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O novo relatório da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, elaborado pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), após intensas negociações com governo e lideranças do Congresso, reduz de R$ 17 bilhões para cerca de R$ 7 bilhões o corte nas despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em vez dos R$ 61,3 bilhões planejados pelo Planalto, o PAC terá aproximadamente R$ 54 bilhões no ano que vem, segundo técnicos da consultoria da Câmara, que auxiliam Motta na elaboração da peça orçamentária - a qual deve ser votada nesta quinta-feira, 21, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no plenário do Congresso.

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Segundo o relatório, R$ 6,3 bilhões serão realocados para o PAC provenientes de despesas obrigatórias que foram redimensionadas, devido à inflação menor que o esperado. Com o novo cenário, a correção do salário mínimo no ano que vem passará de 4,48% para 3,85%, reduzindo uma série de gastos, como benefícios previdenciários, abono salarial e seguro-desemprego.

O valor do mínimo em 2024, com base nesse novo porcentual de ajuste, deverá ficar em torno de R$ 1.415. O restante da recomposição do PAC virá de remanejamentos de outras rubricas do Orçamento.

O PAC é a principal vitrine do governo Lula - sobretudo em ano eleitoral - e os petistas vêm tentando preservá-lo de cortes orçamentários expressivos. O programa foi desidratado para bancar as emendas parlamentares de comissão, que estão no centro da atual disputa entre Executivo e Legislativo pelo controle das verbas livres do Orçamento.

Embora a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) tenha fixado que o valor dessas emendas seria de pelo menos 0,9% da receita corrente líquida, o que daria R$ 11,3 bilhões, o relatório de Motta propõe subir esta quantia para cerca de R$ 16 bilhões.

A divisão desses recursos gerou uma batalha entre partidos e lideranças, levando ao adiamento da votação da LOA, prevista inicialmente para quarta-feira. Na ocasião, o PSD bloqueou a votação ao verificar, no relatório de Motta, que as comissões de Agricultura e Pesca receberiam apenas R$ 100 milhões em emendas parlamentares. Os dois ministérios são controlados pela sigla, com Carlos Fávaro e André de Paula.

Já as comissões vinculadas a ministérios de partidos do Centrão haviam sido agraciadas com valores bem maiores. As comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo e do Esporte administrariam emendas no valor de R$ 5,3 bilhões e R$ 2 bilhões, respectivamente. As pastas do Turismo e do Esporte são controladas por Celso Sabino (União Brasil) e André Fufuca (PP) - aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Para pacificar o assunto e viabilizar a aprovação do Orçamento, os líderes do Congresso estão reunidos desde as 14h30 desta quinta-feira, e ainda não há acordo fechado.

Na quarta-feira, 20, integrantes do PSD afirmaram que se tratava de uma retaliação contra o ministro da Agricultura. Em junho, Fávaro remanejou verbas remanescentes do antigo orçamento secreto para bancar gastos da pasta em seu Estado, o Mato Grosso, contra a vontade da cúpula do Congresso. Isso enfureceu as maiores bancadas do Parlamento.

Fundo eleitoral

O novo relatório de Motta manteve o tamanho do fundo eleitoral para as eleições municipais do próximo ano, uma cifra de quase R$ 5 bilhões. Segundo o relator, a diferença de R$ 4 bilhões entre o valor originalmente proposto pelo governo (R$ 939,3 milhões) e o novo montante (R$ 4,9 bilhões) será retirada das emendas de bancadas estaduais.

Dessa forma, o fundo eleitoral para a campanha de prefeitos e vereadores será o mesmo que bancou as eleições presidenciais de 2022, o que representa mais do que o dobro das últimas eleições municipais, em 2020, de R$ 2 bilhões.

A maior fatia do fundão em 2024 será destinada ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e do relator do parecer que aumenta o valor do Fundo Eleitoral. (COLABORARAM MARIANA CARNEIRO E KARINA FERREIRA)

O Instituto Butantan assinou um acordo com o Ministério da Saúde para o investimento de R$ 386 milhões que serão usados na construção de uma fábrica de vacinas de RNA mensageiro e para finalização da planta de soros liofilizados no parque industrial do Instituto.

O investimento faz parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), lançada em setembro pelo governo federal, com o objetivo de aumentar a autonomia do Brasil na produção de imunobiológicos. O acordo foi firmado por meio da Fundação Butantan, entidade privada de apoio ao Instituto.

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Serão concedidos R$ 72 milhões para a fábrica de imunizantes de mRNA, uma das tecnologias mais avançadas do mundo, que será instalada dentro do Centro de Produção Mutipropósito de Vacinas (CPMV), e R$ 222 milhões para a fábrica de processamento de soros. O financiamento das duas obras está contemplado em contratos de repasse por intermédio da Caixa Econômica Federal, assinados na última terça (19). O processo de licitação está em andamento e a expectativa é que as reformas tenham início no primeiro semestre de 2024.

Os outros R$ 92 milhões fazem parte de um convênio direto entre Ministério da Saúde e Butantan e são destinados à compra dos equipamentos necessários para a fábrica de soros liofilizados.

A liofilização permitirá que os soros produzidos sejam conservados em temperatura ambiente, facilitando o transporte, armazenamento e utilização, inclusive em áreas remotas do Brasil. A incidência de acidentes ofídicos é cinco vezes maior na Amazônia do que no resto do país, afetando diretamente populações indígenas e ribeirinhas.

Com a ampliação da fábrica, a capacidade de produção de soros do Butantan deverá dobrar de 600 mil para 1,2 milhão de frascos por ano.

Os novos recursos vêm pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Da assessoria

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), reuniu-se, na noite dessa segunda-feira (25), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, no Palácio do Planalto.

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Ricardo Stuckert/PR

Os três conversaram sobre os investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Pernambuco e os projetos estruturadores do Governo do Estado já em execução.

