Tópicos | Serasa

O movimento de consumidores nas lojas de todo o País em novembro cresceu 1,5% sobre outubro, com ajuste sazonal, mostrou hoje o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. O bom resultado foi puxado pelo segmento de veículos, motos e peças, que registrou alta de 4,5%. Em outubro, o indicador geral havia registrado aumento de 0,3% ante setembro.

O movimento dos consumidores é medido por meio do volume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. Pelo indicador, nenhum segmento do varejo teve desempenho negativo. O grupo de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas registrou estabilidade e os demais obtiveram expansão: móveis, eletroeletrônicos e informática (1,1%), combustíveis e lubrificantes (1,4%), tecidos, vestuário, calçados e acessórios (1,4%) e material de construção (0,9%).

##RECOMENDA##

No acumulado de 2011, a atividade varejista registrou expansão de 8,9% até novembro, seguindo a trajetória de desaceleração em relação às altas acumuladas no ano até setembro (9,4%) e outubro (9,1%). Os destaques no ano são os segmentos de material de construção (11%), combustíveis e lubrificantes (8,7%) e móveis, eletroeletrônicos e informática (8%).

Para os economistas da Serasa Experian, o segmento de veículos, motos e peças alcançou o melhor desempenho em novembro embalado pela suspensão temporária da cobrança de IPI mais elevado sobre os automóveis importados. Também exerceram influência positiva sobre a atividade varejista a queda dos juros e o pagamento da primeira parcela do 13º salário.

O Indicador Serasa Experian de Perspectiva Econômica subiu 0,2% em setembro em relação a agosto e atingiu 98,9 pontos. O resultado indica que, após ter entrado em estagnação no segundo semestre, a economia brasileira deve retomar trajetória de crescimento a partir do primeiro trimestre de 2012. Este foi o segundo aumento consecutivo do indicador, que busca identificar os movimentos cíclicos da economia com seis meses de antecedência - em agosto havia chegado a 98,7 pontos.

De acordo com a Serasa Experian, a economia deve voltar a crescer por conta da redução das taxas de juros, da melhoria das condições de crédito e da estabilização dos níveis de inadimplência tanto dos consumidores quanto das empresas. Além disso, o reajuste do salário mínimo para o ano que vem, em aproximadamente 14%, e as eleições municipais deverão, segundo a entidade, "gerar dinamismo" em 2012.

##RECOMENDA##

O índice de cheques devolvidos em outubro em todo o País subiu 0,1 ponto porcentual em relação a setembro e chegou a 1,92%, informou hoje a Serasa Experian. Houve aumento também na comparação com outubro de 2010, quando foi devolvido 1,56% do total dos cheques emitidos. No acumulado do ano até outubro, o porcentual de devoluções atingiu 1,92% ante 1,78% no mesmo período de 2010. O maior porcentual verificado em 2011 ocorreu em março (2,13%).

Para a empresa de informações econômicas, o total de cheques sem fundos apresentou alta em outubro em razão do Dia das Crianças, quando as promoções tiveram como alvo a primeira parcela do 13.º salário. Entre as regiões do País, o Norte apresentou o pior desempenho (4,09%) e o Sudeste, o melhor (1,55%).

##RECOMENDA##

Roraima foi o Estado com maior porcentual de cheques devolvidos até outubro deste ano (12,15%), enquanto São Paulo foi o que teve menos papéis sem fundos (1,44%). Além de São Paulo, cinco unidades da Federação tiveram o abaixo da média nacional: Minas Gerais (1,78%), Santa Catarina (1,75%), Mato Grosso do Sul (1,66%), Paraná (1,63%) e Rio de Janeiro (1,58%).

A desaceleração da economia brasileira e o agravamento do quadro financeiro internacional derrubaram, pelo segundo mês seguido, o número de empresas que buscaram crédito em outubro. Segundo a Serasa Experian, a procura caiu 4,2% na comparação com setembro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, porém, houve alta de 4,1%. No acumulado do ano, o aumento foi de 3,1% ante os primeiros dez meses de 2010.

