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O ex-primeiro-ministro da Itália e candidato nas eleições parlamentares que começam neste domingo, Silvio Berlusconi, disse que os "senhores da austeridade" na Europa tem tentado se livrar dele. "Eu contradisse os senhores da austeridade, que agora estão tentando se livrar de mim".

As declarações de Berlusconi foram noticiadas pela agência de notícias ANSA e teriam sido dadas neste sábado em Milão, durante uma entrevista para uma emissora de televisão da Grécia. Se confirmada, essa entrevista pode gerar problemas para o ex-premiê, já que a legislação italiana proíbe declarações dos candidatos na véspera da votação.

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O candidato de esquerda Antonio Ingroia pediu uma punição contra Berlusconi, mas assessores dos ex-premiê alegaram que a entrevista foi dada com uma exigência explícita de que fosse veiculada somente na segunda-feira, após o fechamento das cabines de votação.

Na entrevista, Berlusconi diz que o atual primeiro-ministro tecnocrata Mario Monti é "subserviente e sempre se ajoelha perante a senhora Merkel (Angela Merkel, chanceler da Alemanha) e agora ela não quer perdê-lo". "A mesma coisa aconteceria com Bersani (Pier Luigi Bersani, candidato de centro esquerda que lidera as pesquisas de opinião). Mas eu daria trabalho a ela", acrescentou.

Na opinião de Berlusconi, a austeridade aumenta a dívida pública e "leva a uma espiral recessionária que eleva o desemprego e pode resultar na perda do equilíbrio social". O ex-premiê, que é réu em dois processos, por fraude tributária e por ter tido relações sexuais com uma prostituta menor de idade, disse ainda que os promotores "são uma máfia pior que a máfia siciliana". As informações são da Dow Jones.

Alexandre Pato assinou contrato com o Corinthians por quatro temporadas, mas de acordo com o presidente do Milan, Silvio Berlusconi, voltará ao clube italiano já no ano que vem. De acordo com o dirigente, o atacante teria prometido retornar a Milão em "um ano, um ano e meio".

"O acordo é ele ir para lá, ficar um ano, um ano e meio, e então retornar ao Milan. Foi isso que ele me disse na semana passada, quando me abraçou da última vez em que nos vimos", revelou Berlusconi a uma TV italiana.

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Além de presidente do Milan, Berlusconi mantém uma relação estreita com Alexandre Pato graças ao relacionamento de sua filha, Barbara, com o atacante. Recentemente ela inclusive chegou a garantir que a distância não atrapalharia a relação do casal.

Pato custou 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões) ao Corinthians e chega como principal aposta para a próxima temporada. Além da qualidade em campo, o jogador é visto como aposta do marketing para internacionalizar ainda mais o clube. A preocupação, no entanto, é com a sequência recente de lesões, que impediram que ele atuasse em alto nível pelo Milan nos últimos dois anos.

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que descartaria sua candidatura ao cargo de primeiro-ministro se o atual ocupante do cargo, Mario Monti, concordar em liderar o partido de centro-direita de Berlusconi, Povo da Liberdade (PDL). "Não tenho ambições pessoais", afirmou Berlusconi no lançamento de um livro em Roma. "Mas Monti não parece querer ser candidato de um partido." Ele afirmou que fará o possível para que os "moderados" vençam o Partido Democrático, de centro-esquerda, nas eleições previstas para o primeiro semestre do ano que vem, e que acredita poder recuperar a maior parte dos votos recebidos por ele em sua campanha de 2008.

Além disso, o ex-premiê atacou os líderes europeus que criticam sua volta à política, dizendo que existe "muita malícia" dentre os líderes da região e que é uma "mentira colossal" dizer que ele levou a Itália para perto do abismo.

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Berlusconi também reiterou suas críticas à política econômica da Alemanha, dizendo que a União Europeia idealizada por ele não consistiria em "uma hegemonia de interesses próprios". Ele acusou os bancos alemães de comandarem vendas sistemáticas de bônus italianos em junho de 2011, levando ao aumento nos custos de empréstimos da Itália, o que o fez abrir espaço para Monti. Segundo ele, porém, os 5 bilhões de euros a mais em custos de financiamento nunca seriam capazes de colocar a Itália na beira da falência.