“Debatemos os investimentos necessários para a melhoria da qualidade de vida em nosso estado, o que já temos feito nestes primeiros nove meses e as parcerias com o governo federal”, destacou a governadora.

 

O governo federal cancelou os lançamentos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em São Paulo e Minas Gerais, que estavam previstos para semana que vem. O adiamento se deu pelo fato de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, querer permanecer seus últimos dias antes da cirurgia de quadril em Brasília. Não há nova data prevista para os lançamentos do PAC nos dois Estados.

Desde o lançamento oficial do programa em 11 de agosto, no Rio de Janeiro, o governo se comprometeu a promover o PAC em todos os Estados. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é quem comanda as cerimônias.

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A cirurgia no quadril de Lula deverá ser feita na sexta-feira (29), na unidade de Brasília do hospital sírio-libanês.

A equipe médica será deslocada de São Paulo para a capital do País para o procedimento.

O presidente tem reclamado publicamente das dores "na cabeça do fêmur", como costuma dizer.

O evento de São Paulo previa a participação de ministros, além do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que planeja concorrer à prefeitura da capital paulista.

Esse seria o primeiro palanque de pauta positiva para o governo federal que Lula e Tarcísio dividiriam. Anteriormente, Lula tinha dividido evento com o governador por conta das chuvas no litoral paulista, no início do ano.

Antes mesmo de tomar posse como minstro dos Portos e Aeroportos, o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) iniciou uma agenda intensa junto a equipe de ministros em Pernambuco, nesta segunda-feira (11). O futuro ministro do presidente Lula (PT) se juntou a comitiva de ministros e do governo de Pernambuco para a cerimônia de anúncio do  novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado. 

Acompanhando o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB); a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB); o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. Também integraram a comitiva os senadores de Pernambuco Teresa Leitão (PT) e Humberto Costa (PT). Nas redes sociais, Silvinho celebrou os investimentos destinafos a Pernambuco pelo novo PAC, obras importantes de infraestrutura como: Transnordestina, Adequação das BRs 423 e 104 e construção das adutoras do Pajeú e do Agreste .

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"Participei hoje do lançamento do Novo PAC de Pernambuco ao lado do prefeito @joaocampos, a governadora @raquellyraoficial, os ministros @renanfilho, @ruicostaoficial, @lucianasantos e @belchiormiriam, além dos senadores @senadorhumberto e @ @teresaleitaope e a bancada federal. Serão investidos R$ 51 bilhões em investimentos neste ano com obras importantes de infraestrutura como: Transnordestina, Adequação das BRs 423 e 104, além da construção das adutoras do Pajeú e do Agreste. Pelo PAC, ainda serão investidos em programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Auxílio Gás, Lei Paulo Gustavo, alimentação escolar e Fundo Nacional de Assistência Social. Eu não tenho dúvida que essas iniciativas serão fundamentais para ampliar o desenvolvimento econômico e social do país".

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Reforma ministerial 

Silvio Costa Filho foi anunciado pelo presidente Lula como o novo ministro dos Portos na última quarta-feira (6) no lugar de Márcio França (PSB). Além de Silvinho, André Fufuca (PP-MA) também entrará no Governo Lula, na pasta do Esportes, que hoje é liderada por Ana Moser. Os dois passam a integrar o governo do petista na esteira da reforma ministerial que está abarcando políticos do Centrão, em uma estratégia de garantir governabilidade. Os ministros devem tomar posse ainda esta semana, quando o presidente voltar de sua viagem internacional à India. 

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), celebrou o avanço de antigas obras hídricas e de infraestrutura que estavam, há anos, paradas ou sob avanço lento no estado. Esse conjunto de investimentos está contemplado no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Lula, lançado no Rio de Janeiro, em agosto, e apresentado à população pernambucana nesta segunda-feira (11), no Recife.

Para a apresentação do PAC, a gestora se reuniu com parlamentares, prefeitos, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no auditório da Faculdade de Ciências da Administração da Universidade de Pernambuco (FCAP/UPE). A introdução dos eixos do programa foi feita pela secretária-executiva da pasta, Miriam Belchior. Dos R$ 51,1 bilhões destinados a Pernambuco, R$ 10 milhões serão exclusivos do estado. O valor deve abraçar empreendimentos como a Ferrovia Transnordestina e a Adutora do Agreste, que há décadas são idealizadas pelas gestões municipal, estadual e federal.

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- - > 'Obras inacabadas são o maior foco do PAC em Pernambuco

“Quando a [reserva] Cantareira entrou em colapso, não deu seis meses para se resolver. Na época, o governador do estado era Alckmin, e rapidamente se conseguiu R$ 4 bilhões e se fez o investimento. A obra da Adutora do Agreste tem exatamente esse valor, mas se arrasta há anos e foi necessário que o presidente [Lula] voltasse a ser presidente da República para a obra poder ser concluída. Agora temos a espinha dorsal da aplicação da BR-232, que era uma peleja danada desde a época da privatização [...] A mesma coisa acontece com a BR-104, que caiu por causa da Delta, depois por causa da obra, e foi se arrastando. É uma obra importante para a conexão dos estados e para o fortalecimento do polo de confecções do Agreste. Agora chegamos em um consenso com o ministro Renan Filho [Transportes] e devolveremos dinheiro ao Governo Federal, para que nos devolvam em obras”, celebrou Raquel. A BR-104 é paralela à BR-101 e uma cobrança de anos por parte da população interiorana.  

Pernambuco será um dos estados mais beneficiados com o novo PAC. A infraestrutura, em especial as estradas e canais portuários, deve ser o setor mais impactado com os novos investimentos. A governadora Raquel Lyra elogiou o Governo Federal pela atenção ao estado e creditou a capacidade de diálogo com o principal fator para que a parceria pudesse ser feita. 

