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O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo atingiu R$ 1.295,08 por metro quadrado em setembro, o equivalente a uma alta de 0,22% na comparação com agosto, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).

No acumulado do ano, a elevação chegou a 5,53%, enquanto nos últimos 12 meses alcançou 5,71%. O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos mensais das construtoras para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.

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No mês de setembro, os custos da mão de obra (que representaram 61,28% do CUB) tiveram alta de 0,25% em relação a agosto. Essa alta reflete o acordo coletivo dos trabalhadores, em que o reajuste dos salários foi dividido em maio e setembro. O Sinduscon-SP acredita que, possivelmente, o indicador ainda sinta esse efeito em outubro. No ano, a alta foi de 8,44%.

Já os custos com materiais de construção (que representam 35,56% do CUB) subiram 0,16% em setembro. No ano, a alta foi de apenas 0,81%. Segundo o sindicato, o aumento dos insumos está muito abaixo da inflação devido à baixa atividade das construtoras e incorporadoras, o que dificulta a recomposição de preços pelos fornecedores.

Os custos administrativos (3,16% do indicador) avançaram 0,34% em setembro e 6,37% no ano.

Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, houve alta de 0,21% no CUB na comparação com agosto, totalizando R$ 1.200,46 por metro quadrado. Em 12 meses, o indicador chegou a 5,48%.

O emprego na construção brasileira registrou queda de 1,08% em janeiro, na comparação com dezembro, segundo pesquisa do Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego, desconsiderando fatores sazonais. No mês, o saldo líquido entre demissões e contratações ficou negativo em 32,146 mil.

Em 12 meses, o número líquido de demitidos em todo País na construção foi de 474,658 mil trabalhadores, uma queda de 14,06% nos empregos. O estoque de emprego no setor terminou o mês em 2,900 milhões.

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O presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto, ressaltou que, pelo segundo ano consecutivo, houve redução do nível de emprego em janeiro, "um mês que normalmente é de contratações na indústria da construção, depois da queda sazonal que costuma ocorrer nos meses de novembro e dezembro".

Para ele, o dado é preocupante e reforça a necessidade de maior rapidez na adoção de medidas de estímulo à construção. Entre as ações possíveis, ele citou novas concessões e parcerias público-privadas federais, estaduais e municipais "que sejam realmente atrativas aos investidores nacionais e estrangeiros". Além disso, o executivo pede a desburocratização na aprovação de projetos e financiamentos, e incentivos à industrialização de obras.

Considerando a sazonalidade, o indicador de emprego no País caiu 0,10% em janeiro, ante dezembro, com perda de 2,886 mil vagas de trabalho na base mensal.

São Paulo

No Estado de São Paulo, o emprego caiu 0,76% em janeiro em relação a dezembro, desconsiderando efeitos sazonais, com o corte de 6,016 mil vagas. Considerando a sazonalidade, houve alta no período, de 0,76% (+5,797 mil vagas). Na comparação de janeiro com igual mês do ano passado, a baixa atingiu 10,03% ou 86,254 mil vagas. O estoque de trabalhadores ficou em 773,608 mil.

O setor da construção civil fechou 483 mil postos de trabalho em 2015, de acordo com pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego. Com esse resultado, o setor teve uma baixa de 14,56% nos empregos e encerrou o ano com 2,835 milhões de trabalhadores formais, retornando ao nível registrado de maio de 2010.

"Somente um esforço do Executivo e do Legislativo, com sinais inequívocos de seriedade fiscal e comprometimento com reformas, poderia começar a reverter este cenário, junto com medidas que estimulem o capital privado a investir na ampliação da infraestrutura", afirmou o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.

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O resultado do ano foi melhor que a estimativa publicada anteriormente pela entidade, de que a construção perderia quase 560 mil postos de trabalho no ano. Para o executivo, a "queda livre do emprego é o resultado mais eloquente da falta de confiança mínima" no setor.

Considerando apenas o mês de dezembro, houve queda de 3,98% no nível de emprego, na comparação com o mês anterior. Ao todo, foram fechados 117,629 mil postos de trabalho, considerando os fatores sazonais. Desconsiderando efeitos sazonais, o número de vagas fechadas em dezembro foi de 10,596 mil, correspondente a uma baixa de 0,36%.

Ao detalhar os números por segmento, a preparação de terrenos teve a maior retração, com queda de 5,41%, na base mensal. A atividade imobiliária veio em seguida, com perda de 4,53%, enquanto o setor de infraestrutura registrou baixa de 4,47%. No acumulado do ano, o segmento de infraestrutura apresentou a maior queda, de 14,52%, seguido pelo segmento imobiliário, com perda de 13,38%. Preparação de terrenos, no ano, teve queda de 10,38%.

A deterioração do mercado de trabalho afetou todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Norte, com queda mensal de 6,45% e perda no ano de 17,31%. Em seguida, o emprego no Centro-Oeste registrou baixa de 5,40% em dezembro ante novembro e recuou 16,93% no acumulado de 2015.

São Paulo

No Estado de São Paulo, o emprego caiu 3,08% em dezembro ante novembro, considerando efeitos sazonais, com o corte de 23,923 mil vagas. Desconsiderando a sazonalidade, a queda no período foi de 0,50% (-3,907 mil vagas).

No acumulado ano, a redução do número de empregados no Estado foi de 7,97%, com perda de 70,301 mil. O estoque de trabalhadores no Estado caiu para 752,477 mil.

O emprego na construção brasileira registrou queda de 1,55% em agosto, na comparação com julho, segundo pesquisa do SindusCon-SP em parceria com a FGV, desconsiderando fatores sazonais. Essa é a décima oitava retração mensal consecutiva nesses termos e, no mês, o saldo líquido entre demissões e contratações ficou negativo em 48,167 mil.

Em 12 meses, o número de demitidos em todo País na construção foi de 446,912 mil trabalhadores, uma queda de 12,59% nos empregos. No acumulado do ano até agosto, a baixa foi de 9,62%, com perda de 341,209 mil vagas, frente igual período do ano passado.

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Com base nesses dados, o SindusCon-SP projeta o corte de 535 mil postos no setor em 2015, queda de 11% em relação ao mesmo período de 2014. "Enquanto não houver horizonte para a superação da crise, o governo deveria ao menos colocar em dia os pagamentos do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida, evitar novas elevações de tributos como a que está sendo preparada com o PIS/Cofins e seguir desarmando as pautas-bomba que oneram irresponsavelmente as contas públicas", afirmou o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto.

De acordo com os dados, o segmento imobiliário foi o que teve a maior retração, de 2,14%, enquanto a Preparação de Terreno perdeu 1,76%. Já Serviços de Engenharia registrou queda de 1,34% e Incorporação de Imóveis cedeu 1,32%.

Considerando a sazonalidade, o indicador de emprego no País caiu 0,95% em agosto, ante julho, com perda de 29,801 mil vagas de trabalho na base mensal.

Estado de São Paulo

No Estado de São Paulo, o nível de emprego em agosto registrou queda de 0,76% em relação a julho, já descontada a sazonalidade. No acumulado ano, a redução do número de empregados no Estado foi de 6,94% em relação ao mesmo período de 2014, sendo que a área de infraestrutura respondeu pelo pior desempenho (-9,90%).

O emprego na construção brasileira registrou queda de 1,14% em maio, na comparação com abril, segundo pesquisa do SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a oitava retração mensal consecutiva. O saldo entre demissões e contratações ficou negativo em 36,7 mil trabalhadores com carteira assinada em maio, enquanto nos primeiros cinco meses do ano, o saldo negativo chega a 126,9 mil vagas, uma baixa de 3,83% em relação a dezembro.

Frente a maio de 2014, foram fechadas 366 mil vagas, o que corresponde a um recuo de 10,29%. Na comparação do acumulado de 2015 contra o mesmo período do ano passado, a queda foi de 8,37%, com o corte de 297 mil empregos.

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Diante do cenário de contínua queda no nível de emprego, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, alerta para novos fatores negativos, como a redução da desoneração da folha de pagamento no setor. "Onerar a indústria da construção com aumento de 125% da Contribuição Previdenciária sobre a Renda Bruta é um contrassenso total. Necessitamos ainda que o governo coloque em dia os atrasos de pagamento do PAC e do Minha Casa, Minha Vida, que também estão contribuindo para suspensões de obras e demissões", afirma.

De acordo com uma das principais propostas em debate no Congresso, a revisão na política de desoneração da folha de pagamento seria acompanhada de uma elevação de 2% para 4,5% no tributo cobrado sobre o faturamento.

Segundo o executivo, o ritmo de demissões deixa o setor cada vez mais próximo da projeção de que serão perdidos 750 mil empregos entre 2014 e 2015. "A indústria da construção necessita urgentemente de estímulos para reverter esse cenário. Por isso, neste momento o pior que pode acontecer é a redução da desoneração da folha de pagamentos do setor", reforça o presidente do Sinduscon-SP.

Segmentos

Na análise por segmento, a retração em Infraestrutura foi de 15,31% em 12 meses, o que reflete um conjunto de fatores, como a redução de investimentos da Petrobras, a conclusão de grandes obras de infraestrutura na área de energia e o contingenciamento no orçamento da União, Estados e municípios, anunciado pelo governo federal no mês passado, de acordo com o Sinduscon.

Em preparação de terrenos foi registrada uma baixa de 9,01% em 12 meses, enquanto a queda foi mais acentuada em engenharia e arquitetura, com perda de 10,48% na mesma base de comparação.

Considerando apenas o Estado de São Paulo, o nível de emprego em maio registrou queda de 1,23% em relação a abril, com o saldo entre contratações e demissões negativo em 10.284 trabalhadores. Nos primeiros cinco meses do ano, o indicador apresentou saldo negativo de 12.024 vagas, com retração de 1,43% em relação a dezembro. Com isso, ao final de maio, o número de trabalhadores do setor empregados no Estado totalizava 826,8 milhões.

No acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, houve retração de 6,27%, com o fechamento de 55.965 vagas. Em relação a maio de 2014, a queda foi de 7,27%, uma perda de 64.828 vagas.

O nível de emprego no setor da construção civil brasileira recuou 0,94% em fevereiro, em relação a janeiro, com o corte de 30,9 mil postos de trabalho. No mesmo mês, em 2014, houve queda de 7,82%, com o fechamento de 278.137 postos. Os dados são da pesquisa mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

No fim de fevereiro, a base de trabalhadores estava em 3,276 milhões de pessoas. Em nota, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, alertou que o desemprego pode crescer ainda mais. “A queda do emprego na construção está ocorrendo em uma dimensão preocupante em todos os segmentos do setor, que representa 50% dos investimentos do país.”

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A Região Sudeste apresentou o maior número de empregos suprimidos (12.813), com queda de 0,78% em comparação a janeiro. A queda mais expressiva foi constatada no Norte (-2,24%), com o corte de 4.628 vagas. Para interromper esse processo, segundo o executivo, é necessária a retomada dos investimentos em infraestrutura e em obras imobiliárias, com mais recursos para o Programa Minha Casa, Minha Vida. Ele defendeu a revisão do fim da desoneração da folha de pagamentos na área de construção.

No Nordeste, o saldo entre demissões e contratações foi negativo em 1,56%, com a eliminação de 11.122 empregos; no Sul, ocorreu o corte de 947 vagas (-0,19%) e no Centro-Oeste, de 1.452 (-0,58%).

No estado de São Paulo, o índice ficou negativo em 0,62%, com um corte de 5,2 mil vagas. Em relação a fevereiro do ano passado, foi constatada queda de 6,08%, com o fechamento de 54.316 postos de trabalho. O número de empregados na construção civil estadual estava em 839,2 mil pessoas no fim de fevereiro.

As regiões onde houve aumentos foram as de Ribeirão Preto, com a criação de 287 novos postos e alta de 0,53% sobre janeiro, e Santos, com a geração de 170 vagas, o que é 0,55% maior do que no mês anterior. Na capital paulista, o saldo foi 0,72 inferior a janeiro, com a redução de 2.806 trabalhadores.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) acusou o governo federal de atrasar os pagamentos do programa Minha Casa Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Depois de um mês sem receber, boa parte das empresas associadas reclama de falta de dinheiro para honrar os compromissos de fim de ano, como a segunda parcela do 13º salário dos funcionários.

"Temos empresas (no sindicato) que estão se endividando para pagar em dia os compromissos trabalhistas", afirma o vice-presidente de habitação popular do sindicato, Ronaldo Cury. Segundo ele, várias empresas tem procurado a entidade para saber o que fazer, se param a obra, se demitem os funcionários ou adotam alguma outra medida para preservar o caixa. "A resposta que temos tido de Brasília é que não há previsão para a regularização dos pagamentos", diz o executivo.

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Em nota, a Secretaria do tesouro Nacional afirmou que não há atrasos no pagamento do Minha Casa Minha Vida. O Ministério de Cidades também afirmou que o cronograma de pagamentos segue com o fluxo normal. O Ministério do Planejamento, responsável pelo PAC, não respondeu à reportagem.

Cury afirma, no entanto, que havia uma expectativa de que os pagamentos fossem retomados depois da aprovação da mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que desobriga o governo de cumprir a meta de superávit primário deste ano. Mas a previsão não se confirmou. Ele explica que até outubro de 2013, os pagamentos ocorriam de dois a três dias após a emissão da nota - que apenas ocorre depois que um engenheiro da Caixa faz a medição da obra.

Após essa data, as notas que venciam depois do dia 20 apenas eram pagas no início do mês seguinte, com dez a 11 dias de atraso. Num acordo entre empresa e governo, ficou estabelecido que as pequenas construtoras receberiam 15 dias após a emissão da nota e as médias e grandes empresas, 21 dias - as ordens de pagamento só afetam o resultado fiscal quando são sacadas. Desde o mês passado, no entanto, a maioria das empresas não recebeu nada, diz Cury.

O executivo afirma que, em São Paulo, mais de 100 empresas participam do Minha Casa Minha Vida. Mas os atrasos não se restringem ao Estado paulista, diz o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Rodrigues Martins. Segundo ele, o problema é nacional e pior nas obras do PAC, cujos atrasos vem desde outubro.

"O desespero é igual nos dois programas. O problema é que no Minha Casa Minha Vida as margens são muito pequenas e, para compensar, as empresas contratam o máximo possível de unidades. Por isso, os atrasos tem um impacto maior." Martins afirma que tem tentando conversar com o Tesouro Nacional sobre o assunto, mas sem sucesso. "Os compromissos de fim de ano são mais pesados e as empresas não estavam preparadas para o atraso."

Em agosto, o jornal O Estado de S.Paulo já havia publicado reclamação das associações de empresários de obras públicas de São Paulo e do Rio de Janeiro de atraso nos pagamentos. Na ocasião, as empresas fluminenses reclamavam de atrasos de até seis meses nos pagamentos de obras do PAC.

Na época, o governo federal também negou que estivesse descumprindo os prazos. O fato é que o governo tem tido enorme dificuldade para fechar as contas deste ano - tanto que teve de aprovar a mudança na LDO de 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A queda nos lançamentos e nas vendas de imóveis, somada à vagarosidade na execução das obras de infraestrutura, tem pressionado o Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção neste ano. A perspectiva é que o segmento tenha expansão em torno de 1,0% em 2014, o que representa o desempenho mais baixo dos últimos quatro anos. A estimativa é do novo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), José Romeu Ferraz Neto. A projeção inicial do sindicato para o PIB nacional da construção em 2014 era de alta de 2,8%, mas o baixo nível de atividade nos últimos meses levou a uma revisão, em maio, para alta de 1,0% a 2,0%. "Esse número deve ficar mais próximo de 1,0%", disse Ferraz, em entrevista concedida ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Caso a nova projeção seja confirmada, será o pior resultado desde 2009, quando o PIB da construção caiu 0,74% influenciado pela crise internacional. Em 2010, a alta foi de 11,65%, com a explosão do mercado imobiliário. Já nos anos seguintes, o crescimento foi mais moderado: 3,62% em 2011, 1,38% em 2012 e 1,90% em 2013.

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O desaquecimento no PIB da construção já afeta o número de empregos na área. Apesar do número de vagas ter aumentado ao longo do ano, foram registradas duas quedas consecutivas nas pesquisas mais recentes realizadas pelo Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Entre janeiro e agosto foram criadas 21,8 mil vagas na construção no País, 0,62% mais do que no mesmo período do ano passado. Em julho, porém, o total de trabalhadores empregados na área caiu 0,13% ante o mesmo mês do ano passado. E em agosto, houve recuo de 0,49%. Com isso, o total de trabalhadores no ramo foi a 3,518 milhões no fim de agosto, menos que o montante de 3,535 milhões verificado um ano antes. "Se continuar assim nos próximos meses, o emprego vai terminar o ano em queda", afirmou Ferraz.

