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Após o cancelamento de segunda-feira passada, dia 17, a SpaceX conseguiu lançar o foguete Starship nesta quinta-feira, 20. Faltando um minuto para a abertura da janela, o diretor de voo pausou a contagem para a decolagem. Às 10h33 o foguete voou: dos 33 motores do foguete, cinco falharam. Quatro minutos depois da decolagem, o foguete explodiu no ar - ele estava a 29 km de altitude. Ainda não há informações sobre o que gerou a explosão, mas a SpaceX afirmou que houve uma separação imprevista.

Na transmissão oficial, a equipe da SpaceX foi vista comemorando. A equipe comemorou a coleta de dados resultante da decolagem do foguete. Esse era o primeiro teste integrado entre o Super Heavy, um lançador gigante com 33 motores, e o Starship - mesmo com a decolagem sem todos os motores em funcionamento, a estrutura foi capaz de ganhar altitude.

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A SpaceX comentou na sequência a explosão. Em um dos tuítes, a companhia disse: "com um teste como esse, o sucesso está naquilo que aprendemos, e o teste de hoje vai nos ajudar a melhorar confiabilidade da Starship, enquanto a SpaceX busca tornar a vida multi-planetária".

A nova tentativa de voo teve transmissão oficial no YouTube da companhia.

Nesta semana, o primeiro voo orbital do foguete mais poderoso da história foi cancelado 15 minutos antes da decolagem. Após os tanques terem sido abastecidos, a SpaceX detectou o congelamento de uma válvula de pressurização de um dos lançadores. Ainda assim, a companhia manteve todos os testes no chão para coleta de dados.

O primeiro voo orbital do foguete é componente essencial do plano do bilionário Elon Musk para iniciar a colonização do planeta Marte. A ideia é que ele possa levar astronautas tanto para a Lua quanto para o planeta vermelho.

Em maio de 2021, um protótipo do Starship fez lançamentos e pousos bem-sucedidos. Para isso, foram necessárias quatro tentativas que acabaram em explosões, posteriormente investigadas pelas autoridades. Segundo Musk, a SpaceX planeja produzir cinco foguetes Starship neste ano. Ele tem 120 metros de altura e capacidade para transportar até 100 pessoas.

Esta primeira missão do Starship, porém, não levava pessoas nem carga. O objetivo do lançamento era fazer um teste dos motores e também a capacidade de fazer um pouso controlado.

"Não estou dizendo que vai entrar em órbita, mas garanto emoção. Então, não vai ser chato!", disse Musk, em uma conferência do Morgan Stanley, em março. "Então, acho que temos, com sorte, cerca de 80% de chance de atingir a órbita este ano. Provavelmente, levará mais alguns anos para alcançar a reutilização completa e rápida."

O lançamento do Starship foi feito em uma base da SpaceX na vila de Boca Chica, localizada no sul do Texas, nos Estados Unidos.

Como funciona o lançamento?

No lançamento, o Starship deve se desprender da base principal, que vai ser recuperada pela equipe, segundo a SpaceX. O sistema é parecido com o usado pelo foguete Falcon 9, que colocou em órbita de forma inédita civis, em 2021.

O voo tinha duração programada de 90 minutos e daria uma volta na Terra, partindo do Texas e pousando no Havaí. O Starship voaria a uma altitude de 250 km da superfície do planeta.

Os motores funcionaria por seis minutos, dois no ar e quatro na volta para a Terra e, em futuros lançamentos, eles poderão ser reutilizados em até três lançamentos por dia, de seis em seis horas.

Para que serve o Starship?

Inicialmente, o Starship deve ser usado em missões na órbita da Terra e da Lua. O plano audacioso de Musk prevê usar o foguete para criar um mercado de turismo espacial. Uma viagem ao planeta Marte deve custar entre US$ 10 milhões e US$ 60 milhões.

Assim como outros foguetes da SpaceX, o Starship foi projetado para ser reutilizável, o que reduz consideravelmente os custos de missões espaciais. O novo foguete foi feito para ser lançado em cima do Super Heavy, um lançador gigante que compõe grande parte do tamanho total de 120 metros do Starship.

A Nasa prevê o uso do novo foguete para transportar astronautas tanto à órbita quanto à superfície da Lua.

