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O papa Francisco recebeu nesta sexta-feira (29) "sentado" um grupo de membros de um tribunal da Santa Sé, devido a uma dor no ciático que o impediu de pronunciar seu discurso de pé.

"Deveria falar com vocês em pé, mas vocês sabem que o ciático é um hóspede um pouco irritante. Peço desculpas, falarei sentado", comentou o pontífice antes de pronunciar um discurso aos membros da Rota Sagrada, o tribunal encarregado da anulação dos matrimônios eclesiásticos.

Este é um encontro tradicional organizado em janeiro com ocasião da inauguração do ano judicial.

O pontífice, de 84 anos, adiou há uma semana vários compromissos previstos, entre eles o encontro anual com o corpo diplomático. Devido ao seu problema de saúde, ele também renunciou a presidir a missa de domingo.

Francisco, afetado por uma "dor no ciático", também não presidiu as celebrações litúrgicas programadas para o fim de ano, em 31 de dezembro e 1o de janeiro.

O papa argentino usa sapatos especiais devido a essa lesão no nervo ciático que o incomoda há vários anos.

No avião de retorno de sua primeira viagem ao exterior em 2013, o papa argentino confessou aos jornalistas que o ciático marcou seu primeiro mês de pontificado.

"O pior? É que me veio uma dor no ciático, a tive no primeiro mês. Porque para fazer as entrevistas eu precisava sentar em uma poltrona, e isso me prejudicou. É uma dor ciática muito, muito dolorosa. Não a desejo para ninguém", confessou aos jornalistas que o acompanhavam de um retorno do Brasil.

O papa argentino já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19. Francisco é considerado uma pessoa de risco, já que quando tinha 21 anos, em 1957, sofreu uma pleurisia aguda e os cirurgiãos precisaram remover parcialmente seu pulmão direito.

"Não se movimentar e buscar um estilo de vida saudável é extremamente prejudicial. Atualmente, já é possível fazer uma conexão de que, quanto mais tempo a pessoa passa sentada, maior é o risco de mortalidade por doenças ligadas ao peso e à falta de exercícios", afirmou a Profa. Dra. Rita Raman, médica pediatra pela Universidade de Oklahoma, em palestra no Congresso Brasileiro de Nutrologia, que é realizado em São Paulo.

A obesidade está associada a diversas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, colesterol, artrite e doenças nas articulações, doenças autoimunes e problemas psicossociais, e paralelamente o sedentarismo é um dos piores fatores.

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Os problemas psicossociais e as dificuldades na farmacoterapia antiobesidade também foram abordados pelo Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. "Alguns governos ainda não compreendem a importância do tratamento de uma doença crônica, como a obesidade, através de agentes farmacológicos. Uma pessoa hipertensa sem o devido remédio terá crise de pressão alta. O obeso sem o remédio engorda e sofre discriminações", pontua.

Para ele, a comparação é inevitável. "Quantas vezes você já não ouviu: Você engordou, mas nossa, você não estava tomando 'aquele' remédio? Nem sempre a farmacoterapia é indicada, portanto existe a necessidade de um acompanhamento médico especializado".

Para a Prof. Dra. Maria Cristina Jimenez, presidente da Sociedad Paraguaya de Nutrición, o principal é compor uma equipe multidisciplinar para o combate da obesidade. "Médicos nutrólogos, endocrinologistas, cardiologistas, psicólogos e nutricionistas devem compor uma equipe para combater a doença. Uma pessoa que reduz de 5% a 10% promove uma melhora corporal em curto prazo, porém nunca a homeostase energética – o gasto energético que é a interação metabólica que mantém a energia do corpo para sobrevivência em curto e longo prazo – será a mesma entre ex-obesos e magros", diz.

A obesidade e mais outros 60 assuntos relacionados à Nutrologia serão discutidos entre 28 e 30 de setembro, durante o XXI Congresso Brasileiro de Nutrologia, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Com informações de assessoria

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