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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que no segundo semestre deste ano o governo vai fechar o pacto federativo, que dá maior autonomia aos Estados, e aprovar no Congresso a reforma tributária, o que deve ajudar a destravar a economia.

Ele deu como exemplo de problema das amarras orçamentárias, que também atingem o governo federal, informando que o ministro da Justiça, Sergio Moro, quer R$ 500 milhões para a Força de Segurança Nacional, mas tem R$ 1,5 bilhão para construir penitenciárias e não pode utilizar esses recursos para outra finalidade.

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"Ele não pode colocar a mão, quem disse que ele quer fazer penitenciária? Não pode isso...", declarou durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Segundo o ministro, "para ver onde chegou o manicômio tributário", as igrejas não podem ser tributadas, mas gastam dinheiro para poder manter o governo informado das suas contas. "A multa se a igreja não informar é de R$ 40 mil", informou.

Ele reafirmou a intenção do governo de "disparar o canhão da privatização", e, sem dar detalhes, disse que "vem empresa grande por aí".

O presidente do Ibope, Carlos Montenegro, disse nesta segunda-feira, dia 1º, que nunca viu eleição "tão esquisita" como a atual, mas que é praticamente certo que o brasileiro terá que ir às urnas também no segundo turno para eleger o presidente da República e alguns governadores. Ao contrário de outras eleições, o executivo afirmou não saber quem poderá sair vitorioso.

"Dia 28 de outubro o brasileiro vai votar no segundo turno, e não tenho a menor ideia de quem vai ser o presidente da República", disse Montenegro durante almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

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Ele afirmou que esta eleição mostrou que o sistema político está ultrapassado e sugere que o próximo presidente promova urgentemente uma reforma política, que para ele é mais importante do que a reforma previdenciária.

"Através de uma fadiga de muitos anos, o nosso sistema político chegou ao seu limite máximo, tem que mudar", disse Montenegro. "Com isso temos uma eleição que mostra dois candidatos bem destacados para frente para serem eleitos e também na rejeição", avaliou.

Segundo Montenegro, essa poderá ser a eleição mais difícil da vida dele, em que muitos candidatos a presidente tem menos votos que os indecisos.

"Alguns candidatos estão sendo superados por 40% de indecisos, e por acaso o terceiro e quarto, Ciro e Alckmin, vêm bem longe do primeiro e do segundo nas simulações", explicou.

Para ele, o segundo turno será a disputa da rejeição com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, contra a rejeição ao PT. "O PT tem que torcer noite e dia para enfrentar o Bolsonaro", afirmou, em referência à rejeição do deputado federal, que ainda é superior à de Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores.

Montenegro afirmou que durante as pesquisas tentou entender porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda continuava com um terço da população a favor. "Fizemos pesquisas qualitativas que mostraram que o povo vota no Lula porque ele proporcionou água, luz e benefícios para uma população que nunca tinha recebido nada". Ele informou que os votos do PT se destacam nos Estados do Ceará, Bahia e Piauí.

O Ibope divulga nesta segunda-feira uma nova pesquisa eleitoral e outra na quarta-feira (3), sendo a última prevista para o próximo sábado, véspera as eleições.

Em palestra na Associação Comercial do Rio nesta segunda-feira, 21, o deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato do PSL à Presidência, foi aplaudido por cerca de 300 empresários quando incentivou atos violentos contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Bolsonaro disse que esses movimentos são compostos por "marginais que devem ser tratados como terroristas". "A propriedade privada é sagrada. Temos que tipificar como terroristas as ações desses marginais. Invadiu? É chumbo!". Ele defendeu ainda o uso de "lança-chamas" em ações contra esses grupos. A plateia, formada por empresários que pagaram de R$ 180 a R$ 220 para participar do almoço, deu risada.

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Ao tratar de segurança, Bolsonaro propôs o endurecimento da intervenção federal no Rio. "A questão da violência se combate em alguns casos com mais violência ainda", afirmou. "Temos que acabar com a figura do 'excesso' (policial)."

Bolsonaro, no entanto, não se alongou ao abordar temas que a associação julga ser prioritários, como a retomada do crescimento econômico e o fomento do setor produtivo. Depois, em entrevista a jornalistas, resumiu: "Não tenho na ponta da língua a solução para o Brasil".

No evento, no qual falou por cerca de uma hora, Bolsonaro apontou por diversas vezes o economista Paulo Guedes, seu consultor, dizendo que ele poderia comentar assuntos da esfera econômica de forma mais abalizada. Empresários chegaram a sugerir que Guedes fosse ouvido em outra ocasião.

Eletrobrás

Líder de pesquisas de intenção de voto em cenários sem o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, Bolsonaro tem se apresentado como opção conservadora nos costumes e liberal na economia.

O pré-candidato, entretanto, questionou a possibilidade de privatização da Eletrobrás, afirmando que "o Brasil não pode ser um País que está em leilão". "Por que a Eletrobrás chegou onde chegou? Por que temos problemas em bancos? Porque foram indicações políticas. A princípio, eu reagiria (à privatização da estatal). Teria que ver o modelo", disse, afirmando que as privatizações "têm que ter critério". "Não podemos botar tudo para o mercado. Tem que desburocratizar, facilitar a vida de quem quer investir."

O candidato criticou ainda o aumento do preço dos combustíveis - "não pode a Petrobras querer tirar o prejuízo da roubalheira no preço" - e o governo Temer. "O que está sendo feito hoje é governabilidade ou 'assaltabilidade'?". Ao mencionar a reforma trabalhista, declarou que "aos poucos, a população vai entendendo que é melhor menos direitos e emprego do que todos os direitos e desemprego". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) criticou nesta quinta-feira, 14, a intervenção federal do Rio de Janeiro, mas disse que a ação vem de um clamor popular e que um possível fracasso não deve ser atribuído aos militares, uma vez que eles não são treinados para combater o narcotráfico.

Segundo ele, a intervenção federal foi uma medida eleitoreira do atual governo, numa tentativa de abafar o fracasso da reforma da Previdência no Congresso. Ciro Gomes lamentou o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), na noite desta quarta-feira, e classificou como uma tentativa de calar um símbolo de luta. "Essa intervenção corresponde a um interesse popular muito amplo e essa é a razão da malícia dessa iniciativa", declarou a jornalistas durante um evento com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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O político lembrou de tentativas fracassadas de usar força militar no combate ao tráfico de drogas, como o México. Segundo ele, a intervenção é mal planejada, sem orçamento necessário e parte de um equívoco considerar que as Forças Armadas têm capacidade de atuar na segurança pública.

"Na hora que entra esse aparato (militar), o crime organizado encolhe. O crime organizado sabe que tem que encolher, vai para outros Estados, encolhe um pouco, entrega bagrinhos para fazer a ficção de que as coisas estão funcionando, sabe que as Forças Armadas não têm orçamento para ficar mais que algum prazo de tempo. Isso já aconteceu no (Complexo do) Alemão, na (Complexo da) Maré. Eles vão sair. E vai voltar a ser tudo como estava", disse Ciro Gomes.

O pré-candidato lembrou que os líderes do narcotráfico e das facções criminosas não estão nas favelas, mas sim em condomínios de luxo. Segundo ele, é possível usar o aparato de inteligência das Forças Armadas e da Polícia Federal contra o crime, fazendo um mapeamento do comando do narcotráfico e de organizações criminosas a partir de uma base federal, fora das esferas e regiões onde há influência desses criminosos. Ele lamentou, porém, que os orçamentos para a segurança estejam declinantes em todo o País.

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