Tópicos | seletiva olímpica

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou nesta terça-feira que adiou a data da Seletiva Olímpica da natação brasileira para os Jogos de Tóquio, em julho. A competição, marcada inicialmente para o fim de abril, será realizada entre 22 e 27 de junho, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.

"Diante da decisão do Comitê Olímpico Internacional em manter as datas previstas para a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio e ciente das dificuldades e situações enfrentadas pelos atletas com seus respectivos locais de preparação, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos decidiu, em comum acordo com o Comitê Olímpico do Brasil, em adiar a Seletiva Olímpica Brasileira de Natação", anunciou a CBDA, em comunicado.

##RECOMENDA##

A mudança se deve à pandemia de coronavírus, que vem causando a suspensão e o adiamento de diversos eventos esportivos pelo mundo. Somente nesta terça, a Eurocopa e a Copa América, ambas marcadas para junho, foram reagendadas para 2021. Quase ao mesmo tempo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) reafirmou a disposição de realizar a Olimpíada de Tóquio, em julho.

"A CBDA está inteiramente comprometida em zelar pela saúde de atletas, treinadores e toda comunidade aquática, não os colocando em risco de exposição ao novo coronavírus", disse a entidade. "A CBDA se solidariza a todos os afetados por esta crise sem precedentes e está atenta a todas as orientações dos órgãos reguladores sobre os avanços da Covid-19."

A seletiva olímpica da natação brasileira será única pela primeira vez. Nas outras edições dos Jogos, os nadadores do País tiveram mais de uma chance de obter o índice olímpico. No Rio-2016, foram quatro chances. Antes, para a Olimpíada de Londres-2012, foram sete oportunidades. Desta vez, os atletas brasileiros terão que concentrar esforços para uma única chance.

A meta da CBDA é levar entre 20 e 25 nadadores brasileiros para a capital japonesa. O recorde é 33 no Rio, contando com as vantagens de ser anfitrião. Com exceção desta edição dos Jogos, a maior quantidade de nadadores do País numa Olimpíada aconteceu em Pequim-2008, com 27.

Nas disputas coletivas da modalidade, o Brasil já tem garantidas as vagas nos revezamentos 4x100 metros livre masculino, 4x200m livre masculino e 4x100m medley masculino. A classificação para estas provas foi obtida no Mundial de Gwangju, disputado na Coreia do Sul, em julho do ano passado.

Uma das provas mais acirradas da natação brasileira nos últimos anos, os 100 metros peito garantiu mais três índices olímpicos ao País neste sábado, na seletiva disputada na piscina da Unisul, em Palhoça (SC). Felipe França, principal referência do Brasil na prova, obteve a marca ao lado de Felipe Lima e Pedro Cardona.

Ao vencer a prova, com o tempo de 59s56, França ainda bateu o recorde do campeonato. O nadador do Corinthians foi seguido de perto por Felipe Lima (1min00s09), do Minas Tênis, e por Pedro Cardona (1min00s41), do Pinheiros. O trio nadou abaixo do tempo de 1m00s57, o índice olímpico da prova.

##RECOMENDA##

##RECOMENDA##

"A primeira coisa importante foi tirar o peso das costas. Estou treinando bem mais, ainda não estou totalmente descansado, mas graças a Deus deu tudo certo. A meta é sempre tentar diminuir o tempo. Até o Troféu Maria Lenk, tenho que continuar treinando muito, controlar a alimentação e segurar a ansiedade", disse França, referindo-se à segunda e última seletiva olímpica da natação brasileira, a ser realizada em abril de 2016.

Felipe Lima também demonstrou alívio com a meta alcançada nesta primeira seletiva. "Primeira página virada, primeiro passo dado. Primeira seletiva olímpica é muita pressão em cima de todo mundo, ainda mais sabendo que já têm três atletas nadando abaixo do índice, mas natação é assim, feita de superação. Todo mundo tem sua chance e a primeira já foi dada", declarou.

Também se destacaram neste sábado os velocistas Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Etiene Medeiros, todos com índice olímpico nos 50 metros livre. Fratus voltou a nadar abaixo do índice, como fez na quarta-feira, quando abriu o revezamento do 4x50m livre do Pinheiros, com 21s37, o segundo melhor tempo do mundo neste ano. Mas desta vez não foi tão veloz, com 21s66.

Com o resultado, manteve o índice obtido na quarta. Havia a possibilidade de ele perder a marca porque, pelo regulamento da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), os índices para provas de 50m, 100m e 200m livre feitos na abertura de revezamentos só valem se os respectivos atletas não participarem (ou tiverem participado) da prova individual no mesmo evento.

