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Os donos dos melhores resultados brasileiros na natação dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 são também aqueles que agora sofrem na pele as consequências do fracasso coletivo. Bruno Fratus, Thiago Pereira, Felipe França e Leonardo de Deus estão entre os nadadores que não tiveram contratos renovados pelos seus clubes na virada do ano. Desses, só Léo de Deus achou uma nova casa, a Unisanta, porque aceitou um corte salarial. Os demais convivem com o fantasma do desemprego.

A conjuntura econômica e o fracasso da natação brasileira no Rio-2016 fizeram o orçamento das três grandes equipes do País ser reduzido para o próximo ciclo olímpico. Com o cobertor mais curto, Pinheiros, Minas Tênis e Corinthians baixaram o teto salarial, atingindo os mais bem remunerados. Cesar Cielo, Thiago Pereira, Felipe Lima (todos do Minas), Leonardo de Deus, Thiago Simon, Felipe França (do Corinthians), Bruno Fratus, Henrique Rodrigues, João de Lucca e Joanna Maranhão (do Pinheiros) estão entre os que não tiveram contratos renovados.

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Joanna, Leonardo e Thiago Simon acertaram com a Unisanta, única equipe que ampliou investimentos no novo ciclo - também a única que ganhou medalha no Rio, com Poliana Okimoto, na maratona aquática. Henrique Rodrigues topou ganhar menos no Sesi-SP, que manteve Etiene Medeiros. Os demais estão desempregados e com mercado reduzidíssimo.

O Corinthians, por exemplo, pagava até R$ 20 mil a um nadador de ponta. Hoje, tem orçamento total na casa de R$ 25 mil por mês. Em nota, Oldano Carvalho, diretor de Esportes Aquáticos do clube, disse apenas que o Corinthians está "se reposicionando" e que não pretende deixar de formar atletas.

No Pinheiros, os cortes atingiram até Bruno Fratus, prata no Mundial de Kazan, na Rússia, em 2015. Ele reclama por não ter sido nem chamado para conversar. "Achei esquisito depois de 10 anos de clube e inúmeras conquistas, uma história toda dentro do clube, ser apenas avisado que não renovariam o meu contrato. Depois de 10 anos dando o sangue pelo clube, ser descartado deixa um gosto amargo", lamentou o nadador, sexto nos 50 metros livre no Rio.

Ele treina nos Estados Unidos e costuma voltar ao Brasil só para competir pelo Pinheiros. O clube não tem mais interesse neste tipo de relação. "Optamos por não renovar com alguns atletas, por vários motivos, sendo o principal deles o de concentrar os maiores investimentos no grupo que está treinando na sede do clube, em São Paulo e ajudando na formação das novas gerações", explicou Alberto Silva, o Albertinho, supervisor técnico do Pinheiros.

Por causa desta nova diretriz, João de Lucca também não teve seu contrato renovado, assim como Joanna Maranhão, agora casada com o judoca Luciano Corrêa, do Minas. Ela fechou com a Unisanta, mas treinará em Belo Horizonte.

A diretriz é a mesma no Minas Tênis Clube, pelo que explica Hélio Lipiani, novo diretor de natação. "O atleta tem que estar treinando com a gente. Não queremos mais atleta que venha para nadar na competição e ir embora", disse. Apesar de Thiago Pereira ter voltado ao Brasil de mala e cuia depois de longo período morando e treinando nos Estados Unidos, o medalhista olímpico sequer foi procurado para renovar contrato. Até Cesar Cielo, que ainda não decidiu se para ou se continua na natação de competição, foi embora sem que o Minas lamentasse.

O cenário para nomes como Thiago, Fratus, França e Felipe Lima é incerto. "Tenho tentado diálogo com alguns clubes, mas o cenário não está animador", admitiu Fratus.

Sensação das piscinas em 2016, a húngara Katinka Hosszú começou o Mundial de Natação em piscina curta (de 25 metros) com medalhas. Em Windsor, no Canadá, foram duas nesta terça-feira, no primeiro dia de competições que vai até domingo. A primeira foi a de prata, de forma surpreendente, nos 200 metros livre - perdeu para a italiana Federica Pellegrini. Depois, ganhou a de ouro nos 400 metros medley.