Ele afirmou que o euro não é uma moeda "verdadeira", já que não existe um banco central disposto a "emitir moeda" como no Japão, para eliminar a possibilidade de um default.

Na semana passada, Berlusconi havia anunciado que pretende concorrer novamente ao cargo de primeiro-ministro. Hoje, ele foi perguntado cinco vezes se esse ainda é o seu plano, já que suas respostas não foram convincentes. "Neste momento, sou candidato a primeiro-ministro", afirmou. "Com certeza venceremos."

As informações são da Dow Jones.

A Itália voltou ao centro das atenções na crise da zona do euro nesta segunda-feira, após o primeiro-ministro Mario Monti ter dito que renunciará ao cargo depois que o Parlamento votar o orçamento de 2013, o que deverá ocorrer até o final deste mês ou no começo de janeiro. Quando Monti renunciar, o presidente Giorgio Napolitano marcará eleições gerais, que deverão ocorrer em fevereiro do próximo ano. O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de 76 anos, declarou nesta segunda-feira que não teme enfrentar Monti nas eleições, se o economista decidir se candidatar, e também não teme a centro-esquerda - que recentemente lançou a candidatura de Pier Luigi Bersani, chefe do Partido Democrático (PD). Nesta segunda-feira, o prefeito de Florença, Matteo Renzi, rechaçou um convite de Berlusconi para juntar forças com o partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano) do magnata da mídia.

Monti afirmou hoje em Oslo que os mercados financeiros não deveriam temer um "vazio político" na Itália. Segundo ele, o governo italiano "está mantendo todas as suas funções e continuará a mantê-las após o chefe de Estado (Napolitano) dissolver o Parlamento. O governo também continuará a funcionar até passar a administração a um novo governo", afirmou.

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Renzi disse a Berlusconi que não tem interesse em mudar de lado. "Você pode comprar coisas, não pessoas, pelo menos não a mim", afirmou o prefeito florentino em uma declaração publicada no Twitter. Os jornais italianos informaram nesta segunda-feira Berlusconi anunciou seu plano para "vencer" as eleições gerais na próxima primavera (na Europa), tendo deixado uma porta aberta para Renzi, ao convidá-lo para se juntar a seu partido de centro-direita. "Feche a porta, está frio lá fora", afirmou Renzi.

A Bolsa de Valores de Milão fechou nesta segunda-feira em queda de 2,2% no índice FTSE-MIB, perdendo 345,21 pontos na jornada. O yield (taxa de retorno) dos bônus italianos de 10 anos voltou a subir hoje, em 0,26 pontos porcentuais para 4,79%. "A sucessão de Mario Monti será uma incerteza para a solução da crise na zona do euro, e a credibilidade das reformas econômicas na Itália, sem dúvida, sofrerá um forte escrutínio nos próximos meses", disse Geoffrey Yu, estrategista no banco suíço UBS.

O partido de Berlusconi declarou que o atual governo tecnocrata da Itália acabou, provocando a decisão de Monti de renunciar assim que o orçamento de 2013 for aprovado. A decisão foi anunciada no sábado. É provável que isso ocorra antes do Natal, o que significa que as eleições gerais no país deverão ser realizadas em fevereiro ou início de março, um mês antes do prazo original.

Renzi, que foi considerado um centrista em sua primeira batalha com o líder do Partido Democrático, Pier Luigi Bersani, pediu abertamente uma mudança de gerações na política italiana, um mensagem que intensificou o debate nacional, mas que acabou por ser rejeitada pelos eleitores no país demograficamente mais idoso da Europa.

