse do São Paulo por Ganso e rejeitou uma proposta feita pelo rival. O dirigente disse que o jogador não está à venda e chegou a sugerir uma hipotética troca envolvendo Luis Fabiano e Lucas, já negociado com o Paris Saint-Germain, para liberar o meio-campista aos são-paulinos.

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E Ganso lembrou nesta quinta que não depende apenas dele uma possível transferência para o São Paulo. Ao ser questionado se gostaria de defender o clube do Morumbi, ele respondeu: "Seria um prazer, mas a gente tem que ter consciência de que tenho um contrato com o Santos e tenho de honrá-lo. É bom saber que um clube como o São Paulo se interessa por mim, mas precisa ver se o presidente do Santos vai querer me vender".

Já ao falar sobre uma possível parceria que poderia formar com Luis Fabiano no São Paulo, Ganso despistou ao dizer que hoje já conta com o maior craque brasileiro da atualidade ao seu lado. "Jogo ao lado do Neymar e tenho que ajudá-lo a fazer os gols", completou Ganso.

O meio-campista ainda negou ter conhecimento do fato de que o São Paulo teria lhe oferecido um salário de R$ 420 mil mensais, como chegou a ser especulado nos últimos dias em meio ao processo de negociação do clube do Morumbi para contratá-lo. "Não estou sabendo disso não. Será que ofereceram isso mesmo? Fica a dúvida. Mas quem não quer ter um salário desse?", disse.

O Santos não demorou a responder à proposta do São Paulo, de R$ 11 milhões, para contratar Paulo Henrique Ganso. E conforme já esperavam os dirigentes tricolores, a resposta é negativa. Em seu Twitter oficial, o clube da baixada santista comunicou que não gostou dos valores.

"O Santos informa que recebeu, na tarde desta terça-feira, por e-mail, proposta oficial do São Paulo pelo atleta Paulo Henrique Ganso. A oferta estava muito longe de atender aos interesses do Santos, que prontamente respondeu de forma negativa à proposta", avisa o perfil oficial do clube alvinegro.

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Mas o São Paulo acredita ter encontrado a oferta que dobrará o Santos e convencerá o rival alvinegro a mudar de ideia. O time tricolor pretende oferecer nos próximos dias uma proposta de R$ 15 milhões mais o lateral Juan em definitivo para sacramentar a negociação e adquirir os 45% dos direitos econômicos que pertencem ao clube santista (os outros 55% são da DIS).

A primeira aproximação foi feita nesta terça-feira após uma reunião entre o presidente Juvenal Juvêncio, o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o diretor de futebol Adalberto Baptista, que resultou numa oferta inicial de R$ 11 milhões, valor que não agradou os santistas. Nenhum atleta foi incluído na primeira aproximação, que teve como objetivo principal sondar a seara santista para avaliar a receptividade a uma negociação.

"É um jogador que interessa ao São Paulo, vocês já sabiam disso pelas próprias declarações do presidente (do Santos) Luis Alvaro. Formalizamos uma proposta escrita conforme ele havia pedido e vamos aguardar uma resposta. Vamos ver, estou otimista", afirmou Adalberto, antes de receber a negativa.

O Santos afirma publicamente que não pretende se desfazer do atleta por um valor menor que os R$ 23,8 milhões estipulados no contrato (a multa de Ganso para clubes brasileiros é de R$ 53 milhões), mas o intuito do São Paulo é sondar o terreno para avaliar a receptividade do clube com a possibilidade de negociação. Antes absolutamente contrário a perder o meia, o Santos já aceita negociá-lo desde que receba o que está estipulado, mas pode ceder caso tenha uma proposta que julgue vantajosa.

Pesa para o desfecho positivo a péssima relação entre Santos e jogador e seu desejo de deixar a Vila Belmiro nem que seja para atuar em outro clube brasileiro. Ganso vê com bons olhos a transferência para o Morumbi e acredita que poderá finalmente receber um salário de acordo com as expectativas. Atualmente ele recebe cerca de R$130 mil mensais e gostaria de cifras na casa dos R$ 500 mil, valor superior ao teto estipulado pelo clube tricolor. No entanto, pode ter um salário no mesmo patamar de Luis Fabiano, que recebe pouco mais de R$ 400 mil.

A reunião desta terça serviu também para convencer Juvenal de que vale a pena investir no meia. O presidente tinha dúvidas sobre o retorno que Ganso poderia dar em campo por achar que falta nele o espírito "guerreiro" que a diretoria tem procurado e pela condição física problemática. Aceitou os argumentos de Jesus Lopes e Adalberto e partiu para o ataque, reforçado pelos R$ 108 milhões conseguidos na venda de Lucas para o Paris Saint-Germain.

A vitória por 3 a 2 sobre o Corinthians foi um presente dos jogadores para o técnico Muricy Ramalho, que completou neste domingo (19) o seu 100º jogo no Santos. O treinador considerou a partida excelente e se mostrou satisfeito não apenas com o resultado na Vila Belmiro, mas também pelo bom futebol apresentado por Ganso, Neymar, Patito e André no ataque santista.

Muricy descartou o clima de revanche pelo fato de o Santos ter sido eliminado pelo Corinthians, há dois meses, na semifinal da Libertadores. "Não falei nenhuma vez em vingança na preleção. Foi um clássico aberto e os dois times estão de parabéns", disse o treinador, que se esquivou de comentar o erro da arbitragem a validar o segundo gol santista. "De onde eu estava não dá para falar."