No Mundial, Katinka Hosszú disputará 12 provas e já afirmou que quer ganhar 12 medalhas, o que seria um recorde histórico. Nesta terça-feira, nos 200 metros livre, Federica Pellegrini ultrapassou a húngara nos últimos metros e venceu a prova com 1min51s71, meio segundo à frente da adversária. Katinka, eleita a melhor nadadora do mundo em 2016, se recuperou minutos depois e venceu os 400 metros medley com sobras. Ela ainda nadou a semifinal dos 100 metros costas, avançando para a decisão com a quinta melhor marca.

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Já os brasileiros ficaram bem distante das medalhas nesta terça-feira. A primeira a cair na água foi Manuella Lyrio, que terminou os 200 metros livre na oitava posição. Depois, foi a vez de Leonardo de Deus ir para a água. Nos 200 metros borboleta, ficou na quinta colocação. Os dois foram semifinalistas nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 nestas mesmas provas.

"Foi melhor do que de manhã (nas eliminatórias), ganhei uma posição. Estou bem satisfeito, é a última competição do mundo. Ainda vou nadar os 200 metros costas nesta competição. Nadar em piscina curta é mais tranquilo, a gente chega aqui dá um resultado bom, valeu. Vamos treinar mais", disse Leonardo de Deus, em entrevista ao canal de TV a cabo SporTV.

Na semifinal dos 100 metros peito, Felipe França conseguiu a vaga para a final, que será disputada nesta quarta-feira. O brasileiro venceu a primeira série com 56s99, enquanto que Felipe Lima foi sexto na segunda com 57s41 e ficou de fora da decisão. "Agora tem um dia para poder descansar e arrumar os detalhes, que vão fazer a diferença na final. Precisa estar leve, né? O ano não foi fácil, treinamos muito, precisamos descansar não só o corpo, como a mente", afirmou Felipe França, que passou para a final com a segunda marca.

Com uma delegação enxuta, o Brasil chega ao Mundial em Windsor sem muita expectativa. São apenas 13 representantes - Guilherme Guido e Henrique Rodrigues pediram dispensa e Kaio Márcio perdeu o voo de Belo Horizonte para São Paulo.

Depois de passar em branco nos Jogos Olímpicos do Rio, a natação brasileira gerou críticas até dos próprios atletas. Como agravante, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) vive um período turbulento diante de denúncias de corrupção que envolvem o presidente Coaracy Nunes, no cargo desde 1988, e outros dirigentes. A redução de investimento no período de preparação para a Olimpíada de Tóquio-2020 ronda o esporte e é motivo de preocupação.

Uma das provas mais acirradas da natação brasileira nos últimos anos, os 100 metros peito garantiu mais três índices olímpicos ao País neste sábado, na seletiva disputada na piscina da Unisul, em Palhoça (SC). Felipe França, principal referência do Brasil na prova, obteve a marca ao lado de Felipe Lima e Pedro Cardona.

Ao vencer a prova, com o tempo de 59s56, França ainda bateu o recorde do campeonato. O nadador do Corinthians foi seguido de perto por Felipe Lima (1min00s09), do Minas Tênis, e por Pedro Cardona (1min00s41), do Pinheiros. O trio nadou abaixo do tempo de 1m00s57, o índice olímpico da prova.

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"A primeira coisa importante foi tirar o peso das costas. Estou treinando bem mais, ainda não estou totalmente descansado, mas graças a Deus deu tudo certo. A meta é sempre tentar diminuir o tempo. Até o Troféu Maria Lenk, tenho que continuar treinando muito, controlar a alimentação e segurar a ansiedade", disse França, referindo-se à segunda e última seletiva olímpica da natação brasileira, a ser realizada em abril de 2016.

Felipe Lima também demonstrou alívio com a meta alcançada nesta primeira seletiva. "Primeira página virada, primeiro passo dado. Primeira seletiva olímpica é muita pressão em cima de todo mundo, ainda mais sabendo que já têm três atletas nadando abaixo do índice, mas natação é assim, feita de superação. Todo mundo tem sua chance e a primeira já foi dada", declarou.

Também se destacaram neste sábado os velocistas Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Etiene Medeiros, todos com índice olímpico nos 50 metros livre. Fratus voltou a nadar abaixo do índice, como fez na quarta-feira, quando abriu o revezamento do 4x50m livre do Pinheiros, com 21s37, o segundo melhor tempo do mundo neste ano. Mas desta vez não foi tão veloz, com 21s66.