As pesquisas de opinião indicam que o Partido Democrático, de Bersani, está muito à frente dos rivais, mas aquém dos votos necessários para conquistar uma maioria parlamentar por conta própria. O PDL de Berlusconi estava com 15% nas intenções de voto nas últimas pesquisas, publicadas em outubro. As eleições regionais feitas em outubro na Sicília foram vencidas por uma coalizão de centro-esquerda entre o PD e a Unione Democratica Cristiana (UDC, União Democrática Cristã, de centro), que obtiveram 31% dos votos. O PDL de Berlusconi obteve 24% dos votos. Segundo analistas, o desafio para a centro-esquerda italiana será formar uma coalizão com os democratas cristãos para derrotar Berlusconi em fevereiro no país inteiro.

As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.

Um dos homens de confiança do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, o contador Giuseppe Spinelli, foi sequestrado durante uma noite de outubro por um grupo que exigia 35 milhões de euros do magnata e líder político em troca de documentos vitais para um de seus julgamentos, informa a imprensa local.

O grupo que fez a tentativa de extorsão, composto por três italianos e três albaneses, foi detido nesta segunda-feira em Milão (norte) pela polícia após uma longa operação para identificar os criminosos.

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Os bandidos seguiram desde junho todos os passos do contador, que foi retido ao lado da esposa em 15 de outubro dentro de seu apartamento durante toda a noite para ser obrigado a entrar em contato com Berlusconi.

Os sequestradores exigiam 35 milhões de euros em troca da libertação e da entrega de uma série de documentos judiciais importantes que, segundo eles, permitiriam mudar a sentença contra o grupo Fininvest, de propriedade de Berlusconi, que foi condenado a pagar 560 milhões de euros ao grupo CIR, do empresário Carlo de Benedetti, uma das maiores indenizações da história recente da Itália.

Em julho de 2011, a Corte de Apelações de Milão condenou a Fininvest a pagar a quantia milionária pelas irregularidades cometidas na aquisição, em 1991, do controle do maior grupo editorial italiano, Mondadori, entre elas a corrupção de um juiz e de vários advogados.

Em 2007, a justiça penal considerou que a decisão havia sido "comprada" e condenou Vittorio Metta, o juiz que pronunciou a sentença de 1991, a dois anos e nove meses de prisão. O advogado da Fininvest, Cesare Previti, que subornou o juiz, foi condenado a um ano e meio de prisão.

O único a escapar de uma condenação foi o próprio Berlusconi, que em 2001 foi beneficiado pela prescrição dos fatos.

Segundo a imprensa, os sequestradores abandonaram a casa do contador depois de, aparentemente, terem falado com Berlusconi às 9H00 e depois de destruírem todas as gravações de vídeo da vigilância.

Giuseppe Spinelli, 71 anos, é considerado uma das pessoas mais próximas a Berlusconi e seu nome era conhecido pela imprensa, já que era a pessoa responsável por remunerar as prostitutas de luxo e as "convidadas especiais" de Berlusconi para suas célebres festas privadas, conhecidas como "noites bunga bunga".

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, de 76 anos, confirmou nesta quarta-feira que não concorrerá a mais um mandato como premiê nas eleições parlamentares de abril de 2013. O magnata afirmou em comunicado sua decisão.

"Eu não me candidatarei em 2013", disse Berlusconi, que governou a Itália em 1994, entre 2001 e 2006 e depois entre 2008 e 2011. Pesquisas recentes mostram que o apoio ao conservador partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano) do magnata está ao redor de 20% do eleitorado, bem abaixo dos 37% de 2008, quando Berlusconi venceu sua última eleição. Entre os partidos menores que apoiavam o PDL, cresce o pedido para que o atual primeiro-ministro, o tecnocrata Mario Monti, se candidate em 2013.

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Nos últimos meses, assessores de Berlusconi disseram que o magnata, que renunciou no final do ano passado em meio à recessão e a uma série de escândalos sexuais e de corrupção, poderia concorrer novamente. Berlusconi alimentou essa expectativa, ao adotar uma retórica contra o euro e contra Mario Monti.

Nesta quarta-feira, Berlusconi disse que pretende continuar na política, embora não no centro das atenções. "Eu ainda tenho energia e um pouco de cérebro, mas o que se espera de mim é que dê conselhos" ao PDL, disse.

Nos últimos meses, o PDL foi atingido por uma série de escândalos de corrupção. Na região do Lácio, a governadora, que era do PDL, renunciou, após ser divulgado que ela e assessores usaram dinheiro público para gastos pessoais, como a compra de automóveis. Na região da Lombardia, no norte, o governador Roberto Formigoni enfrenta uma pressão crescente para renunciar, após ser revelado que um secretário do governo comprou votos da máfia calabresa, a 'Ndrangheta, para ser eleito em 2010. O secretário acusado, que também era conselheiro, está preso em Milão. Formigoni nega ter tido qualquer conhecimento sobre o episódio. Pelos menos 14 dos 70 conselheiros da Lombardia são investigados.

As informações são da Dow Jones.

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, deu um depoimento bombástico nesta sexta-feira em um tribunal de Milão, onde é processado por supostamente ter pago para fazer sexo com uma menor de idade, a marroquina Kharima El-Marough, a "Ruby", que tinha 17 anos quando frequentou as festas nas mansões do magnata em Arcore, perto de Milão, e na Sardenha. Berlusconi, de 75 negou, negou as acusações e falou que a promotoria milanesa "arruinou" a vida das moças que frequentavam as festas, as quais ele afirmou ter que sustentar atualmente. Entre as 30 moças, estão marroquinas, ucranianas, francesas, brasileiras, dominicanas e principalmente italianas. A prostituição não é ilegal na Itália, mas pagar para fazer sexo com uma menor de idade é ilegal. Explorar uma prostituta também é um delito.

"Eu mantenho (financeiramente) essa moças porque elas tiveram a vida arruinada por esse processo. Perderam empregos, noivos, talvez não arrumem outros", afirmou Berlusconi ao jornal milanês Corriere della Sera. Berlusconi é o homem mais rico da Itália. Ele é dono da Mediaset, império com quatro canais de televisão, a editora de livros Mondadori, a maior do país, a revista Panorama, bem como a Fininvest, maior financeira da Itália.

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Em outro processo, que corre na promotoria de Bari (sul) Berlusconi figura como vítima. Ele teria sido extorquido pelo empresário Giampaolo Tarantini, que recrutava moças em Bari e em Barletta para as festas do ex-premiê. Berlusconi chegou a pagar € 500 mil a Tarantini. Segundo ele, os pagamentos foram uma maneira de ajudar um amigo e empresário em dificuldades. Tarantini, acusado de lenocínio, foi libertado sob condicional em Nápoles em setembro do ano passado, pouco antes da queda do governo Berlusconi. Tarantini nega ter explorado a prostituição.

"Me sinto responsável porque essas 30 moças cometeram um único crime: aceitarem um convite para jantar na casa do primeiro-ministro", disse Berlusconi. "Fiz aquilo que a minha consciência mandou", disse, quando questionado se, sob o ponto de vista jurídico e da natureza do processo no qual é acusado, não é perigoso dizer que sustenta 30 mulheres, Berlusconi afirmou que muitas das garotas perderam seus empregos e também namorados após o escândalo, que estourou em 2010, quando ele ainda era premiê (o governo Berlusconi caiu no final do ano passado).

Berlusconi também negou parte do conteúdo do depoimento da modelo marroquina Imane Fadil, de 27 anos, que na segunda-feira desta semana disse que o premiê gostava de ver as mulheres dançando vestidas de freira e depois assistir quando elas tiravam os vestidos e ficavam só de lingerie. Fadil também disse que uma convidada brasileira vestia uma máscara do jogador Ronaldinho Gaúcho, que na época (2009 e 2010) jogava como atacante no Milan AC, time de futebol do magnata. "De jeito nenhum, eram vestidos de beduínas líbias, que Muamar Kadafi me deu de presente", disse Berlusconi. Segundo ele, Kadafi enviou, sem ele ter pedido, pelo menos 60 vestidos de beduínas, trajes típicos da Líbia. "Eram competições de dança", afirmou. Berlusconi e Kadafi foram amigos até o começo do ano passado, quando a guerra civil estourou na Líbia. A Itália apoiou os insurgentes líbios. Kadafi foi morto pelos insurgentes em outubro do ano passado.

