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Com o novo fechamento de estabelecimentos na Costa Oeste dos Estados Unidos, duas igrejas evangélicas da Califórnia registraram-se como clubes de strip tease para seguir com os cultos em meio à pandemia. Pastores chegaram a tirar parte da roupa e dançaram em um palco diante dos fiéis.

Esse foi o método adotado pelos líderes da Awaken Church e da Godspeak Calvary Chapel, em San Diego e Thousand Oaks, para driblar a fiscalização norte-americana. Em um vídeo, o pastor Jurgen Matthesius age como um stripper ao lado de outro representante do templo. Eles tiram os blazers e arremessam aos integrantes da Awaken, que foi rebatizada como Awaken Family Friendly Strip Club.

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"CLUBES DE STRIP (não igrejas) estão isentos dos bloqueios da Covid e são considerados essenciais por nosso governador! Entãããão ... decidimos que agora somos o AWAKEN FAMILY FRIENDLY STRIP CLUB!", criticou Matthesius no Instagram. Já o líder religioso da Godspeak, o pastor Rob McCoy, atacou a medida e disse tratar-se de uma "tirania" do governo.

Matthesius explicou que precisa se apresentar por, pelos menos, 30 segundos para oficializar a mudança, informou a rádio WIBC. Ainda assim, o pastor classifica o atual clube de strip como um local "onde tiramos o diabo de seu controle, poder e autoridade sobre a vida das pessoas".

Confira

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Para manter o complemento da renda proveniente aulas de striptease, a publicitária Ingrid Astasio, de 25 anos, adaptou-se à rotina imposta pela Covid-19 e começou a ensinar as práticas sensuais em um aplicativo de videoconferência. Quando não é professora, a jovem trabalha como estrategista de conteúdo em uma multinacional.

Antes da pandemia, Ingrid já dava aulas presenciais em um dos principais estúdios de pole dance de São Paulo. Porém o avanço da doença e as medidas restritivas, moldara o curso para a plataforma digital e fez com que ela trocasse a barra pelo sofá.

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"Foi aí que eu pensei, por que não striptease no sofá? Também tinha a possibilidade de ser chairdance, uma dança sensual na cadeira, mas no sofá eu teria mais espaço para explorar e é algo que quase todo mundo tem em casa. Faz parte da residência das pessoas. Por que não usar de outra maneira e tornar a quarentena uma experiência diferente?", explicou ao G1.

Os encontros ocorrem às noites de sexta-feira e reúne cerca de 20 participantes. Ingrid conta que é comum surgirem rostos novos, pois oferece aulas avulsas por R$ 35 e também a aquisição de um pacote. A professora orienta a turma sobre elementos eróticos e imersão em sensualidade, e falou descreveu a preparação, "eu estudo música, movimento e anatomia para passar um aquecimento qualificado".

“Sempre começo com exercícios que trabalhem o amor próprio. É preciso explorar a própria sensualidade, antes de querer seduzir alguém. A sedução exige isso. Você nunca vai seduzir alguém se não se sentir sedutora, ou sedutor", acrescenta.

 De olho em novidades, ela planeja introduzir o curso de pompoarismo, voltado para o fortalecimento da musculatura vaginal, para as alunas do Brasil e de outros países como nos Estados Unidos, Alemanha e França.

A publicitária lamenta a falta de homens nas turmas, mas garante que o conteúdo é voltado para todos os interessados. “Todos são bem-vindos na aula. Heteros, trans e homossexuais que não se importem de performar a feminilidade, já que não trago movimentos masculinizados", pontuou.

A busca pela autoestima e sensualidade fez com que Ingrid conquistasse alunas fieis. Uma delas é a gerente administrativa Yasmyn Lopes, de 32 anos, que garante se sentir um “mulherão” com as vídeoconferências. Moradora de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, ela conta que as práticas estão sendo fundamentais para seu relacionamento. "Resolvi filmar uma das aulas e mandar para o boy, que está em São Paulo. Ele ia mudar para cá no fim de março, mas o voo foi cancelado e a data, adiada. Então, eu o seduzo por vídeos mesmo. É o que resta", avalia.

Já a psicóloga paulistana Juliana Siracuza, de 35, conta que a intenção era reaproximar-se do próprio corpo, mas "a sedução é um caminho sem volta". "A Ingrid tem um jeitinho único de nos ajudar a resgatar a relação saudável que precisamos ter com nosso corpo real, com o corpo que temos. Isso é fundamental, já que sofremos demais com todos os padrões, papéis e expectativas que depositam em nós mulheres", concluiu.

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