Tópicos | Zuenir Ventura

A Bienal do Livro Rio, considerada a maior festa literária do país, terá sua 20ª edição aberta nesta sexta-feira (3), às 10h, no Riocentro, Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. A solenidade de abertura prestará homenagem ao escritor Zuenir Ventura pela importância de sua obra e por ter marcado presença em toda a história da Bienal.

Durante a cerimônia, também será homenageada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela GL events, realizadores da Bienal, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, com a entrega do Prêmio José Olympio que, desde 1983, reconhece personalidades e instituições com notáveis contribuições ao mercado editorial brasileiro. O presidente do Snel, Marcos da Veiga Pereira, disse que a ministra, "com seu histórico voto cala boca já morreu, garantiu aos autores do país a plena liberdade de publicar biografias não autorizadas, permitindo que os leitores conheçam melhor a história".

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A 20ª edição da Bienal do Livro Rio vai festejar o reencontro do público apreciador de livros. A programação foi especialmente elaborada por um coletivo curador, visando a atender aos mais diferentes gostos e estilos, com o objetivo de proporcionar reflexões e debates, de forma democrática, sobre o tema "Que histórias queremos contar a partir de agora?".

Todos os protocolos sanitários serão observados para preservar o bem-estar dos visitantes. Haverá limite de capacidade de público por turno; será necessária apresentação de comprovante de vacinação, além de uso obrigatório de máscara.

Programação

Para discutir o que as pessoas têm vivido e participar da construção dessas novas narrativas, a Bienal vai lançar a Estação Plural, reunindo autores, artistas e formadores de opinião. Este ano, estão confirmados 85 editoras e 140 selos, além de livrarias, distribuidores e lojas de comércio eletrônico, como Submarino.

A programação conta com debates sobre juventude e fé, poesia, desenvolvimento sustentável, política e democracia, feminismo, jornalismo investigativo, adaptações audiovisuais, cultura geek (fãs de tecnologia) e pop, LGBTQIAP+, saúde mental, ancestralidade e tendências do mercado literário, além da conexão de música e streaming (tecnologia de transmissão de dados pela internet, sem baixar conteúdo).

Entre os autores internacionais, estarão os norte-americanos Matt Ruff, Julia Quinn e Beverly Jenkins, a argentina Mariana Enriquez, a australiana Monica Gagliano e o japonês Junji Ito, um dos mais conceituados no universo dos mangás. A Bienal receberá ainda nomes como Conceição Evaristo, Itamar Vieira, Aílton Krenak, Caco Barcellos e Lázaro Ramos, entre outros.

Crianças

Para os pequenos leitores, o programa Petrobras Cultural oferece o Espaço Metamorfoses, inspirado nas mudanças do mundo e da leitura, que traz uma exposição imersiva com cenários interativos e lúdicos, que proporcionarão a cada visitante mirim a possibilidade de vivenciar uma viagem literária em diversas linguagens.

Nesse espaço, crianças com deficiência visual poderão fazer uma visita guiada. Além disso, todas as sessões da programação oficial terão tradução simultânea em libras. A Bienal deste ano terá formato híbrido, com o conteúdo transmitido em tempo real pelo site www.bienalrio.com.br.

Os ingressos podem ser adquiridos no site e também estarão disponíveis em bilheteria física, com número limitado, durante o festival. A diretora da GL events, responsável pela Bienal, Tatiana Zaccaro, disse que essa edição da Bienal é muito especial porque, ao mesmo tempo que demonstra a responsabilidade que o momento atual, ainda de pandemia, exige, traz “a energia do reencontro e a potência das conexões com o universo literário e as diferentes linguagens e temas. Nosso propósito de estimular a leitura para transformar o país está ainda mais presente, com uma programação plural e de bastante qualidade", afirmou.

Serviço

A Bienal se estenderá até o próximo dia 12, nos horários das 9h às 21h, de segunda a quinta-feira; das 9h às 22h, às sextas-feiras; e das 10h às 22h, aos sábados e domingos. O ingresso custa R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).

De acordo com os organizadores, a meia-entrada é válida para estudantes, idosos, portadores de necessidades especiais e acompanhantes, jovens de 15 a 29 anos pertencentes a famílias de baixa renda, menores de 21 anos e professores e profissionais da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Crianças com até um metro de altura terão direito à gratuidade, além de guias de turismo com carteira emitida pelo Instituto Brasileiro de Turismo ( Embratur) e acompanhados de caravanas de turistas e grupos escolares. Autores, bibliotecários, profissionais de livros e professores também terão direito à gratuidade no dia e turno escolhido para visita à feira, mediante cadastro online prévio no site oficial da Bienal.

