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Em discurso durante sessão de trabalho do G7, no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No encontro, que teve como tema “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”, Lula disse que o conselho “encontra-se mais paralisado do que nunca”. Ao falar de paz, afirmou que “membros permanentes continuam a longa tradição de travar guerras não autorizadas pelo órgão, seja em busca de expansão territorial, seja em busca de mudança de regime”. 

Na mesa, sentado em frente ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau, Lula falou em diálogo. “Repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolver disputas. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia”.

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O presidente voltou a pedir uma solução baseada no diálogo para o conflito na Ucrânia e a criação de um espaço para negociações. Destacou outros conflitos que ocorrem fora da Europa e que merecem também mobilização internacional. “Israelenses e palestinos, armênios e azéris, cossovares e sérvios precisam de paz. Yemenitas, sírios, líbios e sudaneses, todos merecem viver em paz”, afirmou.

Ele defendeu ainda a necessidade de ratificação do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares. “Não são fonte de segurança, mas instrumento de extermínio”, disse. “Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso”, completou.

Guterres Após a sessão de trabalho, Lula conversou por cerca de meia hora com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Mais uma vez, lembrou o fato de o conflito na Ucrânia não estar sendo tratado no âmbito do Conselho de Segurança da ONU e reforçou a necessidade de reforma do órgão. 

Meio ambiente foi outro tema do encontro. Lula falou sobre a Cúpula da Amazônia, que ocorrerá em Belém (Pará) em agosto. Guterres garantiu que vai apoiar a iniciativa brasileira de criação de um grupo de cooperação formado por nações amazônicas, Indonésia e República Democrática do Congo, países que têm grandes florestas. 

Agenda

Em reuniões bilaterais, o presidente teve encontros com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. A relação entre os dois países foi o assunto. “Países da maior relevância para o desenho de uma nova geopolítica global”, disse Lula. 

A Índia é o quinto maior parceiro comercial do Brasil. Em 2021, o comércio entre os dois países chegou ao maior resultado da história: US$ 15,1 bilhões. Nesse mesmo ano, o Brasil exportou mais de US$ 6 bilhões para a Índia e importou US$ 8,8 bilhões em produtos indianos. 

No encontro com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, as conversas giraram em torno da necessidade de aumento do comércio entre os dois países e na cooperação em áreas como ciência e tecnologia, inclusive com a possibilidade de um acordo entre Vietnã e Mercosul. 

Ainda no sábado à noite (horário de Brasília), o presidente brasileiro se reuniu com o primeiro-ministro do Canadá Justin Trudeau. Comércio, meio ambiente e guerra estiveram na pauta. 

“Achamos que Brasil e Canadá têm condições de dobrar as relações comerciais”, disse Lula, estacando a preservação ambiental e o combate às mudanças climáticas como pontos de convergência entre os dois países. 

Ao presidente de Comores, Azali Assoumani, Lula reafimou o apoio brasileiro ao pleito da União Africana por uma vaga no G20. Os dois falaram ainda sobre a necessidade de uma cooperação tecnológica bilateral  maior e a possibilidade de uso de bancos de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Africano de Desenvolvimento em questões de infraestrutura.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ajuda à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, no socorro à Argentina. Em reunião bilateral em Niigata, no Japão, na véspera do G-7 Financeiro, Haddad disse à contraparte americana que se trata de uma questão humanitária. Ele ainda destacou que a união entre Brasil e Estados Unidos nesse tema seria um facilitador para as negociações.

"Estamos muito preocupados com o que está acontecendo com a nossa vizinha Argentina. E uma das coisas que me traz ao G-7, por recomendação do presidente Lula, é sensibilizar o G-7 e o G-20 para as condições específicas da Argentina nesse momento. Nós trazemos essa preocupação por uma questão humanitária bastante evidente", declarou o ministro da Fazenda a Yellen, na parte da reunião que pôde ser acompanhada pela imprensa.

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Haddad relatou à secretária do Tesouro americano a falta de divisas na Argentina "por razões históricas que vinham se acumulando" e as secas recentes, que afetaram as exportações. Também destacou que é ano eleitoral no país vizinho. "Estamos preocupados com o destino político na Argentina", afirmou o ministro a Yellen, ao citar a postura violenta de grupos de extrema-direita na América do Sul.

Após o encontro, que durou das 15h47 às 16h23, pelo horário do Japão, Haddad afirmou a jornalistas que Yellen "se surpreendeu" com o tema abordado na bilateral, a Argentina, e se comprometeu a analisar as considerações.

A intercessão brasileira em nome da economia argentina acontece semanas após o presidente da Argentina, Alberto Fernández, visitar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o petista se comprometeu a trabalhar para convencer o Fundo Monetário Internacional (FMI) a "tirar a faca do pescoço" da Argentina. "A solução para Argentina passa pelo FMI", destacou Haddad.

Para além da identificação ideológica, o governo brasileiro quer ajudar a Argentina no campo da economia em ano eleitoral para evitar uma queda nas exportações ao país vizinho que leve ao enfraquecimento da atividade nacional. Os dois países estudam formas de financiar as exportações à Argentina, mas esbarram na garantia à política creditícia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou na madrugada desta quarta-feira (10), pelo horário de Brasília, ao hotel em que ficará hospedado por uma noite em Tóquio. Recebido pelo embaixador do Brasil no Japão, Octávio Henrique Dias Garcia Côrtes, Haddad veio à capital japonesa para participar da cúpula do G-7 voltada a ministros de finanças e presidentes de bancos centrais.

Sem agendas públicas nesta quarta-feira, O ministro viaja cedo na quinta-feira (11) de trem a Niigata, sede do G-7 financeiro, e terá como primeira atividade um encontro com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.

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Haddad chegou acompanhado pela chefe da Secretaria de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito. Na sexta-feira (12), a comitiva brasileira se encontra com o economista Joseph Stiglitz e participa das atividades do G-7. O retorno para o Brasil está previsto para sábado, dia 13.

A prisão do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias dividiu os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e provocou críticas até entre velhos aliados, que compõem o grupo G-7. Em público, porém, todos negaram um racha na comissão após a ordem dada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

O senador foi criticado por ter dado ordem de prisão a Dias após ignorar apelos para a detenção de outras testemunhas ouvidas na comissão, entre elas o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten e o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que acusou Dias de pedir propina na negociação de vacinas contra Covid-19.

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Após a decisão, senadores questionaram a ordem de Aziz. "O presidente da CPI tem autonomia para decretar a prisão do depoente por falso testemunho e isso deve ser respeitado, mas questiono a falta de isonomia na decisão. Dias não foi o primeiro a mentir flagrantemente na comissão. É importante manter o foco: são mais de 525 mil mortos", disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Aziz, porém, manteve a ordem de prisão. Parlamentares avaliaram que a decisão serve como um recado para testemunhas e investigados que serão ouvidos a partir de agora.

A partir de agora, a CPI deve avançar na investigação sobre denúncias de corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro. Dias é apontado como um importante elo nessa apuração, embora tenha negado articulação para compra das vacinas.

Bate-boca

Uma nota assinada pelo ministro da Defesa, Walter Braga Neto, e pelos comandantes das Forças Armadas criticando Aziz provocou reação no Senado. Mais cedo, durante sessão da CPI, Aziz havia dito que "há muitos anos a gente não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua do governo".

Divulgada após a prisão de Dias, a nota classificou a declaração do presidente da CPI como "grave, infundada e irresponsável". O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tentou apaziguar as críticas e manifestou respeito às Forças.

"Vossa Excelência deveria dizer 'a nota é desproporcional. Eu não aceito que se intimide um senador da República'", reclamou Aziz para Pacheco. Depois, virando-se para o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), reforçou a crítica. "E Vossa Excelência sabe muito bem que eu nunca desrespeitei as Forças Armadas. Os meus respeitos aos grandes brasileiros que fazem parte das Forças Armadas e meu desrespeito total àqueles envolvidos com falcatruas", disse ele.

Os ministros das Finanças dos países do G-7 terão uma teleconferência nesta semana para coordenar sua resposta ao novo coronavírus, como parte do esforço mais amplo para limitar o impacto econômico do surto, afirmou o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, nesta segunda-feira (2).

"Haverá uma ação coordenada", afirmou Le Maire à televisão francesa, acrescentando que o objetivo dos formuladores da política é garantir "que este impacto significativo no crescimento seja o mais breve possível".

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Le Maire disse que falou por telefone no domingo com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, que atualmente é presidente do G-7, e deve conversar nesta semana com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

O ministro francês disse que a discussão entre os ministros do grupo deve ocorrer por telefone "porque não devemos viajar muito". Uma reunião similar de ministros de Finanças das nações da zona do euro também é planejada, informou Le Maire.

A autoridade não quis discutir em detalhes o impacto econômico na França por causa do coronavírus, mas adiantou que ele será "muito mais significativo" que o recuo de 0,1 ponto porcentual no Produto Interno Bruto (PIB) antes projetado por Le Maire quando o surto era limitado à China. Com informações da Dow Jones Newswires.

O presidente Donald Trump receberá a cúpula do G-7, em 2020, em um dos seus resorts de golfe, o Trump Doral, em Miami. O anúncio foi feito ontem pelo chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney. A ideia foi do próprio Trump e provocou críticas e questionamentos sobre conflitos de interesse.

A decisão não tem precedentes na história moderna americana: o presidente usar o cargo para fazer um contrato gigantesco com ele mesmo. A cúpula do G-7 atrai centenas de diplomatas, jornalistas e seguranças. Mulvaney disse ontem que o governo não está preocupado com o "aparente" conflito de interesse. "Doral foi de longe a melhor instalação física para essa cúpula", disse. O chefe de gabinete explicou que a Casa Branca examinou dez locais antes de escolher a propriedade de Trump, sem especificar quais hotéis foram examinados.

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A ideia de fazer a cúpula no resort, segundo Mulvaney, partiu do próprio presidente. A cúpula do G-7 se alterna entre os sete membros do grupo. A última vez em que ocorreu nos EUA, em 2012, o então presidente Barack Obama recebeu os líderes na residência oficial de Camp David.

Este ano, Trump disse várias vezes que queria premiar a si mesmo com o evento. O resort fica perto do aeroporto de Miami. O local propiciava mais lucro do que qualquer outro hotel ou clube de golfe do presidente, que fez um empréstimo de US$ 125 milhões para comprá-lo. Mas, nos últimos anos, a rentabilidade da propriedade entrou em declínio. O lucro caiu 70% desde que ele assumiu a presidência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palácio do Planalto informou na noite dessa segunda-feira, 26, que rejeitará ajuda de US$ 20 milhões, equivalente a R$ 83 milhões, prometidos pelo G-7, o grupo de países mais ricos do mundo, para auxiliar no combate a incêndios na Amazônia.

O Planalto não informou o motivo para recusar os valores. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ministros têm dito que não há anormalidade nas queimadas e que países europeus tentam fragilizar a soberania do Brasil sobre a floresta.

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A informação do Planalto, no entanto, contradiz o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que mais cedo disse que a ajuda do G7 era "bem-vinda".

Bolsonaro voltou a se reunir nesta segunda com ministros para tratar dos incêndios na floresta. Após a conversa com o presidente, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo disse que a situação na Amazônia está controlada e que cerca de 2.700 militares das Forças Armadas estão prontos para atuar na região.

Ainda nesta segunda, o governo teve novo embate com o presidente da França, Emmanuel Macron, que falou sobre conferir status internacional à floresta. "Sobre a Amazônia falam brasileiros e as Forças Armadas", rebateu o porta-voz da Presidência, general Rêgo Barros.

O Reino Unido uniu-se à Alemanha nesse sábado (24) ao criticar a decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de obstruir um acordo comercial entre a União Europeia e o grupo Mercosul dos países sul-americanos para pressionar o Brasil contra incêndios florestais - além de levar a questão à cúpula dos países ricos, o G-7, em Biarritz..

Em uma declaração surpresa anteontem, Macron disse que havia decidido se opor ao acordo UE-Mercosul e acusou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro de mentir quando minimizou as preocupações com as mudanças climáticas. Em sua chegada para a cúpula, ontem, Macron fez um apelo para que "todos os países ajudem o Brasil e outros países sul-americanos a combater os incêndios na Floresta Amazônica". Neste sábado, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reforçou as críticas. "É difícil imaginar ratificação harmoniosa (do acordo) enquanto o Brasil permitir essa destruição."

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Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, criticou essa postura, um dia depois de o escritório da chanceler alemã Angela Merkel ter feito o mesmo em Berlim. "Há todo tipo de pessoa que usará qualquer desculpa para interferir no comércio e frustrar acordos comerciais", disse. Johnson afirmou, porém, temer a "irreversibilidade" da destruição florestal e prometeu "apoio aos brasileiros". Na sexta, 23, um porta-voz de Angela Merkel disse que não concluir o acordo "não é a resposta apropriada para o que está acontecendo no Brasil agora".

Após o presidente Bolsonaro ver na intervenção de Macron uma intervenção indevida - e cogitar até chamar o embaixador francês para cobrar explicações -, o francês virou alvo de críticas do governo. O secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, usou suas redes sociais ontem para rechaçar "pitacos" e dizer que "Macron não consegue controlar o racismo nem o antissemitismo de seu país". Seu colega de Meio Ambiente, Ricardo Salles, observou nas redes sociais que há mais fogo em Angola e Congo do que na Amazônia e citou possível interesse dos "ineficientes agricultores franceses".

Com o telefonema anteontem de Donald Trump e do presidente Bolsonaro, o governo brasileiro espera que os Estados Unidos indiquem, durante o G-7, que só aceitarão discutir os incêndios na região da floresta amazônica com a presença e participação do Brasil. Isso, segundo interlocutores do governo brasileiro, foi tratado na conversa entre os dois presidentes.

Protestos

Com Biarritz fechada para a cúpula do G-7, manifestantes antiglobalização e ambientalistas se reuniram em cidades na fronteira franco-espanhola para cobrar atenção à agenda ambiental. Houve confronto com tropas de segurança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros das Relações Exteriores do G-7 convocaram todos os envolvidos nas operações militares próximas a Trípoli a interromper imediatamente toda a atividade e movimento na área da cidade da Líbia. Em comunicado conjunto emitido do resort francês de Saint-Malo, graduados diplomatas de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos afirmaram que as operações estavam "atrapalhando as perspectivas de um processo político liderado pela ONU, colocando civis em perigo, e prolongando o sofrimento do povo líbio".

Os ministros disseram acreditar firmemente que não há solução militar para o conflito da Líbia. Além disso, reiteraram seu apoio à Organização das Nações Unidas para levar os líbios a eleições pacíficas, como decidido por lideranças líbias em Paris em maio de 2018 e em Palermo em novembro do ano passado. Fonte: Associated Press.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado, 9, ter sugerido que os membros do G-7 façam um acordo para criar uma zona comercial "livre de tarifas" entre esses países. A questão comercial entre os EUA e o restante do mundo ganhou holofotes nos últimos meses após o anúncio de tarifas massivas sobre aço e alumínio importados. Segundo Trump, os membros do G-7 estão comprometidos com uma situação comercial mais justa para os EUA.

Em discurso realizado nesta manhã, o líder americano voltou a dizer que a culpa pelos acordos comerciais "ruins" não é dos atuais governantes de cada país, mas sim de negociações passadas, "que vão desde muito antes do governo Obama".

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Questionado sobre a possibilidade de haver retaliação à barreira comercial, Trump disse que "se eles retaliarem, estarão cometendo um erro". Na quarta-feira, 6, a União Europeia anunciou que imporá tarifas sobre US$ 3,3 bilhões em importações dos EUA, em resposta à barreira.

O presidente também citou as negociações com o Canadá e o México sobre o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), dizendo que está "muito perto" de um acordo. "Ou vamos deixar como está, um tratado a três - e mudá-lo substancialmente -, ou vamos fazer dois acordos separados com o Canadá e o México", disse.

Trump deixará a reunião antes do término para embarcar rumo a Cingapura, onde se encontrará com o líder norte-coreano Kim Jong-un no começo da semana. "O mínimo que faremos é iniciar um diálogo, mas eu quero mais que isso. Saberemos em um minuto se a Coreia do Norte está falando sério sobre paz. Vamos ver o que acontece", afirmou o presidente americano. "Kim Jong-un tem uma oportunidade única de fazer algo grande para seu povo, para sua família e para si mesmo", disse.

Rússia

Manchete de grande parte da imprensa de língua inglesa deste sábado, o apontamento de que a Rússia deveria ser reintegrada ao grupo das principais nações industrializadas foi repetido por Trump.

"Acho que seria bom ter a Rússia de volta e transformar o G-7 em G-8. Queremos paz no mundo, não fazer jogos", disse. Questionado sobre uma possível reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, Trump apenas citou que não conversa com ele "há algum tempo".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta sexta-feira (8) que a Rússia seja reintegrada ao grupo das principais nações industrializadas, o G-7. "A Rússia deveria estar na reunião, deveria ser parte dela", afirmou ele a repórteres, antes de embarcar para a cúpula.

A Rússia foi expulsa do G-7 em 2014, como punição por anexar a Crimeia e por seu apoio a separatistas pró-Moscou na Ucrânia. A suspensão foi apoiada por outros membros do grupo, entre eles os EUA, Canadá, Japão e quatro nações europeias.

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O conselheiro especial americano, Robert Mueller, investiga se aliados de Trump entraram em conluio com o governo russo para favorecer Trump na eleição presidencial de 2016. Hoje, o presidente americano negou qualquer conluio e disse que não houve obstrução de Justiça. Além disso, Trump argumentou que teria o poder, legalmente, de conceder perdão a si mesmo, mas disse que não haverá necessidade disso. "Todo mundo sabe que não fiz nada errado", comentou. Fonte: Associated Press.

O clube das sete nações mais industrializadas do mundo se reúne no Canadá a partir desta sexta-feira (8), em um clima de hostilidade sem precedentes em relação aos Estados Unidos, o que levou o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, a dizer com ironia que não existe mais o G-7, mas o "G-6 mais um". No centro da disputa estão as tarifas sobre a importação de aço e alumínio impostas pelo governo Donald Trump sob o argumento de que elas são necessárias para proteger a segurança nacional do país.

Na quarta-feira, 6, dois dias antes da abertura do encontro, a União Europeia anunciou que vai impor tarifas sobre US$ 3,3 bilhões em importações dos EUA, em retaliação à barreira. Se ela ainda estiver em vigor dentro de três anos, serão adotadas novas tarifas, de US$ 4,2 bilhões. Analistas e investidores temem que a disputa escale para uma guerra comercial, que poderia afetar o crescimento da economia mundial.

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A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que as conversas serão "difíceis" e não abrangerão apenas a questão comercial. Europeus e americanos também racharam em relação ao acordo sobre o programa nuclear do Irã, abandonado por Trump. No ano passado, o americano já havia se distanciado do continente ao retirar os EUA do Acordo de Paris sobre mudança climática.

O chefe do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, deixou claro que Trump não pretende ceder às pressões contra as tarifas. Segundo ele, o sistema multilateral construído em torno da Organização Mundial do Comércio (OMC) está "quebrado" há cerca de 20 anos - ele não mencionou isso, mas o período é semelhante ao da entrada na China na instituição, em 2001. "O presidente está tentando consertá-lo", afirmou Kudlow.

Déficit

Trump se queixa com frequência do déficit comercial dos EUA com muitos de seus parceiros - em especial a China, ignorando as razões estruturais que impulsionam as importações americanas. "O presidente gostaria que outros países atendessem a nossos pedidos. Até agora, eles não o fizeram de maneira satisfatória", disse. Entre as demandas, estão a redução de tarifas e o aumento da compra de produtos dos EUA.

Os sinais do distanciamento entre Washington e seus aliados ficaram evidentes em um tuíte postado na quinta-feira, 7, pelo presidente francês, Emmanuel Macron, líder europeu de mais próxima relação com Trump: "Os 6 países do G7 sem os Estados Unidos são um mercado maior que o mercado americano. Não podemos esquecer."

Duas horas mais tarde, Macron publicou outro post: "O presidente americano pode não se importar em ficar isolado, mas nós também não nos importamos em assinar um acordo de seis países se for necessário. Porque esses seis países representam valores, eles representam um mercado econômico que tem o peso da história atrás dele e que agora é uma força internacional real". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Itália informou que a principal autoridade do meio ambiente dos Estados Unidos deixou a reunião do G-7 sobre o tema antes do término das conversas. O ministro do meio ambiente da Itália, Gian Luca Galletti, que comanda o encontro de dois dias na Bolonha, contou a jornalistas que Scott Pruitt participou da sessão de abertura sobre o clima na manhã deste domingo, mas depois deixou a reunião alegando um compromisso.

Pruitt está à frente da Agência de Proteção Ambiental do presidente norte-americano Donald Trump, que recentemente anunciou sua decisão de se retirar do acordo do clima de Paris.

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Os outros seis países do G-7 - Grã Bretanha, França, Alemanha, Canadá, Japão e Itália - concordaram na cúpula política do mês passado, na Sicília, em trabalhar para tornar o acordo climático efetivo.

Galletti disse que apesar da saída, o diálogo deve continuar, inclusive sobre outras questões ambientais.

Fonte: Associated Press

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, tornou-se nesta segunda-feira o primeiro secretário de Estado no cargo a visitar o memorial da paz e museu de Hiroshima, que lembra as vítimas da bomba atômica lançada em 1945 pelos norte-americanos. Kerry qualificou o local como um lembrete "total, duro, obrigatório" da necessidade de conter as armas nucleares e para se evitar uma guerra.

O ministro das Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, que nasceu em Hiroshima, levou Kerry e ministros das Relações Exteriores do G-7 para um tour de 45 minutos. O local mostra as consequências terríveis do ataque dos EUA à cidade durante a Segunda Guerra. Os ministros estão presentes na cidade para um encontro do G-7.

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Kerry firmou o livro de visitas e disse que pensou que todos no mundo "deveriam ver e sentir o poder desse memorial". "A guerra precisa ser um último recurso - nunca a primeira opção", afirmou Kerry no livro de visitas. "Este memorial nos impulsiona a todos a redobrar nossos esforços para mudar o mundo, para encontrar a paz e construir o futuro desejado por todos os cidadãos em toda parte."

Durante uma visita à exposição um dia antes, alguns visitantes estrangeiros foram vistos enxugando lágrimas, diante das descrições e das fotografias sobre os efeitos pessoais que atingiram dezenas de milhares que morreram no ataque norte-americano em Hiroshima e também no restante da população. A mostra traz documentos sobre uma série de consequências médicas para as pessoas expostas à radiação meses e anos depois, com câncer em amostras de pele, língua e outras partes do corpo.

O ataque, realizado em 6 de agosto de 1945, marcou a primeira vez que a bomba atômica foi usada na história. A segunda e última até agora ocorreu três dias depois, em Nagasaki. Dias depois, o Japão se rendeu e autoridades militares dos EUA disseram que a intenção com as bombas era forçar rapidamente o país asiático a se entregar, o que evitou uma invasão por terra que segundo as lideranças custaria ainda mais vidas.

Após visitar o museu na manhã desta segunda-feira, Kerry e seus colegas foram para uma cerimônia de homenagem às vítimas. O parque memorial estava cercado por cerca de 800 alunos de ensino fundamental do Japão, que saudaram com bandeiras dos países representados na visita.

Em declarações planejadas para esta segunda-feira, Kerry não deve pedir desculpa pelo fato de os EUA terem usado a bomba atômica, mas lamentará a perda de vidas, disse um funcionário que o acompanha. A fonte afirmou que Tóquio não demandou um pedido de desculpas e que os dois lados concordam que a visita ao local deve ter como foco "olhar para frente". Alguns japoneses acreditam que um pedido de desculpas dos EUA é necessário, porém muitos nos EUA argumentam que qualquer gesto nessa direção seria uma crítica inapropriada ao esforço de guerra norte-americano. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou no encerramento do encontro de dois dias do G-7 na Alemanha, grupo dos sete países mais industrializados e economicamente desenvolvidos do mundo, que o ataques de hackers contra os sistemas do governo norte-americano irão aumentar.

Obama comentou sobre os problemas de cyber segurança após um grande ataque de hackers aos arquivos pessoais de funcionários do governo dos EUA - considerado o pior ataque virtual na história do país.

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De acordo com o presidente norte-americano, parte do problema é o fato de o país ter sistemas antigos que são incapazes de detectar as invasões. Obama afirmou que o governo está atualizando os sistemas de departamento em departamento para assegurar que a tecnologia esteja em dia. Mesmo assim, o líder afirma que a questão não será solucionada.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou a atual parceria entre os Estados Unidos e a Alemanha "como uma das fortes alianças que o mundo já viu", durante discurso após chegar à cidade de Krün, próximo ao hotel Schloss Elmau, na Bavária, onde acontecerá o encontro do G-7. Obama citou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia como uma das discussões do grupo.

O presidente da União Europeia, Donald Tusk, paralelamente em Schloss Elmau, comentou que a única questão a ser discutida pela União Europeia é quando tornar as sanções contra a Rússia ainda mais rígidas, diante do rompimento do acordo de paz fechado em fevereiro. "Se alguém quer dar início a um debate sobre mudanças no regime de sanções, a discussão só pode ser sobre fortalecê-las", disse Tusk, que foi primeiro-ministro da Polônia.

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Em Krün, a acompanhado da chanceler Angela Merkel e cercado por locais sustentando jarros de cerveja e trajados com tradicionais shorts de couro e suspensórios, Obama disse que, além da crise da Rússia e Ucrânia, os representantes das economias líderes mundiais irão discutir temas como o comércio, o extremismo e as mudanças climáticas. Os líderes mundiais estão agradecidos pela "liderança e parceria com sua chanceler", disse Obama.

Do lado de fora do hotel, grupos protestavam contra o capitalismo e o G-7. Um grupo soltou balões com os rostos dos líderes do G-7, pedindo que cumprissem os compromissos de combate a pobreza no mundo.

Um grupo de 100 policiais faz a segurança para evitar que 200 manifestantes se aproximem demais do local onde acontece o encontro, que pediam por "liberdade e paz, fim do G-7" e carregavam slogans como "medidas para o povo, não para o mercado".

Um pequeno grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia durante protestos na estância alpina alemã de Garmisch-Partenkirchen, onde será realizado o encontro de dois dias do G-7, a partir deste domingo.

Aproximadamente 2 mil manifestantes lotaram a cidade alemã de forma pacífica e exigiram ações sobre mudanças climáticas, a pobreza e a globalização. Durante os protestos, um grupo confrontou a polícia, que respondeu com spray de pimenta. Ao menos duas pessoas foram levadas para cuidados médicos, mas não ocorreram prisões. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Autoridades financeiras do G-7 minimizaram a volatilidade dos mercados de títulos da dívida pública verificada recentemente. "A visão geral é de que estamos assistindo a uma correção que não chega a ser surpresa, dada a forte queda nos rendimentos anteriormente, como no caso dos títulos da dívida da Alemanha", explicou um membro da delegação alemã.