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Mas, apesar da segunda vitória seguida após o retorno de Neymar e Ganso da seleção, Muricy acha que é cedo para falar sobre as possibilidades de o Santos ainda brigar pelo título do Campeonato Brasileiro ou pelo menos se classificar para a Libertadores de 2013. O time está com 23 pontos, 19 atrás do líder Atlético-MG. "A gente abriu mão do Brasileiro no começo e, agora, a recuperação fica difícil, porque é preciso analisar os times que estão na frente e que têm elenco muito bom", disse o técnico.

O jogador que mais comemorou a vitória santista no clássico foi o capitão Léo. "O resultado não foi achado. Construímos a vitória, num jogo de duas equipes de qualidade. E vamos ser verdadeiros e coerentes: no futebol, o Santos sempre foi muito mais time que o Corinthians", disse o lateral.

O clássico contra o Corinthians, neste domingo (19), pode ter sido o último de Ganso com a camisa do Santos. Até quarta-feira (22), deve chegar à cúpula santista uma proposta oficial do São Paulo pelo meia. Nos primeiros contatos entre dirigentes dos dois clubes, os são-paulinos sentiram disposição dos santistas de negociar. Agora, a questão parece ser o valor.

O Santos desmente que esteja negociando com o São Paulo. O presidente do clube, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, disse neste domingo que a possibilidade de Ganso ir para o Morumbi é notícia plantada e assunto requentado. O dirigente, no entanto, não negou ter recebido em sua casa o mais alto dirigente da DIS (dona de 55% dos direitos econômicos do jogador), Thiago Ferro, para tratar do futuro do meia. Mas reforçou que jamais vai deixar de defender os interesses santistas.

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Durante a semana, Luis Alvaro afirmou que não vai manter jogador insatisfeito no clube, mas voltou a dizer que para tirar Ganso do Santos será preciso depositar a multa rescisória de R$ 53 milhões), do (para clubes brasileiross quais R$ 24 milhões seriam do Santos, que detém 45% dos direitos do atleta.

O clássico deste domingo foi o terceiro jogo de Ganso pelo Campeonato Brasileiro e, como ele ainda não estourou o limite de seis partidas, tem condições de atuar por outro clube na competição. Assim, o caminho estaria aberto para o São Paulo fechar a contratação - para ajudar, a direção são-paulina conta com o dinheiro da venda de Lucas para o Paris Saint-Germain (43 milhões de euros).

Tradicionalmente, o São Paulo tira grandes jogadores do Santos. No começo dos anos 70, levou o atacante Toninho Guerreiro, um dos mais completos artilheiros da história santista, para o Morumbi. O volante Axel foi outro que trocou de clube, assim como o meia Pita.

Neste domingo, Ganso foi substituído por Ewerton Páscoa a poucos minutos do fim do clássico e, ao contrário dos jogos anteriores, saiu de campo aplaudido pela torcida. Ele fez seis desarmes, foi o santista que mais acertou passes e recebeu elogios de Muricy Ramalho. "Ganso voltou a jogar bem, mas ainda não está no seu 100% porque ficou parado um bom tempo na seleção. Aos poucos, ele está voltando ao seu normal", disse o treinador.

Um dos nomes mais cotados para assumir a seleção brasileira em caso de demissão do técnico Mano Menezes, Muricy Ramalho saiu em defesa do companheiro e, além de negar que esteja pensando no cargo, pediu para que o treinador seja mantido, mesmo com a derrota na final da Olimpíada.

"Há um plano de trabalho que foi feito lá atrás. E não podemos ter a memória curta, já todos apoiamos a mudança, a renovação, e começamos muito bem, lembro bem da estreia com os Estados Unidos", disse o treinador, que acredita ser muito difícil que uma troca no momento possa dar certo.

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"É muito difícil fazer uma troca faltando dois anos (para a Copa do Mundo).

O Mano já conhece esse grupo, e ninguém discorda das convocações, o que é raro no Brasil. Então temos de ter paciência e deixar ele trabalhar em paz", completou.

Muricy ainda garantiu que sua preocupação no momento é fazer o time do Santos melhorar no Campeonato Brasileiro e que não quer nem falar sobre seleção, para evitar uma pressão ainda maior sobre Mano Menezes.

"Tenho minha cabeça no Santos, meu projeto é no Santos. E temos de respeitar o projeto da seleção, o grande objetivo é a Copa. Em alguns casos, uma derrota como essa (na final da Olimpíada) faz com que você se prepare ainda melhor para a Copa das Confederações e chegue com tudo no Mundial. Não é hora de fritar ninguém."

O Santos entrou no Pacaembu ainda sem as estrelas da seleção olímpica, Neymar e Paulo Henrique Ganso, e permitiu que o Atlético-GO surpreendesse com dois gols no início do duelo. Mas a estreia do argentino Patito Rodríguez, esperança de gols para o Brasileiro, mudou a história do jogo e o time da Vila evitou um vexame ao empatar por 2 a 2 com os goianos. Com o resultado, o Atlético-GO foi para a lanterna e o Santos chegou a 17 pontos.