A solenidade de abertura terá com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e dos secretários estaduais e municipais da Cultura e da Educação.

Homenageado no 13º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, que começou nesta quinta-feira, 29, e vai ser encerrado no sábado, 30, o jornalista e escritor Zuenir Ventura, de 87 anos, chamado por colegas de "vampiro da juventude", falou sobre um dos assuntos mais atuais relativos à imprensa: as chamadas fake news.

O veterano jornalista afirmou que as notícias falsas são "um problema tão nocivo quanto a censura nos tempos da ditadura." Zuenir lembrou que o conceito de fake news é, em si, contraditório. "São uma contradição em termos: se são fakes, não são news. É só um novo nome para uma velha forma", disse.

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Ele ressaltou a declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, de que as eleições podem até ser canceladas caso for detectado que o resultado foi influenciado por notícias falsas. "A imprensa às vezes consegue desmoralizar a mentira. Nosso trabalho é fazer as instituições prestarem contas à sociedade."

Comprova

Na abertura do congresso foi lançado oficialmente o projeto Comprova, coalizão de veículos de mídia que visa combater disseminação de noticias falsas durante as eleições. Estavam presentes integrantes dos 24 veículos de mídia que compõem o projeto.

O site oficial da iniciativa começa a funcionar no dia 8 de agosto. Nele, serão publicadas checagens que explicam porque os boatos estão errados e textos que ajudam leitores a identificar conteúdos enganosos. O projeto também terá um número para receber dicas pelo WhatsApp, similar ao canal do Estadão Verifica.

A iniciativa é do First Draft, entidade ligada ao Centro Shorenstein para Mídia, Política e Políticas Públicas, da Escola de Governo John F. Kennedy, na Universidade Harvard, dos Estados Unidos. "O principal objetivo do Comprova é se tornar o primeiro site a visitar quando alguém receber algo pelo WhatsApp, mandado pelo seu tio. Já temos o melhor da imprensa brasileira", disse Claire Wardle, diretora da organização. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornalista mineiro Zuenir Ventura, de 83 anos, é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). O escritor recebeu 35 votos de 37, resultado expressivo na eleição realizada nesta quinta-feira (30), na sede da instituição. Entre os concorrentes de Zuenir, Thiago de Mello, John Müller e Olga Savary. Zuenir irá ocupar a cadeira número 32, ocupada anteriormente por Ariano Suassuna

O mineiro se formou em Letras pela hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1958, depois passou pelo Centro de Formação de Jornalistas em Paris (França), onde tornou-se correspondente do jornal A Tribuna. Zuenir chegou a ser preso em 1968, sob acusação de subversão. 

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Além de um Jabuti, também ganhou dois Prêmio Esso e o Prêmio Vladimir Herzog com a reportagem que investigou a morte de Chico Mendes para o Jornal do Brasil, em 1989. Entre os livros publicados pelo novo imortal da ABL, 1968 - O Ano que Não Terminou1968 - O que Fizemos de Nós e Cidade Partida, livro que rendeu ao escritor o Prêmio Jabuti.

O projeto Minas – Pernambuco, promovido pela Fiat em parceria com a associação Sempre Um Papo, traz ao Recife o escritor Zuenir Ventura para debate e lançamento do livro Sagrada Família. Na obra, Zuenir combina memória e ficção para compor uma narrativa lírica sobre os amores que resistem ao tempo e à perda da inocência. O evento acontece na quarta (5) às 19h30, no Museu do Homem do Nordeste, com entrada gratuita. A iniciativa é viabilizada através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.

Com nostalgia e humor o narrador faz uma viagem ao passado, à ficcional cidade de Florida, para recontar o que viveu em meio a uma numerosa família fluminense. A começar por sua tia, a Nonoca, 37 anos de idade e dois de viuvez, e suas visitas regulares à farmácia, onde recebia do farmacêutico atenções muito mais especiais do que uma simples cliente. E suas duas filhas, Cotinha e Leninha, 15 e 14 anos, ansiosas para conhecer o verdadeiro amor.