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito, a queda de outubro ante setembro foi puxada pelos micro e pequenos estabelecimentos. A busca de micro e pequenas empresas por crédito recuou 4,5% sobre setembro, mas em comparação a outubro de 2010 houve aumento de 4,2%, e no acumulado do ano, de 3,3%.

##RECOMENDA##

As médias e grandes empresas registraram em outubro avanço de 0,8% e 1,6%, respectivamente, em comparação com setembro. Ante o mesmo mês de 2010, o aumento foi de 2% para as médias empresas e de 11,4% para as grandes. No acumulado do ano, a busca por crédito apresentou queda de 0,3% no caso das médias e alta de 5,3% entre as grandes.

Para a Serasa, os números indicam que as médias e grandes empresas estão se voltando para fontes internas de financiamento diante das incertezas no cenário internacional, num movimento semelhante ao ocorrido em 2008. Além disso, o atual movimento de redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC) e de reversão de medidas macroprudenciais ainda vai demorar para fazer efeito sobre a demanda das empresas por crédito.

Na análise por setor, a demanda por empresas comerciais e industriais caiu 4,6% e a de serviços recuou 3,7%. Entre as regiões do País, a maior queda foi verificada no Centro-Oeste, onde a procura por crédito recuou 8,5% em outubro ante setembro, enquanto a menor ficou com o Sul (-1,5%). No Sudeste, a retração foi de 4,5%.

O número de pedidos de falência em todo o País aumentou 21,3% em outubro ante setembro, mostra pesquisa da Serasa Experian. Ao todo, foram 131 requerimentos no mês passado, a maior parte (86) de micro e pequenas empresas. As médias responderam por 28 requerimentos e as grandes companhias, por 17. Na comparação com outubro de 2010, porém, os pedidos registraram queda de 24,3%.

No acumulado de 2011, foram 1.453 falências requeridas, ante 1.667 de janeiro a outubro de 2010 e 2.003 no mesmo período de 2009. Apesar do aumento mensal no total de pedidos de falência, a entidade prevê melhora nos números nos próximos meses.

##RECOMENDA##

O desaquecimento da economia, segundo a Serasa Experian, pode explicar a alta de outubro, mas esse resultado, diz, não tende a se manter nos próximos meses. "Como já se iniciou um novo ciclo de redução dos juros, é pouco provável que presenciemos continuidade de crescimento dos indicadores de insolvência ao longo dos próximos meses", afirma a Serasa em seu relatório do Indicador de Falências e Recuperações, calculado pela empresa.

Se de setembro para outubro o número de pedidos de falência aumentou, o total de requerimentos de recuperação judicial foi na direção contrária e caiu 20,6%. Em comparação a outubro do ano passado, a queda foi de 32,5%. "O recuo nos pedidos de recuperações judiciais em outubro é um sinal de que, apesar das dificuldades financeiras, não se vislumbra um quadro de expansão da insolvência das empresas brasileiras no médio prazo", afirma o relatório.

O número de falências decretadas em outubro foi 51,2% menor do que o verificado em setembro e 24,5% abaixo do registrado em outubro do ano passado. Das 40 falências decretadas em outubro, 37 foram de micro e pequenas empresas e 3, de médias companhias. O total de recuperações judiciais deferidas passou de 30 em setembro para 27 no mês seguinte, queda de 10%. Ante outubro de 2010, o recuo foi de 32,5%.

A inadimplência das empresas do País cresceu 4,5% em julho ante junho, influenciada pela política monetária restritiva do governo, segundo indicador divulgado hoje pela Serasa Experian. Na comparação entre julho e o mesmo mês de 2010, a alta foi de 16,11%. No acumulado de janeiro a julho de 2011, o crescimento foi de 13,6%, ante o mesmo período do ano anterior.

Na avaliação da Serasa Experian, o aumento da inadimplência está relacionado à elevação da taxa de juros para o controle da inflação. A medida encarece o crédito para capital de giro e contribui para a desaceleração da economia, que trazem efeitos danosos para as empresas. A entidade também cita que o crescimento da inadimplência em base mensal é justificado pela menor base de comparação. No sexto mês do ano, o indicador registrou uma queda de 4,2% ante maio.