“A gente conseguiu construir um relacionamento com o Governo Federal que permite que a gente tenha reuniões semanais de ponto de controle, para que as obras, que hoje estão anunciadas, possam, de fato, ser a realidade do nosso Estado. A gente só combate a desigualdade com investimento, e a gente não tem uma capacidade de investimento muito alta. Agora, a gente está buscando empréstimos, mas a parceria com o Governo Federal é fundamental”, completou a chefe do Executivo estadual.

"Governo anterior não tinha projeto estruturante"

O ministro Rui Costa, em seu discurso, também elogiou a atuação do Governo Federal no primeiro semestre de trabalhos e o que colocou como celeridade na comunicação entre as esferas administrativas. Segundo ele, o novo PAC não pode repetir os erros do programa anterior. 

“Não podemos deixar acontecer o que aconteceu no PAC 1, porque antes não tinha nenhum projeto estruturante no país enxergando a possibilidade de faltar mão de obra. Não é razoável, com esse nível de desemprego no país, a gente ter obra em andamento e as empresas se queixarem de mão de obra qualificada para contratar. É preciso, imediatamente, buscar parcerias entre os poderes e as redes de escolas técnicas federais, para que se identifique em cada cidade e região [as necessidades], para ‘customizar’ a formação e a mão de obra. Ver que tipo de mão de obra se busca naquela região. Fazer formação direcionada”, declarou. 

Por fim, elogiou as conquistas econômicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ironizou a “sorte” do mandatário frente à economia do Brasil. “Falaram que não conseguiríamos crescer a economia nem em 1%, depois aumentaram para 1,5%, depois 2%, e sempre admitem que erraram e erraram porque não acreditaram no país, porque não acreditem na ‘sorte’ do presidente Lula, porque eles dizem que é sorte. Graças a Deus Lula tem sorte e é por isso que o povo vota nele. Toda vez que ele volta, a economia cresce, o emprego aumenta e as coisas melhoram”, concluiu. 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (31) que o Estado brasileiro vai ser indutor do desenvolvimento. “Se o governo não tiver credibilidade, se não oferecer garantias, estabilidade política, estabilidade jurídica, estabilidade social. Não é apenas ter mais energia ou menos energia. É preciso saber se as condições sociopolíticas e jurídicas estão garantindo que as pessoas coloquem o seu dinheiro e por aquele dinheiro recebam o resultado dele como lucro, para gerar os empregos”. 

Durante a cerimônia de anúncio de empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Piauí, Lula classificou o programa como o começo de uma história que já deu certo no Brasil. “O que estamos fazendo aqui é provar que o Estado brasileiro, no nosso governo, vai ser indutor do desenvolvimento. É por isso que a gente quer saber, em cada região, o que é necessário”. 

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No Piauí, a previsão é que o programa invista R$ 56,5 bilhões em obras e serviços – incluindo a duplicação da BR-343 (Teresina - Altos), a construção da BR-330, a adutora de Jaicós, a Barragem Nova Algodões e moradias do Minha Casa, Minha Vida. Segundo a Casa Civil, que coordena o Novo PAC, os investimentos para o estado foram distribuídos da seguinte forma: 

Educação, ciência e tecnologia – 14,6 bilhões 

Cidades sustentáveis – R$ 11,5 bilhões 

Transporte eficiente e sustentável – R$ 10,5 bilhões 

Transição e segurança energética – R$ 7,3 bilhões 

Água para todos – R$ 7,2 bilhões 

Inclusão digital e conectividade – R$ 3 bilhões 

Saúde – R$ 1,1 bilhão 

Inovação para indústria da defesa – R$ 900 milhões 

Infraestrutura social – R$ 300 milhões 

Na prática, os recursos serão usados na construção de creches, unidades básicas de saúde, linhas de transmissão de energia elétrica, barragens, adutoras, moradias, por meio do programa Minha Casa Minha Vida, além de contemplar projetos em energias renováveis. Entre as obras aprovadas no Novo PAC também estão melhorias em algumas das principais rodovias do Piauí, como a BR-343, BR-316 e BR-330. 

Confira aqui o detalhamento das obras do PAC em todos os estados. 

Novo PAC

O Novo PAC foi lançado pelo governo federal em 11 de agosto e prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão em obras e projetos em todo o país, com foco em moradia, mobilidade urbana e energia.  

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, visitará todos os estados do país, apresentando as obras do programa e buscando novos investimentos privados. O giro começou na semana passada, em São Paulo. Em alguns estados, como hoje no Piauí e amanhã (1º) no Rio Grande do Norte, a agenda contará com a presença do presidente Lula. 

Agenda

Hoje, no fim da tarde, ainda em Teresina, Lula lança um novo programa com objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome, reduzir as taxas de pobreza e de insegurança alimentar e nutricional. 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 11, durante o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o ato marca o começo de seu governo. Ele também usou o discurso para cobrar seus ministros.

"O PAC é o começo do nosso terceiro mandato. Porque a partir do PAC ministro vai parar de ter ideia. Ministro vai ter que cumprir o que foi aprovado aqui e trabalhar muito para que a gente possa executar esse PAC", declarou o presidente da República.

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Lula também fez um elogio a sua equipe de auxiliares. Disse que os ministros do início de seu novo mandato são mais "afiados" do que os que tinha na primeira vez em que foi presidente. Citou a experiência de vários deles como governadores. Mencionou nominalmente Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social que governou o Piauí por 4 mandatos.

O presidente da República disse que o novo PAC prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão, mas que poderá passar de R$ 2 trilhões. "Se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad abrir um pouco a mão, pode até ter mais dinheiro para fazer coisa no País", declarou o presidente. Ele disse que não deixará a "austeridade fiscal quase obsessiva" bloquear os anseios da população.

Prevista para ser lançada em agosto, a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já tem orçamento fechado, disse nesta noite a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Segundo ela, o Minha Casa, Minha Vida será um dos carros-chefe do programa.

A ministra não detalhou valores. Apenas disse que a verba para as obras da faixa 1 do programa habitacional, a que atende as famílias com renda de até dois salários mínimos, terá um “orçamento considerável”.

