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Milhões de chineses viajaram para suas cidades natais nesta quinta-feira (19) para celebrar o feriado prolongado do Ano Novo Lunar com a família, uma situação que "preocupa" o presidente Xi Jinping pelo potencial de propagação da Covid-19 nas áreas rurais.

A previsão do governo é de mais de dois bilhões de viagens em um período de 40 dias entre janeiro e fevereiro na China, em um dos maiores deslocamentos em massa de pessoas do mundo.

A chegada às áreas rurais de dezenas de milhões de habitantes, onde o coronavírus se espalhou amplamente, pode levar a um aumento do número de casos de covid-19 nessas localidades, com poucas infraestruturas de saúde.

Nesta quinta-feira, as principais estações de trem em Pequim e Xangai estavam lotadas.

- "Nova fase" -

O presidente Xi Jinping manifestou sua preocupação com o impacto da doença nas áreas rurais neste feriado prolongado.

"Xi disse que está especialmente preocupado com as áreas rurais e a população rural, depois que o país fez ajustes em suas medidas de resposta à covid-19", disse a agência de notícias estatal Xinhua sobre os telefonemas feitos pelo governante às autoridades locais.

O presidente "insistiu nos esforços para melhorar os cuidados médicos para os mais vulneráveis ao vírus nas áreas rurais", acrescentou a Xinhua, citando as conversas de Xi em uma série de videoconferências, na quarta-feira (18), com profissionais de saúde, pacientes com covid-19 e trabalhadores.

"A prevenção e o controle da epidemia entraram em uma nova fase e ainda estamos em um período que requer grandes esforços (...) para suprir as lacunas nas áreas rurais", afirmou.

Em dezembro, Pequim levantou a estratégia draconiana de "covid zero" imposta pelas autoridades. Essa política desacelerou a economia do gigante asiático e desencadeou grandes manifestações.

Ontem, em meio à situação atual, Xi avaliou que adotar essa política foi uma "boa escolha". Desde a supressão dessas medidas, o país registrou um aumento impressionante de casos. Inúmeros relatos e informações circulam nas redes sociais sobre essa disparada.

Nesse contexto, a agência chinesa reguladora do ciberespaço anunciou na quarta-feira que reforçará sua vigilância contra "informações falsas" no período de festas para evitar o aumento dos "pensamentos negativos" on-line.

O órgão pediu que se evite "boatos" e "(falsos) testemunhos de doentes", criados, segundo ele, para chocar os internautas. Afirmou, ainda, que esta campanha pretende remover os conteúdos que "induzirem o público ao erro".

As trocas frequentes promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no comando da Polícia Federal - que, além da diretoria-geral, impactam as diretorias setoriais, como a responsável pelo combate à corrupção - têm motivado críticas da própria corporação e até ações na Justiça. Ao exonerar Paulo Maiurino, no fim de fevereiro, o chefe do Executivo alterou pela quarta vez o diretor-geral da corporação. Desde que Bolsonaro assumiu o governo, passaram pelo cargo os delegados Maurício Valeixo, Alexandre Ramagem, Rolando de Souza e Maiurino. O atual titular é Márcio Nunes.

Ex-policial civil, o senador Alessandro Vieira (Cidadania) foi às redes sociais nessa quinta-feira (3) para reprovar a mudança mais recente. Segundo ele, essas alterações comprometem a continuidade dos trabalhos e contribuem para a impunidade de criminosos. "A substituição repetida dos chefes de órgãos técnicos como a PF é um método para minar a eficiência dos trabalhos, rompendo a continuidade e o acúmulo de conhecimentos essenciais para um desempenho eficiente. O resultado é mais atraso e garantia de impunidade para criminosos", publicou o parlamentar.

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Quinto titular da direção-geral, Nunes promoverá trocas no comando da Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor), pasta sensível da corporação. Ela abriga sob o seu guarda-chuva o setor que cuida de inquéritos contra políticos e autoridades e o que investiga casos de corrupção.

Bolsonaro é alvo de inquéritos na PF, como o que apura a divulgação de notícia falsa relacionando a vacina contra a covid à contaminação pelo HIV, aberto nesta quinta-feira, e o que investiga se o mandatário interferiu no comando da instituição para proteger familiares.

Bolsonaro já é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), aberto em abril de 2020, que apura justamente a suspeita de interferência política na PF, após a saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) solicitou, também nesta quinta-feira, que o STF proíba o novo diretor-geral de trocar delegados responsáveis por diretorias estratégicas até a conclusão dos inquéritos já iniciados contra autoridades com foro privilegiado. O objetivo é blindar a Dicor e impedir que as substituições comprometam investigações em curso.