##RECOMENDA##

Por outro lado, o avanço de 4,5% no mês passado é a menor evolução mensal verificada para julho desde 2007, o que indica que a inadimplência está sob controle, avalia a Serasa Experian.

Perfil

Entre os componentes do indicador de inadimplência, foi verificada alta entre os títulos protestados (11,8%), cheques sem fundo (6,7%) e dívidas não bancárias (3,0%) em julho ante junho. No mesmo período, as dívidas bancárias caíram 3,7%.

Na comparação do acumulado deste ano com o mesmo período do ano passado, os títulos protestados cresceram 7,7%, para um valor médio de R$ 1.752,53; as dívidas com bancos subiram 6,9%, para R$ 5.059,40; os cheques sem fundos aumentaram 2,2%, para R$ 2.069,58; e as dívidas não bancárias tiveram alta de 0,3%, para R$ 736,26.

Dos 80,8 milhões de cheques compensados no País em julho, 1,6 milhão foi devolvido por falta de fundos, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian. O resultado equivale a 1,99% do total e representa uma leve alta em relação ao porcentual de junho, quando houve 1,93% de devoluções de cheques. O indicador também registrou aumento em julho ante o mesmo mês do ano passado, quando houve 1,74% de devoluções.

Segundo os economistas da Serasa Experian, o avanço da incidência de cheques devolvidos por falta de fundos em julho em comparação com junho decorre das vendas parceladas com cheques pré-datados no Dia dos Namorados. A entidade atribui os parcelamentos nessa categoria ao aumento dos juros no País e à política monetária restritiva para controle da inflação.

##RECOMENDA##

Na relação entre os períodos acumulados do ano também ocorreu elevação no porcentual de cheques sem fundos. De janeiro a julho de 2011 foram 1,94% de devoluções, ante 1,86% verificados em igual período de 2010.

Os estados com maior porcentual de cheques devolvidos no acumulado deste ano foram Roraima (11,95%), Maranhão (9,07%) e Acre (7,79%), com índices bem acima da média nacional de 1,94% no período. Já a menor ocorrência de cheques sem fundos foi verificada em São Paulo (1,47%), Rio de Janeiro (1,61%) e Paraná (1,64%).

O Indicador Serasa Experian de Cheques sem Fundos leva em conta a quantidade de cheques compensados, isto é, o total de cheques encaminhados para a câmara de compensação interbancária do Banco do Brasil (BB). Na compensação, o cheque pode ser pago ou devolvido. A pesquisa registra como "devolução" o cheque que voltou por duas vezes por falta de fundos. Isso, para a entidade, caracteriza a inadimplência.

O ritmo de crescimento da economia brasileira dá sinais de desaceleração, segundo pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian. No trimestre encerrado em abril (fevereiro, março e abril), a expansão registrada foi de 0,9%, um resultado abaixo do verificado no trimestre encerrado em março (janeiro, fevereiro e março), de alta de 1,3%. Os porcentuais já estão livres das influências sazonais.

Na avaliação dos economistas da entidade, o resultado mostra que, "após o forte ritmo de crescimento observado no primeiro trimestre de 2011, as medidas fiscais e monetárias começam a produzir certa desaceleração na economia a partir deste segundo trimestre".

##RECOMENDA##

Na comparação de abril ante março, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil se manteve estável, segundo o cálculo da Serasa Experian. A pesquisa também mostra que a atividade econômica cresceu 2,4% em abril ante o mesmo mês do ano passado e apresentou expansão de 5,6% nos 12 meses encerrados em abril.

Os dados sobre atividade econômica levam em consideração dados compilados e analisados pela Serasa Experian. O informe oficial sobre o PIB do País é de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga o dado a cada trimestre.

Consumo e investimentos

Pela pesquisa da Serasa Experian, a estabilidade da atividade econômica em abril ante maio é resultado da redução de 0,1% no consumo das famílias e do recuo de 1,3% nos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo). No mesmo período, houve expansão de 0,1% no consumo do governouma alta de 1,5% nas exportações e elevação de 8,9% nas importações de bens e serviços. Entre os indicadores de oferta, os setores de agropecuária e serviços cresceram 1,8% e 0,3%, respectivamente. Já a indústria mostrou recuo de 1,9%.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando