Momento importante e que mexe com a emoção de milhões de estudantes, a reta final de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda tem espaço para estratégias de estudos. Estamos a um mês de uma das provas educacionais mais importantes do país, responsável por abrir as portas do ensino superior. Sob a pressão oriunda da concorrência do Exame e o sonho de chegar à universidade, os feras se deparam com dilemas: “É melhor revisar os conteúdos já trabalhados ou investir em novos assuntos? É indicado aumentar os horários de descanso ou manter o ritmo de estudo?
Até o dia 4 novembro, data da primeira prova do Enem 2018, os candidatos devem, de fato, atentar para algumas dicas de professores experientes. O LeiaJá conversou com vários docentes que revelaram estratégias indicadas para os candidatos nesta reta final. É consenso entre os entrevistados que a resolução de exercícios e prática textual são ações que contribuirão positivamente para os estudantes.
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De acordo com o professor de redação Diogo Xavier, a um mês do Enem, é aconselhável que os feras pratiquem com, no mínimo, uma redação por semana. “De preferência que seja possível alguém corrigir. Vale revisar as redações que você já fez a analisar os erros. É importante aumentar a bagagem de informações, estatísticas, notícias, acontecimentos marcantes”, acredita Xavier.
O professor também destaca orientações para a parte de língua portuguesa. “Em português, como a prova usa interpretação e questões teóricas da linguagem, vale fazer questões e revisar assuntos chaves. Funções da linguagem, elementos da comunicação, variação linguística, preconceito linguístico e noções básicas de linguagem são tópicos que caem na prova”, indica.
Intensificar a resolução de exercícios. Esse é o principal conselho do professor de química Francisco Coutinho. Segundo o educador, o estudante precisa rever cadernos de questões, porém, é importante que a visão teórica também seja compreendida em meio aos exercícios. “É importante também ver o que a banca pede e a forma como pede. Consequentemente, o aluno vai revisando teoria e cálculo”, comenta Coutinho.
Análise própria
Segundo o professor de matemática Ricardo Rocha, o estudante deve reservar um momento para realizar autoanálise. Nesse sentido, o candidato precisa reconhecer seus pontos de aprendizado positivos e negativos.
“Faltando um mês para o Enem, pontuo que o aluno precisa reconhecer os pontos fracos durante o ano letivo e por isso ele precisa dar uma intensificada nesses pontos e focar nos conteúdos mais simples. Também é importante intensificar o ponto forte e com isso fazer vários simulados. Costumo dizer que o aluno pode refazer as provas anteriores das edições passadas do Enem, para sentir o cansaço, sempre cronometrando todo o tempo”, orienta Rocha. “Vale pegar os mapas mentais, os resumos de todo o ano, porque facilitam na hora de lembrar todo o conteúdo”, acrescenta.
Humanas: tempo e atenção para assuntos importantes
Em sociologia, o professor João Pedro Holanda também foca na resolução das questões. Além disso, ele alerta para a importância da administração do tempo, algo crucial para os feras que enfrentarão cinco horas e 30 minutos no primeiro dia do Enem.
“A questão do controle do tempo é muito importante e serve também para o desenvolvimento de uma técnica de resolução de mais questões em menos tempo”, explica João Pedro Holanda.
Ainda sobre as estratégias que podem ser adotadas pelos candidatos nesta fase final, o professor de sociologia chama a atenção para uma característica do Enem. “É uma prova que sempre traz inovações, mas também existem muitas repetições”, comenta o educador, salientando a importância de resolver provas das últimas edições.
Todo esse processo final de estudos pode ter, de acordo com João Pedro, tempos de estudo e análise de questões diferente entre os feras. Tudo deve adequar às características de cada estudante. “Sobre o tempo, o recomendado é que cada fera perceba suas limitações, possibilidades, nível de cansaço, esforço e adeque à situação concreta”, aconselha.
O professor de sociologia ainda destaca: “Ao errar uma questão, o estudante não deve simplesmente ver a resposta correta e pular. É preciso buscar entender onde houve o erro, por qual motivo, para a partir daí construir o conhecimento”, frisa.
Mesmo com o curto período até a prova, o estudante pode adotar um foco em alguns temas relevantes na área de Ciências Humanas. O entendimento é do professor de história Hilton Rosas.
“Faça interlocuções entre as Ciências Humanas. Cultura e identidade, trabalho e produção, desigualdades sociais, violência e direitos humanos, conflitos geopolíticos e atualidades. Assim, o fera consegue fechar uma gama de conteúdos que podem ajudar não só no caderno de Humanas, mas pode ajudar também na redação”, explica o professor de história.
Rosas enfatiza alguns exemplos que contribuem para a preparação dos candidatos: “Dento do eixo de cultura e identidade, o estudante pode ver os princípios de pré-história e o início da civilização. Dentro de sociologia, ele analisa o conceito de cultura e em filosofia, ele pode abordar a questão da síntese entre homem e natureza, quando o homem começa a se tornar produtor de cultura modificando o ambiente onde ele vive, desenvolvendo sua racionalidade, transformando o espaço natural em um espaço cultural”, finaliza.
O Enem será realizado nos dias 4 e 11 de novembro. No primeiro dia de prova, os candidatos terão questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação, cuja duração é de cinco horas e 30 minutos. Já no segundo e último dia do Exame, os feras enfrentarão quesitos de Ciências da Natureza e matemática, durante cinco hora. No total, 5,5 milhões de estudantes se inscreveram para o processo seletivo.
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