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De greve nacional deflagrada desde o dia 17 de agosto, funcionários dos Correios de Pernambuco realizaram, na manhã da última quinta-feira (10), um ato público com concentração na Praça do Derby, centro do Recife. Os trabalhadores estão mobilizados para questionar a violação do Acordo Coletivo de Trabalho, e cobram posicionamento e nova proposta da direção nacional dos Correios. Durante a ocasião também houve uma ação solidária com doação de sangue na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). Uma audiência de conciliação foi marcada para esta sexta-feira (11), às 15h.

A decisão de marcar uma audiência pública de conciliação entre os trabalhadores dos Correios e a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) foi da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Kátia Arruda, por meio de despacho. A intenção é chegar a uma solução negociada para o conflito que já dura 25 dias.

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Os trabalhadores se queixam da retirada considerada indevida de cláusulas no Acordo Coletivo de Trabalho. Das 79 existentes, 70 foram removidas. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect) se diz aberta ao diálogo, mas explica que a política do Governo Bolsonaro e do General Floriano Peixoto, presidente nacional dos Correios, é inflexível.

“Hoje, os trabalhadores estão fazendo pressão na direção dos Correios, que em momento nenhum se comprometeu em apresentar a proposta para os trabalhadores. Então, a greve vai continuar firme e forte, até que a direção dos Correios apresente a proposta de manutenção de todos os direitos para os trabalhadores. Já estamos no 25º dia de greve, e a tendência é continuar, até que a empresa venha a recuar”, disse Rinaldo Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE), ao LeiaJá.

A greve continua por tempo indeterminado e a nível nacional. Trabalhadores dos Correios de outras cidades e estados também se mobilizam entre a quinta e esta sexta-feira (11).

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Pela segunda vez neste mês de agosto, os funcionários dos Correios em Pernambuco estarão reunidos na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Pernambuco (SINTECT-PE), onde decidirão se deflagram, ou não, greve a partir das 22h, aderindo ao movimento nacional.

São cerca de 3,5 mil funcionários da empresa no Estado. As subsedes da Sintect-PE em Caruaru, Agreste, e em Petrolina, Sertão, também estarão reunidas. Segundo o Sindicato, o foco da negociação está no plano de saúde da categoria, o Postal Saúde.  

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  Na última terça (7), os trabalhadores decidiram seguir a orientação das federações da categoria, FENTECT e FINDECT, e manter o estado de greve e as negociações em curso, mantendo a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Sintect denuncia que desde que ficou instituída a cobrança da mensalidade no plano de saúde, o rombo financeiro da empresa foi transferido para os trabalhadores (as). "Esta imposição injusta está onerando os salários líquidos em até 70% inviabilizando o básico no orçamento doméstico", pontua a categoria.  

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Os Correios informaram que a greve dos funcionários não afeta os atendimentos. “Até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento paredista, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis”, diz nota da empresa, que chama a paralisação de “parcial” e iniciada “por alguns sindicatos”.

Em Pernambuco, os Correios alegam que 85% do efetivo está presente e trabalhando, o que corresponde a 2845 empregados.  Já o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintect-PE) tem números diferentes. Segundo Marçal Aguiar, um dos diretores do sindicato, a adesão gira em torno de 50% a 60% dos profissionais. 

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A nota dos Correios também aponta que todas as agências estão abertas com todos os serviços disponíveis. O Sintect-PE, entretanto, informou que algumas agências pequenas do interior fecharam, como é o caso da de Palmares, na Zona da Mata Sul do Estado.  “A paralisação ainda é muito recente, mas está relativamente forte”, avalia Marçal.

De acordo com um levantamento dos Correios realizado pela manhã, 93,17% do efetivo total dos Correios no país estava trabalhando. A empresa diz ter adotado o Plano de Continuidade de Negócios para minimizar o impacto e que o movimento está concentrado na área de distribuição. 

“Os Correios continuam dispostos a negociar e dialogar com as representações dos trabalhadores na busca de soluções que o momento exige e considera a greve um ato precipitado que desqualifica o processo de negociação e prejudica todo o esforço realizado durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa”, acrescentou a empresa.

Está marcada para as 16h30, na Avenida Guararapes, centro do Recife, uma assembleia dos funcionários dos Correios. O objetivo é fazer um acompanhamento da paralisação e discutir os próximos passos.  A categoria é contra alterações e exclusões nas Cláusulas de Saúde do Trabalhador.  Já aderiram à greve trabalhadores de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Brasília, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Santos, São José do Rio Preto, Sergipe, Santa Catarina, Vale do Paraíba e Uberlândia.

Consumidor – O Procon-PE recomenda que, para não ser cobrado de eventuais encargos e evitar que seu nome fique sujo durante a greve dos Correios, o consumidor entre em contato com as empresas antes do vencimento da fatura para solicitar outros meios para efetuar o pagamento. As empresas devem disponibilizar outras formas de pagamento como internet, débito em conta, código de barras, sede da empresa ou casas lotéricas. 

Se as empresas não oferecerem outros meios, o consumidor deve documentar a tentativa de quitar o débito e registrar uma reclamação no Procon. 

Os funcionários dos Correios de Pernambuco se uniram à mobilização nacional e vão realizar uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (27). Ao longo do dia, os manifestantes prometem realizar uma série de atos no estado.

A categoria reivindica melhorias e reparos em unidades da empresa e contratação de pessoal por meio de concurso público. Eles também são contra o aumento de 17,92% na contribuição do plano previdenciário e alegam estar combatendo o plano de fechamento de agências. 

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Os atos começam às 8h desta manhã, quando a categoria deve realizar mobilizações em suas respectivas unidades de trabalho. Às 14h, os trabalhadores vão se concentrar em frente ao edifício-sede dos Correios, na Avenida Guararapes, no centro do Recife, e fazer uma panfletagem. Uma assembleia para discutir os novos encaminhamentos está marcada para as 15h no mesmo local.

Segundo o Sindicato dos Correios de Pernambuco (Sintect), já aderiram a paralisação representações do Amazonas, Alagoas, Ceará, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Bahia, Goiás, Pará, Acre e Mato Grosso do Sul.

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