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O livro é também uma história sobre a vida interiorana, com as matinês de domingo, o footing na praça nos finais de semana, os flertes. E o cotidiano de dona Edith e suas meninas de Vila Alegre, a melhor casa da zona do meretrício, com códigos de conduta mais formais que os dos clubes de Florida. Tudo isso à sombra de um período crucial na História do Brasil às vésperas de entrar na Segunda Guerra, com suas intrigas políticas e passionais, compondo o retrato de uma época.

O objetivo do Minas - Pernambuco é proporcionar um intercâmbio entre expoentes da cultura mineira e pernambucana para discutirem com o público. O projeto surgiu em setembro de 2012 e já participaram dele no Recife a cantora Fernanda Takai, Rodrigo Pederneiras (Grupo Corpo), o cineasta Helvécio Ratton, Eduardo Moreira (Grupo Galpão) e o estilista Ronaldo Fraga. Em Belo Horizonte, o projeto recebeu o escritor Ariano Suassuna e o jornalista Geneton Moraes Neto.

Serviço
Minas - Pernambuco com Zuenir Ventura

Quarta (5) | 19h30

Museu do Homem do Nordeste (Avenida Dezessete de Agosto, 2187 – Casa Forte)

Gratuito

(31) 3261 1501

Conhecido como diretor teatral que encenou Beckett e peças experimentais, Gerald Thomas foi também ilustrador de jornais como The New York Times. Parte de sua produção gráfica está em Gerald Thomas - Arranhando a Superfície (Cobogó, R$ 80), que traz textos de Zuenir Ventura e Antonio Gonçalves Filho, repórter especial do Caderno 2 do jornal O Estado de S.Paulo. O lançamento será nesta segunda-feira, às 18h30, na Livraria Cultura (Av. Paulista, 2.073, tel. 3170-4033). Já Gerald Thomas - Cidadão do Mundo, biografia feita por Edi Botelho para a Coleção Aplauso, que também seria autografada nesta segunda, teve o lançamento cancelado depois que ex-colegas de trabalho de Thomas questionaram o conteúdo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quinze anos de experiência como magistrada à frente de varas de família deram à juíza Andréa Pachá assunto de sobra para ela se aventurar no mundo das letras. No livro de crônicas A vida não é justa, Andréa transforma sua vivência mediando conflitos familiares em literatura e expõe sua visão das mudanças de costmes pela qual a sociedade brasileira está passando.

A autora vem ao Recife no próximo dia 19 de fevereiro lançar a obra na Livraria Cultura do Paço Alfândega. A festa contará com a presença do advogado e escritor José Paulo Cavalcanti Filho, recentemente vencedor do Prêmio Jabuti pelo livro Fernando Pessoa, uma quase biografia, que fará a apresentação do livro. A orelha, assinada por Zuenir Ventura, reflete que “com o material recolhido, Andréa poderia ter escrito um tratado de direito, um manual de psicologia ou um guia de autoajuda comportamental. Ainda bem que preferiu escrever um livro de crônicas".

Foi divulgada nesta quinta-feira (17) a programação da 10ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, de 4 a 8 de julho deste ano.

Em 2012, participam nomes de destaque no cenário da literatura mundial. No segundo dia da festa, marcam presenças na mesa Autoritarismo, passado e presente, Luiz Eduardo Soares e Fernando Gabeira, com mediação de Zuenir Ventura. Já nos dias 6 e 8 de julho, o poeta homenageado do evento, Carlos Drummond de Andrade é tema das mesas Drummond o poeta moderno, com Antônio C. Secchin e Alcides Villaça e Drummond o poeta presente, com com Armando Freitas Filho (em vídeo), Eucanaã Ferraz e Carlito Azevedo, ambas mediadas por Flávio Moura. 

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Cidade e democracia é o tema de uma das mesas do dia 7, que traz Richard Sennett e Roberto Da Matta e mediação de Guilherme Wisnik. No último dia da programação, na mesa Livro de cabeceira, autores convidados leem e comentam trechos de seus livros prediletos. Ainda participam da programação o francês Le Clezio, o quinto ganhador de um prêmio Nobel que participa da Flip desde a primeira edição da festa, a americana Jennifer Egan, ganhadora do Pulitzer Prize for Fiction em 2011, os cartunistas brasileiros Laerte e Angeli e a aplaudida escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso.

