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O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que descartaria sua candidatura ao cargo de primeiro-ministro se o atual ocupante do cargo, Mario Monti, concordar em liderar o partido de centro-direita de Berlusconi, Povo da Liberdade (PDL). "Não tenho ambições pessoais", afirmou Berlusconi no lançamento de um livro em Roma. "Mas Monti não parece querer ser candidato de um partido." Ele afirmou que fará o possível para que os "moderados" vençam o Partido Democrático, de centro-esquerda, nas eleições previstas para o primeiro semestre do ano que vem, e que acredita poder recuperar a maior parte dos votos recebidos por ele em sua campanha de 2008.

Além disso, o ex-premiê atacou os líderes europeus que criticam sua volta à política, dizendo que existe "muita malícia" dentre os líderes da região e que é uma "mentira colossal" dizer que ele levou a Itália para perto do abismo.

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Berlusconi também reiterou suas críticas à política econômica da Alemanha, dizendo que a União Europeia idealizada por ele não consistiria em "uma hegemonia de interesses próprios". Ele acusou os bancos alemães de comandarem vendas sistemáticas de bônus italianos em junho de 2011, levando ao aumento nos custos de empréstimos da Itália, o que o fez abrir espaço para Monti. Segundo ele, porém, os 5 bilhões de euros a mais em custos de financiamento nunca seriam capazes de colocar a Itália na beira da falência.

Ele afirmou que o euro não é uma moeda "verdadeira", já que não existe um banco central disposto a "emitir moeda" como no Japão, para eliminar a possibilidade de um default.

Na semana passada, Berlusconi havia anunciado que pretende concorrer novamente ao cargo de primeiro-ministro. Hoje, ele foi perguntado cinco vezes se esse ainda é o seu plano, já que suas respostas não foram convincentes. "Neste momento, sou candidato a primeiro-ministro", afirmou. "Com certeza venceremos."

As informações são da Dow Jones.

A Itália voltou ao centro das atenções na crise da zona do euro nesta segunda-feira, após o primeiro-ministro Mario Monti ter dito que renunciará ao cargo depois que o Parlamento votar o orçamento de 2013, o que deverá ocorrer até o final deste mês ou no começo de janeiro. Quando Monti renunciar, o presidente Giorgio Napolitano marcará eleições gerais, que deverão ocorrer em fevereiro do próximo ano. O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de 76 anos, declarou nesta segunda-feira que não teme enfrentar Monti nas eleições, se o economista decidir se candidatar, e também não teme a centro-esquerda - que recentemente lançou a candidatura de Pier Luigi Bersani, chefe do Partido Democrático (PD). Nesta segunda-feira, o prefeito de Florença, Matteo Renzi, rechaçou um convite de Berlusconi para juntar forças com o partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano) do magnata da mídia.

Monti afirmou hoje em Oslo que os mercados financeiros não deveriam temer um "vazio político" na Itália. Segundo ele, o governo italiano "está mantendo todas as suas funções e continuará a mantê-las após o chefe de Estado (Napolitano) dissolver o Parlamento. O governo também continuará a funcionar até passar a administração a um novo governo", afirmou.

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Renzi disse a Berlusconi que não tem interesse em mudar de lado. "Você pode comprar coisas, não pessoas, pelo menos não a mim", afirmou o prefeito florentino em uma declaração publicada no Twitter. Os jornais italianos informaram nesta segunda-feira Berlusconi anunciou seu plano para "vencer" as eleições gerais na próxima primavera (na Europa), tendo deixado uma porta aberta para Renzi, ao convidá-lo para se juntar a seu partido de centro-direita. "Feche a porta, está frio lá fora", afirmou Renzi.

A Bolsa de Valores de Milão fechou nesta segunda-feira em queda de 2,2% no índice FTSE-MIB, perdendo 345,21 pontos na jornada. O yield (taxa de retorno) dos bônus italianos de 10 anos voltou a subir hoje, em 0,26 pontos porcentuais para 4,79%. "A sucessão de Mario Monti será uma incerteza para a solução da crise na zona do euro, e a credibilidade das reformas econômicas na Itália, sem dúvida, sofrerá um forte escrutínio nos próximos meses", disse Geoffrey Yu, estrategista no banco suíço UBS.

O partido de Berlusconi declarou que o atual governo tecnocrata da Itália acabou, provocando a decisão de Monti de renunciar assim que o orçamento de 2013 for aprovado. A decisão foi anunciada no sábado. É provável que isso ocorra antes do Natal, o que significa que as eleições gerais no país deverão ser realizadas em fevereiro ou início de março, um mês antes do prazo original.