Com o resultado, manteve o índice obtido na quarta. Havia a possibilidade de ele perder a marca porque, pelo regulamento da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), os índices para provas de 50m, 100m e 200m livre feitos na abertura de revezamentos só valem se os respectivos atletas não participarem (ou tiverem participado) da prova individual no mesmo evento.

Fratus nadou a prova individual, mas não teve problemas para nadar abaixo da marca olímpica (que é de 22s27). "O objetivo foi cumprido. No revezamento era vencer a prova e hoje, conquistar o índice. Ganhei as três principais competições nacionais (Troféus Maria Lenk e José Finkel e Brasileiro Sênior), medalha nos Jogos Pan-Americanos e medalha no Mundial dos Esportes Aquáticos de Kazan. Ano que vem vai ser ainda melhor", disse o motivado nadador, que ameaça o domínio de Cesar Cielo da prova.

Marcelo Chierighini também obteve o índice, com 22s17. No feminino, Etiene Medeiros registrou 24s96. "É bom estar fazendo o índice, ver que estou conseguindo. Vou analisar com o meu técnico (Fernando Vanzella) o que vamos fazer para a nossa programação da Olimpíada", afirmou a nadadora.

Recordista mundial dos 100m peito, o fenômeno britânico Adam Peaty, de apenas 21 anos, é agora também recordista mundial dos 50m peito, prova que não é olímpica. Se pela manhã, nas eliminatórias do Mundial de Kazan (Rússia), o sul-africano Cameron van der Burgh melhorou seu recorde para 26s72, à noite, na semifinal, Peaty baixou 0s20 de uma só vez, para 26s42. Felipe França avançou à final com o quarto melhor tempo.

Peaty começou a aparecer para o mundo da natação apenas no ano passado, quando foi prata nos 50m e ouro nos 100m peito nos Jogos da Commonwealth, sempre em confronto direto contra Van der Burgh. Depois, no Mundial de Piscina Curta de Doha (Catar), perdeu as duas provas para Felipe França.

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Em Kazan, no seu primeiro Mundial de Piscina Longa, quer a dobradinha. Nos 100m, foi o mais rápido das eliminatórias, da semifinal e ganhou o ouro com recorde do campeonato. Agora, nos 50m, já baixou em 0s25 o recorde que Van de Burgh ostentava desde 2009, quando ainda eram permitidos os trajes tecnológicos.

O tira-teima entre os dois será na final dos 50m peito, quarta-feira. Van der Burgh avançou com o melhor tempo da outra semifinal: 26s74, novamente abaixo daquele recorde que durou até a manhã. Felipe França fez o segundo melhor tempo da sua vida: 26s87, suficiente para classificá-lo em quarto. Ficou atrás também do norte-americano Kevin Cordes (26s76). O esloveno Damir Dugonjic também nadou na casa de 26 segundos.

O outro brasileiro da prova, Felipe Lima, ficou pelo caminho. Bronze nos 100m peito no Mundial de Barcelona, há dois anos, ele já havia ficado de fora da final da prova mais longa e também não vai disputar medalha nos 50m. Nadou em 27s50, a 0s30 do oitavo colocado. Vale lembrar que João Luiz Gomes Júnior, quinto do ranking mundial no ano passado, não foi a Kazan porque passou o primeiro semestre (período de obtenção de índices) suspenso.

Felipe França decepcionou neste domingo, no Mundial de Esportes Aquáticos, ao deixar escapar nos metros finais de sua sessão a vaga na final dos 100 metros peito, em Kazan, na Rússia. Ele não passou do 11º tempo na semifinal, enquanto Felipe Lima foi o 13º.

França fez boa largada e sustentou a segunda colocação durante a maior parte da prova. Nos metros finais, contudo, o brasileiro perdeu ritmo e bateu apenas em sexto lugar, com 59s89. Para efeito de comparação, anotou 59s21 para levar o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Também foi melhor na eliminatória, com 59s56.

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Ele era um dos favoritos ao título mundial porque registrara anteriormente o terceiro tempo do ano. "Eu estava um pouco cansado. Cansei mais na volta, isso faz com que a gente aprenda a não errar lá na frente. Tenho certeza de que vou corrigir as falhas. E bola para frente porque ainda não acabou", disse França, em entrevista ao Sportv.