As informações são da Agência Ansa e do Corriere della Sera.

Uma modelo marroquina, Imane Fadil, de 27 anos, testemunhou nesta segunda-feira em um tribunal de Milão onde o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, é julgado por supostamente ter pago para fazer sexo com uma menor de idade, a também marroquina Kharima El-Marough, ou Ruby, que tinha 17 anos quando frequentava as festas na mansão do magnata em Arcore, perto de Milão. O depoimento de Imane complicou a situação de Berlusconi. Ela participou de algumas festas e não viu Ruby, mas escutou de outras garotas que iam à mansão do premiê que sua conterrânea menor de idade frequentava as festas. Na Itália, a prostituição não é crime, mas explorar uma prostituta é um delito, mais grave ainda se a mulher explorada tem menos de 18 anos. Berlusconi nega todas as acusações. Ele também é acusado de usar o cargo de primeiro-ministro, em 2009, para encobrir o escândalo.

Imane Fadil disse que Berlusconi gostava que as garotas se vestissem de freiras e depois tirassem toda a roupa. Normalmente, o premiê fazia sexo com as garotas após os shows eróticos. Uma das mulheres que ela viu vestida de freira, disse, foi Nicole Minetti, ex-conselheira da região da Lombardia e ex-assessora partidária de Berlusconi. Minetti é processada por favorecer a prostituição. Fadil disse que em uma festa uma garota brasileira usava a máscara do jogador de futebol Ronaldinho e a camisa do AC Milan, time de futebol do qual Berlusconi é proprietário.

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Fadil, que trabalha como modelo fotográfica em Milão, disse que aceitou participar de algumas festas de Berlusconi porque "estava desesperada, sem trabalho e sem dinheiro", segundo o jornal La Stampa de Turim. Ela afirma que recebeu do premiê € 2 mil para participar de uma festa.

As informações são da Associated Press e do jornal La Stampa.

O líder político da Liga do Norte, partido de direita mais forte da Itália, Umberto Bossi, de 70 anos, renunciou nesta quinta-feira ao cargo de secretário-geral em meio a um escândalo de corrupção. Bossi é investigado pelas promotorias de Milão e de Nápoles. Tanto ele quanto seu filho, Renzo Bossi, teriam usado fundos do partido Liga do Norte em benefício próprio. Em Roma, a promotoria realizou buscas em uma sede da Liga do Norte e apreendeu talões de cheques no nome de Bossi. O líder direitista, que defendeu durante anos a separação de uma parte do norte da Itália do resto do país, nega ter feito qualquer coisa errada, mas a promotoria anticorrupção da Itália agora também investiga seu filho e suposto sucessor político, Renzo, uma estrela em ascensão no partido xenófobo. O tesoureiro do partido, Francesco Belsito, também é investigado em outro caso de corrupção pela promotoria de Milão. Bossi renunciou ao cargo na sede da Liga em Milão.

Até que um novo secretário seja escolhido, a Liga do Norte será comandada por um triunvirato, que inclui Roberto Maroni, que foi ministro do Interior da Itália durante o último governo de Silvio Berlusconi, ao qual a Liga do Norte deu apoio. Um funcionário da Liga, Matteo Salvini, disse à Radio Padania que Bossi lhe afirmou que o responsável por qualquer escândalo envolvendo fundos do partido precisa "pagar" pelos erros, não importa "o sobrenome".

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O apoio de Bossi a Berlusconi durou décadas e começou em 1994, quando o então magnata da televisão italiana foi eleito primeiro-ministro pela primeira vez com o apoio do partido Lega Lombarda, chefiado por Bossi e que foi o núcleo da futura Liga do Norte. Mas quando Bossi repentinamente retirou o apoio da Lega, o primeiro governo de Berlusconi caiu após alguns meses no final de 1994.