A avaliação é compartilhada por Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos da construção da FGV. "Os próximos meses são sazonalmente mais fracos, com mais demissões que contratações. Então, a probabilidade é que o nível de emprego em dezembro de 2014 fique bem abaixo do que em 2013", afirmou a pesquisadora.

O baixo crescimento do PIB da construção é consequência, principalmente, da queda nas vendas e nos lançamentos de empreendimentos imobiliários ao longo do ano. Muitos potenciais compradores de imóveis desistiram de fechar negócios em meio à deterioração do quadro econômico nacional, com inflação e juros elevados, além das incertezas políticas. O calendário com carnaval tardio (realizado apenas em março), Copa do Mundo e eleições também atrapalhou as vendas.

A pesquisa de emprego do Sinduscon-SP e FGV mostra que, entre janeiro e agosto, o total de trabalhadores ligados ao mercado imobiliário caiu 1,49% ante o mesmo período do ano passado, enquanto no setor de infraestrutura houve alta de 0,78%. As obras relacionadas à Copa do Mundo, mobilidade urbana e concessões de aeroportos e rodovias contribuíram para sustentar a atividade desse segmento, ainda que o ritmo de execução dos projetos tenha sido mais lento do que o esperado.

2015

O PIB da construção e o nível de emprego no setor no próximo ano tendem a apresentar desempenho semelhante ao atual. Ana Maria observou que a expectativa dos empresários em relação a novos negócios vem diminuindo fortemente por conta dos receios com o desempenho geral da economia e a incerteza com o cenário político.

"A conjuntura econômica de baixo crescimento, que deve se manter no ano que vem, afeta as decisões de investimentos dos empresários", frisou Ana Maria. "Ainda existem muitas concessões de infraestrutura para serem feitas, principalmente, em portos e ferrovias. Mas isso depende da sinalização de quem assumir o governo federal", explicou.

No caso do mercado imobiliário, Ferraz acrescentou que ainda enxerga demanda dos compradores de imóveis, mas não vislumbra uma recuperação imediata na atividade, pois o menor volume de lançamentos neste ano vai representar menos obras em execução no ano que vem.

Na avaliação do presidente do Sinduscon-SP, a retomada do crescimento do PIB da construção e do PIB nacional são dependentes de ajustes na economia por parte do governo federal, como acerto da meta fiscal, controle dos gastos públicos e fim do controle artificial de preços para segurar a inflação. Segundo ele, essas medidas ajudarão na retomada da confiança de empresários e consumidores no Brasil, além de voltar a atrair o investimento estrangeiro. "Qualquer que seja o novo presidente, esperamos que os remédios na economia sejam aplicados", ressaltou. "Mesmo com esses ajustes, não deve haver um crescimento do País no ano que vem, só em 2016. Aí, se o PIB da construção se mantiver em 1,0% em 2015, já estará bom", projetou.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) publicou nota nesta terça-feira, 20, em que afirma que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cometeu um equívoco no cálculo do custo da construção. De acordo com o Sinduscon-SP, o IBGE equivocou-se ao calcular que o custo da construção medido pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) caiu 6,15% em julho, "enquanto os demais indicadores de custos da construção, como o CUB (Custo Unitário Básico da Construção Civil) e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) mostraram estabilidade".

Em nota, o Sinduscon-SP traz a avaliação do presidente da instituição, Sergio Watanabe, para quem a explicação dada pelo IBGE de que a queda se deve à desoneração da folha de pagamentos da construção "foi desconcertante". "Mas como, se esta desoneração ainda não aconteceu? Ela valerá só a partir de novembro de 2013 para as construtoras de edificações e apenas nas obras com matrículas abertas na Previdência Social após 1º de abril; e valerá só a partir de janeiro de 2014 para as construtoras de obras de infraestrutura e montagem industrial", diz Watanabe, no texto do sindicato.

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"O equívoco do IBGE em decretar uma redução de custo que ainda não ocorreu é preocupante, porque o índice Sinapi serve ao executivo para balizar preços das licitações públicas e aos órgãos de controle para coibir eventuais irregularidades", completou Watanabe. Em nota, o IBGE se manifestou justificando que "frente à legislação sobre a desoneração, vem divulgando duas séries de índices, uma vez que a partir de abril parte das obras, alvo de investigação através do Sinapi, passou a incorporar a desoneração, enquanto outra parte incorporará em novembro". "Uma das séries considera a desoneração e outra não considera, propiciando ao usuário a adoção de uma ou outra série de acordo com a situação que lhe corresponda", finaliza o IBGE.

O número de trabalhadores no setor de construção civil cresceu 3,43% no primeiro semestre, com a abertura de 115,7 mil vagas, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da expansão, o crescimento do emprego no setor mostrou ritmo menor que o verificado no primeiro semestre de 2012, quando houve abertura de 193,4 mil postos, uma alta de 6,09%.

Em junho, o número de empregados avançou 0,09% em relação a maio, com a contratação de 3,1 mil trabalhadores. Já em maio foram registradas 1.751 demissões, baixa de 0,05% ante abril. No acumulado dos últimos 12 meses terminados em junho, a alta ficou em 0,52%, o que representa a contratação de 18 mil empregados.

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O resultado é bem inferior ao registrado na comparação de 12 meses terminados em junho de 2012, quando o setor acumulava 207,9 mil contratações, alta de 6,58%. O setor chegou ao fim de junho com 3,489 milhões de trabalhadores em todo País. O Sudeste concentrava 1,764 milhão de trabalhadores; seguido pelo Nordeste (726,3 mil); Sul (492,8 mil); Centro-Oeste (288,1 mil) e Norte (217,8 mil).

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo chegou a R$ 1.089,49 por metro quadrado em junho, alta de 1,39% ante maio, de acordo com dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos do setor para o uso nos reajustes dos contratos de obras.

No acumulado do semestre, a alta foi de 6,32%. Em 12 meses, o indicador apresenta acréscimo de 7,5%. Na avaliação do Sinduscon-SP, o aumento deve-se ao reajuste determinado pelas convenções coletivas de trabalho para os salários. Em junho, os custos com mão de obra subiram 1,96% em relação a maio. Os salários dos engenheiros aumentaram 4,62%. Os custos com materiais de construção registraram acréscimo de 0,33% na mesma base de comparação. No período, 9 dos 41 insumos da construção pesquisados variaram acima do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) do mês, que ficou em 0,75%.

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O sindicato que representa os trabalhadores paulistas da indústria da construção civil ligados à Força Sindical entrou em acordo com o sindicato patronal da categoria nesta sexta-feira sobre o aumento do piso salarial. Uma Convenção Coletiva de Trabalho relativa à data-base de 1º de maio foi assinada nesta sexta-feira pelos presidentes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe, e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Município de São Paulo (Sintracon), Antonio de Sousa Ramalho.

A convenção vai atingir cerca de 370 mil trabalhadores na capital e em parte dos municípios da grande São Paulo, explica Ramalho. "O compromisso do Sinduscon foi de estender o mesmo acordo para o resto do Estado - sindicatos ligados à CUT e à federação independente", comentou Ramalho. Para o dirigente do sindicato dos trabalhadores, a convenção foi "razoável" "Tínhamos uma pauta de reivindicações, de equiparação do piso salarial de São Paulo com Rio de Janeiro. Conseguimos um pequeno avanço, mas não foi o que esperávamos nos pisos", completou Ramalho.

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O piso dos trabalhadores qualificados foi reajustado em 11,11%, o dos qualificados em montagens industriais em 8,93% e o dos não qualificados e demais em 8,99%. O pedido dos trabalhadores era de aumento de 9,01% para os não qualificados e 21% para os qualificados. "Foi positivo porque evita a greve que estava marcada para o dia 13. Greve é uma coisa que custa muito caro para o sindicato e judia da população", comentou o presidente do Sintracon.