Na terça-feira, o brasileiro disputará as eliminatórias dos 50 metros peito, prova que é sua especialidade. Ele foi campeão mundial em Xangai, em 2011, e medalha de prata no Mundial de Roma, em 2009.

Correndo por fora na disputa do peito, Felipe Lima teve desempenho semelhante ao de França neste domingo. Virou em terceiro lugar, mas caiu de rendimento na parte final e bateu apenas na oitava e última colocação da série, com o tempo de 1min00s19, superior ao resultado da preliminar, com 1min00s26.

Menos de duas semanas depois da histórica participação no Mundial de Doha, em piscina curta (25 metros), em que o País se sagrou campeão com 10 medalhas (sete de ouro), os nadadores brasileiros estão de volta às piscinas. Começa nesta quarta-feira, na sede do Botafogo, no Rio, o Torneio Open, primeira qualificatória para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, e o Mundial de Kazan, na Rússia, ambos em 2015. A segunda e última oportunidade de índice para as competições será o Troféu Maria Lenk, em abril.

Todos os medalhistas de Doha estarão presentes, assim como importantes atletas brasileiros que não estiveram no torneio, como o polivalente Thiago Pereira e os velocistas Bruno Fratus e Matheus Santana. "Vai começar a corrida pelo Pan e pelo Mundial, os campeonatos mais importantes de 2015", disse Thiago Pereira. O medalhista olímpico e mundial abriu mão de ir para o Catar para se dedicar a um longo período de treinos com seus novos treinadores, Dave Salo e Jon Urbanchek, na Califórnia.

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Thiago Pereira está inscrito para defender o Sesi-SP em cinco provas. Estreia nesta quarta, nos 100 metros costas, e ainda nada os 100 metros borboleta, 100 metros livre, 200 metros livre e 200 metros medley. "Estou pronto para nadar bem e conseguir bons tempos, mesmo não estando totalmente polido".

Cesar Cielo, que colocou Doha como principal competição de seu calendário, vai nadar duas provas individuais - 50 metros livre e 50 metros borboleta -, além de revezamentos que possam ajudar seu clube, o Minas Tênis-MG, na briga pelo título. "O Open é mais importante para o clube do que para mim", afirmou o nadador. "Mas o mais importante foi todo mundo sair de Doha com a vontade de continuar competindo".

No primeiro dia de disputas, as eliminatórias (válidas pelo Campeonato Brasileiro Sênior) serão às 9 horas. As finais ocorrem a partir das 17h30. Etiene Medeiros, recordista mundial e campeã dos 50 metros costas em Doha, defende o Sesi nos 100 metros. "Vim de um ano positivo e espero terminar assim, confirmando minha vaga para Kazan e para o Pan".

Dono de cinco dos sete ouros conquistados pelo Brasil no Catar, Felipe França também nada nesta quarta a sua especialidade, os 50 metros peito, pelo Corinthians-SP.

Felipe França voltou a subir no lugar mais alto do pódio no Mundial de Piscina Curta, de Doha, neste domingo (7). O brasileiro se sagrou bicampeão nos 50 metros peito, sua especialidade, ao bater na frente com o tempo de 25s63, novo recorde do campeonato. Foi sua quarta medalha de ouro no Catar.

França já havia brilhado nos 100 metros peito e nos revezamentos 4x50m medley e 4x50m medley misto em Doha. Também se destacou ao chegar na final dos 200 metros peito, que não costuma disputar. E pode subir no pódio novamente no 4x100 metros medley ainda neste domingo.

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"Creio que tem muito mais por vir ainda, muita batalha, muita luta, treinos", disse o brasileiro, já pensando nas próximas competições. "Vamos lutar bastante para ir bem em Kazan [Mundial de piscina longa, em 2015] para que, em 2016, eu possa ter um belo desempenho no Rio", declarou França, em entrevista à Sportv.

Para vencer novamente em Doha, o brasileiro deixou para trás rivais como o sul-africano Cameron Van Der Burgh, atual recordista mundial da prova em piscina de 25 metros. Van Der Burgh vai dividir a medalha de prata com o britânico Adam Peaty, porque os dois nadadores completaram a prova com o tempo de 25s87. João Gomes Júnior terminou em oitavo e último lugar, com 26s39.

Com o triunfo de França, o Brasil alcançou a marca de seis medalhas de ouro em Doha, a terceira do dia. Mais cedo, Cesar Cielo levou a melhor nos 100 metros livre e Etiene Medeiros surpreendeu ao se sagrar campeã nos 50 metros costas, com direito a recorde mundial.