O Atlético-GO surpreendeu o Santos com duas investidas e um gol na terceira chance criada pelos goianos. Aos 4 de jogo, Patric recebeu bola livre na grande área pela direita e finalizou cruzado para o gol, concluindo jogada bem trabalhada de todo o ataque goiano.

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Em desvantagem, o Santos veio para cima e obrigou o goleiro Márcio a fazer excelente defesa. O meia Leandrinho disparou um chute forte da entrada da área. Em seguida, Bruno Rodrigo quase marca após desviar de cabeça para o gol e a bola passar raspando a trave de Márcio. Em outra chance perigosa, Léo entrou na área driblando e a bola sobrou para Leandrinho, que de virada chuta forte da entrada da área. A bola sai raspando mais uma vez o poste esquerdo de Márcio.

Em outra jogada bem construída, o Atlético-GO mais uma vez chocou a defesa do Santos. Wesley aproveitou boa tabela com Diogo Campos e chutou firme para ampliar o marcador, na entrada da área.

O gol mexeu com o time santista, que reagiu na sequência com bom chute de Felipe Anderson, obrigando Márcio a praticar outra bela defesa. Após o apito do árbitro encerrando o primeiro tempo, o Santos saiu de campo muito vaiado pela torcida presente ao Pacaembu.

Após o intervalo, o Santos trouxe a campo o argentino Patito Rodríguez, contratado junto ao Independiente que teve seu registro confirmado e foi liberado para atuar. E o time da Vila ganhou mais movimentação, pressionando atrás do gol. A primeira chance aconteceu aos 6, com chute para fora de Bill.

A equipe de Muricy continuava insistindo e quase conseguiu seu primeiro com Leó, que mergulhou para cabecear bom cruzamento da direita. Mas o gol, que já estava pronto para acontecer, saiu finalmente aos 11. Em boa jogada pelo meio, Felipe Anderson disparou a bomba, Márcio soltou e o estreante Patito Rodríguez completou para as redes.

O Atlético-GO não mostrou que sentiu o gol santista. Continuou trocando passes e ameaçando a equipe de Muricy Ramalho nos contragolpes. Por sua vez, o Santos não criava chances mais claras de gol, sentindo a falta das presenças de Paulo Henrique Ganso e Neymar, os dois na seleção brasileira na Olimpíada de Londres, que neste sábado ficou com a prata ao perder para o México por 2 a 1.

O ataque santista se mexia e tentava criar oportunidades. Aos 24, Victor Andrade tentou surpreender Márcio chutando cruzado. A bola desviou na zaga e saiu para o escanteio. O mesmo Victor Andrade, dois minutos depois, o único que concluía a gol, chutou mais uma vez firme, desta vez sem desvio na zaga. Márcio tirou para ceder outro escanteio.

Aos 27, o Atlético-GO quase definiu o marcador em boa jogada pela esquerda. Rayllan cruzou e por pouco Patric não faz seu segundo na partida. Aranha dividiu com o atacante e afastou o perigo. Com a falta de criação no ataque, Muricy mexeu e tirou Bill, que saiu vaiado pela torcida, para colocar o argentino Miralles.

Só que a marcação do Atlético-GO, ameaçado pelo rebaixamento, na 19ª posição, era muito forte, não dando espaço para a armação de jogadas do Santos. Mas tudo ruiu para os goianos aos 37 do segundo tempo. A resistência foi quebrada quando Miralles entrou na área e foi puxado por Gustavo. O próprio argentino bateu e empatou a partida.

Após o empate, o Santos partiu para cima com o apoio da torcida e quase fez, aos 40, quando Patito colocou por cima e Márcio, mais uma vez, fez uma defesa fantástica. Apesar de pressionar o Atlético-GO, o Santos não conseguiu o terceiro gol.

A equipe de Muricy encara agora o Figueirense, na quinta, às 21h, em Santa Catarina. O Atlético-GO recebe o Atlético-MG em Goiânia, na quarta, às 20h30, ambos os jogos pela 17.ª rodada do Brasileirão

FICHA TÉCNICA

SANTOS 2 X 2 ATLÉTICO-GO

SANTOS - Aranha, Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Leo; Adriano, Arouca, Leandrinho (Patito Rodríguez) e Felipe Anderson (João Pedro); Bill (Miralles) e Victor Andrade. Técnico: Muricy Ramalho.

ATLÉTICO-GO - Márcio; Diogo Campos, Gustavo, Reniê e Eron; Dodo, Marino, Ernandes e Rayllan (Carlos); Wesley (Felipe) e Patric. Técnico: Jairo Araújo.

GOLS - Patrik, aos 4, e Wesley, aos 36 minutos do primeiro tempo; Patito Rodríguez, aos 11, e Miralles (pênalti), aos 37 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Durval, Felipe Anderson (Santos) Dodó, Patric, Gustavo (Atlético-GO).

ÁRBITRO - Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa/RJ).

RENDA - R$ 213.430,00.

PÚBLICO - 9.342 pagantes (11.213 no total).

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

Depois de duas atuações discretas e nenhum gol marcado, Bill prometeu ser a solução para a camisa 9 do Santos, sem dono desde as saídas de Borges e Alan Kardec, ao ser apresentado oficialmente nesta terça-feira à tarde, na sala de entrevistas do Centro de Treinamento Rei Pelé.