Renzi, que foi considerado um centrista em sua primeira batalha com o líder do Partido Democrático, Pier Luigi Bersani, pediu abertamente uma mudança de gerações na política italiana, um mensagem que intensificou o debate nacional, mas que acabou por ser rejeitada pelos eleitores no país demograficamente mais idoso da Europa.

As pesquisas de opinião indicam que o Partido Democrático, de Bersani, está muito à frente dos rivais, mas aquém dos votos necessários para conquistar uma maioria parlamentar por conta própria. O PDL de Berlusconi estava com 15% nas intenções de voto nas últimas pesquisas, publicadas em outubro. As eleições regionais feitas em outubro na Sicília foram vencidas por uma coalizão de centro-esquerda entre o PD e a Unione Democratica Cristiana (UDC, União Democrática Cristã, de centro), que obtiveram 31% dos votos. O PDL de Berlusconi obteve 24% dos votos. Segundo analistas, o desafio para a centro-esquerda italiana será formar uma coalizão com os democratas cristãos para derrotar Berlusconi em fevereiro no país inteiro.

As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, de 76 anos, confirmou nesta quarta-feira que não concorrerá a mais um mandato como premiê nas eleições parlamentares de abril de 2013. O magnata afirmou em comunicado sua decisão.

"Eu não me candidatarei em 2013", disse Berlusconi, que governou a Itália em 1994, entre 2001 e 2006 e depois entre 2008 e 2011. Pesquisas recentes mostram que o apoio ao conservador partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano) do magnata está ao redor de 20% do eleitorado, bem abaixo dos 37% de 2008, quando Berlusconi venceu sua última eleição. Entre os partidos menores que apoiavam o PDL, cresce o pedido para que o atual primeiro-ministro, o tecnocrata Mario Monti, se candidate em 2013.

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Nos últimos meses, assessores de Berlusconi disseram que o magnata, que renunciou no final do ano passado em meio à recessão e a uma série de escândalos sexuais e de corrupção, poderia concorrer novamente. Berlusconi alimentou essa expectativa, ao adotar uma retórica contra o euro e contra Mario Monti.

Nesta quarta-feira, Berlusconi disse que pretende continuar na política, embora não no centro das atenções. "Eu ainda tenho energia e um pouco de cérebro, mas o que se espera de mim é que dê conselhos" ao PDL, disse.

Nos últimos meses, o PDL foi atingido por uma série de escândalos de corrupção. Na região do Lácio, a governadora, que era do PDL, renunciou, após ser divulgado que ela e assessores usaram dinheiro público para gastos pessoais, como a compra de automóveis. Na região da Lombardia, no norte, o governador Roberto Formigoni enfrenta uma pressão crescente para renunciar, após ser revelado que um secretário do governo comprou votos da máfia calabresa, a 'Ndrangheta, para ser eleito em 2010. O secretário acusado, que também era conselheiro, está preso em Milão. Formigoni nega ter tido qualquer conhecimento sobre o episódio. Pelos menos 14 dos 70 conselheiros da Lombardia são investigados.

As informações são da Dow Jones.

Dezenas de milhares de membros de sindicatos na Itália saíram às ruas de Roma, protestando contra os cortes propostos por planos de austeridade. Manifestantes do sindicato CGIL, que agrega diversas categorias, como metalúrgicos e construção civil, marchavam repetindo "trabalho antes de tudo".

A dirigente do CGIL, Susanna Camusso, criticou o governo de Mario Monti, dizendo que a administração tecnocrata não "vale a pena". "As políticas de austeridade não apenas são um fiasco como também culpadas de causar dificuldades no país", disse.

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Susanna afirmou que novos protestos devem ocorrer em 14 de novembro, no mesmo dia em que outros sindicatos na Europa planejam manifestações. A taxa de desemprego está em 10,7% no país, mas é mais elevada entre os jovens. As informações são da Dow Jones.

O ministro de Finanças da Itália, Vittorio Grilli, disse que o país não tem planos de aplicar o programa de compra de bônus do Banco Central Europeu (BCE). Grilli afirmou durante uma conferência internacional econômica anual que a Itália "neste momento não precisa" pedir ajuda.

O BCE prometeu comprar quantias ilimitadas de títulos soberanos para ajudar a reduzir os custos de empréstimos em países que enfrentam dificuldades para se manter com as dívidas elevadas. Mas o plano vem com a ressalva de que as nações que querem se candidatar ao programa primeiro precisam pedir fundos de resgate existentes e submeter suas políticas econômicas à fiscalização internacional.