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Segundo diversas construtoras, a verba atual, de R$ 9,6 bilhões, é insuficiente para cobrir a demanda do Minha Casa, Minha Vida até o fim do ano. Tebet, no entanto, assegurou que o assunto foi levado em conta nas reuniões para a elaboração do novo PAC.

Alegando que o anúncio do valor cabe à Casa Civil e ao Ministério das Cidades, a ministra não revelou valores, nem para o Minha Casa, Minha Vida, nem para o PAC. “Não posso dizer se vai aumentar ou ficar estável. Só posso dizer que [a verba] não vai baixar”, declarou. Em entrevistas recentes, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem dito que o novo PAC terá uma dotação em torno de R$ 60 bilhões.

Prioridades

Tebet deu a declaração após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a presidenta da Caixa Econômica Federal, Luciana Servo, na sede do Ministério da Fazenda. Segundo ela, o encontro serviu para fazer um balanço dos seis primeiros meses de governo e para avaliar perspectivas para o segundo semestre.

Para os próximos meses, destacou a ministra, as prioridades serão a apresentação do novo Plano Plurianual e do Orçamento de 2024, previstas para 31 de agosto, e pelas votações de projetos de interesse do governo no Congresso: como o novo arcabouço fiscal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e a reforma tributária.

Arcabouço fiscal

Em relação ao atraso na votação das novas regras fiscais, adiada para agosto, Tebet disse que o cronograma apertado não será um problema. Isso porque o Ministério do Planejamento está levando em conta a versão aprovada pelo Senado para elaborar o Orçamento do próximo ano.

Por causa das alterações do Senado, o arcabouço foi mandado de volta à Câmara para ser votado pela segunda vez. Assim como o projeto da LDO, o projeto do Orçamento de 2024 está sendo elaborado com despesas ressalvadas, que constarão do texto, mas serão tratadas como fictícias até a aprovação do novo marco fiscal.L

Limites

Segundo Tebet, o governo começou a dar os primeiros passos para a elaboração do Orçamento. Nesta sexta-feira (21), os ministérios serão informados sobre a verba disponível para cada pasta em 2024. A ministra, no entanto, advertiu que haverá limites.

Parte do espaço fiscal do novo arcabouço será consumido por gastos que precisam ser corrigidos pelo crescimento da receita, como os mínimos constitucionais de gastos com saúde e educação. “Ao mesmo tempo em que a gente vai ter um espaço fiscal significativo, uma parte dele já está carimbada, e os ministérios terão que se adaptar e entender a realidade dos fatos, diante de um arcabouço e da Constituição que estabelece parâmetros”, destacou.

A ministra ressaltou que o Orçamento incorporou quase todas as promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, admitiu que a elevação da faixa de isenção de Imposto de Renda (IR) para R$ 5 mil ainda não está prevista no Orçamento para 2024 porque depende da votação da reforma tributária. “Isso [a nova faixa de isenção] pode entrar no ano que vem como pode entrar em 2025, a depender de uma outra questão que vai ser discutida com o Ministério da Fazenda até o fim do ano, logo após a aprovação da reforma tributária no Senado”, declarou Tebet.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (10) que o novo plano de investimento em infraestrutura do governo federal, em substituição ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terá seis eixos estratégicos: transportes; infraestrutura social; inclusão digital e conectividade; infraestrutura urbana; água para todos e transição energética.

Lula fez nesta segunda -feira (10) reunião ministerial para marcar os 100 primeiros dias do seu terceiro mandato. Na terça-feira (11), o presidente viaja para a China.

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“Retomamos a capacidade de planejamento de longo prazo. E esse planejamento será traduzido em um grande programa que traz de volta o papel do setor público como indutor dos investimentos estratégicos em infraestrutura”, disse.

“Vamos aproveitar a experiência que já tivemos com o PAC e os programas de concessão para aprimorar esses mecanismos, tornando-os ainda mais eficientes.” 

Segundo o presidente, os governos estaduais já enviaram suas listas de obras prioritárias, e os ministérios estão identificando outros investimentos estruturantes. A previsão é que o novo programa seja anunciado até o início de maio.

Para Lula, os investimentos públicos e privados e o financiamento dos bancos oficiais são fundamentais para o desenvolvimento com inclusão social e a sustentabilidade ambiental. A ideia do governo é facilitar o crédito a micro, pequenas e médias empresas e cooperativas, além de microcrédito para empreendedores individuais. 

“Precisamos criar na sociedade a ideia que esses bancos são públicos e têm finalidade diferente dos bancos privados. Não queremos que percam dinheiro, mas não podem emprestar dinheiro nas mesmas custas dos bancos particulares”, defendeu.

Segundo o presidente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, já reteve mais recursos para investimentos, que hoje são usados para pagamento de empréstimos ao Tesouro Nacional. “Tesouro mão-de-vaca”, disse Lula.

“Dinheiro bom não é dinheiro guardado em cofre, é dinheiro gerando obras, desenvolvimento, gerando empregos, isso que é importante”, completou, defendendo a responsabilidade com os gastos. 

Eixos

No eixo da transição energético, o governo deve lançar editais para contratação de energia solar e eólica e os leilões para novas linhas de transmissão, para “tornar ainda mais rápida e atrativa a implantação desses parques de energia limpa”. 

“E não perderemos a oportunidade de nos tornarmos uma potência global do hidrogênio verde”, destacou Lula. Segundo ele, a Petrobras financiará a pesquisa para novos combustíveis renováveis e, ao mesmo tempo, retomará investimentos na ampliação da frota de navios da Transpetro. “Nunca achei a Petrobras uma empresa de petróleo, é empresa de energia, historicamente, que mais investiu em pesquisa nesse país, em inovação. A descoberta do pré-sal foi resultado de bilhões de investimentos”, disse.

Na inclusão digital e conectividade, o objetivo é levar internet de alta velocidade para as escolas e para os equipamentos sociais, como postos de saúde. “Espero ver telemedicina funcionando e que mesmo os mais humildes possam ser assistidos por grandes médicos em grandes centros urbanos”, disse Lula, pedindo à ministra da Saúde, Nísia Trindade, que pense em soluções para o acesso da população à saúde especializada.

No transporte, segundo o presidente, as ferrovias, rodovias, hidrovias e portos voltarão a ser pensadas de modo estruturante. “Reduzirão o custo do escoamento de nossa produção agrícola. E incentivarão o florescimento de uma nova base industrial, mais tecnológica e mais limpa”, disse. “Além disso, vamos equacionar as concessões de rodovias e aeroportos que ficaram desequilibradas, retomando os investimentos previstos”, destacou.

No eixo de água para todos, um dos focos é a retomada do projeto de integração do Rio São Francisco.

Na infraestrutura urbana, Lula pediu atenção para melhoria das condições de habitação e vida das pessoas que moram em favelas, palafitas e outros locais precários. “Não existe jeito mais degradante de morar do que morar em palafita”, lamentou.

Segundo o presidente, obras de prevenção a desastres causados por cheias e deslizamentos serão tiradas do papel e, com o novo marco do saneamento, o governo quer destravar e atrair R$ 120 bilhões em investimentos públicos e privados para universalizar os serviços de água e esgoto até 2033.

Lula disse ainda que, além do Minha Casa, Minha Vida para população mais pobres, é preciso criar um programa habitacional que atenda à classe média baixa, aqueles que ganham entre três e quatro salários. “O mais pobre é prioridade, mas queremos pensar no conjunto”, afirmou. 

Já na infraestrutura social, o foco serão investimentos em hospitais, escolas, creches e centros de cultura e de esportes. “A qualidade de vida nas cidades não se faz apenas de casas, saneamento e transporte”, ressaltou.  Nesse sentido, o presidente criticou os episódios de racismo no país. “Não vamos admitir”, disse ele.

Em mais de uma hora de discurso, o presidente tratou ainda de diversos temas caros ao governo, como o combate à fome, redução de emissão de carbono e desmatamento zero, Plano Safra do agronegócio, renegociação de dívidas, escola em tempo integral, investimentos na ciência e tecnologia, políticas de garantias de direitos, combate ao crime organizado e fortalecimento da democracia.

Mais cedo, o governo federal divulgou uma lista de políticas públicas e ações realizadas nos últimos três meses. A Agência Brasil também preparou material especial alusivo ao marco dos 100 dias, com avaliações de especialistas.

Marco fiscal e juros

Durante seu discurso, Lula ressaltou ainda que, com o novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos, o governo quer “colocar o pobre de volta no Orçamento”.  “Também estamos trabalhando em uma reforma tributária que corrige as distorções históricas de um sistema de tributação regressivo e injusto para os brasileiros e os entes federados. E cria um ambiente muito mais dinâmico e descomplicado para o setor empresarial”, disse. Para Lula, a proposta não terá “100% de solidariedade”, ainda assim, ele acredita na aprovação.

O presidente criticou novamente o patamar dos juros básicos da economia do país, definidos pelo Banco Central (BC). “Continuo achando que estão brincado com o país, com o povo pobre e, sobretudo, com os empresários que querem investir. Só não vê quem não quer”, disse.

Desde agosto do ano passado, o BC mantém a taxa Selic (juros básicos da economia), em 13,25% ao ano.  Participação social Na abertura da reunião, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a reação rápida do governo após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro em Brasília. “O senhor salvou a democracia de uma tentativa de golpe, e ela saiu fortalecida. A reação rápida de todos os Poderes e do próprio governo fortaleceu o sistema democrático”, disse.

No dia seguinte, os chefes dos Três Poderes e diversos governantes e autoridades caminharam juntos do Palácio do Planalto ao Supremo Tribunal Federal, passando pelo Congresso Nacional, em ato simbólico pela defesa da democracia. 

Alckmin contou ainda que, em maio, o governo deve instalar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido como Conselhão. Muito atuante nos governos de Lula, o colegiado tinha a participação de diversos empresários e personalidades reconhecidas em diferentes áreas.  “A democracia significa participação, e a gente observa em todos os ministérios uma enorme participação”, disse.

“Governo que ouve mais erra menos, governo moderno estimula participação da sociedade civil organizada”.  A previsão é que, ainda neste semestre, o Ministério do Planejamento e Orçamento e a Secretaria-Geral da Presidência comecem os debates do Plano Plurianual Participativo. Com atividades nos 27 estados, o objetivo é dar transparência orçamentária e possibilitar à sociedade participar ativamente no processo de planejamento das ações para os próximos anos.

O vice-presidente falou ainda sobre as diversas das ações do governo nestes primeiros 100 dias, como a valorização do salário mínimo e os valores extras concedidos pelo Bolsa Família – R$ 150 por criança até seis anos e R$ 50 para cada integrante da família com idade entre 7 e 18 anos incompletos e para gestantes.

“Se Juscelino Kubitschek dizia que eram 50 anos em cinco, nós podemos dizer que foram mil dias em 100”, destacou Alckmin.

Braço direito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), será o responsável por estruturar um plano de retomada das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Se no segundo mandato de Lula a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), então chefe da Casa Civil, recebeu a alcunha de "mãe do PAC" por figurar como uma espécie de "coordenadora" da empreitada, na volta do petista ao Palácio do Planalto a tarefa retorna novamente à alçada da pasta ligada à Presidência, sob o comando de Costa.

O ministro já discute com assessores como será o desenho do novo PAC. Ex-governador da Bahia, ele delegou à Subchefia de Articulação e Monitoramento a missão de produzir um levantamento de todas as obras paradas que estão inscritas no programa. Na prática, Costa já definiu alguns objetivos nessa área, que deve reativar construções inacabadas, além de erguer creches e moradias populares pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

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Apesar de já trabalhar na reestruturação do programa, o ministro da Casa Civil tem buscado se desvencilhar da pecha de "pai do PAC", que o aproxima do legado negativo deixado por Dilma nesta área. Levantamento produzido em 2016 pela Inter.B Consultoria mostrou que só 16,8% das 29 mil obras anunciadas para os dois primeiros períodos do plano, de 2007 a 2010 e de 2011 a 2014, foram concluídas no prazo.

No segundo ano do PAC, em 2009, o governo Lula já lidava com críticas por causa das obras paralisadas. Em visita ao canteiro da transposição do Rio São Francisco , o presidente chegou a dizer que, "se tem (paralisação), é alguma coisa ou da Justiça ou de briga de empresários ou do Tribunal de Contas, porque falta de dinheiro não é."

O novo governo Lula, porém, ainda não definiu a quantidade de recursos que será destinada à reativação das obras para que o programa, sob a coordenação de Rui Costa, não tenha o mesmo destino da administração Dilma. O ministro da Casa Civil tem dito que sua função na gestão do novo PAC será apenas de "cuidar dos investimentos" e definir as prioridades, pois, segundo ele, é impossível "coordenar 100% das ações de cada ministério".

"A Casa Civil não é executora do PAC, como não é executora do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Quem executa as obras do PAC, do PPI e as eventuais concessões públicas é cada pasta. Uma obra de aeroporto não é feita pela Casa Civil. É feita pelo Ministério de Portos e Aeroportos", disse Costa em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (2).

Em seu discurso de posse no Congresso, Lula anunciou a volta do PAC com uma nova configuração, que deve privilegiar o diálogo com os governadores para definir as obras prioritárias. O presidente mencionou mais de 14 mil construções que teriam sido "irresponsavelmente paralisadas"."Vamos retomar o Minha Casa Minha Vida e estruturar um novo PAC para gerar empregos na velocidade que o Brasil requer", afirmou Lula.

Embora a cifra de recurso do novo programa ainda não tenha sido definida, os ministros do governo Lula já se preparam para ter reuniões com o "pai do PAC" e garantir que parte do dinheiro seja destinado às prioridades de suas respectivas pastas. O ministros dos Transportes, Renan Filho (MDB), tem conduzido reuniões internas com sua equipe para definir as obras e os recursos almejados que pretende apresentar ao ministro da Casa Civil

Renan tem dito que vai aguardar a primeira reunião ministerial do governo, marcada para esta sexta-feira, 6, para que tenha as diretrizes de Lula sobre as prioridades do PAC e possa se reunir com Costa com um plano de ações já estruturado. Um dos objetivos do ministro é acessar os recursos do programa para expandir a malha ferroviária do País.

"(O PAC no Ministério dos Transportes) vai focar ferrovias e rodovias como maneira de aumentar a competitividade nacional. O Brasil está com a malha rodoviária muito ruim e avançou pouco em ferrovia nos últimos anos, fez algumas concessões, mas as obras estão com dificuldade de avançar", afirmou Renan. "Nós estamos trabalhando duro para que as concessões de ferrovias avancem mais e para recuperar a nossa malha rodoviária, que está no pior estágio de conservação dos últimos tempos", completou.

O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer a retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa Minha Vida, se eleito. "Vamos voltar a fazer muito investimento em infraestrutura com PAC. Inauguramos 13 mil obras do PAC e vamos recuperar financiamentos para retomar 14 mil obras do PAC", disse Lula nesta segunda-feira (10), em entrevista à rádio Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro. O PAC foi criado em 2007, durante o segundo mandato de Lula, voltado a investimentos em infraestrutura, saneamento, habitação, transporte e energia.

O ex-presidente falou novamente sobre a retomada do Minha Casa Minha Vida e criticou o atual programa habitacional do governo Bolsonaro, o Casa Verde e Amarela. "Queria que vocês encontrassem uma casa verde e amarela. Contratamos mais de 224 mil casas até 2016 no Minha Casa Minha Vida. Foram entregues 110 mil e o restante estava pata ser construído. Até agora não sei uma casa que ele construiu", criticou.

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Lula afirmou que a retomada do Minha Casa Minha Vida será destinada, principalmente, à população de baixa renda. "Vamos retomar o programa subsidiando a camada mais pobre que não pode pagar. Isso está na Constituição e vamos garantir que todo mundo tenha direito a morar", defendeu o ex-presidente.

Voltado ao público carioca, o candidato petista prometeu também recuperar a indústria naval com a construção local de sondas para a Petrobras com componentes nacionais a fim de estimular a geração de emprego e renda. "O Brasil vai voltar a ser espelho do mundo. Minha eleição é a primeira chance de trazer investimento do exterior ao Brasil não para comprar nossas empresas, mas para trazer empresa novas ao País", afirmou Lula.

Ainda na ponta da geração de emprego, Lula citou como medidas para estímulo retomar obras paralisadas, apoio na digitalização e incentivo ao empreendedorismo com financiamentos de bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Lula também comentou sobre aumento anual real do salário mínimo conforme for o crescimento do PIB, correção da tabela do imposto de renda e redução da fila de pedidos de aposentadoria do INSS.

O ex-presidente da República e candidato ao Palácio do Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer um novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em sua gestão, caso seja eleito.

"Em primeiro de janeiro, chamarei todos os governadores para definirmos prioridades em infraestrutura. Precisamos discutir um novo PAC com governadores e prefeitos para a economia voltar a crescer", disse Lula neste domingo, 9, em coletiva de imprensa realizada em Belo Horizonte.

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Ele voltou a falar também na retomada do Minha Casa Minha Vida e a ampliar investimentos em saneamento. "Vamos voltar a fazer Minha Casa Minha Vida e vão poder pintar a casa da cor que quiserem", disse Lula, em comparação com o atual programa do governo Bolsonaro, "Casa Verde e Amarela".