"Acho que posso fazer muita coisa pelo Santos e estou muito feliz por estar aqui", disse o atacante, que agradeceu três vezes os dirigentes santistas por acreditarem na sua recuperação, e beijou duas vezes o escudo do clube.

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O entusiasmo de Bill ao chegar no Santos tem explicação. Depois de fazer sucesso no Coritiba em 2010, essa será a sua terceira, e provavelmente última, oportunidade em um clube de ponta do futebol brasileiro. As duas anteriores foram no Corinthians, em 2009, quando marcou apenas dois gols em 18 jogos, e no começo deste ano. Ele foi escalado duas vezes por Tite e não fez gol. Parecia condenado a perambular por equipes pequenas, mas aí surgiu o interesse do Santos.

A intenção de Bill é repetir com a camisa do Santos o bom aproveitamento que teve no Coritiba em 2010, quando marcou 25 gols em 62 jogos e foi decisivo na campanha que reconduziu o clube paranaense à Série A do Campeonato Brasileiro. Ele justificou o fraco futebol apresentado na estreia (derrota por 2 a 0 do Santos contra o Atlético-MG) e diante da Ponte Preta (perdeu duas oportunidades de gol) com a falta de ritmo.

"Vim com a intenção de jogar e ajudar a equipe, apesar da dificuldade", afirmou, em alusão ao risco que o time tem de voltar à zona de rebaixamento se não ganhar do Náutico, domingo à noite, no Recife. "Espero recuperar a forma em pouco tempo e acredito que vamos dar a volta por cima porque o Santos é uma grande equipe", finalizou.

O Vasco embalou no Brasileirão. Mesmo sem Diego Souza e Fagner, o time carioca derrotou o Santos por 2 a 0, neste sábado (21), em São Januário, e acumulou sua terceira vitória seguida. Douglas e Alecsandro marcaram os gols que mantiveram o Vasco na cola do líder Atlético-MG na tabela.

Com 26 pontos, o time de São Januário está a dois dos mineiros, que golearam o Sport por 4 a 1, de virada, em Recife, também neste sábado. A vitória garantiu a segunda posição, já que o Fluminense tinha chances de alcançar a vice-liderança em caso de vitória sobre a Ponte Preta, no domingo.

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Já o Santos segue com apenas 10 pontos, na parte inferior da tabela. Sem Neymar, Ganso e o goleiro Rafael, com a seleção em Londres, o time de Muricy Ramalho só escapou de uma goleada por conta da grande atuação do reserva Aranha. Com o resultado, o Santos completou o terceiro jogo seguido sem vitória.

Apesar da vitória, o Vasco ganhou dois motivos para se preocupar. O lateral Fagner e o meia Diego Souza estão em negociação avançada e devem deixar o clube nos próximos dias. Neste sábado, nem chegaram a entrar em campo.

O JOGO - Embalado por duas vitórias seguidas, o Vasco não tomou conhecimento do Santos no primeiro tempo. Partiu para cima assim que o juiz apitou o início da partida e não deu sossego ao goleiro Aranha. Logo aos 3 minutos, Carlos Alberto completou cruzamento de primeira, pela esquerda, e mandou rente à trave.

A pressão cresceu com o passar dos minutos e o Vasco não demorou para abrir o placar. Aos 11, o zagueiro Bruno Rodrigo furou ao tentar desviar a bola dentro da área, após escanteio, e Douglas encheu o pé para o fundo das redes.

O gol coroou o melhor futebol dos anfitriões. O Vasco trocava passes com mais eficiência, criava boas jogadas e apresentava melhor movimentação, enquanto o Santos parecia amarrado no meio-campo, sem criação e com dificuldade na saída de bola.

Assim, restou aos santistas torcer por Aranha. O goleiro fez duas grandes defesas que evitaram o início de uma goleada. Aos 34, parou cabeçada à queima-roupa de Douglas. Na sequência, contou com a sorte. Carlos Alberto e Nilton se atrapalharam na conclusão do rebote e desperdiçaram outra boa chance de gol. Aos 43, Aranha se esticou na pequena área para neutralizar levantamento perigoso de Juninho.

Preocupado com o fraco desempenho santista, Muricy resolveu mudar o ataque no segundo tempo. Trocou Dimba e Miralles por João Pedro e pelo jovem Victor Andrade. Mesmo assim, não teve sucesso. Para piorar, o treinador viu o Vasco ampliar a vantagem no placar.

Logo aos 2, Juninho bateu escanteio e Alecsandro se antecipou na primeira trave e escorou de cabeça: 2 a 0. O atacante chegou ao seu sétimo gol e se isolou na liderança do campeonato.

O gol deu tranquilidade aos anfitriões. O Vasco passou a jogar mais solto, mas o Santos não aproveitou o momento. A única chance perigosa aconteceu aos 6 minutos, quando Fernando Prass teve trabalho para defender cobrança de falta.

Com pouca inspiração, Felipe Anderson até tentou movimentar o meio-campo santista, porém, não conseguiu articular lance de maior perigo. O Santos chegou a apresentar maior posse de bola, mas não ameaçou o triunfo vascaíno.