O Brasil encerrou o segundo dia do Mundial de Piscina Curta, em Doha, no Catar, com mais uma medalha de ouro. E novamente com Felipe França, um dos principais nadadores da equipe brasileira no revezamento misto 4x50 metros medley. Com o especialista em peito na piscina, o time nacional subiu no lugar mais alto do pódio, nesta quinta-feira.

O revezamento brasileiro bateu na frente com o tempo de 1h37s26, à frente da Grã-Bretanha (1min37s46) e da Itália (1min37s90). A equipe contou ainda com Etiene Medeiros, Nicholas Santos e Larissa Oliveira.

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Etiene foi a primeira a cair na piscina. No estilo costas, entregou no sétimo lugar. Em seguida, França iniciou a reação brasileira. Ele reduziu a vantagem dos rivais e bateu em quinto.

Nicholas Santos, então, deu sequência à recuperação, no borboleta, e entregou na primeira colocação. Larissa sustentou a vantagem no estilo livre e garantiu a vitória. "Foi uma parcial boa, consegui buscar o pessoal na ponta. E conseguimos uma excelente conquista para o Brasil", comemorou Nicholas, em entrevista à Sportv.

Com a conquista, o Brasil chegou a sua terceira medalha de ouro no Mundial, todas conquistadas nesta quinta. Felipe França foi o grande destaque, ao participar dos três pódios, no 4x50 metros medley e no revezamento misto do mesmo estilo, além de vencer individualmente os 100 metros peito. "Foi para fechar o dia com chave de ouro", festejou o nadador.

Agora ele soma seis medalhas em Mundiais de Piscina Curta. Em 2010, ele levou o ouro nos 50 metros e o bronze nos 100 metros, também no peito. Também foi o terceiro colocado no 4x100 metros medley. Em Doha, ele faturou o ouro no 4x50 metros medley, ao lado de Cesar Cielo, no 4x50m medley misto e nos 100 metros peito.

Fechando o dia em Doha, a equipe norte-americana faturou o ouro no revezamento 4x200 metros livre. Eles marcaram 6min51s68 e bateram na frente, seguidos dos italianos (6min51s80) e dos russos (6min51s96). Os brasileiros terminaram a prova na sexta colocação, com 6min54s53. O time foi representado por João de Lucca, Gustavo Godoy, Fernando Santos e Gabriel Ogawa.

O Brasil festejou a sua campanha no Campeonato Sul-Americano de Natação, encerrado no último domingo e realizado em Mar del Plata, na Argentina. Campeã do torneio, a equipe encerrou a competição com 51 medalhas, sendo 22 de ouro, 18 de prata e 11 de bronze, o que lhe rendeu 542,50 pontos na classificação geral, à frente da Argentina, com 487, e do Paraguai, com 166.

"A gente sabe que o Brasil vem conquistando essa hegemonia na natação sul-americana há um tempo e foi muito importante conseguir manter. As meninas estão de parabéns. Temos um grupo bom, de qualidade e que acredita que pode conseguir mais. Acreditando nelas e com muito trabalho, elas podem sim ir mais longe. Neste torneio, o feminino venceu todos os revezamentos, conseguiram um grande numero de medalhas, além de boas colocações de uma forma geral. Todas estão em períodos de treinamento, mas mesmo assim conseguiram apresentar bons tempos, o que nos dá uma perspectiva positiva", analisou o coordenador técnico da seleção feminina, Fernando Vanzella.

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O melhor índice técnico do campeonato entre os nadadores foi de Felipe França, do Brasil, na prova dos 50 metros peito, vencida com o tempo de 27s82. E o brasileiro, que ganhou todas as provas que disputou em Mar del Plata, acredita que a competição deu mais experiência aos nadadores visando o Mundial de Piscina Curta (25 metros) deste ano em Doha e também os Jogos Pan-Americanos, em 2015.

"Estou muito feliz e grato por mais um título. Agradeço a Deus por mais esse prêmio. Os 50m peito é uma prova forte para ganhar índice técnico e fico muito satisfeito por ter conquistado. Tenho certeza que essa vitória da equipe brasileira é importante para a natação como um todo e a experiência ganha pelo conjunto, pode fazer diferença nas próximas competições, como o Mundial de Doha e Pan-Americano", disse Felipe França.