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Após o plano ter sido anunciado na quinta-feira (6), o premiê italiano, Mario Monti, afirmou que o seu país "pode precisar" de ajuda, mas o governo necessita examinar de perto os detalhes. As informações são da Associated Press.

Autoridades europeias reunidas neste sábado (8) para discutir questões políticas de curto e médio prazos disseram estar preocupadas com a crescente divergência cultural em uma região que visa a compartilhar uma moeda única. "Estamos preocupados com o aumento do antagonismo", afirmou a repórteres o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, em encontro com o presidente do Conselho Europeu, . Ele referiu-se particularmente à disparidade radical entre "a opinião pública do norte e sul da Europa."

As duas autoridades se reuniram durante a conferência anual Ambrosetti, destinada a assuntos europeus e mundiais. Ministros de governos, comissários europeus e o presidente da Linha Europeia de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) também participaram do evento. Van Rompuy reconheceu o crescente uso pela mídia popular de "charges e caricaturas" para descrever os parceiros na zona do euro e na União Europeia (UE).

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Ele apoiou a proposta de Monti de realizar uma convenção, talvez em Roma, sobre "a ideia da Europa" com o objetivo de torná-la atraente. "Um gigantesco esforço está sendo feito entre todos os países da UE para sair da crise", observou Van Rompuy, listando "ambição, paciência e lealdade" como os ingredientes fundamentais para o sucesso. "Sabemos que as reformas levam tempo", acrescentou.

O presidente do Conselho Europeu elogiou os esforços de Monti desde que assumiu o governo italiano, em novembro de 2011, para reformar o sistema de aposentadorias e as regras trabalhistas do país, dizendo que "ajudaram a trazer a Itália de volta para o coração da Europa." Ele também disse que as nações que compõem a UE estão dispostos a "apoiar completamente os esforços da Grécia enquanto o país estiver comprometido com a Europa."

Van Rompuy, cujo cargo foi criado três anos atrás como resultado da relutância dos governos nacionais para conceder poderes à Comissão Europeia, acrescentou que a UE deve adicionar aos esforços de sustentar uma moeda única a criação de um sistema bancário, fiscal e econômico único, além de uma "união política mais profunda." As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse neste domingo (8) que a integração da Europa não deveria se apoiar somente na zona do euro. "Estamos totalmente interessados em trabalhar com a Alemanha e a França, mas consideramos vital a preparação para um trabalho harmonioso com os 27 (países da União Europeia)", disse na conferência Reencontros Econômicos, no sul da França.

"Tenho algumas dúvidas se deveríamos procurar a coesão apenas na zona do euro", disse Monti, acrescentando que países como o Reino Unido e a Polônia, que não fazem parte da moeda única, têm muito a contribuir para a União Europeia.

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As informações são da Dow Jones (Equipe AE).

Dezenas de milhares de trabalhadores italianos marcharam neste sábado em Roma para protestar contra os cortes na aposentadoria, a elevação de impostos e as reformas trabalhistas impostas pelo governo tecnocrata de Mario Monti, bem como para exigir empregos mais estáveis, particularmente para os jovens.

A manifestação organizada pelos principais sindicatos trabalhistas do país surgem um dia após os últimos esforços de Monti para evitar o contágio da crise de dívida da Europa. O gabinete do governo aprovou nesta sexta-feira medidas avaliadas em 80 bilhões de euros (US$ 100 bilhões) para estimular o crescimento econômico, modernizar o setor público notavelmente inchado e reduzir a dívida nacional.

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Nos sete meses em que esteve no poder, Monti implementou dolorosos cortes na aposentadoria, reformas trabalhistas para tornar mais fácil a contratação de funcionários e aumentos da carga tributária.

As medidas repercutiram no bolso dos italianos, que já enfrentam tempos difíceis e uma taxa de desemprego entre jovens de 36%. Neste sábado, Monti afirmou que as iniciativas sinalizaram o início da "fase dois" do programa de seu governo, para impulsionar o crescimento de uma economia já mergulhada na recessão. Somente na semana passada, estatísticas oficiais confirmaram que a economia italiana teve contração de 0,8% no primeiro trimestre, o pior desempenho em três anos.

Na marcha deste sábado repleta de bandeiras de sindicatos e balões, trabalhadores mais velhos lamentaram o fato de que as suas aposentadorias não conseguem sustentá-los até o fim do mês e seus filhos têm poucas opções de emprego. "Eles estão tornando as mesmas pessoas mais pobres, o povo aposentado", disse Emilio Scappini, condutor de trem aposentado. Ele disse que a sua filha recebe míseros 400 euros (US$ 505) por mês. "Mas não é apenas ela, todos os jovens. E Monti não entendeu isso." As informações são da Associated Press.