Na próxima rodada, o Santos terá pela frente o líder Atlético-MG, no Independência, em Belo Horizonte, na quinta-feira. Durval, com o terceiro cartão amarelo, é desfalque certo para o duelo. O Vasco, por sua vez, fará o clássico com o Botafogo, na quarta, no Engenhão.

FICHA TÉCNICA:

VASCO 2 x 0 SANTOS

VASCO - Fernando Prass; Auremir, Dedé, Douglas e William Matheus; Nilton, Wendel (Fellipe Bastos), Juninho Pernambucano (Diego Rosa) e Carlos Alberto (Pipico); Eder Luís e Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges.

SANTOS - Aranha; Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Léo; Adriano, Arouca, Henrique e Felipe Anderson; Dimba (João Pedro) e Miralles (Victor Andrade). Técnico: Muricy Ramalho.

GOLS - Douglas, aos 11 minutos do primeiro tempo. Alecsandro, aos 2 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Durval, Bruno Peres.

ÁRBITRO - Wagner Reway (MT).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).

Fim do mistério: o reforço que o Santos tanto escondeu é Patrício Julián Rodríguez, também conhecido como Pato e Patito no futebol argentino, descrito por Muricy Ramalho como armador de velocidade. Ele tem 22 anos de idade, 1m70 de altura, e confirmou nesta quinta-feira, pelo Twitter, que está contratado e que viajou para São Paulo para se submeter aos exames médicos.

Nenhum dirigente santista confirmou o acerto ainda. De acordo com a imprensa argentina, o tricampeão paulista vai pagar US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 4 milhões) por 50% dos direitos do jogador ao Independiente.

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"Vou jogar com a camisa 11 que o Neymar me deu", declarou, em tom de brincadeira, Patito à Rádio Rivadavia, da Argentina antes de embarcar. Ele também prometeu pedir para o Santos contratar Riquelme, que está de saída do Boca Juniors. Rodríguez se tornou profissional no Independiente em 2008 e marcou 10 gols em 91 jogos.

Depois de duas viagens frustradas à Argentina para contratar o meia-atacante Martínez, do Vélez, e não desmentir que tentava repatriar Robinho e acertar com o francês Malouda, entre outros, os dirigentes santistas deixaram para anunciar Rodríguez minutos antes do fechamento da janela para transferências internacionais, na sexta-feira.

Patito não é o atacante de área que Muricy esperava para compensar as perdas de Borges e Alan Kardec. A sua esperança agora passa a ser o ex-corintiano Bill, que estaria treinando às escondidas no CT Rei Pelé, com contrato acertado, mas que só poderá assinar a partir de sábado, depois de se desligar oficialmente do Bragantino.

O Santos acumulou mais um empate no Brasileirão. Nesta quarta-feira, o time de Muricy Ramalho ficou no 0 a 0 com o Botafogo, na Vila Belmiro, e somou sua sétima igualdade na tabela. O resultado manteve a equipe santista na parte inferior da classificação, com 10 pontos. O time carioca, por sua vez, tem 17 e segue próximo aos líderes.

Como aconteceu na rodada passada, o Santos voltou a sentir falta de Neymar, Ganso e Rafael, integrados à seleção brasileira para os Jogos Olímpicos. Por consequência, se tornou o recordista de empates deste Brasileirão.

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O Botafogo teve mais motivos para lamentar. Melhor em campo, desperdiçou mais oportunidades, principalmente no segundo tempo, e deixou de somar outros três pontos. A falta de gols se deveu em parte à estreia decepcionante do atacante Rafael Marques.

O JOGO - Sem sofrer pressão da pouca torcida presente na Vila Belmiro, o Botafogo controlou o jogo e criou as melhores chances de gol no primeiro tempo. Até os 30 minutos, os cariocas somavam 7 finalizações, contra nenhuma dos donos da casa.

O início, porém, foi morno. O Botafogo trocava mais passes, dominava o meio-campo, mas gerava poucos lances ofensivos. O jogo só melhorou a partir dos 30, quando o Santos começou a se soltar em campo e equilibrou o confronto.

Aos 35, Felipe Anderson acertou belo chute de longe e carimbou o travessão. Três minutos depois, Miralles investiu pela esquerda e bateu cruzado. Jefferson fez a defesa. Na sequência, Bruno Rodrigo, que entrara no lugar de Edu Dracena (saiu machucado logo aos 10 minutos), cabeceou com perigo. O goleiro botafoguense fez outra boa defesa.

A resposta dos visitantes veio com Fellype Gabriel, em finalização forte de fora da área, no travessão, aos 35. Márcio Azevedo também arriscou de longe, aos 41, e exigiu grande defesa de Aranha.

O Botafogo seguia melhor, apesar do crescimento do Santos. "É jogo pau a pau, a gente teve oportunidades também. Ainda bem que pude fazer boas defesas no primeiro tempo", comentou Jefferson, na saída para o intervalo.

O Santos voltou melhor no segundo tempo, mas não manteve o ímpeto por muito tempo. O Botafogo logo recuperou o domínio, apostando principalmente nas jogadas pela esquerda, com Andrezinho e Márcio Azevedo. Aos 19, o meia mandou de longe e levou perigo ao gol de Aranha. Dois minutos depois, foi a vez de Renato tentar de longa distancia, também sem sucesso.