Lula também defendeu a participação dos bancos públicos em infraestrutura e no crédito para microempreendedores. "Banco do Brasil, Caixa e BNDES vão financiar infraestrutura e pequenos empresários. O Banco do Brasil vai deixar de financiar só a agricultura e vai financiar também microempreendedores. Vamos financiar cooperativas, desde cooperativa de catadores", afirmou.

Estratégia de campanha no segundo turno

Não tendo ganhado as eleições presidenciais no primeiro turno, o ex-presidente afirmou que o resultado foi "porque uma parcela da população não quis". Na coletiva de imprensa em Belo Horizonte, o petista voltou a lembrar sobre não ter ganhado eleições anteriores em primeiro turno. "Respeitosamente tenho que admitir que nunca ganhei no primeiro turno", disse.

Lula afirmou também que o resultado das urnas será respeitado. "Quem tiver mais votos levará. O resultado será acatado."

Para ele, a polarização vai continuar refletindo no segundo turno. "Esta é uma das campanhas mais polarizadas da história do País. Os votos estão definidos e polarizados. Vamos tentar ganhar votos da abstenção."

Também voltou a pedir que a militância não aceite as provocações dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, seu adversário. "Serão dias tensos", pontuou.

Confiança

Lula voltou a afirmar que está confiante com a vitória da eleição. "Acho que vamos ganhar porque há tendência do povo brasileiro de que podemos fazer mais que outro candidato (o presidente Jair Bolsonaro)."

Com relação às pesquisas, que têm sido criticadas por Bolsonaro e aliados, o ex-presidente observou que elas "servem para fazer avaliação e ver comportamento" e disse que candidatos nunca aceitam pesquisas que o mostram perdendo o pleito .

O plano para infraestrutura de um novo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se eleito, vai "evidentemente" se espelhar no que foi feito à época do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), marca das gestões petistas, disse a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, escalada por Lula para trabalhar nas propostas de campanha para o setor de infraestrutura. O PAC irrigou o segmento com centenas de bilhões de reais do Orçamento, mas também sofreu críticas por falhas de governança.

"O nosso plano de investimentos vai evidentemente se espelhar no que fizemos no PAC, no Minha Casa Minha Vida. Nós já fizemos, sabemos quais são as dificuldades, aprendemos em muitas coisas e vamos além do que fizemos", disse a engenheira ao ser perguntada se Lula implementaria um novo PAC caso se consagre no pleito de outubro.

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Belchior foi uma das coordenadoras do programa. Chefiou no governo Dilma, entre 2011 e 2015, a extinta pasta do Planejamento, Orçamento e Gestão - ministério que pode ser retomado com Lula -, seguindo posteriormente para a presidência da Caixa. Considerado um dos pilares para a retomada econômica no programa do ex-presidente, o plano de investimento em infraestrutura do PT é dividido em "dois tempos": um emergencial, focado no primeiro ano de governo, e outro estratégico, que se debruçaria sobre empreendimentos que se conectem com obras estruturantes e promovam desenvolvimento regional.

FIOL. Uma das obras que o PT planeja acelerar é a do segundo trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), em construção na Bahia. Nesse planejamento de urgência, a equipe de Lula fala ainda em dar continuidade a projetos de leilão em fase avançada e analisar a repactuação ou relicitação de contratos com investimentos parados.

A equipe de Lula tem "enorme preocupação" com o modelo de privatização do Porto de Santos, sinalizando que irá paralisar os planos de leilão caso Lula seja eleito e o certame fique para o próximo ano. Belchior afirmou que o time do petista avalia outras formas de aprimorar a gestão dos portos públicos que não seja pelo modelo criado pelo governo Bolsonaro. Uma das ideias é fazer a concessão de serviços específicos das companhias docas, como o de dragagem, por exemplo.

Se eleito, Lula quer reativar, com inovações, o modelo do extinto Minha Casa Minha Vida, programa das gestões petistas substituído pelo Casa Verde e Amarela no governo Bolsonaro em 2020. Aumento de subsídio, aluguel social e uso de infraestrutura em áreas urbanas estão entre os planos do PT para retomar o foco do programa habitacional nas famílias de baixa renda, disse Belchior.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois monumentos do conjunto arquitetônico do Sítio Histórico de Olinda foram restaurados e serão reabertos na próxima quarta-feira (24). Às 15h, será reinaugurada a Igreja do Bonfim, localizada na Rua do Bonfim, Carmo. Já às 17h30 será reinaugurado o Adro de São Francisco, do convento mais antigo do Brasil.

A igreja volta a abrir as portas para o público após um ano e quatro meses de requalificação da torre do sino e da fachada, além da recuperação de toda estrutura do telhado, cobertura do forro, piso e reconstituição dos altartes e do conjunto de imagens dos santos do acervo da igreja. O serviço foi aprovado e elaborado pela Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O investimento foi de R$ 2,09 milhões oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas.

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Já a inauguração do adro do Convento de São Francisco contará com apresentação da Orquestra Sinfônica do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO). O adro é um pátio que fica diante de igrejas.

Segundo a Prefeitura de Olinda, o espaço foi requalificado com a reintegração do largo com o cruzeiro, o piso foi refeito, a rampa restaurada com acessibilidade e corrimão. A intervenção envolveu também a instação de equipamentos de iluminação com sistema elétrico embutido, canaletas para melhoria da drenagem do local, novos balizadores que limitam a área de circulação dos veículos, além da recomposição da fachada do convento.

A obra durou dois anos e quatro meses. O investimento foi de quase R$ 3,08 milhões.

O governo anunciou há pouco o contingenciamento de R$ 5,9 bilhões e o remanejamento de R$ 2,2 bilhões do Orçamento deste ano. Com isso, chega a R$ 44,9 bilhões o total de verbas bloqueadas para 2017.