Maiurino ficou apenas dez meses no cargo. Seu antecessor, Rolando Souza, por sua vez, durou onze meses. Entidades representativas, como a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, soltaram notas afirmando que as "sucessivas" trocas no comando da instituição geram "consequências administrativas e de gestão, que podem prejudicar a celeridade e a continuidade do trabalho" da corporação.

Singapura fez testes robôs de patrulha que lançam advertências a pessoas envolvidas em "comportamento social indesejável", aumentando o arsenal tecnológico de vigilância nesta cidade-Estado sob estreito controle.

Do grande número de câmeras CCTV (Circuito Fechado de Televisão) aos postes de luz equipados com tecnologia de reconhecimento facial atualmente em teste, Singapura viu uma explosão de ferramentas para vigiar seus habitantes.

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Enquanto as autoridades defendem e promovem sua visão de uma "nação inteligente", hipereficiente e tecnológica, ativistas denunciam que a privacidade foi sacrificada e que as pessoas têm pouco controle do que é feito com seus dados.

Singapura é criticada por restringir as liberdades civis. E, embora sua população tenha se acostumado com estes rígidos controles, há uma preocupação crescente com a tecnologia invasiva.

Os dispositivos de vigilância mais recentes são os robôs com rodas e sete câmeras, que emitem avisos ao público e detectam "comportamento social indesejado". Entre eles, está fumar em áreas proibidas, estacionar bicicletas em lugar indevido, ou violar as regras de distanciamento em meio à pandemia da Covid-19.

Durante uma patrulha de teste, o robô "Xavier" ingressou em uma área residencial e parou em frente a um grupo de idosos que assistiam a uma partida de xadrez.

"Por favor, mantenha um metro de distância", "por favor, atenham-se a cinco pessoas por grupo", alertou uma voz robótica, enquanto uma câmera do dispositivo se concentrava nos presentes.

Durante um teste de três meses em setembro, dois robôs foram enviados para patrulhar essa zona residencial e um shopping.

Para Lee Yi Ting, um ativista dos direitos digitais, estes aparelhos são a forma mais recente de vigiar a população.

"Tudo contribui para a sensação de que as pessoas devem ter cuidado com o que dizem e fazem em Singapura, mais do que em outros países", disse ele à AFP.

Já o governo argumenta que os robôs são necessários para suprir a falta de trabalhadores diante do envelhecimento populacional. As autoridades afirmam que, na fase de testes, os robôs não poderão identificar, nem tomar medidas contra os infratores.

"A força de trabalho está diminuindo", alega Ong Ka Hing, da agência governamental que desenvolveu os robôs Xavier, acrescentando que estas máquinas podem ajudar a reduzir o número de policiais necessários para patrulhar as ruas.

Esta ilha de 5,5 milhões de habitantes tem 90.000 câmeras policiais e deve dobrar este número até 2030. Ao mesmo tempo, o governo pretende instalar em toda cidade a tecnologia de reconhecimento facial para distinguir rostos na multidão.

Este ano, surgiram sinais de rejeição pública quando as autoridades admitiram que a polícia teve acesso a informações sobre casos de Covid-19 coletadas por um sistema oficial. Diante disso, o governo aprovou leis, posteriormente, para limitar seu uso.

Os líderes de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Comissão Europeia afirmaram estar gravemente preocupados com as contínuas ações da Rússia para minar a soberania, a integridade territorial e a independência da Ucrânia.

"Nós mais uma vez condenamos a anexação ilegal da Crimeia pela Rússia e as ações para desestabilizar o leste da Ucrânia", disseram os líderes do G-7 em um comunicado publicado no site da Casa Branca. "Essas ações são inaceitáveis e violam as leis internacionais", acrescenta o documento.

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O comunicado cita o a queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, em território ucraniano, que deixou quase 300 mortos, e exige uma "rápida, completa, desobstruída e transparente investigação internacional sobre o caso". "Nós pedimos que todos os lados estabeleçam, mantenham e respeitem inteiramente um cessar-fogo no local e no entorno da queda, conforme solicitado pelo Conselho de Segurança da ONU."

Segundo os líderes do G-7, esse "terrível evento" deveria ter sido um divisor de águas no conflito e levado a Rússia a suspender o apoio aos grupos armados na Ucrânia, o que não aconteceu. "Nós pedimos que a Rússia use sua influência sobre os grupos separatistas e garanta um controle eficiente da fronteira, incluindo observadores da OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa)", diz o documento.

Os líderes do G-7 afirmam também que a Rússia ainda tem a oportunidade de escolher o caminho da redução da violência, que levaria à retirada das sanções ao país anunciadas pela União Europeia e pelos EUA nesta semana. Por outro lado, "se isso não for feito, nós permanecemos prontos para intensificar ainda mais os custos de suas ações hostis", conclui o comunicado.

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