Sem consistência no meio-campo e com um ataque inoperante, Muricy Ramalho mudou o setor ofensivo. Trocou Dimba e Miralles por João Pedro e Victor Andrade, de apenas 16 anos. Mas as alterações não surtiram efeito. O Santos continuou acuado, enquanto o Botafogo imprimia pressão nos minutos finais.

O time carioca só não saiu de campo com a vitória porque mostrou pouca objetividade no ataque. Cidinho, aos 41, desperdiçou a melhor chance da segunda etapa, ao ser neutralizado pela zaga santista quando estava cara a cara com Aranha. A torcida local só respirou aliviada quando o árbitro apitou pela última vez.

Pela 11ª rodada, os dois times vão jogar no Rio de Janeiro, no fim de semana. O Santos enfrentará o Vasco, no sábado, em São Januário. O Botafogo vai duelar com o Grêmio, domingo, no Engenhão.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 0 x 0 BOTAFOGO

SANTOS - Aranha; Bruno Peres, Edu Dracena (Bruno Rodrigo), Durval, Léo; Arouca, Adriano, Henrique e Felipe Anderson; Dimba (João Pedro) e Miralles (Victor Andrade). Técnico: Muricy Ramalho.

BOTAFOGO - Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira, Márcio Azevedo; Lucas Zen, Renato, Vítor Júnior, Fellype Gabriel (Cidinho) e Andrezinho; Rafael Marques (Willian). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

CARTÕES AMARELOS - Miralles, Felipe Anderson, Antônio Carlos.

ÁRBITRO - Cláudio Francisco Lima Silva (SE).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).

Em uma partida marcada pelos desfalques de ambos os lados, Internacional e Santos não saíram do empate por 0 a 0 na tarde deste domingo, no Beira-Rio, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Pior para o time da casa, que ficou com um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo - após a expulsão de Juan - e não conseguiu traduzir a vantagem em gols.

Por sua vez, o Santos segue sem vencer fora de casa na competição e é apenas o 13.º colocado na tabela, com nove pontos. Na próxima rodada, o adversário dos comandados de Muricy Ramalho será o Botafogo, nesta quarta-feira, às 19h30, na Vila Belmiro. Já o Inter chegou aos 16 pontos, na quinta colocação, e enfrentará Atlético-MG, também na quarta, às 21h50, no Independência.

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O confronto deste domingo foi fraco tecnicamente, muito em função dos desfalques dos principais jogadores de ambos os lados. Oscar e Leandro Damião, pelo time da casa, Rafael, Paulo Henrique Ganso e Neymar, pelos visitantes, não atuaram por estarem com a seleção olímpica brasileira. D'Alessandro, suspenso, também ficou de fora.

Com isso, as duas equipes foram bastante modificadas. Pelo Inter, os jovens Mike e Lucas Lima foram titulares, como Jajá, que atuou no lugar de Leandro Damião e fez com que Dorival Júnior mudasse o esquema do 4-4-2 para o 4-5-1. Do outro lado, Dimba formou a dupla de ataque com Miralles, contratado no início da semana, que fez sua estreia pelo Santos.

O jogo começou bastante truncado. Os times sentiam bastante seus desfalques e a marcação no meio de campo predominava. O primeiro bom momento aconteceu aos nove minutos, quando Dagoberto recebeu pela esquerda, cortou para o meio e tocou para Mike. O meia bateu de primeira e Aranha impediu o gol.

Com mais posse de bola, o Inter era dono do jogo, apesar de não levar perigo ao adversário. O time da casa só chegou novamente ao ataque aos 22 minutos. Em contra-ataque, Jajá recebeu pela direita, tirou Aranha, mas perdeu o ângulo. O meia ainda tentou achar Mike dentro da área, mas a zaga tirou.

Se os anfitriões não iam para cima, o Santos começou a ganhar espaço e equilibrou as ações. No entanto, a partida continuou morna, com muitos erros de passe e poucas chances de gol de ambos os lados.

Logo na volta para o segundo tempo, o Santos perdeu Juan. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães apitou falta duvidosa do lateral em Lucas Lima e, depois de muita demora, decidiu mostrar o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho para o jogador.

Mesmo com um jogador a mais, o Internacional não conseguia se impor. Pelo contrário, o Santos se fechou na defesa, com a entrada de Gerson Magrão no lugar de Dimba, e aproveitava os contra-ataques, nos quais era mais perigoso do que o time da casa.

Em uma dessas jogadas, o Santos quase abriu o placar. Aos 19 minutos do segundo tempo, Miralles recebeu, ganhou na corrida de Índio e tocou fraco. A bola rolava em direção ao gol, enquanto Bolívar e Felipe Anderson disputavam na corrida. O zagueiro do Inter levou a melhor e conseguiu evitar o gol do adversário.

Três minutos depois, o time visitante teve outra grande oportunidade. Depois de falta batida da direita por Felipe Anderson, Henrique cabeceou sozinho, na linha da pequena área, mas em cima de Muriel, que fez a defesa.

Na primeira boa chance criada pelo Internacional no segundo tempo, quase saiu o gol. João Paulo fez boa jogada pela esquerda e cruzou no pé de Otávio. O jogador, que havia acabado de entrar, bateu de primeira, à esquerda de Aranha. No lance seguinte, o goleiro impediu o gol de Guiñazu, após chute de fora da área.

As oportunidades empolgaram os donos da casa, que partiram para cima e, pela primeira vez, conseguiam impor a vantagem de ter um homem a mais em campo. No entanto, a equipe falhava no último passe. Insatisfeitos com o empate, os torcedores gaúchos vaiaram os jogadores após o apito final.

 

FICHA TÉCNICA:

INTERNACIONAL 0 X 0 SANTOS

INTERNACIONAL - Muriel; Nei, Índio, Bolívar e Fabrício; Elton (João Paulo), Guiñazu, Lucas Lima, Mike (Otávio) e Jajá (Maurides); Dagoberto. Técnico - Dorival Júnior.

SANTOS - Aranha; Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Juan; Adriano, Henrique, Arouca e Felipe Anderson; Dimba (Gerson Magrão) e Miralles (João Pedro). Técnico - Muricy Ramalho.

ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães (RJ).

CARTÕES AMARELOS - Juan, Guiñazu, Dagoberto, Fabrício, Nei, Gerson Magrão, Bolívar, João Pedro, Aranha.

CARTÃO VERMELHO - Juan.

RENDA E PÚBLICO - não disponíveis.

LOCAL - Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

Ganso não deve jogar mais no Santos. A informação vazou na tarde deste domingo, em Porto Alegre. O dono da DIS - braço do Grupo Sonda que atua no futebol -, Delcir Sonda, torcedor fanático do Internacional, já teria até confirmado a decisão, anunciando um possível acerto com o clube gaúcho.

A despedida de Ganso pode ter sido no empate por 0 a 0 contra a Portuguesa, no dia 1º de julho, no Canindé. Terminada a Olimpíada de Londres, em agosto, o seu destino só não será o Internacional se surgir uma proposta irrecusável do futebol europeu. Consta que a DIS entrou em acordo com a diretoria santista para se tornar único dono dos direitos econômicos do jogador, adquirindo os 45% que pertenciam ao Santos.

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O valor da transação teria sido inferior aos aproximadamente R$ 58 milhões se tivesse sido usada como base a multa contratual de R$ 130 milhões. Como Oscar interessa ao futebol europeu, Ganso é tido como o substituto ideal dele no Inter.

O presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, alegou neste domingo que continua em recesso por conta da eliminação do time na Libertadores para não falar sobre a negociação de Ganso. O vice-presidente Odílio Rodrigues Filho negou que o jogador esteja mesmo de saída.

"Não tem isso. Ganso não jogou hoje (domingo) por estar passando por um trabalho de recondicionamento físico", disse o vice-presidente do clube. "O Santos não comenta esse assunto, mas não tem nada disso. Ganso é jogador do Santos, tem contrato até 2015."

A situação entre Ganso e o presidente Luis Alvaro voltou a ficar estremecida na semana passada. O dirigente chegou a dizer que se cansou de tentar convencer o meia a aceitar o tal plano de carreira e um novo contrato com o clube.

O salário de Ganso no Santos é de R$ 130 mil por mês e inúmeras vezes o jogador se queixou de não ser valorizado pelo clube. Principalmente depois que a direção santista se recusou a comprar os 10% dos direitos que lhe pertenciam, após o Mundial de Clubes no Japão, em dezembro do ano passado. Como o jogador precisava do dinheiro, mais uma vez a DIS saiu em seu socorro e comprou os 10%.

O Santos conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro em grande estilo, ao derrotar o Grêmio por 4 a 2, neste domingo, na Vila Belmiro. Com dois gols de Felipe Anderson, um de Edu Dracena e outro de Neymar, a equipe do técnico Muricy Ramalho termina a oitava rodada da competição com oito pontos e fora da zona de rebaixamento.

A vitória santista vem em um momento delicado. Insatisfeito, o meia Ganso deve deixar a equipe e ir, possivelmente, para o Internacional. Nesse cenário, ganha destaque a figura de Felipe Anderson, eventual substituto do camisa 10 e autor de dois gols na partida deste domingo.

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Mesmo assim, o duelo contra o Grêmio foi o último em que o técnico Muricy Ramalho pôde contar com Ganso, além de Neymar e Rafael. Os três jogadores foram convocados pelo técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, para a Olimpíada de Londres e se apresentam nesta segunda-feira.

Já o Grêmio acumula a segunda derrota consecutiva - havia perdido em casa na última rodada para Atlético-MG - e se mantém com 12 pontos no campeonato.

O JOGO - A partida começou equilibrada, mas com um leve predomínio do Grêmio. Com o desenrolar do jogo, no entanto, o Santos foi crescendo em campo e, aos 19 minutos, assustou pela primeira vez o visitante. Victor Andrade elevou a bola na área gremista e Neymar, livre de marcação, chutou no canto. O bandeirinha marcou o impedimento e o gol não valeu.

Já aos 27 minutos, a história foi diferente. Após cobrança de escanteio de Felipe Anderson, Neymar dividiu com Vilson e a bola acabou sobrando para Edu Dracena, que se esticou e, de carrinho, mandou para as redes, abrindo o placar na Vila Belmiro.

Após o gol, o time de Muricy Ramalho partiu mais para o ataque. Aos 35 minutos, Tony derrubou Neymar, que avançava pela ponta esquerda, e recebeu o cartão amarelo. Três minutos depois, a pressão do Santos rendeu mais um gol. Juan tocou para Felipe Anderson na entrada da área, que girou e bateu forte no ângulo de Marcelo Grohe, ampliando o marcador. Abalado, o Grêmio passou os últimos minutos do primeiro tempo sem conseguir criar grandes jogadas.