O corte atinge principalmente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que perderá, ao todo, R$ 7,4 bilhões, sendo R$ 5,2 bilhões que serão contingenciados e R$ 2,2 bilhões que serão realocados para outras áreas consideradas essenciais. O restante dos recursos contingenciados refere-se a emendas impositivas de bancada (R$ 214 milhões) e emendas impositivas individuais (R$ 426 milhões).

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O corte foi necessário para repor a queda na expectativa total de arrecadação, anunciada na ultima sexta-feira (21), que passou de R$ 1,386 trilhão para R$ 1,380 trilhão.

Havia a expectativa de que o corte fosse menor, devido à possibilidade de entrada de receitas extraordinárias. Contundo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que não foi possível fazer as avaliações necessárias, já que o prazo para o anúncio do contingenciamento termina amanhã (28).

O governo federal desembolsou R$ 42 bilhões para pagamento de obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2016. Em reunião hoje (11) no Palácio do Planalto, ministros do Núcleo de Infraestrutura do governo apresentaram um balanço das ações do setor.

“Os ministérios mostraram que o pagamento de suas obras estão em dia, e que conseguiram equilibrar o pagamento das obras com o cronograma de execução”, disse o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira.

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Com as contas em dia, o governo dará início agora ao planejamento dos desembolsos a serem feitos este ano e no próximo. “O presidente [Michel Temer] orientou para que iniciemos o processo de planejamento para 2017 e 2018”, disse o ministro.

As primeiras ações devem ser anunciadas em breve. “Devemos lançar na primeira semana de fevereiro o primeiro relatório intermediário sobre o andamento de 1,6 mil obras paralisadas, que estão sendo retomadas, devendo ser concluídas ao longo deste ano e do próximo”, acrescentou.

Ao comentar o balanço da área de infraestrutura, Oliveira também citou progressos na obra da transposição do Rio São Francisco, que já tem etapas concluídas.

Na busca da retomada do crescimento econômico e de uma agenda positiva, o presidente Michel Temer retoma nesta quarta-feira (11) o formato de reuniões de núcleos do governo e deverá tratar pela primeira vez da retomada ou tentativa de celeridade das grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O presidente comandará, a partir das 10h, uma reunião do núcleo de infraestrutura no Palácio do Planalto para, segundo fontes do governo, tratar de obras do PAC "de maior vulto e peso". Na semana passada, Temer pediu ao ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que listasse as obras do PAC de maior importância, que estão ou paralisadas ou andando a passos muito lentos. O objetivo é que sejam estabelecidas prioridades de execução até 2018, quando encerra seu governo.

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No ano passado, Temer focou na retomada de projetos menores, com obras de até R$ 10 milhões. O presidente liberou a execução desses pequenos empreendimentos para ajudar a movimentar a economia e também agradar aos parlamentares com interesses nas eleições municipais. Agora, a ideia do governo é fazer um balanço semelhante, determinando quais serão as prioridades dentre as grandes obras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Congresso Nacional se reúne nesta segunda (19) e terça-feira (20) para tentar concluir a votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. O texto principal foi aprovado em agosto, mas os deputados e senadores deixaram três destaques pendentes. Dois deles tratam praticamente do mesmo assunto e têm objetivo de evitar que os recursos orçados para a área de ciência e tecnologia em 2017 sejam bloqueados.

Um proíbe o bloqueio orçamentário dos recursos alocados na função “Ciência e Tecnologia” do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Para 2017, o governo destinou R$ 7,3 bilhões para esta função, que custeia programas na área. E o outro impede o bloqueio de todos os recursos alocados nesta função, independente do ministério. O que equivale a R$ 8,3 bilhões. As propostas podem enfrentar resistência do governo.

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O terceiro destaque visa retirar do texto da lei a autorização para o governo remanejar livremente 20% das dotações globais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa foi contemplado com R$ 35,8 bilhões na proposta orçamentária de 2017, em tramitação na Comissão Mista de Orçamento. A autorização prevista na versão da LDO permite que o governo possa movimentar até R$ 7,2 bilhões destes recursos sem necessidade de chancela do Congresso Nacional.

O governo poderá, por exemplo, alocar R$ 2 bilhões em uma obra do PAC, usando recursos do próprio programa, sem ouvir deputados e senadores. A LDO em vigor é mais restritiva: o governo pode movimentar apenas 10% do valor de cada obra.

A Empresa de Urbanização do Recife (URB) está prometendo a entrega dos 108 apartamentos dos blocos B e D do Habitacional do Pilar, no Recife Antigo, para a segunda semana de setembro. A data é também uma resposta ao Ministério Público Federal (MPF) que, na segunda-feira (15), anunciou ter enviado uma recomendação à URB solicitando a entrega dos apartamentos até o dia 30 de setembro.

As obras do Programa de Requalificação Urbana e Social da Comunidade do Pilar foram iniciadas em 2010 e seguem sem ser concluídas. De acordo com a URB, a obra está em reta final, com a pintura de fachadas e instalação da rede de iluminação pública das ruas internas do conjunto. Ainda esta semana está previsto o sorteio das unidades habitacionais de acordo com os critérios acordados entre prefeitura e comunidade, diz a empresa.

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Financiado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o projeto prevê a construção de um conjunto habitacional com 588 apartamentos populares, escola, creche, posto de saúde, mercado público comunitário, praça e pavimentação de três ruas principais, além da iluminação pública da comunidade. Apesar do prazo de conclusão estar previsto inicialmente para 2012, o MPF recebeu uma representação em 2015 na qual constava que apenas 10% do projeto estava finalizado.

Ao MPF, representantes da URB afirmaram que o atraso ocorreu, entre outros fatores, devido à rescisão de contrato com a antiga construtora e à realização de nova licitação. Além de recomendar à URB a entrega das 108 unidades restantes, o MPF também requer que a empresa aterre área da quadra 55 do conjunto habitacional, que foi um compromisso firmado com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a proteção do patrimônio arqueológico da área. Caso as providências não sejam adotadas, o ministério público poderá tomar medidas judiciais. 

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