Quais os desafios?

Musk falou sobre as dificuldades que a SpaceX enfrentou no desenvolvimento dos motores "Raptor 2" para seu foguete Super Heavy. Ele citou, por exemplo, problemas com o derretimento dentro das câmaras de propulsão dos motores devido ao calor intenso.

Para chegar ao planeta Marte, a SpaceX tem desafios severos. A viagem tem duração de 6 meses e são necessários 14 satélites em órbita para ajudar na navegação.

A SpaceX quer utilizar um sistema de reabastecimento em órbita, para reabastecer a espaçonave Starship na órbita baixa da Terra antes de partir para Marte. O reabastecimento em órbita permite o transporte de até 100 toneladas até Marte. E como a nave tem alta capacidade de reutilização, o custo primário é o do propelente, e o custo do oxigênio e do metano é extremamente baixo.

Para o pouso, requer uma placa térmica protetora, e por mais que a proteção do Starship seja pronta para múltiplas entradas em atmosferas, ainda é esperado que existam danos causados na película protetora já que a atmosfera do planeta age de maneira diferente da do planeta Terra.

Por fim, o Starship enfrenta obstáculos terráqueos, como o impacto ambiental de sua construção e lançamento. O próprio futuro da instalação de teste e produção em Boca Chica está em jogo em uma avaliação de impacto ao meio ambiente que está em andamento pela Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).

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O voo teste inaugural do “foguete mais poderoso já construído” estava previsto para acontecer hoje (17). O lançamento da Starship, nave da empresa privada SpaceX, estava sendo transmitido ao vivo para qualquer um assistir.

Infelizmente, a SpaceX comunicou o adiamento do teste de voo nos últimos minutos de transmissão. O motivo foi algum problema de pressurização do booster da Starship, que exigiu uma prorrogação de, pelo menos, 48 horas para “reciclar o propulsor”.

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A SpaceX foi bem sucedida em um teste de lançamento estático (amarrado ao solo) de todos os motores no primeiro estágio do Starship em fevereiro deste ano. Porém, a nave nunca voou em sua configuração completa até o momento.

A Starship será a nave responsável por levar astronautas de volta à Lua na missão Artemis III, programada para 2025.

SpaceX adiou nesta segunda-feira (17) o primeiro voo de teste do Starship, o foguete mais potente já construído e projetado para enviar astronautas à Lua, Marte e outros cantos do universo.

A decolagem foi suspensa minutos antes do horário programado, devido a um problema de pressurização no estágio de propulsão, de acordo com informações da SpaceX.

O fundador da SpaceX, Elon Musk, disse que uma válvula de pressão parecia estar congelada, resultando no adiamento do lançamento previsto para 13h20 GMT (10h20 no horário de Brasília) na Starbase, porto espacial da companhia em Boca Chica, Texas.

"Antecipamos um mínimo de 48 horas antes de podermos tentar este voo de teste novamente", destacou um funcionário da SpaceX em um vídeo ao vivo transmitido pela empresa.

De todo modo, já havia datas para os próximos testes marcadas durante a semana, algo que Musk considerou.

Musk havia dito no domingo, durante um evento no Spaces do Twitter, que "é um voo muito arriscado". "É o primeiro lançamento de um foguete muito complexo e gigante", destacou.

"Há um milhão de maneiras que este foguete pode falhar. Vamos ser muito cuidadosos e, se virmos algo que nos preocupa, vamos adiá-lo", adiantou ele.

- Super foguete -

A Nasa, agência espacial americana, escolheu a espaçonave Starship para levar astronautas à Lua no final de 2025 - em uma missão chamada Artemis III - pela primeira vez desde o fim do programa Apollo, em 1972.

Com 120 metros de altura, o Starship pertence à categoria de lançadores superpesados, capazes de transportar uma carga maior que 100 toneladas em órbita. Sua potência de decolagem deve ser mais que o dobro do lendário Saturno V - 111 metros -, foguete do famoso programa lunar Apollo.

A Starship consiste em uma cápsula reutilizável de cerca de 50 metros de altura que transporta a equipe e a carga, localizada em cima do propulsor em primeiro estágio Super Heavy, com cerca de 70 metros.