Na volta dos vestiários, apenas o Grêmio fez alterações: Gabriel entrou no lugar de Tony e Marcelo Moreno substituiu Marco Antônio. Assim como na etapa inicial, o time gaúcho começou melhor, apesar de um amarelo logo aos 12 minutos do segundo tempo, para Souza. Aos 15, Marcelo Moreno, da entrada da área, fez boa finalização, mas Rafael conseguiu pegar a bola junto à trave.

Apenas um minuto depois, a equipe gaúcha foi novamente abatida. Felipe Anderson, de escanteio, lançou a bola na área do Grêmio. Edu Dracena dividiu com Marcelo Moreno, que desviou a bola para Neymar. O atacante, livre, marcou de cabeça o gol. Kleber reclamou e recebeu o cartão amarelo.

Na sequência, as duas equipes fizeram alterações. O Santos tirou Victor Andrade e colocou Geuvânio. E o Grêmio substitui Souza por Marquinhos.

Os comandados de Vanderlei Luxemburgo sofreram com os gols e, aos 23 minutos, levaram mais um amarelo: Werley fez dura falta em Neymar e ganhou o cartão. Sem conseguir se armar, o Grêmio se enfraqueceu em campo, abrindo espaço para mais um gol santista, aos 24. Felipe Anderson cobrou falta e a bola desviou em Marcelo Moreno, indo para o fundo do gol.

O Santos fez mais uma substituição aos 25 minutos: Bruno Rodrigo no lugar de Edu Dracena. Aí, o Grêmio conseguiu reagir. Aos 34, Marquinhos, de falta, lançou na área do Santos. A bola desviou em Marcelo Moreno e ficou para Vilson, que chutou forte para as redes adversárias.

Muricy fez a última mudança aos 37 minutos, tirando Felipe Anderson e colocando Éwerton Páscoa. O Santos passou apenas a administrar o resultado, mas o Grêmio conseguiu marcar mais um gol. Já aos 47, Kleber avançou pela ponta esquerda e cruzou para Marcelo Moreno, mas a bola, após desviar na marcação, sobrou para Marquinhos, que chutou forte para marcar o segundo gol.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 4 x 2 GRÊMIO

SANTOS - Rafael; Bruno Peres, Edu Dracena (Bruno Rodrigo), Durval e Juan; Adriano, Henrique, Arouca e Felipe Anderson (Éwerton Páscoa); Victor Andrade (Geuvânio) e Neymar. Técnico: Muricy Ramalho.

Grêmio - Marcelo Grohe; Tony (Gabriel), Gilberto Silva e Werley; Léo Gago, Vilson, Fernando e Souza (Marquinhos), Zé Roberto e Marco Antônio (Marcelo Moreno); e Kleber. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

GOLS - Edu Dracena, aos 29, e Felipe Anderson, aos 38 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 16, Felipe Anderson, aos 24, Vilson, aos 32, e Marquinhos, aos 47 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Nielson Nogueira Dias (PE).

CARTÕES AMARELOS - Tony, Kleber, Souza e Werley.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Vila Belmiro, em Santos (SP).

Ainda em busca da sua primeira vitória no Brasileirão, o Santos recebe o Grêmio neste domingo, a partir das 16 horas, na Vila Belmiro, pela oitava rodada do campeonato. Será a chance de deixar a zona de rebaixamento do campeonato - está com cinco pontos -, no confronto que marca a despedida de Neymar, Ganso e Rafael antes deles se apresentarem à seleção para a disputa da Olimpíada de Londres.

Se vencer neste domingo, o Santos poderá iniciar a reação no Brasileirão. Mas, em caso de derrota, vai aumentar o clima ruim que tomou conta do clube após a queda diante do Corinthians nas semifinais da Libertadores.

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Como Borges, Alan Kardec e Rentería deixaram o Santos nos últimos dias e Dimba está machucado, o técnico Muricy Ramalho ficou sem um atacante de área para escalar ao lado de Neymar. Já o meia Ganso, que voltou a entrar em rota de colisão com o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro por causa da negociação sobre o novo contrato com o clube, não treinou no campo durante a semana e fica fora do jogo deste domingo.

A novidade do Santos neste domingo deve ser a estreia do lateral-direito Bruno Peres. Recém-chegado do Guarani, ele aproveita a carência santista em sua posição para entrar no time. Assim, o volante Henrique deixa a improvisação e volta a jogar no meio-de-campo.

Apesar disso tudo, a grande aposta santista continua sendo Neymar. O atacante não tem sido decisivo nos últimos jogos, mas promete uma boa performance neste domingo. "Nada melhor do que o Santos ganhar para eu chegar à seleção com a cabeça boa e tranquilo", disse o atacante, que se apresenta ao técnico Mano Menezes na segunda-feira para começar a preparação olímpica.

Neymar prometeu, inclusive, mudar um pouco a maneira de jogar, voltando ao meio do campo para buscar a bola e se movimentando mais, para voltar a fazer a diferença. "Vou procurar improvisar mais para dificultar para os marcadores", avisou.

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