Fratus nadou a prova individual, mas não teve problemas para nadar abaixo da marca olímpica (que é de 22s27). "O objetivo foi cumprido. No revezamento era vencer a prova e hoje, conquistar o índice. Ganhei as três principais competições nacionais (Troféus Maria Lenk e José Finkel e Brasileiro Sênior), medalha nos Jogos Pan-Americanos e medalha no Mundial dos Esportes Aquáticos de Kazan. Ano que vem vai ser ainda melhor", disse o motivado nadador, que ameaça o domínio de Cesar Cielo da prova.

Marcelo Chierighini também obteve o índice, com 22s17. No feminino, Etiene Medeiros registrou 24s96. "É bom estar fazendo o índice, ver que estou conseguindo. Vou analisar com o meu técnico (Fernando Vanzella) o que vamos fazer para a nossa programação da Olimpíada", afirmou a nadadora.

O segundo dia da primeira seletiva da natação brasileira para os Jogos do Rio-2016 começou muito bem em Palhoça (SC), nesta quinta-feira. Sete nadadores fizeram índice para a Olimpíada do ano que vem, em quatro provas diferentes. Na quarta, quando a seletiva começou, haviam sido apenas três índices. Marcos Antônio Macedo, Henrique Martins, Nicholas Santos, Guilherme Guido, João de Lucca, Nicolas Nilo Oliveira e Joanna Maranhão agora engrossam a lista.

Só nos 100 metros borboleta para homens foram três índices, o que significa que um dos atletas qualificados ficará fora da Olimpíada. A marca mínima necessária é 52s36 e nadaram abaixo disso Marco Antônio Macedo (do Minas, com 52s17), Henrique Martins (também do Minas, com 52s25) e Nicholas Santos (da Unisanta, com 52s31).

##RECOMENDA##

Agora os três voltam a nadar à tarde, quando é disputado o Torneio Open, com uma única bateria por prova (não há final B) reunindo os oito melhores tempos da manhã, incluindo os nadadores com mais de 20 anos (que competiram no Brasileiro Sênior pela manhã) e os mais jovens (que nadaram em observação pela manhã, sem disputar medalha).

Macedo, Henrique Martins e Nicholas terão mais três chances para melhorar suas marcas e definir os dois que irão à Olimpíada. Além do Open, eles ainda nadam o Troféu Maria Lenk, outra seletiva da natação brasileira, em abril do ano que vem, no Rio, com eliminatórias e final. O mais rápido ainda entrará no revezamento 4x100 metros medley no Rio-2016.

Nos 100m costas, só Guilherme Guido fez índice. O atleta do Pinheiros nadou o Brasileiro Sênior em 53s41, batendo o recorde do torneio e superando com relativa folga o índice de 54s36. Daniel Orzechowski, também do Pinheiros, ficou perto da qualificação: 54s67, recebendo nova chance no Open.

Entre as mulheres, Etiene Medeiros, do Sesi-SP, ficou muito perto de se qualificar para a Olimpíada nos 100m costas, mais exatamente a seis centésimos. Venceu o Brasileiro Sênior com 1min00s31, enquanto o índice é 1min00s25. Ela colocou quatro segundos de vantagem sobre a segunda colocada, bateu recorde do torneio, e deverá ser a única brasileira na prova no Rio-2016.

Nos 100m borboleta feminino, duas atletas têm boas chances de fazer o índice à tarde. Daynara de Paula (Sesi) marcou 58s87, enquanto Daiene Dias (Minas) completou em 58s93. O índice é 58s74. As duas também disputam a titularidade no revezamento 4x100m medley.

REVEZAMENTOS - Nos 200m livre, vale não só a tomada de índice para a prova individual, mas também a formação do ranking que vai definir os quatro (ou mais) atletas que vão ser convocados para nadar o 4x200m livre tanto no feminino quanto no masculino.

Entre os homens, Nicolas Nilo Oliivera (Minas, 1min47s09, novo recorde do campeonato) e João de Lucca (Pinheiros, 1min47s81) saíram na frente obtendo índice olímpico para a prova individual. Luiz Altamir Melo (Flamengo) e Leonardo de Deus (Corinthians) fizeram o terceiro e quarto melhores tempos, respectivamente.

No feminino não houve índice (1min58s96), mas Manuella Lyrio (Pinheiros) bateu o recorde do campeonato, com 1min59s24. Depois, quatro atletas nadaram na casa de 2min00: Maria Paula Heitamnn (Minas), Jéssica Cavalheiro (Sesi), Larissa Oliveira (Pinheiros) e Rafaela Raurich, de apenas 15 anos (Curitibano).

MEDLEY - Depois de ficar a 3 segundos do índice nos 800m na quarta-feira à tarde, Joanna Maranhão se qualificou para a Olimpíada nesta manhã, nos 400m medley, completando a prova no Brasileiro Sênior em 4min40s78. A veterana do Pinheiros, que ainda nada três provas em Palhoça, baixou o índice em quase 3 segundos e deve ser a única brasileira nos 400m medley no Rio.

