Após a greve dos rodoviários, terminada no último dia 5, os policiais civis também decidiram aderir a paralisação de suas atividades. A decisão foi tomada por unanimidade no começo da noite desta terça-feira (17), em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) de Pernambuco, que fica no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Entre as reivindicações da categoria estão a correção da distorção salarial, de 82%, melhorias na condição de trabalho, pagamento de adicional noturno, vale refeição e reajuste salarial.
No encontro, a categoria divulgou que a greve terá início a partir das 0h da próxima segunda-feira (23), e que vai ser decretada na noite da sexta-feira (20), obedecendo às normas da constituição que determina anúncio prévio de 72h antes da interrupção dos trabalhos.
##RECOMENDA##O evento foi marcado por tumulto e confusão entre alguns policiais que não aprovaram as propostas indicadas pelo Sinpol. Entre elas, a de que o sindicato decidiu que continuem em funcionamento os plantões especializados, os da mulher, GPCA, Força tarefa, IC, IML e a condução de presos, configurando que 30% do efetivo permaneça trabalhando em plena greve.
Indignado com a proposta, o ex-diretor do Sinpol, Marcos Aurélio, falou na ocasião que "isso é brincar de fazer greve, é caô" e que a categoria "é um bando de frouxas", referindo-se. "Apenas recusar a determinação do governo não adianta. É preciso demonstrar ação, assim como fizeram os policiais de Garanhuns, que recusaram o 'pacote-esmola', que aumenta a gratificação do Programa de Jornada Extra de Segurança Pública (PJES)", alfinetou o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, referindo-se a ação que irá entrar na Justiça contra o PJES, "o governo está sendo intrasigente com a categoria", finalizou.
O grupo marcou uma nova reunião para avaliar o movimento no próximo dia 26 de julho.
*Com informações de Rhayana Fernandes