No domingo, quarto e último dia de competições, os brasileiros conquistaram 13 medalhas, sendo cinco ouros, seis pratas e dois bronzes. Graciele Herrmann (25s47) e Alessandra Marchioro (26s31) conseguiram uma dobradinha nos 50 metros livre, assim como Guilherme Guido (25s46) e Fabio Santi (25s56) nos 50 metros costas e Felipe França (2min13s99) e Thiago Simon (2min15s32) nos 200 metros peito, além de Etiene Medeiros (1min01s72) e Natalia de Luccas (1min02s85) nos 100 metros costas.

Matheus Santana (50s06) conquistou a medalha de prata, atrás do argentino Frederico Grabich (49s29) nos 50 metros livre. Etiene Medeiros, Biatriz Travalon, Daynara de Paula e Graciele Herrmann venceram o revezamento 4x100 metros medley feminino em 4min10s41, enquanto Fernando Ernesto, Matheus Santana, Marcos Macedo e Leonardo Alcover, levaram a prata no 4x100 metros livre, atrás da Argentina, ao marcar 3min20s26. Thiago Simon (4min28s88) foi terceiro nos 400 metros medley, assim como Beatriz Travalon (1min11s73) nos 100 metros peito.

O nadador Felipe França brilhou nesta quinta-feira na eliminatória dos 100 metros peito no Troféu José Finkel, disputado em piscina curta, de 25 metros, em Guaratinguetá (SP). Ele bateu dois recordes sul-americanos na mesma prova, obteve o índice para o Mundial, registrou o melhor tempo do ano na prova e ainda se aproximou da melhor marca mundial.

Com o tempo de 56s25, ele superou o próprio recorde sul-americano, que era de 56s49, registrado em novembro de 2009. A melhor marca veio também nos 50 metros ao registrar 26s21 na virada, deixando para trás novamente outro tempo que era seu - 26s27.

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Na lista do ano, França cravou o melhor tempo até agora pertencia ao húngaro Daniel Gyurta, com 57s04. Com esta marca, assegurou com tranquilidade vaga no Mundial em Piscina Curta de Doha, no Catar, em dezembro. De quebra, o brasileiro ficou perto do recorde mundial, de 55s61, do sul-africano Cameron Van der Burgh.

"Não esperava fazer esse tempo logo agora de manhã. Forcei a passagem (virada) e creio que de tarde pode ser melhor", surpreendeu-se o nadador, que já pensa em tentar a marca mundial na final, à tarde.

O nadador encara o grande desempenho como uma volta por cima, após decepcionar nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. "Eu vou por etapas e depois das Olimpíadas de Londres sofri bastante. Passei por reflexões sobre o que podia melhorar, o que deu certo, o que deu errado e amadureci bastante. Essa foi a primeira etapa. A segunda foi perseverar para não desistir", afirmou.

França não foi o único a bater recorde sul-americano nesta manhã. Etiene Medeiros cravou nova marca nos 50 metros costas, com o tempo de 26s58, superando tempo anterior de Fabíola Molina (26s81). A marca de Etiene é a quarta melhor da temporada na prova, o que garante seu índice para o Mundial.

"Nadei bem. Eu estava pensando neste recorde. Estou tentando melhorar sempre que caio na água nesta competição e, se estou conseguindo, porque não tentar o melhor resultado logo de manhã? Estou bem feliz e aproveitando demais a boa fase", comemorou Etiene, de 23 anos.

Leonardo de Deus também obteve índice nesta quinta, ao registrar 1m53s11 nos 200 metros borboleta, abaixo do 1m53s91 exigido para entrar no Mundial.

Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, Thiago Pereira voltou a competir nesta terça-feira na prova dos 400 metros medley e avançou para a final do Troféu José Finkel, que está sendo realizado em São Paulo, no Sesi Vila Leopoldina. O atleta do Corinthians foi o mais rápido das eliminatórias, com o tempo de 4min12s96.

Ele explicou que se poupou para a final, que será realizada ainda nesta terça-feira, quando tentará obter o índice para o Mundial de Natação em Piscina Curta, que será realizado em dezembro na Turquia, em Istambul. Para obter a vaga, Thiago Pereira precisa nadar a distância em até 4min06s96.

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"A gente tem que economizar sempre que dá porque essa prova é cansativa e a prova é no mesmo dia. Mas vou tentar o índice pro Mundial à noite e quero também pontuar pro Corinthians. Não quero deixar pro Open pra poder tirar umas férias. Pra uma primeira caída na água após a Olimpíada foi bom, me senti bem, mas errei algumas viradas por falta de costume com os 25 metros. Os 400m na piscina longa acabou pra mim. Na curta não me desgasto tanto", explicou.

A holandesa Frederike Heemskerk, que compete pelo Minas Tênis no Troféu José Finkel, voltou a se destacar no José Finkel ao quebrar o recorde do campeonato nos 200 metros livre, com o tempo de 1min56s94.

Na prova masculina dos 100 metros peito, Raphael Rodrigues foi o mais rápido nas eliminatórias, com a marca de 58s70, à frente de Henrique Barbosa (59s29) e Felipe França (59s81), do Pinheiros.

"Na verdade estou querendo férias, mas vim aqui para ajudar o Pinheiros. Graças a Deus é piscina curta que não me desgasto tanto. Fiquei duas semanas sem treinar forte, mas dá pra encarar por causa do trabalho pra Olimpíada que deixa uma base", disse Felipe França.

Os nadadores voltam a competir nesta terça-feira, a partir das 17h30, quando serão realizadas as semifinais masculinas e femininas dos 100 metros borboleta, finais dos 200 metros livre, 400 metros medley, 50 metros livre e semifinais dos 100 metros peito.

A prestigiosa revista norte-americana Sports Illustrated aposta que Felipe França será vice-campeão olímpico. Qualquer atleta que nunca conquistou uma medalha olímpica poderia se sentir lisonjeado, mas não o peitista nascido em Suzano, que diz que só pensa no ouro.

"Treino para o ouro. Nem ouço quando falam em prata. Já visualizei. O dia 28 (data as eliminatórias dos 100m peito) está automático na minha mente, no meu corpo e no meu coração. É nadar o mais rápido possível, economizando energia nos primeiros 50 metros, e na volta fazer como se fosse um tiro de 50 metros, nadando em ritmo de campeão mundial", afirmou o nadador brasileiro, nesta quarta-feira, em entrevista coletiva.

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Glutão que se regenerou, Felipe perdeu oito quilos desde o Mundial de Xangai, onde foi o primeiro colocado nos 50m peito, prova não olímpica, mesmo carregando o peso extra. Obrigado a um regime forçado - não come nem o biscoitinho que acompanha o café - ele se prepara para ceder ao seu apetite voraz no dia 30.

"A comida aqui no Crystal Palace é muito boa. Particularmente adoro arroz e feijão com bife. Mas sou obrigado a passar longe dos pudins e dos doces. Mas dia 30 (posterior ao da final dos 100m peito) vou comer tudo", avisou.

Para pode comer "tudo" com o ouro no peito, França terá primeiro que superar Kozuke Kitajima, o japonês que domina a prova. "O Kitajima sempre foi nossa referência no começo do nosso trabalho", diz Arilson Soares, técnico de França no Pinheiros, dando a entender que o oriental não é mais o modelo a ser seguido.

Se Cesar Cielo se classificou com tranquilidade para as finais dos 100 metros livre neste domingo, em sua prova de estreia neste Pan de Guadalajara, Felipe França dominou as eliminatórias dos 100 metros peito da competição com o tempo de 1min00s71, bem próximo de baixar a marca de um minuto.

"Eu administrei a prova da manhã (no horário local) porque estava bem frio. A altitude não estou sentindo muito foi mais o fato de estar dois meses sem competir, porque meu último evento foi o (Troféu José) Finkel", disse o nadador, satisfeito com o seu desempenho nas eliminatórias.

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França afirmou que sua meta na noite deste domingo é ganhar sua primeira medalha de ouro no Pan, sem muita preocupação com o tempo. Ele admitiu que não treinou muito na piscina. "Me dediquei mais à parte física, para perder peso", disse o nadador, que está sete quilos mais magro. "Realmente me senti bem ao competir mais leve. Estou nadando melhor." A final dos 100 metros peito terá outro brasileiro, Felipe Lima.

O Brasil também se classificou para finais de outras provas neste domingo. O revezamento 4x100m livre disputará a decisão à noite com grande chance de medalha. Já Tatiana Barbosa está na final dos 200 metros livre e Fabíola Molina na dos 100 metros costa.

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