Já entre os homens apenas quatro atletas competiram no Brasileiro Sênior nos 400m medley. Os demais que caíram na água ainda não têm 20 anos. Nessa lista está o corintiano Brandonn Almeida, que não forçou pela manhã. Fez o melhor tempo, mas ficou a quase 15s do índice. Thiago Pereira não se inscreveu.

BOM SINAL - As únicas provas não-olímpicas disputadas pela manhã foram de 50m peito. No feminino, Ana Carla Carvalho (Pinheiros) bateu o recorde da competição, em 31s42. A flamenguista Jheniffer Conceição, de 18 anos, fez recorde pessoal em 31s44. O peito feminino é o estilo mais fraco da natação brasileira e elas brigam por uma vaga no 4x100m medley.

Já no masculino a briga é de "cachorro grande". No Brasileiro Sênior, venceu João Luiz Gomes Júnior, do Pinheiros, com 27s25, seguido de Felipe França (Corinthians), Pedro Cardona (Pinheiros) e Felipe Lima (Minas), todos na casa de 27s. Dos quatro, só dois vão ao Rio-2016 nos 100m peito, que será nadado no sábado.

Leonardo de Deus se tornou na manhã desta quarta-feira o primeiro nadador brasileiro a conseguir o índice olímpico para os Jogos do Rio. Para isso, ele venceu a prova dos 200 metros costas no Brasileiro Sênior, realizado em Palhoça (SC), com a marca de 1min57s43. O índice da prova é de 1min58s22.

Palhoça recebe a primeira seletiva olímpica da natação. Durante a manhã, são realizadas as provas do Brasileiro Sênior. Já à tarde, as disputas são do Torneio Open, disputado pelos oito primeiros de cada prova da manhã. Como já atingiu o índice dos 200m costas, Léo de Deus optou por não competir nesta tarde, também com a intenção de se poupar para a sequência da seletiva.

##RECOMENDA##

"Eu e meu técnico, o Carlão (Carlos Matheus), traçamos a estratégia de forçar de manhã para conseguir logo este índice nos 200m costas, até porque minha principal prova é somente no sábado, os 200m borboleta, e não quero me desgastar tanto. Assim, vou ficar de fora do Open hoje à tarde. Achei o tempo muito bom, ainda mais para manhã, mesmo querendo nadar pra 1m56 ou no mínimo para o recorde brasileiro do Thiago Pereira (1min57s19), que ficou pertinho. Mas estou feliz, para um ano desgastante, com tantas competições, chegar na última da temporada e fazer o melhor tempo do ano, é satisfatório", disse.

A natação brasileira já havia conquistado vaga olímpica em quatro dos seis revezamentos olímpicos durante o Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan, realizado em agosto. As classificações foram garantidas no 4x100 metros livre masculino e feminino, no 4x200 metros livre feminino e no 4x100 metros medley masculino.

O índice de Léo de Deus foi o único obtido nesta manhã. No 200 metros costas feminino, Natalia de Luccas foi a mais rápida (2min17s04), mas não levou o ouro por ter apenas 19 anos, ainda sendo júnior. Assim, o ouro ficou com Marina de Oliveira (2min19s02). Já Daiene Dias (50s78) e Nicholas dos Santos (23s16) foram os vencedores dos 50m borboleta, que não é prova olímpica. As disputas em Palhoça prosseguem nesta tarde, às 17h30.

A velocista Allyson Felix se classificou para a disputa dos 200 metros nos Jogos de Londres ao vencer a prova na seletiva olímpica norte-americana do atletismo, realizada em Eugene. Ela registrou o tempo de 21s69, a melhor marca da sua vida. "Eu sabia que ela ia ser veloz", disse o técnico Bobby Kersee. "Mas não sabia que ia voar assim. Foi muito, muito impressionante".

Carmilta Jeter terminou a prova 0s42 atrás (22s11) e Sanya Richards-Ross ficou na terceira posição para completar o trio que vai representar os Estados Unidos na prova nos Jogos de Londres. Jeter já estava garantida na Olimpíada, pois ganhou os 100 metros, assim como Richards-Ross, que ganhou os 400 metros.

##RECOMENDA##

Agora, falta determinar se Felix vai competir nos 100 metros em Londres, já que terminou empatada no terceiro lugar com Jeneba Tarmoh, sua companheira nos treinamentos, em 23 de junho. Ambas podem definir a vaga em uma nova corrida. Felix também pode ceder o posto a Tarmoh, porque vai competir nos 200 metros, prova em que a oponente ficou apenas em quinto lugar.

Nos 110 metros com barreiras para homens, Aries Merritt fez o melhor tempo do ano no mundo - 12s93 - para ganhar a prova no pré-olímpico. Jason Richardson, atual campeão mundial da prova, ficou na segunda posição, com 12s98, e Jeffrey Porter foi o terceiro, com 13s08.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando