Tópicos | Zirleide Monteiro

A vereadora Zirleide Monteiro (PTB) resolveu renunciar ao cargo. Nessa sexta-feira (10), a parlamentar enviou um ofício a Câmara de Vereadores de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, informando sua decisão. Zirleide disse que refletiu bastante desde que gerou polêmica com seu discurso realizado em uma sessão.

No final de outubro, Zirleide deu o que falar ao dizer que uma mulher foi 'castigada por Deus' por ter filho com deficiência. Comunicando seu afastamento, a vereadora afirmou que o seu mandato sempre esteve a favor "da população e das pessoas mais necessitadas com dezenas de projetos de leis voltadas as pessoas com deficiências, mulheres, LGBTQIAP+ e as minorias".

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"Assim, na certeza do dever cumprido, renuncio ao mandato de Vereadora do Município de Arcoverde, do qual fui eleita com 1856 votos em 15 de novembro de 2020. Vamos seguir em frente, sempre com Arcoverde e nosso povo no coração. Obrigada, Arcoverde!", declarou.

Quando a declaração polêmica de Zirleide Monteiro veio à tona, muita gente repudiou a atitude dela. No momento da sessão, o vereador Wevertton Siqueira (Podemos) pediu que ela se desculpasse pelas ofensas proferidas. Logo após retomar a palavra, Zirleide pediu perdão pela sua expressão.

Após a vereadora da cidade pernambucana de Arcoverde, Zirleide Monteiro (PTB-PE), ser acusada de falas capacitistas, no último dia 30 de outubro, a Câmara de Vereadores do município aceitou a denúncia contra a parlamentar.

Na próxima segunda-feira (13), uma nova sessão entre os parlamentares vai decidir se haverá ou não a instauração do processo de cassação do mandato de Zirleide. Caso o processo seja acolhido, ele irá durar cerca de três meses, além disso, será garantido o direito ao contraditório. A Comissão é formada pelos vereadores Sargento Brito (PTC-PE), Everaldo Lira (PP-PE) e Célia Galindo.

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A fala capacitista foi proferida durante uma sessão na Casa, na qual Zirleide afirmou que uma mãe estava sendo "castigada por Deus" por ter um filho com autismo. A fala capacitista veio após a mulher ter divulgado, dias antes, um vídeo em que a vereadora aparece caindo no plenário, sendo assim, a parlamentar classificou o ato como uma “chacota”.

O líder do Partido Trabalhista Brasileiro na Câmara dos Deputados, Fred Costa (Patriota-MG), logo após o ocorrido, afirmou que Zirleide Monteiro foi expulsa da sigla. De acordo com o deputado, o pronunciamento da vereadora foi “repugnante, abominável e inadmissível”. Até o momento, a assessoria de Zirleide não se pronunciou sobre o caso e sua conta no Instagram continua desativada.

O líder do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na Câmara, Fred Costa (Patriota-MG), anunciou que a vereadora da cidade pernambucana de Arcoverde, Zirleide Monteiro (PTB-PE), foi expulsa da sigla. O desligamento acontece após a parlamentar ser acusada de falas capacitistas a uma mãe de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Durante uma assembleia no local, na última segunda-feira (30), a vereadora disse que o filho da mulher é um “castigo de Deus”. Zirleide referia-se a uma adversária política.

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“O castigo de Deus ele dá aqui, em vida. Quando ela veio com filho deficiente, é porque ela tinha alguma conta para pagar com aquele lá de cima. Ela já veio para sofrer”, afirmou.

O líder do PTB informou, nas redes sociais, que ele e o deputado federal Bruno Lima (PP-SP) vão enviar à Câmara Municipal de Arcoverde um pedido de cassação do mandato de Zirleide.

"Já expulsamos do partido a Vereadora Zirleide Monteiro, de Arcoverde/ PE, que afirmou, em uma sessão da Câmara Municipal, que filho deficiente é castigo de Deus. Uma pessoa que faz uma afirmação dessa, não pode estar no parlamento", escreveu.

Nota de repúdio da Câmara

Em nota, a Câmara do município pernambucano afirmou que não aceita ou admite nenhum tipo de preconceito" e que trabalha "com os mais altos valores da ética e da civilidade, na construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa, para assegurar a proteção e o respeito a todas as pessoas”.

Além disso, a Casa revelou que “a Presidência da Câmara está analisando o caso em conjunto com a Assessoria Jurídica da casa, para que o episódio seja conduzido de forma correta, legal e transparente”.

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As Comissões de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular e de Educação e Cultura da Alepe aprovaram, por unanimidade, em reuniões realizadas na manhã desta quarta-feira (1), o envio de uma representação coletiva ao Ministério Público de Pernambuco para que se apure o caso da vereadora do Município de Arcoverde, Zirleide Monteiro. A parlamentar proferiu um discurso capacitista em uma solenidade da Câmara dos Vereadores, onde afirmou que uma mulher teria um filho com deficiência por “castigo de Deus”.

Além do MPPE, a Câmara Municipal também foi acionada, com o pedido de abertura de apuração dos fatos pela presidência e acionamento do Conselho de Ética da Casa. De acordo com a presidenta da CCDHPP, Dani Portela (PSOL), falas como essas não podem ser proferidas, nem toleradas na sociedade.

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“A Casa Legislativa Municipal é um espaço onde os representantes do povo precisam tratar de temas sérios e relevantes. Não é possível que a tribuna da Casa seja utilizada para propagação de uma fala criminosa”, explica. O capacitismo, que é o preconceito contra pessoas com deficiência, é tipificado como crime na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146 de 2015), em seu artigo 88, com pena de 1 a 3 anos de reclusão.

O presidente da Comissão de Educação e Cultura, Waldemar Borges (PSB), também reforçou a importância da ação da Assembleia Legislativa neste caso. “O nosso repúdio à fala absurda da vereadora vai expresso em forma de uma ação concreta. É preciso deixar destacada a gravidade da fala em um espaço oficial, por uma representante do povo. Isso não pode mais acontecer”, finalizou.

A deputada Rosa Amorim (PT); e os deputados João Paulo (PT), Luciano Duque (Solidariedade), William Brígido (Republicanos) e Renato Antunes (PL) participaram das reuniões e aprovaram a ação por unanimidade.

*Da assessoria 

A vereadora do município de Arcoverde, no Sertão do estado, Zirleide Monteiro (PTB), afirmou, na última segunda-feira (30), na plenária da Câmara Municipal, que uma mulher que teria feito um vídeo de chacota dela tem um filho com deficiência “por castigo de Deus”. 

Zirleide afirmou que durante o final de semana foi publicado nas redes sociais um vídeo em que a parlamentar sofre uma queda durante a sessão plenária anterior. Ela, então, criticou a autora da publicação, afirmando que “já veio pra sofrer”. 

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“Não preciso citar o nome da cidadã, que o castigo de Deus ele dá aqui em vida. Quando ela veio com um filho deficiente, é porque ela tinha alguma conta a pagar com aquele lá de cima. Ela já veio pra sofrer”, declarou Monteiro. 

O presidente da Casa, vereador Wevertton Siqueira (Podemos), repudiou a fala da parlamentar e pediu que ela se desculpasse pelas ofensas proferidas. "Eu quero lhe fazer um pedido, em forma de respeito com todas as mães que têm um filho deficiente. Acho que a senhora foi muito infeliz em suas palavras em dizer que o filho de uma mãe veio deficiente porque é um castigo de uma pessoa ser ruim ou ser boa", disse Siqueira. O vereador ainda pediu desculpas em nome da colega.

Zirleide se desculpou após retomar a palavra. “Infelizmente, às outras mães eu deixo aqui o meu [pedido de] perdão. Só eu sei o que foi dito por essa pessoa durante esse fim de semana, e talvez você não saiba do que eu esteja falando”, explicou brevemente a parlamentar. 

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