Na próxima sexta-feira (4), estudantes da rede municipal de ensino do Recife iniciam o ano letivo. Em meio aos altos índice de infectados por Covid-19 em Pernambuco, devido à dominância da variante Ômicron, as instituições retornam de forma presencial, mas sem descartar as aulas remotas.
Em entrevista ao LeiaJá, o secretário de Educação municipal, Fred Amancio, reforçou que as medidas de biossegurança nas escolas seguem o mesmo protocolo, já estabelecido, desde 2021, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
##RECOMENDA##"Não houve mudança de diretrizes, como não houve em outros lugares do mundo. As diretrizes são as mesmas porque já mostraram que funcionam para Covid. Não existe um protocolo para a Ômicron, existe um protocolo para Covid e ele se mostrou eficiente na Educação no mundo todo".
À reportagem, Fred Amancio explica que, em 2022, o retorno à sala de aula seria mais flexível. No entanto, com a nova variante, o protocolo foi mantido, como também, o calendário escolar.
"O ano letivo, no Recife, não teria nenhum tipo de distanciamento. Nós [município e Estados] estávamos nos preparando para ofertar aulas apenas presenciais e de forma obrigatória, mas com a Ômicron e o crescimento dos casos, as atividades presenciais passam a ser opcionais, assim como as remotas", observa.
Além disso, o responsável pela pasta ressalta que, neste primeiro momento, as aulas da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental serão, exclusivamente, on-line. A decisão, de acordo com Amancio, foi tomada após alguns profissionais serem diagnosticados com a síndrome respiratória.
"Vale ressaltar que esses servidores, como também, trabalhadores terceirizados não foram contaminados dentro do ambiente escolar", reforça o secretário. Para esses dois níveis educacionais, ainda segundo o secretário, a volta ao presencial será a partir do dia 14 de fevereiro.
Sem rodízio, mas com distanciamento
Na última quarta-feira (3), o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) divulgou, por meio das redes sociais, a informação que o início do ano letivo para turmas do ensino fundamental (anos finais), ou seja, do 6º ao 9º ano, e Educação de Jovens e Adultos (EJA) seria sob regime de rodízio.
Questionado sobre isso, Fred Amancio afirmou que não haverá rodízio. Entretanto, ao LeiaJá, falou sobre o distanciamento, de um metro, entre os alunos dentro da sala de aula.
“No nosso protocolo, a gente não fala em rodízio. O nosso protocolo fala em distanciamento. O eventual rodízio é consequência do distanciamento. Para cumprir o distanciamento, sem a possibilidade de manter 100% dos alunos em sala de aula, cria-se o rodízio. Em algumas escolas vão ter turmas com todos os estudantes em sala de aula e em algumas instituições será preciso fazer o rodízio de um para um, que é uma semana o estudante na escola, na outra em casa”.
E complementa: “Não é que as escolas terão rodízio. Rodízio não é regra, a regra é o distanciamento. Cada escola vai verificar o quantitativo de alunos para cumprir o distanciamento”.