Após a caminhada de protesto por ruas do Recife, na tarde desta quinta-feira (21), estudantes integrantes do movimento “Redação de volta para a Covest, já” foram até a sede da Comissão do Vestibular (Covest), e tiveram um encontro com o presidente da instituição, Armando Cavalcanti.
A reivindicação dos protestantes pede que a redação do vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) volte a ser corrigida pela comissão. Todavia, eles não querem que a prova seja excluída do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas sim, que seja realizada uma segunda redação nas avaliações específicas da UFPE. O intuito dos estudantes é de que 60% da nota sejam atribuídos a redação da segunda fase da UFPE, 20% para as questões discursivas e 20% correspondam à nota da redação do Enem.
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O presidente fez questão de receber alguns representantes do movimento. No encontro, Armando Cavalcanti ressaltou que a Covest não tem poder para decidir pela volta da correção da redação. “O que a UFPE decide, a gente faz. Nós temos que respeitar o que foi instituído pela universidade”, disse Cavalcanti. De acordo com o presidente, cabe aos representantes da universidade decidirem pela correção, e por isso, ele aconselhou os protestantes a tentarem um encontro com os integrantes da instituição de ensino. “O foco do protesto não é a Covest. A cobrança deve ser feita a universidade”, explicou.
Na conversa, os estudantes indagavam sobre a correção da redação pelo Enem. No entanto, Cavalcanti não opinou sobre o assunto, e apenas enfatizou que a “Covest está preparada para qualquer decisão e possui todos os recursos possíveis para corrigir as provas”. O presidente fez questão de destacar a importância do protesto e se disse agradecido pela confiança dos estudantes nas atividades da comissão. “Todo movimento que é feito com boa vontade é válido. É importante que os estudantes protestem contra algo que eles acham que é errado. Ficamos felizes com a confiança que eles têm na Covest”, falou o presidente.
Segundo uma das representes do protesto, a estudante Laila Santiago, na próxima semana os estudantes devem se encontrar com representantes da UFPE. “Nós vamos reunir mais pessoas e queremos conversar com eles. Queremos justiça na correção da redação”, relatou a estudante.
Entenda o que ocorreu - No ano de 2010, a redação que era aplicada pela Covest na segunda fase do vestibular da UFPE, foi excluída. Daí, a redação do Enem tomou lugar e passou a ser corrigida com a prova do Exame.
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