Os ministros das Finanças e líderes dos bancos centrais do G-7 estão reunidos em Dresden para discutir estratégias de crescimento econômico sustentável e potenciais riscos decorrentes de políticas monetárias muito frouxas.

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No mês passado, o estável mercado de títulos do governo alemão viveu alguns de seus piores dias em mais de uma década e esteve à frente de uma corrida global de venda de títulos em meio ao programa de compra de bônus em larga escala realizado pelo Banco Central Europeu (BCE). Autoridades financeiras disseram que os altos níveis de endividamento, privado ou público, podem ser um entrave para o crescimento.

Segundo a fonte alemã, o momento seria oportuno para implementar reformas estruturais consideradas indispensáveis por membros do G-7 para a manutenção do crescimento potencial de seus países. "O crescimento financiado por dívidas não pode ser um substituto para as reformas estruturais", disse o oficial. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os representantes dos países do G-7 reunidos em Dresden, na Alemanha, tiveram uma discussão "suficientemente controversa" com economistas sobre como gerar um crescimento econômico sustentável, afirmou o ministro alemão, Wolfgang Schäuble.

A Alemanha, que está sediando a reunião de ministros e presidentes de bancos centrais do G-7, promoveu um simpósio chamado "Em Direção a Uma Economia Global Dinâmica" com seis economistas, na tentativa de alimentar uma boa discussão sobre o tema.

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"Nós tivemos uma discussão intensa sobre questões fundamentais relacionadas a como as políticas monetária e fiscal podem contribuir para gerar um crescimento sustentável e quais são os problemas do crescimento baixo, dos juros baixos e das taxas de inflação baixas", disse Schäuble.

Durante o simpósio, os representantes dos governos e os economistas discutiram suas diferentes abordagens para geração de crescimento sustentável e os riscos criados pelas políticas monetárias acomodatícias. O encontro teve a presença do diretor do Banco de Compensações Internacionais (BIS), Jaime Caruana, do professor da Universidade de Yale e vencedor do Nobel Robert Shiller e do professor de Harvard Larry Summers.

O G-7 inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os líderes de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Comissão Europeia afirmaram estar gravemente preocupados com as contínuas ações da Rússia para minar a soberania, a integridade territorial e a independência da Ucrânia.

"Nós mais uma vez condenamos a anexação ilegal da Crimeia pela Rússia e as ações para desestabilizar o leste da Ucrânia", disseram os líderes do G-7 em um comunicado publicado no site da Casa Branca. "Essas ações são inaceitáveis e violam as leis internacionais", acrescenta o documento.

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O comunicado cita o a queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, em território ucraniano, que deixou quase 300 mortos, e exige uma "rápida, completa, desobstruída e transparente investigação internacional sobre o caso". "Nós pedimos que todos os lados estabeleçam, mantenham e respeitem inteiramente um cessar-fogo no local e no entorno da queda, conforme solicitado pelo Conselho de Segurança da ONU."

Segundo os líderes do G-7, esse "terrível evento" deveria ter sido um divisor de águas no conflito e levado a Rússia a suspender o apoio aos grupos armados na Ucrânia, o que não aconteceu. "Nós pedimos que a Rússia use sua influência sobre os grupos separatistas e garanta um controle eficiente da fronteira, incluindo observadores da OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa)", diz o documento.

Os líderes do G-7 afirmam também que a Rússia ainda tem a oportunidade de escolher o caminho da redução da violência, que levaria à retirada das sanções ao país anunciadas pela União Europeia e pelos EUA nesta semana. Por outro lado, "se isso não for feito, nós permanecemos prontos para intensificar ainda mais os custos de suas ações hostis", conclui o comunicado.

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