 

10 anos da Flip - Compondo a programação especial da comemoração, serão lançados dois livros e um DVD que retratam a história da Flip. A primeira celebração será feita pelo cronista gaúcho Luis Fernando Veríssimo, na conferência de abertura do evento, quando ele presta uma homenagem fazendo uma crônica a partir do título Flip ano dez, comentando as mudanças vividas pelo Brasil nesses dez anos.

Editado pela criadora da festa, Liz Calder, o livro 10/Ten, ilustrado por Jeff Fisher, traz contos e ensaios inéditos dos autores brasileiros Bernardo Carvalho, Milton Hatoum, Cristóvão Tezza, Beatriz Bracher e Reinaldo Moraes e de cinco estrangeiros: Ian McEwan, Margaret Atwood, Nadine Gordimer, Julian Barnes e Colm Toibin. Também vai ser lançado o livro Flip - Dez Anos, que foi escrito como reportagem pelos jornalistas convidados Zuenir Ventura, Angel Gurría Quintana, Sergio Augusto e Humberto Werneck, com imagens e textos exibindo os momentos mais importantes das edições anteriores.

Além dos lançamentos literários, o DVD O Ofício do Escritor mostra uma montagem temática a partir das apresentações dos autores nas mesas sobre alguns tópicos, como a criação de personagens e o ritual de escrever. O DVD, dirigido por Gustavo Moura e com curadoria de Flávio Moura, é o primeiro material que reúne os registros das mesas e debates das edições anteriores.

Durante os dias da Festa Literária, uma exposição com fotos de Walter Craveiro ficará em cartaz, com registros de todas edições da Flip. Também comemorando a primeira década da festa, a Flip publica periodicamente em seu novo blog depoimentos de autores, curadores e amigos que fizeram parte da história da festa. Participam desta homenagem o pernambucano Xico Sá, Marçal Aquino, Valter Hugo mãe e Zuenir Ventura.

Os ingressos começam a ser vendidos no dia 4 de junho pela internet, no site da Tickets for Fun. Os valores variam entre R$ 40 (tenda dos autores), R$ 30 (show de abertura) e R$ 10 (casa da cultura). Após o dia 3 de julho, as entradas só podem ser compradas em Paraty.

Serviço
10ª Festa Literária Internacional de Paraty 
4 a 8 de julho
Paraty, Rio de Janeiro
www.flip.org.br

O brasiliense que quiser ler alguma das seis obras vencedoras do Prêmio Brasília de Literatura vai ter que encomendá-la e aguardar de sete a 15 dias para recebê-la ou então torcer para que o prêmio desperte maior atenção das livrarias da capital federal.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com algumas das principais livrarias da capital federal – onde começa hoje (14), a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura – e constatou que, entre os seis títulos premiados, apenas um é facilmente encontrado.

Hoje, na melhor das hipóteses, em apenas uma livraria das consultadas os primeiros interessados conseguiriam encontrar ao menos cinco dos dos seis livros premiados. Como boa parte das lojas pertence a poucas grandes redes de livrarias, o cliente com maior interesse e disposição teria que ir pessoalmente a diferentes lugares ou esperar que os livros espalhados por várias unidades de uma mesma rede fossem reunidos.

É o caso, por exemplo, do vencedor na categoria romance, Diário da Queda, de Michel Laub, à venda em apenas duas das nove lojas que duas grandes redes detêm na cidade.
 
Vencedor da categoria poesia, Sísifo Desce a Montanha, do escritor Affonso Romano de Sant´Anna, é o título mais difícil de encontrar, disponível em apenas uma das livrarias consultadas por telefone. O que reforçaria a tese de que editoras e livrarias demonstram pouco interesse pela poesia, apontada como um gênero de, salvo raras exceções, pouco apelo comercial. 

Já o vencedor na categoria reportagem, Os Últimos Soldados da Guerra Fria, do jornalista Fernando Morais, foi o único premiado encontrado em todas as livrarias consultadas.

O Prêmio Brasil de Literatura também reconheceu a biografia Fernando Pessoa - Uma Quase Biografia, de José Paulo Cavalcanti; o livro de crônicas Meio Intelectual, Meio de Esquerda, de Antonio Prata, e Sortes de Villamor, de Nilmar Lacerda, na categoria infanto-juvenil.

Devido à política de descontos de cada livraria, os preços informados à reportagem variaram.

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