O primeiro-ministro da Itália levantou nesta terça-feira a possibilidade da suspensão das atividades do futebol no país durante dois ou três anos após o recente escândalo de manipulação de resultados. Para Mario Monti, uma paralisação poderia ser positiva para o esporte no país.

Mais de 50 prisões foram feitas recentemente na Itália em razão da investigação sobre manipulação no futebol, incluindo 14 pessoas na última segunda-feira. Outras dezenas pessoas ligadas ao esporte estão sob investigação, incluindo Antonio Conte, técnico da Juventus, atual campeã italiana.

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"Não é uma proposta e muito menos uma proposta do governo. É um desejo que eu às vezes me pergunto, como um apaixonado por futebol que fui por muitos anos, e às vezes me pergunto se seria uma boa ideia uma suspensão de dois ou três anos deste jogo, dado o caos, para favorecer o amadurecimento total", disse Monti.

Na segunda-feira, o lateral-esquerdo Domenico Criscito foi descartado da seleção italiana que vai disputar a Eurocopa pelo técnico Cesare Prandelli por estar sob investigação. Já Stefano Mauri, capitão da Lazio, estava entre as 14 pessoas que foram presas na segunda-feira.

O potencial novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, participou de reuniões cruciais hoje com os líderes dos principais partidos italianos. Monti trabalha para formar um gabinete que possa receber apoio do Parlamento e ajudar a terceira maior economia da zona do euro a sair da crise.

Apesar da velocidade na qual o candidato a primeiro ministro da Itália está trabalhando, a pressão nos nervos dos investidores não diminuiu. Com isso, o custo para os empréstimos para a Itália atingiu novo recorde hoje. Os bônus com vencimento de 10 anos registraram alta de 0,44%, ou seja, 7% acima do valor registrado na semana passada. Isso elevou os temores de que a Itália esteja seguindo o mesmo caminho de outros países endividados da zona do euro, como a Grécia.

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Monti, de 68 anos, um respeitado economista e ex-Comissário Europeu, está sob pressão para garantir mais rapidamente ao mercado que a Itália vai evitar um calote, o que poderia destruir a coalizão dos 17 países que usam o euro e empurrar a economia global para recessão. Por ser a terceira maior economia da zona do euro, a Itália é considerada grande demais para a Europa resgatar, ao contrário da Grécia, Portugal e Irlanda.

Monti encontrou-se nesta terça-feira com chefes do Partido Democrata, de centro-esquerda, e do Partido da Liberdade, do ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi. O apoio dos parlamentares será crucial para o voto de confiança que deve ocorrer provavelmente ainda esta semana, porque sinalizaria boa disposição em relação ao governo de Monti.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, escolheu Monti no último domingo para tentar formar um governo de coalizão após a renúncia de Berlusconi, que não resistiu ao nervosismo do mercado nas últimas semanas. As causas foram a estagnação da economia e a elevada dívida pública, que em torno de € 1,9 trilhão, equivale a quase 120% do PIB. Muitos dos vencimentos dessa dívida devem ocorrer em breve, com a Itália tendo de rolar mais de € 300 bilhões no ano que vem.

A União Europeia afirmou que novas medidas vão ser necessárias para a Itália equilibrar o Orçamento até 2013, como foi como prometido. Perguntado ontem se novas ações "corretivas" são necessárias para lidar com a dívida, Monti disse ser "prematuro" fazer tal afirmação e afirmou que os italianos vão precisar fazer alguns sacrifícios para atravessar a crise, mas "sem lágrimas e sem sangue".

Ainda hoje Monti tem reuniões com líderes sindicais, os principais lobistas da Itália e representantes de grupos jovens - indicação de que ele quer consultar uma ampla base da sociedade antes de revelar seu governo e seu programa.

Analistas notaram que a tarefa de Monti é imensa e requer o suporte do Parlamento a cada passo. "Cada vez que ele apresentar uma nova medida, um novo corte, uma nova reforma, os mesmos partidos vão ter que continuar a apoiá-lo", disse Andrea Mandel-Mantello, presidente do banco de investimentos Advicorp. Políticos podem jogar a responsabilidade de medidas duras em Monti sem medo de perder votos, "mas o mercado vai julgar as coisas à medida que elas acontecem", disse ele.