Desde 1º de maio, o piso para trabalhadores não qualificados (que inclui servente, contínuo, vigia, auxiliares de trabalhadores qualificados e demais trabalhadores cujas funções não demandem formação profissional) passa a ser de R$ 1.067,00 mensais, ou R$ 4,85 por hora, para 220 horas mensais. No caso dos trabalhadores qualificados (pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, gesseiro e demais profissionais qualificados não relacionados) o piso é de R$ 1.298,00 mensais, ou R$ 5,90, para 220 horas mensais. Já no caso dos demais trabalhadores qualificados em obras de montagem de instalações industriais, o piso passa a ser de R$ 1.555,40 mensais, ou R$ 7,07 por hora, para 220 horas mensais.

Outras conquistas

O valor do tíquete-refeição dos trabalhadores subiu de R$ 15 para R$ 18 e o vale-supermercado mensal passou de R$ 150 para R$ 200.

Também foi elevado o valor da indenização mínima que a empresa que não tiver seguro de vida em grupo deverá pagar, em caso de morte ou invalidez por acidente de trabalho - de R$ 40 mil para R$ 45 mil. O valor da cobertura por morte ou invalidez permanente, total ou parcial, causado por acidente, independente do local ocorrido, subiu também de R$ 40 mil para R$ 45 mil para as empresas que fizerem seguro de vida em grupo.

Outras disposições da convenção coletiva de 2012, como o valor das horas extras e banco de horas, por exemplo, continuam em vigor.

A geração de empregos na construção civil cresceu 0,65% em março deste ano ante fevereiro, com a criação de 22,4 mil vagas em todo o País, segundo a pesquisa mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esse número, contudo, é inferior aos 40,1 mil empregos criados pelo setor em março de 2012.

Na avaliação do presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, "os números comprovam que o ritmo de crescimento da construção brasileira continua desacelerando", devido a retração dos investimentos do setor. "Em função da redução do ritmo dos investimentos, configura-se uma expansão mais moderada da atividade do setor, embora em patamar ainda elevado. Acreditamos que este quadro vá se manter nos próximos meses", comentou o executivo, conforme a nota divulgada pela entidade.

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No primeiro trimestre deste ano o nível de geração de empregos acumula alta de 2,26%, com a criação de 76,1 mil postos. Novamente, o indicador é inferior ao patamar verificado em 2012, que foi de 123 mil novas vagas. No acumulado de 12 meses até março o número de trabalhadores empregados cresceu 1,43%, com a criação de 48,6 mil vagas (contra 248,1 mil nos 12 meses encerrados em março de 2012). Com isso, a construção civil brasileira empregava 3,450 milhões de trabalhadores legais ao fim de março deste ano.

No Estado de São Paulo, o nível de contratação cresceu 0,77% em março de 2013 ante fevereiro, om a abertura de 6,8 mil vagas, abaixo dos 10,3 mil novos postos apurados em março do ano passado. No primeiro trimestre de 2013, a geração de empregos foi de 23,2 mil, inferior aos 29,1 mil postos de igual período do ano passado. Ao final de março, as empresas paulistas da construção somavam 890 mil empregados com carteira assinada.

O Custo Unitário Básico (CUB) do setor de construção civil no Estado de São Paulo cresceu 0,48% em julho ante junho. Calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos do setor para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.

No mês passado, os custos das construtoras com materiais de construção subiram 0,43% frente a junho, enquanto que os custos com mão de obra apontaram alta de 0,55%. Os custos administrativos (salários dos engenheiros) ficaram estáveis na mesma base de comparação. A média ponderada entre os três itens resultou na variação de 0,48% do CUB representativo da construção paulista, que neste mês ficou em R$ 1.018,37 por metro quadrado.

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No acumulado de 2012, o CUB registra alta de 6,62%, com alta de 9,67% nos custos com mão de obra, avanço de 2,66% nos custos com materiais e acréscimo de 7,68% nos custos administrativos. Nos últimos 12 meses encerrados em julho, a variação do CUB é de 6,99%.

No mês de julho, seis dos 41 insumos da construção pesquisados aumentaram acima do IGP-M do mês, que registrou alta de 1,34%. Entre os que tiveram os maiores reajustes no mês, estão registro de pressão cromado (+2,45%); impermeabilizante normal tipo vedacit 18l (+2,19%); janela de correr 2 folhas 1,2m x 1,2m(+1,83%); alimentação tipo marmitex nº8 (+1,72%); tubo de PVC rígido rosca água (+1,71%) e placa cerâmica (azulejo) 15cm x 15 cm (+1,43%).

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