Berlusconi renunciou ao seu terceiro mandato no final de novembro de 2011, em meio a uma das piores crises financeiras e políticas da Itália em décadas, e foi substituído pelo economista Mario Monti, que aceitou a missão de tentar salvar a Itália da crise da dívida soberana do euro.

O escândalo no qual Bossi é acusado de usar os fundos do próprio partido que criou contrasta totalmente com o discurso adotado pelo político e pela Liga, que sempre acusaram de corrupção seus adversários "comunistas" ou do centro e do sul da Itália. Desde os anos 1990 a Liga acusa os políticos do sul e da "Roma ladra" de roubarem os impostos do rico e industrializado norte. Em 2004, Bossi sofreu um ataque cardíaco e desde então reduziu sua atividade política.

A polícia financeira da Itália apreendeu na quarta-feira, no cofre do tesoureiro da Liga do Norte, Francesco Belsito, documentos contábeis em um envelope intitulado The family. A hipótese, disseram promotores à agência Ansa, é que os documentos sejam relativos ao agora defenestrado líder da Liga e seu filho Renzo, que um dia antes da incursão da polícia financeira, esteve no prédio em Milão com a noiva, Silvia Baldo. O casal foi visto carregando algumas pastas ao sair. Belsito, por sua vez, já é investigado pela promotoria de Milão por ter ajudado um empresário a "se apropriar indevidamente de fundos do Estado".

As informações são da Associated Press e da Ansa.

A promotoria de Milão pediu nesta quarta-feira uma sentença de cinco anos de prisão para o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, no julgamento em que o ex-premiê de 75 anos é acusado de corrupção. O promotor Fabio De Pasquale pediu ao tribunal que condene Berlusconi, que é o homem mais rico da Itália, por ter pago US$ 600 mil a um advogado britânico, David Mills, para que ele mentisse em outro processo que envolveu acusações de evasão fiscal e falsificação contábil, relacionados a acordos feitos pelo magnata da mídia italiana.

A promotoria milanesa pressiona por um veredicto antes que as acusações prescrevam, uma vez que os eventos teriam ocorrido na década de 1990. De Pasquale calcula que o processo deverá expirar em meados de julho deste ano. Esse é um dos quatro casos abertos contra Berlusconi nos tribunais de Milão. Em outro, ele é acusado de ter pago para fazer sexo com uma menor de idade, a marroquina Kharima el-Marough, que tinha 17 anos quando frequentou festas na mansão do ex-premiê. Ele também é processado por evasão fiscal e violação de segredos de Estado.

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O advogado Mills, um especialista em paraísos fiscais fora da União Europeia (UE), foi condenado à revelia por um tribunal milanês em 2009 e sentenciado a 4 anos e meio de prisão, mas um tribunal de apelações derrubou a sentença em 2010.

"É certo, além de qualquer dúvida razoável, de que o acusado é culpado" disse o promotor De Pasquale sobre Berlusconi. O magnata diz que é inocente.

Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro do ano passado, após fracassar em convencer os mercados de que poderia reviver a cambaleante economia italiana.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Poucos dias após deixar o cargo de primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi começa a reviver sua carreira musical. O bilionário lançou um novo CD com a colaboração de Mariano Apicella. O ex-premiê, que já chegou a se apresentar em navios de cruzeiro, não canta nenhuma música do álbum, intitulado "True Love", porém ajudou a escrever todas as 11 faixas. O CD traz canções de amor e arranjos de jazz. É o quarto álbum que Berlusconi e Apicella, cantor e guitarrista napolitano, gravam juntos.

"Eu acho que, com a sua grande experiência, Berlusconi é capaz de escrever boas canções de amor", disse a turista de Florença Maria Grazia Merilli, em uma loja perto de Roma onde o CD estava à venda. Porém, ela disse que "não, com certeza não, eu nunca compraria esse álbum". Maria Rossi, que estava passando pelo local, foi mais categórica quanto ao trabalho de Berlusconi. "Eu não gosto dele nem como político nem como compositor. Ele é detestável."