A espaçonave e o propulsor Super Heavy nunca voaram juntos, no entanto, vários testes de voo suborbital da espaçonave já foram realizados.

O plano original prevê que o propulsor Super Heavy seja separado da nave três minutos após o lançamento para aterrissar no Golfo do México.

Com seis motores próprios, a aeronave continuará a uma altitude de cerca de 240 km, completando quase uma volta ao redor da Terra antes de mergulhar no Oceano Pacífico cerca de 90 minutos após o lançamento.

"Se chegar à órbita, será um grande sucesso", disse Musk no domingo.

"Se nos afastarmos o suficiente da plataforma antes que algo dê errado, acho que posso dizer que foi um sucesso", acrescentou o magnata. "Só não exploda a plataforma de lançamento".

"A carga útil desta missão é informação. Informação que permitirá melhorar o projeto de futuras construções da Starship", explicou.

- 'Civilização multiplanetária' -

A SpaceX concluiu um teste de lançamento bem-sucedido de todos os 33 motores Raptor no primeiro estágio da Starship, em fevereiro.

A Nasa levará astronautas à órbita lunar em novembro de 2024 usando seu próprio foguete espacial, o Space Launch System (SLS), que está em desenvolvimento há mais de uma década.

O Starship é maior e mais potente que o SLS, gera 17 milhões de libras de empuxo, mais do que o dobro dos foguetes Saturn V usados para enviar os astronautas das missões Apollo à Lua.

A SpaceX espera lançar uma nave estelar em órbita e reabastecê-la para que possa continuar sua jornada para Marte ou além.

Musk esclareceu que o objetivo é tornar a Starship reutilizável para reduzir o custo das missões para apenas alguns milhões de dólares por voo.

"Levando a longo prazo, não sei, dois ou três anos, teremos que obter uma reutilização completa e rápida".

Eventualmente, o objetivo é estabelecer bases na Lua e em Marte, e colocar a humanidade no "caminho de ser uma civilização multiplanetária", afirmou Musk.

"Estamos no breve momento da civilização em que é possível se tornar uma espécie multiplanetária", disse ele. "Esse é o nosso objetivo. Acho que temos uma chance".

Depois de três tentativas sem sucesso, o novo protótipo do foguete Starship da SpaceX voltou a cair nesta terça-feira (30) durante seu quarto voo de teste, confirmou no Twitter o fundador da empresa, Elon Musk.

"Algo importante aconteceu" no momento da descida, escreveu.

"Vamos saber o que aconteceu assim que pudermos examinar os fragmentos no final do dia", acrescentou Musk, que brincou: "ao menos a cratera está no lugar correto!".

O foguete SN11 foi lançado das instalações da empresa no sul do Texar por volta das 13H00 GMT (10H00 de Brasília) e iniciou a subida de 10 quilômetros, com algumas falhas de vídeo.

Estava descendo à superfície quando o sinal de vídeo foi perdido novamente.

"Perdemos o relógio em T mais cinco minutos, 49 segundos", afirmou o locutor da SpaceX John Insprucker, em referência ao tempo transcorrido desde a decolagem.

"Parece que tivemos outro teste emocionante do Starship Number 11", completou, de maneira seca.

O SN11 é o 11º protótipo da Starship, que a SpaceX espera que um dia seja capaz de voar em missões tripuladas à Lua, Marte e além.

Foi o quarto a fazer um voo de teste com a tentativa de retorno ao solo para um pouso vertical suave.

O SN8 e o SN9, que foram lançados em dezembro e fevereiro respectivamente, caíran durante o pouso e explodiram, enquanto o SN10 conseguiu pousar com sucesso, mas explodiu alguns minutos depois do teste de 3 de março.

Apesar dos fracassos, os analistas consideram que a SpaceX está compilando dados muito valiosos que poderão ajudar a acelerar o desenvolvimento de seu programa espacial.

Com o tempo, a SpaceX planeja combinar a nave Starship com um foguete Super Heavy, criando um sistema totalmente reutilizável.

Esta versão final terá 120 metros de altura e poderá transportar 100 toneladas métricas na órbita da Terra - o veículo de lançamento mais potente já desenvolvido.

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