O líder do Partido Democrata, Pierluigi Bersani, declarou seu apoio na manhã de hoje, após encontrar-se com Monti. "Nós encorajamos o professor Monti a continuar com determinação e velocidade", disse ele.

Italianos comuns também estavam animados porém céticos, dada a enormidade da dívida do país e dúvidas se Monti vai receber o apoio político que necessita no longo prazo. "Os mercados estão notando a indecisão por parte dos partidos em apoiar o governo, e claramente este governo precisa de amplo suporte político", disse Gialuca Piredda, enquanto caminhava por Roma em uma manhã fria. "Esta incerteza não ajuda", completou.

Alguns líderes políticos - incluindo aqueles do partido de Berlusconi - demandam que o sem-partido Mário Monti fique no governo apenas o tempo suficiente para implementar reformas econômicas e depois renuncie, para que eleições possam ser realizadas ainda nesta primavera, um ano antes do previsto.

Mas Monti deixou claro que pretende servir até as próximas eleições em 2013, sob o argumento de que não é nesse momento dizer quando deixará o cargo. "Se uma data anterior a 2013 for marcada, a pressa vai minar a credibilidade das ações do governo", afirmou em uma breve coletiva de imprensa. "Eu não vou aceitar tal condição", disse ele. Bersani declarou ontem que o Partido Democrata não colocou nenhum calendário artificial para o mandato de Monti.

Um governo de técnicos, liderado pelo economista Mario Monti, assume o poder na Itália com a tarefa de estabilizar um país e toda a zona do euro. No fim de semana, a classe política europeia se apressou para garantir a queda do governo de Silvio Berlusconi e a nomeação de um novo primeiro-ministro antes de os mercados abrirem hoje, como um sinal claro do compromisso do continente em lidar com a crise da dívida.

Pressionado, Monti chega ao poder precisando ainda conquistar os mercados, com a resistência de alguns partidos e sendo desafiado por Berlusconi, que não pretende abandonar o confronto político - além de ameaçar pedir antecipação das eleições. Isso tudo diante da tarefa de uma reforma de 60 bilhões de euros do orçamento.

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Monti entrou pela madrugada tentando definir o novo gabinete de governo - que terá de ser submetido ao Parlamento -, depois que líderes de partidos italianos apelaram para que ele fizesse isso antes da abertura dos mercados hoje. Eleições antecipadas estão fora da agenda, por enquanto, e Monti teria revelado que espera ficar até meados de 2013 no poder.

Mas o mercado não esperará. Hoje, Monti já enfrenta seu primeiro grande teste. A Itália vai tentar captar 3 bilhões de euros e o sucesso da operação será a grande prova. "O impacto de sua nomeação pode durar apenas alguns dias", disse Fabrizio Fiorini, chefe da Aletti Gestielle, de Milão. Até abril, a Itália precisará rolar 200 bilhões de euros de sua dívida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, apresentou hoje sua carta de renúncia ao presidente italiano, Giorgio Napolitano. Como prometido por ele mesmo, Berlusconi renunciou após a Câmara dos Deputados aprovar mais cedo um pacote de austeridade fiscal exigido pela União Europeia, em meio à grave crise que atinge a região. As medidas já haviam sido aprovadas pelo Senado italiano na sexta-feira.

As consultas políticas para a formação do governo de transição começam amanhã. A expectativa é de que o novo governo seja liderado pelo senador vitalício Mario Monti, com quem Berlusconi se reuniu horas atrás. Nas últimas semanas, os mercados financeiros reagiram com volatilidade ao fracasso do governo italiano em controlar sua dívida e reativar a terceira maior economia da zona do euro. As informações são da Dow Jones e Associated Press.

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O recém-empossado presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, estava na Itália neste sábado e visitava Mario Monti, que foi indicado para senador vitalício italiano e que está sendo aventado para ser o chefe do novo governo emergencial da terceira maior economia da zona do euro. Segundo informações da Sky Itália, Draghi foi recebido por Monti em seu escritório no Senado. Fontes confirmaram a visita.

Monti deve ser indicado para chefiar o governo de união na Itália, após a confirmação da promessa de renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. O premiê prometeu deixar o poder após o Parlamento aprovar o orçamento de 2012. A votação deve ocorrer ainda neste sábado.

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No início de agosto, Draghi, quando ainda era governador do Banco da Itália, assinou em conjunto com Jean-Claude Trichet, que estava à frente do BCE até o início do mês, uma carta a Berlusconi, na qual listou uma série de reformas econômicas consideradas necessárias. A proposta orçamentária contém várias respostas a essas exigências. As informações são da Dow Jones.

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