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Berlusconi, de 75 anos, renunciou no último dia 12 após falhar em levar adiante reformas econômicas que poderiam persuadir mercados e parceiros da Europa de que a Itália poderia escapar da crise da dívida que o continente europeu atravessa.

A vida nada privada do ex-primeiro-ministro também manchou a imagem dele. Festas nas residências dele, frequentadas por jovens mulheres, levaram Berlusconi a ter problemas com promotores, que o acusam de ter pago por sexo com uma marroquina menor de idade e ter usado sua influência para esconder o caso, o que ele nega. O julgamento está em curso em Milão.

As informações são da Associated Press.

Brasília - O Senado da Itália aprovou hoje (11) o pacote de reformas econômicas proposto pelo governo, o que acelera o processo de renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Dos 169 senadores presentes, 156 votaram votaram a favor, 12 contra e houve apenas 1 abstenção. As propostas seguem agora para a Câmara. A previsão é que amanhã (12) os deputados votem o plano.

No começo desta semana, Berlusconi disse que aguardava apenas a votação no Parlamento para deixar o cargo. Desgastado, o primeiro-ministro perdeu a maioria no Parlamento e teve dificuldades de levar adiante o pacote do governo.

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O objetivo do plano aprovado hoje pelo Senado é executar medidas que garantam a saída da crise econômica e o pagamento de sua dívida à Itália. As medidas incluem redução de despesas no Orçamento do Estado para 2012 e iniciativas para cortar gastos e estimular a economia.

Porém, analistas italianos desconfiam de que a aprovação do pacote e a substituição de Berlusconi podem ser insuficientes para a Itália conquistar o equilíbrio da economia. A aprovação das medidas faz parte de um acordo do governo italiano com a União Europeia.

Ao mesmo tempo, o país entra no processo de definição de um nome para o cargo de primeiro-ministro. Na disputa estão quatro candidatos, sendo que o mais forte deles, segundo analistas italianos, é o senador Mario Monti, de 68 anos. Os demais candidatos são Giuliano Amato, de 73 anos, Gianni Letta, de 76, e Angelino Alfano, de 41 anos.

*Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, nomeou nesta quarta-feira o economista Mario Monti como senador vitalício, escolhendo para o cargo um político amplamente indicado como possível líder em um governo de emergência.

Monti, que foi comissário europeu por duas vezes, teve sua nomeação endossada pelo demissionário primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Napolitano deu a notícia "pessoalmente" a Monti, disse o comunicado, ao sugerir que foi uma decisão rápida. Berlusconi prometeu renunciar após a votação das medidas de austeridade no Parlamento, o que poderá acontecer no domingo.

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Entre os senadores vitalícios e biônicos da Itália estão ex-presidentes e outras personalidades escolhidas por mérito, como cientistas e industriais. Os senadores vitalícios têm direito a voto.

Vários jornais italianos especularam que Monti pode ser um possível chefe de governo tecnocrata ou de um governo de unidade nacional.

As informações são da Dow Jones.

O Parlamento da Itália deverá votar na próxima semana a Lei de Estabilidade, que contém as medidas de austeridade combinadas entre o governo italiano e a Comissão Europeia para debelar a crise no país. Após a votação da Lei, que juntou o orçamento de 2012 às medidas de austeridade combinadas com a Comissão Europeia, o primeiro ministro Silvio Berlusconi deverá renunciar ao cargo, como prometeu mais cedo nesta terça-feira ao presidente Giorgio Napolitano. Berlusconi disse mais tarde que considera a antecipação das eleições gerais na Itália, previstas para 2013, como a "única opção" após sua renúncia, mas afirmou que essa é uma decisão que caberá a Napolitano.

Berlusconi, que não possui mais a maioria de governo na Câmara dos Deputados, teve uma reunião de uma hora com Napolitano no palácio presidencial na tarde de hoje e prometeu entregar o cargo ao presidente após o voto. Em comunicado, o escritório da presidência disse que Berlusconi prometeu renunciar logo após as reformas econômicas serem aprovadas pela Câmara. Na manhã de hoje, os deputados aprovaram a revisão do orçamento de 2010/2011, com 308 votos a favor e 321 abstenções, o que não configura mais uma maioria de governo. Eram necessários 316 votos para fazer maioria.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, mais uma vez sobreviveu por pouco a um voto no Parlamento nesta quinta-feira, quando os deputados decidiram não retirar a imunidade de um aliado do premiê investigado por corrupção, Marco Milanese. A Câmara dos Deputados aprovou por 312 votos a manutenção da imunidade de Milanese, que também é deputado. Outros 306 deputados votaram contra. Milanese, em ex-assessor do ministro das Finanças, Giulio Tremonti, foi implicado em um escândalo de corrupção em Nápoles.

A votação foi secreta e significou mais um teste para a frágil coalizão de centro-esquerda de Berlusconi. O premiê se disse satisfeito com a votação mas não fez mais comentários. Milanese renunciou ao cargo de assessor de Tremonti em junho, quando a promotoria de Nápoles o acusou de passar informações confidenciais em trocaq de dinheiro e favores. Milanese negou as acusações.

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Se a imunidade de Milanese caísse, isso seria um sinal de que Berlusconi não possui mais a maioria na Câmara. Além disso, significaria uma quebra na credibilidade do ministro das Finanças.

O próprio Tremonti, arquiteto do plano de austeridade fiscal de € 54 bilhões da Itália, ficou sob suspeitas por ter pago uma soma a Milanese para usar o apartamento do político na capital italiana quando passa suas noites em Roma. Tremonti não é investigado e não foi acusado, e reconheceu publicamente que deveria ter sido mais transparente com os seus problemas pessoais imobiliários.

As informações são da Associated Press.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, compareceu nesta segunda-feira em um tribunal para a retomada de um dos quatro processos judiciais contra ele. Berlusconi não fez declarações na entrada, mas depois brincou com jornalistas dentro da corte. "Estou bem, são vocês que parecem mal", disse. "Vocês estão com umas caras feias", disse Berlusconi aos jornalistas. Após duas horas de audiência, Berlusconi foi embora sem falar com ninguém.

Berlusconi é acusado de subornar o advogado britânico David Mills para que este mentisse no tribunal, na década de 1990, a fim de proteger os interesses financeiros do político, que é o empresário mais rico da Itália. Mills foi condenado em 2009 por receber um suborno de US$ 600 mil, mas o veredicto foi revertido pela Suprema Corte da Itália pelo fato de o caso ter prescrito.

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O tribunal de Milão assistiu nesta segunda-feira um vídeo com a testemunha da gerente de fundos suíça Maria De Fusco, que teria pagado o suborno para Mills. O tribunal também decidiu rejeitar o testemunho de 10 pessoas convocadas pela defesa, alegando que os depoimentos são "supérfluos", informou a agência Ansa. O advogado de Berlusconi, Niccolò Ghedini, disse que isso prejudicará a defesa. "Eles eliminaram os testemunhos e por isso é impossível nos defendermos", afirmou. "Esse julgamento é impossível".

Mills deverá depor em 24 de outubro como testemunha da defesa, informou a agência Ansa. Além do caso Mills, o premiê enfrenta mais um processo acusado de evasão fiscal e outro acusado de ter pago para fazer sexo com uma menor de 17 anos, Kharima el-Marough. Ela e o premiê negam ter feito sexo.

Além disso, o empresário Giampaolo Tarantini é acusado de ter pago prostitutas para participarem das festas de Berlusconi. Ele teria pago mais de 30 mulheres entre 2008 e 2009. Tarantini, detido em Nápoles, afirma que o premiê não sabia que ele pagava às mulheres para que frequentassem as festas nas suas mansões. As chamadas telefônicas grampeadas entre Berlusconi e Tarantini foram fartamente divulgadas pela imprensa italiana nos últimos dias e levaram a oposição de centro-esquerda a pedir novamente a renúncia do premiê de 74 anos.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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